sábado, 27 de outubro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 43

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 43 (22 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte C

por Rick Joyner

Semana passada, ao abordar como o Senhor refere a si mesmo como “o Senhor dos exércitos” mais de dez vezes que todos os seus outros títulos, Ele obviamente considera esse aspecto de Sua liderança como primordial para Seu propósito. Nós veremos esse aspecto se tornar primordial na igreja nos tempos que hão de vir, mas devemos sempre ter em mente que os caminhos do Senhor são mais altos que os nossos, e seu comportamento militar, de muitas formas, será diferente das formas do mundo.

Como já cobrimos o assunto antes, o Senhor é o Criador que ama a diversidade de tal forma que Ele mesmo faz cada floco de neve diferente um do outro. Mesmo assim, no ramo militar, a grande devoção e grande parte do treinamento é para haver uniformidade. Eles usam uniformes; aprendem a marchar em linha; e pilotos aprendem a voar em formação. Isso não parece estar em conflito básico com a devoção do Senhor à diversidade? De uma perspectiva mais baixa, humana, pode, mas não de uma perspectiva celestial, mais alta.

Se você observar seu jardim, cada grama nele é única sob alguns aspectos e uniforme com as outras em alguns aspectos. Se você se ajoelhar, poderá ver como cada grama tem um tamanho único, e até certo grau uma cor única, e outros aspectos que as diferenciam das outras gramas. Se você se levantar, ou olhar de uma perspectiva mais alta, parece mais uniforme.

Por anos, tenho gasto algum tempo estudando os militares dos EUA por causa da mudança radical pela qual estes passaram durante os anos 60. Em algumas coisas, é uma organização tão burocrática e tradicional, ao mesmo tempo que se tornou uma das forças militares mais inovadoras e criativas que já existiram. O ramo militar norte-americano não só lança mão de tecnologia moderna, mas a cria, freqüentemente indo anos, senão décadas, à frente do que se infiltra no mercado e na indústria.

Mesmo antes destes tempos, os maiores líderes militares da história sempre têm sido os mais criativos. Eles pensavam em novas estratégias e formas de usar as forças ou recursos a eles disponíveis que outros não haviam pensado a respeito. Esse foi o segredo do sucesso de Napoleão, que pensava “fora da caixa” [fora do padrão] como ninguém em seu tempo, e é ainda estudado provavelmente por toda força militar significativa no mundo hoje.

Os músicos e artistas verdadeiramente criativos são aqueles que conhecem tão bem os fundamentos e são tão disciplinados neles que podem neles dilatar sem gerar um caos, mas um nível mais alto de harmonia. Você poderá notar em toda área, inclusive esportes, negócios, e mesmo no ministério, que os de maior êxito, e os que podem ser os mais criativos, são os que fazem o que é básico melhor. Essa habilidade de conhecer o básico e o fazer bem e ao mesmo tempo ser capaz de pensar de forma criativa é verdadeiro especialmente para a liderança mais desafiadora de todas – liderança em tempos de transição.

Voltando para as três etapas de trabalho, que derivamos das três etapas dos tabernáculos e templos, a Etapa I é a etapa inicial de salvação onde o propósito é resgate básico. Essa seria a etapa de avivamento ou trabalho pioneiro em missões. Ela exige uma mentalidade especial que Deus deu apenas a alguns, embora quase todos queiram declarar a ter. Em operações de resgate em desastres, é aqui que você encontra maior parte do caos, mas também testemunha os milagres mais dramáticos, e portanto ficará mais entusiasmado.

Em termos militares, os operadores da Etapa I são os Fuzileiros Navais [Marines] que chegam às praias antes e as Forças Especiais que são deixadas atrás das linhas. Idealmente, essas tropas devem ser aliviadas após o território inicial invadido da praia ser tomado e estabelecido e da força principal ter pousado. Uma vez cumprindo seu objetivo, precisam ser tirados para fora, ter suas feridas saradas, ter as baixas repostas, e seu equipamento deve ser restaurado para que estejam prontos para ir novamente a uma operação de Etapa I.

