quarta-feira, 29 de junho de 2011

Palavra para a Semana n° 15 (2011)


A Aplicação de uma Palavra Profética


Semana 15, 2011

Conheço pessoas que foram direcionadas a se mudar para algum lugar por meio de revelação, visitação angelical, ou outra forma sobrenatural, e se recusaram a ir até que recebessem outra revelação novamente. Em alguns destes casos, é óbvio que ficaram muito mais tempo do que deviam, mas insistiram em esperar por outra revelação sobrenatural para que fossem direcionados. Onde é que diz que se recebemos uma revelação para ir a algum lugar, devemos ter outra para ir?

Nas Escrituras, e também por experiência minha e de outros com os quais estava próximo, o Senhor usa muitas formas diferentes para nos guiar. Pode ser um erro presumir que Ele vai nos direcionar no futuro pela forma com que nos guiava no passado. Pessoas que se determinam a viver por princípios como este muitas vezes perdem o que o Senhor está tentando lhes falar; ou não fala porque espera que sejamos maduros o suficiente para saber o que fazer.

Eis aqui um princípio para considerar: o Senhor pode preferir que cresçamos em fé e sabedoria mais do que precisemos de uma revelação para tudo que façamos. Se Ele tivesse de nos enviar um anjo para nos dizer especificamente para mudarmos para algum lugar, pode não ter nada a ver com a importância de nos mudarmos o tanto quando a inércia de nosso escutar. Se for necessário outro anjo para que nos mudemos quando nosso tempo acabar, pode ser porque ainda estejamos inertes.

Crianças pequenas têm de ser direcionadas constantemente. Se um adulto precisa ouvir em detalhe toda coisinha que deve ou não deve fazer, então ainda está imaturo. Novamente, o que chamamos de revelação de “alto nível” pode não ter nada a ver com nossa importância, ou a importância da tarefa, mas pode ser o resultado de nossa imaturidade ou lentidão em ouvir.

Isso nem sempre é verdade; por vezes as coisas vêm sob uma forma de alto nível por causa de sua importância. O que quero dizer é que em todas as coisas, precisamos vigiar contra armar parâmetros e princípios que nos façam tropeçar no futuro. Como compartilhei acima, aprendi a ser cético com profetas que interpretam sua própria revelação. Quando começo a fazer disso um princípio, haverá um bom exemplo de meu princípio sendo violado por um profeta que interpretou muito bem sua própria revelação. Uso princípios, mas me atenho fracamente a eles, e procuro ter abertura constante a algo novo. É um ato que traz equilíbrio, mas não apenas isso, penso que também nos mantêm buscando ao Senhor, o que pode ser a coisa mais importante dentre todas.

O “politicamente correto” é um grande véu de engano que os inimigos da civilização ocidental usam e do qual se gabam para usar contra o ocidente, mas, ao mesmo tempo, há estereótipos e generalização exageradas que são grandes enganos, também. Se vamos seguir ao Senhor, teremos de incorporar um dos pontos de Sua natureza básica, de que Ele faz todo floco de neve diferente, cada um de nós de forma diferente, e ama se comunicar conosco de formas tão diferentes. Nosso Deus ama diversidade, e se queremos seguí-Lo, devemos ser tão prontos para a originalidade como qualquer outra coisa, o que coloca em perigo muitos de nossos princípios, métodos e padrões.

Bruxaria é, basicamente, autoridade espiritual falsa. Também chamada de adivinhação, trata-se de usar espíritos ao invés do Espírito Santo, e se baseia mais na manipulação e controle do que seguir ao Senhor. Isso é listado como uma das obras da carne em Gálatas 5, pois nos primeiros estágios é normalmente mais carnal do que espiritual. Muitos Cristãos culminam em usar tais métodos, caem nisso, mesmo para procurar cumprir com o que pensam ser o propósito de Deus. Abordaremos isso com mais profundidade depois, mas devemos considerar que é uma base de bruxaria o uso de padrões, fórmulas e princípios. Um alicerce de nosso caminhar no Espírito é seguir ao Espírito, uma Pessoa, não apenas fórmulas.

Se formos sábios, vigiaremos contra o pensamento de que porque Ele fez algo de uma forma, ou nos falou de certa maneira, então vamos esperar que o faça novamente. Penso que nos sairíamos muito melhor se entendermos que “Ele é novo a cada manhã” (veja Lamentações 3.23). Isso não quer dizer que Ele mude, mas há muito mais nEle e não conseguiremos reduzi-lo a nossos conceitos rasos. Em um relacionamento, quando ficamos muito fortemente posicionados em nossos jeitos, este se tornará tedioso e morno. Nosso Deus é tão incrível que quem permanecer próximo a Ele nunca sofrerá de tédio!

Rick Joyner, 12/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


terça-feira, 21 de junho de 2011

Palavra para a Semana n° 14 (2011)


Interpretando a Revelação Profética (O Fardo Profético, parte 07)


Semana 14, 2011

Previamente, abordamos os três principais aspectos de se utilizar revelação profética: 1) Revelação, 2) Interpretação e 3) Aplicação. Nesta semana, vamos esmerar mais um pouco estas questões, compartilhando alguns princípios básicos que aprendemos, mas reconhecendo que são princípios, não leis; para princípios, há excessões!

