quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Palavra para a Semana nº 54


Discernindo os tempos, parte 54


Semana 44, 2009

Quando comecei a escrever e falar sobre acontecimentos e notícias, recebi algumas respostas negativas, e as esperava. Porém, honestamente não esperava as muitas respostas positivas que também recebi. Aliás, de todas as formas, obteve-se um impacto positivo em nosso ministério. Não passei a falar com esse objetivo (em função da resposta das pessoas), e honestamente não sabia se elas chegariam a nos machucar, mas muito tempo atrás havia decidido que se o Senhor confiasse a mim a Sua verdade, não deixaria de a verbalizar, recebendo a ameaça que fosse. Tenho procurado ter como bússola de minha vida o seguinte: o saber de que um dia terei de permanecer diante do trono de juízo de Cristo e prestar contas, e fazer o meu melhor para viver de acordo com uma coisa: escutar a aprovação do Senhor naquele dia.

Me desperta o interesse que algumas coisas que me foi dito que arruinariam meu ministério na verdade o levaram a um lugar muito mais alto. Uma dessas diz respeito à publicação do livro A Batalha Final. Alguns de meus amigos se juntaram e pediram que eu não o publicasse porque “quebraria” meu futuro ministério. Lhes perguntei se achavam que o conteúdo do livro era verdade, e disseram que sim, mas o corpo de Cristo não estava pronto para ele. Eu respondi que não estava aqui para construir um ministério, mas para falar a verdade que me tem sido confiada; consequentemente, não poderia me preocupar com como o livro seria recebido. Tenho de admitir que cheguei a pensar que, após publicá-lo, teria de me envolver novamente no ramo da aviação. Mas, por fim, nada do que já fiz teve impacto positivo tal como este livro. Ainda recentemente, mais de doze anos após sua publicação, ele novamente subiu para estar entre as listas de bestsellers.

Ouvi basicamente a mesma coisa quanto da falar sobre notícias e acontecimentos. Da mesma forma, não sei se a resposta seria positiva ou negativa, mas procuro não tomar decisões baseado no que acho que a reação vai ser, mas se é a verdade, e se tenho um mandado do Senhor para falar sobre essas coisas. Agora vejo que a reação tem sido extremamente positiva, de forma tal que tenho concluído que Cristãos desejam grandemente ouvir de seus pastores e líderes de igreja posturas sobre acontecimentos recentes que sejam assuntos importantes dos tempos. Para minha surpresa, também ouvi de muitos que não sabiam de quaisquer outros líderes Cristãos falando sobre estes assuntos.

Isso não é totalmente verdade porque conheço alguns que estão falando dessas questões e o estão fazendo bem e com eficácia. Dentre estes, aqueles com os quais conversei todos disseram que a reação tem sido muito positiva, com quase nenhum negativo.

Quando perguntei a outros pastores ou líderes o por que de não tratarem das principais questões e acontecimentos de nossos tempos, as duas principais respostas que recebi foram: 1) não sabiam se o seu povo iria aceitar e 2) não acreditavam que lhes era permitido falar sobre assuntos políticos, de acordo com a Receita Federal. Essas duas preocupações são falsas e levaram a conclusões erradas e ações ou inações erradas. Cristãos estão quase morrendo de fome para ouvir de seus líderes sobre acontecimentos de nossos tempos. Não sou um advogado, então não posso te dar conselho legal sobre isso, mas tem havido muitas publicações e escritos para corrigir as noções falsas que igrejas ou líderes espirituais falham em abordar do púlpito. Estes têm basicamente concluído que a única coisa que não podemos fazer é endossar um candidato.

Esta nação nasceu por causa da visão de liberdade que era promovida dos púlpitos das igrejas do país. Eles foram a principal plataforma para falar sobre outras questões e trazer algumas das mudanças mais necessárias na sociedade. Em grande parte, foram os púlpitos dos EUA que têm mantido viva a devoção à liberdade em nosso país. Se uma restauração for ocorrer, também serão os púlpitos de nosso país que nos trarão de volta da catástrofe do abismo social, político e econômico que agora nos ameaça.