As forças especiais como a Força Delta [maioria recrutada a partir do exército], Nany Seals [homens-rãs, marinha] e Controladores de Combate da Força Aérea podem ser alguns dos guerreiros mais eficazes do mundo em sua forma de combate, mas não são treinados para lutar nas trincheiras em operações padrão de combate e seriam desperdiçadas lá. Quando não estão em operações reais, vivem então para treinar a fim de esmerar suas habilidades mais e mais. Também são ensinados a serem criativos e inovadores, podendo ver e avaliar suas posições e as condições, assim como as do inimigo, para aproveitar toda vantagem e oportunidade o quanto antes.

Esse é um motivo pelo qual iniciamos nosso treinamento da Força Especial de Missões (SFM), e delas se formarão as nossas equipes SFM. Seu treinamento e emprego de recursos é muito especializado. Ao escrever isso, eles estão na selva na América Central. Ano que vem, acamparão em uma parte remota da África. Ao se desenvolverem, esperamos que possam se adentrar em quase qualquer situação, em qualquer lugar, e fazer o trabalho do ministério, salvando vidas e salvando almas.

O nosso treinamento SFM é muito mais desafiador fisicamente, mentalmente e espiritualmente que as nossas outras Escolas de Ministério pelas quais os nossos alunos passam, mas eles são um grupo especializado. Porém, os colocar em um pastoreio típico de igreja seria tolo. Nem eles ou a igreja sequer sobreviveria, provavelmente.

Da mesma forma, somente uma pequena porcentagem de nossos alunos sequer estariam qualificados para passar por esse tipo de treinamento, e teriam dificuldade em permanecer onde a nossa equipe SFM vai. Eu acho que os nossos formandos da Escola de Ministério poderiam se sair bem em operações de Etapa II ou III, mas devem dar seqüência para se especializar em um ou outro para dar serem mais frutíferos. Também esperamos que alguns das nossas pessoas do SFM façam transição para a Etapa II ou III no devido tempo, nas quais eu esperaria que eles trouxessem considerável criatividade e inovação.

Eu fui guiado pelo Senhor para estudar as Forças Especiais dos EUA, assim como todo o ramo militar, para uma compreensão de como a igreja será no tempo vindouro. Estou convicto de que foi o desenvolvimento de Forças Especiais que injetou uma devoção à excelência e padrões cada vez mais elevados que logo impactou todo o ramo militar. Agora, um recruta comum entrando no exército é provavelmente melhor treinado que Forças Especiais eram apenas algumas décadas atrás, e as Forças Especiais sempre estão se superando. O desenvolvimento de armas, táticas e estratégias estão mantendo o pique também. Veremos isso acontecer na igreja, que é, de algumas formas, uma enorme organização burocrática, impregnada de tradição.

Alguns dos maiores missionários Cristãos que já viveram estão provavelmente vivos e servindo hoje. Mesmo assim, em geral, entre 90 e 95 por cento de missões Cristãs são ou ineficazes ou contra-produtivas. Aquelas que estão fazendo algo produtivo são gerenciadas de maneira tão errada que estão normalmente dedicando 90 por cento de seus recursos ao que provavelmente está produzindo menos que 10% do fruto. Veja bem, essas são generalizações, e não são válidas para todos, mas em geral são verdadeiras. Isso deve e vai mudar.

Maioria dos missionários ineficazes provavelmente seriam muito mais eficazes se ficassem nos lugares corretos, servindo na etapa certa de ministério. Muitos que estão tentando ser de Etapa I foram criados para serem Etapa II ou III. Muitos estão tentando ser Etapa I, II e III todos ao mesmo tempo, e portanto não podem fazer nenhuma corretamente. Isso é o resultado de uma básica falta de coordenação dentro do corpo de Cristo, e será remediada somente quando chegarmos em unidade.