Muitos hoje estão recebendo revelações proféticas, o que é um dos grandes sinais dos “últimos dias”, de acordo com Atos 2.17-18. Parece, neste texto, que a revelação profética de sonhos, visões e profecia estão sendo derramadas sobre todos: homens, mulheres, velhos e jovens. E de fato é o caso. O motivo por isso acontecer “nos últimos dias” é porque nestes, precisamos de revelação e direcionamento profético como nunca antes. Porém, pode não fazer bem para nós se não tivermos, de forma precisa, a interpretação e então aplicação.

Em minha experiência, muito mais pessoas estão recebendo revelação do que há pessoas com dom de interpretação. Há ainda menos pessoas com a sabedoria para aplicar o que foi revelado. Em Mateus 23.34, o Senhor disse, “Eis que vos envio profetas, homens sábios e escribas.” Parece que Ele quer que estes três estejam juntos e sejam enviados assim. O profeta recebe a revelação, o escriba a recorda (veja Habacuque 2.2) e possivelmente a interpreta, e os “homens sábios” a aplicam.

Nas Escrituras, aqueles com os dons de interpretação tinham possivelmente o maior impacto com líderes de governo, como José e Daniel. Ambos recebiam revelação, mas, mesmo tendo sido os maiores intérpretes nas Escrituras, não conseguiam interpretar muito bem a revelação dada diretamente a eles. José certamente não foi bem em lidar com a sua, e a de Daniel “o deixo doente”, e lhe foi dito que não a poderia entender, e devia selá-la para o fim dos tempos. Porém, tanto José como Daniel eram incríveis em sua habilidade para interpretar a revelação dada a outros.

Precisamos entender até o ponto de estar no sangue que os dons não são para nós. Aqueles a quem conheço hoje que receberam as maiores revelações não conseguem, por si, escutar muito bem. Da mesma forma, aprendi a não confiar nos que têm os maiores dons de interpretação a interpretar sua própria revelação. Tudo isso me levou a começar a orar muito mais pelo dom de ter uma “palavra de sabedoria” do que o da “palavra de conhecimento” ou o dom de profecia. Já testemunhei muitas revelações bem precisas interpretadas ou aplicadas erroneamente.

Normalmente, os dons de revelação e interpretação são dados às pessoas proféticas, mas cheguei à conclusão de que precisamos de apóstolos, mestres e por vezes evangelistas, e quase sempre pastores, para aplicar corretamente a revelação. Apóstolos e pastores são os mais responsáveis por cuidar do povo, e normalmente sabem como aplicar a revelação à situação.

Por anos, quando recebia uma revelação sobre uma pessoa, igreja, ou mesmo nação, as pessoas em autoridade me perguntavam o que deveriam fazer. Eu normalmente respondia que não sabia, porque discernir isso era para eles. Isso enraiveceu alguns, mas já vi muitas pessoas proféticas responder algumas perguntas quando não o deveriam ter feito, e virava uma bagunça. Eu respondo-a se sinto que tenha uma palavra de sabedoria do Senhor a respeito, mas, do contrário, procuro deixar nas mãos daqueles em autoridade, independentemente de quão pressionado fosse por uma resposta. Se sentisse que poderia ter algum entendimento em como a revelação deveria ser aplicada, diria o que o Apóstolo Paulo nos deu como bom exemplo: deixaria claro que era apenas minha opinião, e apesar de pensar ser o certo e ser o que o Senhor quer que façamos, não poderia dizer claramente que recebi essa posição do Senhor.

Também já fiz o meu melhor em ajudar aos em autoridade a aprender que só porque alguém recebe revelação quanto a alguma situação, isso não quer dizer que eles tenham a sabedoria ou entendimento para aplicá-la. Por vezes, recebemos revelação sobrenatural das coisas, mas não é necessário uma palavra de sabedoria sobrenatural para se saber o que fazer; o Senhor pode ter colocado as pessoas em posição de já saberem o que fazer.

Revelações podem ser espetaculares, e pode haver uma tendência de se pensar que quem recebem tal espetacular revelação deve ter a sabedoria para discernir o que fazer com ela, mas esse é um raciocínio com o qual devemos tomar muito cuidado. Se você é um pastor ou líder que tem autoridade sobre uma igreja, mover, ou ministério, você é que tem a responsabilidade para liderar e deve soprar o apito em como aplicar qualquer revelação ou direcionamento.

Pessoas proféticas devem também perceber que só porque receberam uma revelação não quer dizer que têm autoridade sobre uma situação. Devemos todos respeitar as esferas de autoridade que Deus colocou sobre cada um. Os profetas eram por vezes chamados de “atalaias” ou “vigias” no Antigo Testamento porque essa era sua responsabilidade básica, e é a mesma que atalaias de hoje, do Novo Testamento, têm – de ser vigias para o corpo de Cristo. Os vigias permanecem nos muros de uma cidade, em um lugar elevado, onde possam ver muito mais longe do que os anciãos, que se sentavam nos portões. Quando os vigias viam alguém vindo, tinham a responsabilidade de avisar aos anciãos, que então determinariam o que fazer com a informação. O mesmo é verdadeiro hoje, e teremos muito mais sobre isso para falar depois.