A igreja ainda tem esse nível de impacto em nosso país? Sim, se não nos calarmos. Precisamos reconhecer que o púlpito não é mais uma plataforma de madeira na frente da congregação, mas também inclui a televisão, internet, plataformas de networking social, publicações, e por aí adiante.

Devemos também considerar que após estar entre os menos confiados ou ser o próprio por muitos anos, estudos recentes mostram que a estima e confiança no que é falado dos púlpitos tem aumentado dramaticamente e eles podem facilmente se tornar a voz mais confiada do país em breve. Essa confiança tem sido restaurada por um motivo. Não somos fidedignos se não usarmos o que o Senhor confia a nós, mas, na verdade, em Sua parábola dos talentos, é isso que pode nos levar a ser chamados de “servos maus e negligentes” (veja Mateus 25.26).

Logicamente que queremos usar essa confiança sendo precisos e dedicados à verdade. Isso começa com a compreensão de nossa confiança. Como poderemos ser bons pastores se não confrontarmos as grandes questões que estejam ameaçando o bem-estar daqueles que nos foram confiados, sobre os quais temos responsabilidade? Em Hebreus 13.17 lemos: “Obedeçam a vossos líderes e se submetam a eles, pois eles cuidam de vós, como quem vai prestar contas.” Esta é uma exortação ao povo sobre como tratar a seus líderes, mas também revela que os líderes terão de prestar contas por como cuidaram daqueles entregues aos seus cuidados. Como poderemos ser atalaias fiéis se não tocarmos a trombeta quanto o inimigo está ameaçando?

Após o 11 de Setembro, números recordes de pessoas inundaram as igrejas de nosso país. Em apenas algumas semanas, a freqüência aos cultos abaixou ainda mais comparada à que era antes do ataque. Por que? Primeiro, aqueles que inundaram as igrejas não acharam as respostas que estavam procurando para a situação cada vez mais intensa dos tempos. Muitos membros até se desanimaram porque o entendimento dos tempos era tão superficial nos EUA. Como Cristãos, ainda mais líderes Cristãos, temos uma responsabilidade de discernir os tempos. O Senhor até chamou de hipócritas os que não O discerniam porque passavam mais tempo estudando o clima do que os tempos.

Profetas no Antigo Testamento todos revelam um conhecimento sério e profundo da história assim como uma compreensão dos acontecimentos do tempo em que estavam, não somente em Israel, mas em nações distantes, mesmo sem a internet ou o noticiário da TV. Esta é uma responsabilidade fundamental que temos. Nossa habilidade de sermos o sal e luz que somos chamados a ser será diretamente proporcional a isso.

No que é agora popularmente chamado de separação entre igreja e estado, em todos os escritos e documentos de nossos pais fundadores e documentos sobre os quais o governo se baseia, não existe um que possa ser interpretado como deixar a igreja de fora das questões do governo, pelo contrário: todos tinham o intento de manter o governo longe das questões da igreja. A igreja será estrangulada por Satanás se recusarmos a tratar do que está ocorrendo nestes tempos.

Outro Grande Despertamento está se iniciando nos EUA. O primeiro firmou o código genético do país e ajudou a dar à luz uma nação baseada em valores Judaico/Cristãos. O segundo foi a fagulha primária que levou à erradicação da escravidão no país, uma instituição absolutamente intolerável para qualquer nação, muito mais para uma nação com um chamado e destino de proclamar liberdade ao mundo. O que trará este próximo grande despertamento?

Entendendo que vemos em parte e profetizamos em parte, não podemos dizer que temos uma visão completa ainda, mas partes estão se tornando claras o suficiente agora de forma que podemos melhor entender estes tempos e saber o que precisamos fazer. Cobriremos isso ao longo das próximas semanas.

Rick Joyner, 26/10/2009

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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