Um exemplo disso foi quando começamos a cavar poços na África. Rapidamente recebemos informação de que cerca de 5.000 foram cavados na região geral da África por outros ministérios e missões, mas somente uma pequena fração deles estavam ainda funcionando? Por quê? Porque ninguém os colocou em um programa de manutenção ou treinou as pessoas da localidade para os manter. Muitos não estavam mais funcionando devido à falta de uma peça de 5 dólares. Devemos ser gratos aos que tiveram a devoção de cavá-los em primeiro lugar, mas quão melhor seria se tivéssemos uma visão a longo prazo para eles e estabelecêssemos um cronograma básico de manutenção para os manter em funcionamento?

Isso foi simbólico quanto à forma que missões em geral foram feitas lá. A Etapa I, cavar o poço, foi feita de forma eficaz, mas não havia uma Etapa II, os estabelecendo e mantendo, esta jamais foi organizada. Então a Etapa III, a multiplicação por ensinar os que receberam um poço a aprender a cavar um, e ter os que receberam um poço aprender a como dar por abençoar seu próximo, pareceu não estar nos planos de ninguém.

As cruzadas na África são freqüentemente feitas da mesma forma. Milhões estão vindo a Cristo na África, algo sobre o qual todos devemos nos alegrar, mas quanto mais fruto duradouro haveria se apóstolos, profetas, pastores e mestres seguissem os grandes evangelistas em uma região e estabelecessem os crentes na fé?

Agora mesmo pastores de grandes igrejas na África têm somente um sermão, aquele que eles ouviram quando foram salvos, e é isso que eles pregam semana após semana. Graças ao Senhor por tamanha fidelidade, mas com a abundância de grandes mestres no Ocidente nós devemos ser capazes de ajudar a estabelecer algumas das melhores escolas de ministério do mundo, em qualquer lugar do mundo. Neste momento maior parte deste ensinamento apenas vai para os que já têm demais!

Muito disso irá rapidamente mudar porque posturas territoriais e possessivas que têm prevalecido sobre muitos ramos da igreja estão sendo rompidas. Líderes maduros estão sendo erguidos que têm segurança o suficiente para não serem ameaçados pelos que são diferentes deles, mas estão começando a reconhecer o quanto as diferenças se complementam ao invés de se conflitar. Existem moveres de Etapa I, Etapa II e Etapa III no corpo de Cristo, e se começarem a trabalhar juntos, se tornarão a força mais poderosa e eficaz no planeta. Lembre-se, unidade não apenas aumenta a nossa autoridade, mas a multiplica, como foi prometido que um poderia fazer mil baterem em retirada, mas dois fariam dez mil em baterem em retirada.

Não temos nada a perder e tudo a ganhar unificando sob um Cabeça, que é o Cristo. Os primeiros a fazerem isso receberão as maiores recompensas. Porquê esperar? O que podemos fazer essa semana para trazer intercambio, aumentando a confiança, e aumentando a unidade na igreja? Uma coisa que tenho procurado fazer por muitos anos é ao menos fazer uma coisas cada semana para ajudar a trazer unidade na igreja. Algumas vezes é tentando apresentar ministérios diferentes uns aos outros – algumas vezes é escrevendo cartas de apresentação. Recebo mesas redondas e convido pessoas de diferentes vertentes para falar na mesma conferencia, etc., mas se isso foi uma das coisas de maior importância no coração do Senhor, então quero manter isso como um dos principais propósitos em meu coração. Também percebi que quanto mais faço isso, mais isso encoraja outros a fazer o mesmo. O que aconteceria se todos nós começássemos a promover a unidade na igreja? Alguém irá fazer isso – por quê não nós?

[permissão para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 42

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 42 (15 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte XCIX

por Rick Joyner

O Senhor usa o título “Senhor dos Exércitos” mais que dez vezes mais que Ele usa qualquer outro de seus títulos. Ele é um Deus marcial, um líder militar. No tempo que há de vir, veremos toda a igreja que avança assumindo um comportamento militar – um de tal disciplina e determinação que os líderes militares do mundo irão invejar. Haverão aspectos básicos que o exército do Senhor será diferente de qualquer outro exército no mundo, mas será mais poderoso e mais eficaz em obter seus objetivos.