Rick Joyner, 04/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Palavra para a Semana n° 13 (2011)


Passos para a Maturidade Profética (O Fardo Profético, parte 06)

Semana 13, 2011

Como já abordamos parcialmente, ministérios proféticos jovens muitas vezes ficam confusos por não entenderem que muitas coisas que sentem não são seus próprios problemas, mas estão sentindo alguns problemas dos outros. Por exemplo, você pode entrar em uma loja de repente sentir luxúria, ou desejos impuros. Os imaturos muitas vezes começam a se arrepender por isso quando o que estão sentindo pode ser um problema da pessoa próxima, ou mesmo algo que esteja ganhando entrada na loja, ou repousando sobre a loja. Não precisamos nos arrepender disso, mas recebemos este conhecimento para ajudar a libertar alguém, ou expor um “portão do inferno”. É freqüentemente assim que o dom de discernimento funciona, e leva maturidade para distinguir o que realmente está em nosso coração ou o que estamos percebendo do que esteja fora de nós.

Isso nos leva a um importante entendimento sobre a revelação profética. Há basicamente três aspectos de se lidar corretamente com revelação. A primeira é receber a revelação. A segunda é interpretá-la corretamente, e a terceira é a aplicação.

Na situação acima, uma vez que entendemos que estamos discernindo um espírito de luxúria e que não é um problema pessoal, o próximo passo é receber a interpretação. Está vindo de uma pessoa, ou é da loja? Para isso, precisamos perguntar ao Senhor e deixar Ele nos guiar à conclusão correta.

Digamos, então, que, neste caso, Ele nos mostre que é um problema com uma pessoa específica próxima de nós. O que fazemos com esse conhecimento? Esta é a aplicação, e pode haver muitas respostas a isso. Você provavelmente não quer simplesmente ir àquela pessoa e lhe dizer que está com um espírito de luxúria. A resposta, por enquanto, pode ser apenas começar a orar por ela. Você pode conhecer um livro ou ensinamento que a poderia ajudar. Você pode levá-la para um café e gentilmente guiar a conversa para o quanto você foi ajudado nestas questões, não dizendo que você sabe do problema dela. Nosso objetivo nunca deve ser exibir nossos dons proféticos, mas ajudar ao povo de Deus, e, de acordo com Gálatas 6.1, fazer isso com a maior gentileza possível.

Eu quase nunca vou a cidades ou igrejas sem detectar questões que lhe sejam recorrentes. Por vezes, chego com revelação muito clara e de alto nível, mas raramente lhes digo a não ser que receba uma indicação clara de que seja a coisa certa a se fazer. Pergunto ao Senhor como abordá-la, sempre tendo em mente que é Sua noiva para quem vou ministrar, e você sempre trata a noiva do Rei, a rainha, com o maior respeito. A resposta que normalmente recebo para como abordar as questões que possa estar vendo é que devo direcionar meus ensinamentos para confrontar problemas porque é a verdade que liberta as pessoas, e a luz que expulsa as trevas.

Antes de eu jamais mostrar um problema à congregação, eu levaria isso à liderança. Muitas vezes ela quer que eu diga à congregação como eu recebi a revelação, mas já que ela é composta pelos pastores responsáveis, eu deixo eles pedirem isso. Aprendi que bom fruto quase nunca vem de violar um protocolo espiritual básico, e é por isso que temos avisos bíblicos muito claros para não agir assim.

Normalmente é a imaturidade que leva alguém a desafiar a esmo por meio de suas revelações proféticas. Isso pode causar muitos problemas, sendo uma das razões por que tantos na igreja ainda estejam hesitantes em receber ministérios proféticos. Um dos passos primários para este ministério é irmos além da necessidade de demonstrar ou tentar provar nossos dons proféticos.

Um dos grandes exemplos de graça profética é a forma que o Senhor tão gentilmente usou Sua revelação para uma mulher à beira do poço. Ele poderia ter apenas disparado palavras a ela, de que teve cinco maridos e que estava, no momento, vivendo em pecado. Mas não, Ele gentilmente a guiou em uma conversa e então a deixou sabendo de que sabia de sua condição. O resultado foi uma cidade aprendendo dEle e então se aproximando dEle para terem sua própria experiência com Ele.

Quando você é jovem e está apenas começando a receber revelação, é difícil se conter em alguns momentos. Pessoas proféticas imaturas amadurecerão, e precisamos lhes dar graça, também. Se você quer um ministério profético maduro, precisará trabalhar com eles para lhes ajudar a amadurecerem, e por vezes isso pode parecer desastroso. Ainda assim, sempre valerá a pena. Nos tempos que agora se desdobram, nós simplesmente não conseguiremos subsistir sem revelações proféticas muito maiores do que as que estamos andando sobre neste tempo. Esta revelação profética não é apenas para os profetas, mas para todo o corpo de Cristo.

Rick Joyner, 29/Mar/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]