Nenhum bom general espera a batalha se iniciar para começar a treinar seus soldados. Os generais de mais sucesso na história foram aqueles que treinaram suas tropas bem o suficiente para implementar estratégias que não eram possíveis de seus inimigos a igualarem. O alicerce para toda força de êxito é treinamento e preparo. Tenho estado em muitas reuniões com líderes de igrejas que formaram estratégias grandiosas, mas que não tinham plano nenhum para treinar seu povo para conseguir as implementar. Eles não conseguiam entender porquê eu não me aderia a seu plano, mas não quero desperdiçar tempo em esforços que estão destinados a falhar, independente de quão nobres aparentem.

Por anos tenho considerado o fator mais fraco na igreja ser a falha de seus líderes para treinar e equipar o povo que lhe foi confiado. Esse é um mandato de Efésios 4, e um que quase nenhum líder considera hoje. Isso irá mudar. Me foi dito anos atrás que viria um tempo que o Senhor removeria todo líder que não cumprisse esse mandato de equipar os santos, e eu creio que estamos nos aproximando desse tempo.

Eu também creio que existem muitos na igreja que irão aplaudir toda vez que escutam o mandato de Efésios 4 para equipar os santos, mas não levam adiante nenhum esforço para ser equipado de fato. Estão acostumados com Cristianismo de espectadores e estão muito confortáveis por apenas pagar seu dinheiro para observar alguns fazerem todo o trabalho. Isso também irá mudar no futuro. Os que não estão vitalmente engajados em seu propósito irão se encontrar como parte da confusão e do caos, ou um de suas muitas vítimas. O mandato de Efésios 4 não é uma opção para líderes, e não o é para o povo.

Como tenho mantido por muitos anos, a maior liderança do mundo é a igreja. Porquê? Pense. Em qualquer outra situação, seja em um negócio, no ramo militar, ou qualquer outra organização, os líderes serão obedecidos por causa das conseqüências da desobediência, como perder um emprego, um tribunal militar, etc. Na igreja, ninguém precisa obedecer o líder a não ser que queira. O povo na igreja pode, e freqüentemente o faz, apenas ir embora se não gostarem de algo. Líderes de igreja devem motivar seu povo a obedecer como nenhuma outra forma de liderança.

É claro, alguns líderes de igreja usam manipulação, ameaças e outras formas de um espírito de controle para fazer o que eles acham que é a obra de Deus, mas esses inevitavelmente terminam em fracasso. Esses fizeram com que as pessoas da igreja desse as costas para qualquer forma de autoridade a um grau tal que estão estas estão hesitantes em se entregar novamente a um relacionamento mais profundo com a igreja. Se fomos feridos assim, devemos superá-lo. Não acho que não conheça ninguém que, por vezes, foi ferido por alguém com um espírito de controle, seja na igreja, no trabalho, na escola, ou em algum esporte. Não podemos permitir isso nos impedir de responder à liderança verdadeira, nenhuma dessas sendo perfeita nessa vida.

“O Senhor dos Exércitos” é o líder dos exércitos. Como mencionado, à medida que procedemos para os tempos vindouros vermos o corpo de Cristo começando a tomar mais e mais um comportamento militar. Será diferente, de muitas formas, de um exército dessa terra, do mundo, mas o preparo, a disciplina e o foco se tornarão mais e mais como um exército em guerra. Porém, o tipo de liderança e as armas que usamos não serão carnais, mas espirituais (e muito mais poderosas). Não seremos treinados para tirar vidas, mas para salvá-las.

A vantagem que temos sobre a liderança no mundo é a qualidade do povo que segue à liderança espiritual. Como nosso amigo Francis Frangipane gosta de dizer com relação à igreja: Uma quadra [quatro cartas de mesmo valor] vale mais que uma casa cheia [um trio de cartas com um valor mais uma dupla de outro valor]! Essa analogia com o pôquer é válida. É melhor se ter dois em unidade do que duzentos que estejam em discórdia. Porém, os que continuam a se recusar a estar em unidade com a igreja irão se afastar mais e mais do Senhor e de Seus propósitos em suas vidas.

Por que o Senhor permitiu o Seu povo ser tão perseguido no início e permitiu a verdadeira semente ser perseguida ao longo dos tempos? Porque isso separa aqueles cujos corações não são verdadeiros. Aqueles com todo tipo de motivação má irão se ajuntar a algo que aparenta ser um destino seguro, mas leva um amor da verdade e fidelidade à convicção de alguém para se juntar a algo que é perseguido. Lembre-se, todo esse tempo se trata de “treinar para reinar”. Não é uma questão do que recebamos aqui, mas uma questão de eternidade. Os que vivem para a verdade colocam seus corações em coisas que são eternas, não os cuidados temporários dessa vida.

Os que são da verdade estão no mundo, mas não são dele. Eles não são motivados pelo que são motivados aqueles cuja esperança esteja no mundo presente. Eles vivem para fazer a vontade de Deus, para agradá-Lo em todas as coisas. Sua alegria é a alegria do Senhor, não o reconhecimento ou glória dos homens. Esses marcham alinhados porque seus corações estão completamente motivados a obedecer aquele que é a Verdade em Si.

Quantos discípulos verdadeiramente radicais assim você conhece? Provavelmente não muitos, e talvez nenhum. Porém, isso vai mudar, e já está mudando. Sempre houveram alguns discípulos radicais, mas eles agora estão aumentando. Estão começando a encontrar uns aos outros e se ligarem juntos como verdadeiros times espirituais de poder. Estão começando a discernir os tempos e se preparar para eles. Não estão buscando carreiras; pelo contrário, estão buscando seus chamados. Quando você se encontra com um desses, você saberá. Eles são radicalmente diferentes. São verdadeiros crentes.

Assim como as Forças Especiais por fim afetaram todo o ramo militar, elevando seus padrões e enxertando um espírito de excelência, o mesmo está acontecendo na igreja à medida que os verdadeiros discípulos começam a despertar e viver com todos seus corações em disposição para servir e fazer a vontade do Senhor. Existem discípulos radicais que são radicais em obediência, que não vivem e pensam como os outros, e que verdadeiramente não são desse mundo. Esse é o seu chamado. Não importa se os à sua volta não estão vivendo dessa maneira – você é chamado para viver como um verdadeiro discípulo.

“Se alguém deseja vir após a Mim, que negue a si mesmo, e tome a sua cruz, e Me siga.

“Pois quem quiser salvar a sua vida deverá perdê-la; mas quem perder sua vida por Minha causa a encontrará” (Mateus 16:24-25)

“Se alguém vier a Mim, a não odiar a seu próprio pai e mãe e esposa e filhos e irmãos e irmãs, sim, até a sua própria vida, este não poderá ser Meu discípulo.

Quem não carregar a sua cruz e vier após a Mim este não poderá ser meu discípulo.” (Lucas 14:26-27)

Quem amar alguma coisa ou a alguém, inclusive sua própria vida, mais que a Deus, não é um verdadeiro discípulo. No tempo que há de vir, os verdadeiros discípulos serão fáceis de distinguir do resto. Podemos nós ser distinguidos como verdadeiros discípulos?

[permissão para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 41

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 41 (08 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte XCVIII

por Rick Joyner

Anteriormente nós abordamos algumas coisas que aprendemos de nossa experiência nas operações de socorro do Furacão Katrina. Isso não foi algo que havíamos feito como ministério antes, e nós especificamente nos engajamos a isso porque fomos ditos que aprenderíamos muito disso no que diz respeito a liderança na igreja nos tempos que hão de vir. Como as Escrituras deixam claro, haverão crescentes dificuldades no fim destes tempos, então precisamos aprender como operar neles, ajudando a trazer ordem e paz em meio ao caos. Mesmo agora, muitos problemas têm aumentado além do que o homem possa remediar, e estão aumentando. Isso está apresentando a maior oportunidade para a luz brilhar nas trevas.

Devido ao fato de que o caos vindo sobre o mundo basicamente é o resultado da humanidade tentando governar o mundo sem o seu Criador, a paz e a ordem irão surgir do caos sempre que nos tornamos de volta ao Criador à medida que procuramos viver de acordo com os Seus caminhos. É simples assim. À medida que o mundo continua a se fragmentar, a igreja começará a se agregar em uma unidade que será um forte contraste com o mundo –uma unidade que é baseada em servir ao Senhor e obedecê-Lo.

A boa notícia é que os piores tempos podem ser os melhores tempos. O Senhor é um Deus de ordem, e Ele nunca é o Autor de confusão, mas o Espírito Santo ama lidar com caos. Ele se moveu diante do caos no início e trouxe consigo uma criação linda e harmoniosa. Ele sabe lidar com o caos! Ele pode até mesmo tornar o pior caos em algo muito lindo. Dessa forma, precisamos ver o caos como uma oportunidade para ver Deus fazer algo maravilhoso.

A forma com que estaremos preparados para as piores dificuldades vindo sobre o mundo é aprendendo a lidar com as menores agora. Olhe à sua volta: onde você vê caos e dificuldades? Estão os seus vizinhos com dificuldades? Há crescentes e aparentemente insuperáveis dificuldades se levantando em seu trabalho? Peça ao Senhor para intervir. Peça a Ele lhe ajudar a trazer palavras de encorajamento e paz no lugar de preocupação e conflito. Esse é o nosso chamado – o propósito de estar aqui – de ser uma luz na escuridão.

Dê a Deus o seu caos e observe o Seu trabalho! A liderança futura irá ver o caos e dificuldades como oportunidades do Espírito. Não irão fugir delas – irão correr para elas.

Após as interrogações com a nossa liderança e trabalhadores de socorro na crise do [furacão] Katrina, nós projetamos um plano para o tipo de liderança e outros treinamentos que com o qual precisaremos nos preparar para o próximo desastre. Então nos foi mostrado que o governo dos EUA já tinha chegado à mesma conclusão muitos anos atrás, eles já tinham manuais e pessoas empregadas para treinar para essas mesmas coisas. A FEMA [Federal Emergency Management Agency, Agência Federal de Gestão de Emergência, entidade governamental norte-americana] e o governo federal vêem a igreja como um aliado e querem de fato nos ajudar de qualquer forma que possam nessas situações. Temos aqui uma porta muito aberta.

Existem muitos no governo dos EUA que vêem a igreja como um grandíssimo aliado e grandíssimo bem aos cidadãos do país. Existem também aqueles que gostariam de abolir a igreja de qualquer jeito que o possam. Alguns no governo estão trabalhando para construir um melhor relacionamento com igrejas, e alguns estão buscando qualquer forma que possam perturbá-la. Diferentes governos no mundo tratam a igreja de forma diferente – alguns a vêem como boa e outros como ameaça, ou algo mal que deve ser destruído. Podemos esperar ambas dessas posturas aumentar á medida que os tempos se tornam mais intensos e a igreja aumenta em luz e poder.

A igreja irá crescer e ser vitoriosa em ambas as circunstâncias porquê ela irá se erguer para cumprir seu propósito nesses tempos. Devemos estar prontos para dar assistência ao governo de qualquer maneira que possamos para ajudar o seu povo. Eu também creio que devamos aceitar assistência do governo como vindo do Senhor quando for oferecida, mas não nos tornarmos dependentes dela, pois devemos somente depender do Senhor como nossa fonte.

Nós trouxemos um de seus instrutores para treinamento CISM (Crisis Intervention and Stress Management, Intervenção em Crise e Gestão de Ansiedade) em nossa igreja em Fort Mill [cidade do estado da Carolina do Sul, EUA]. Foi tão bom que quase todos que compareceram disseram que pensaram que todo Cristão, e, sem dúvida, todo pastor, deveria passar por esse treinamento. Os princípios aprendidos do treinamento CISM não eram apenas aplicáveis para um grande desastre como o Katrina, mas para a vida cotidiana.

As pessoas passam por situações diversas na vida, e todo Cristão deve estar equipado para ajudar os seus próximos. Os que passaram por esse treinamento, que somente levou alguns dias, tenderão a ser pró-ativos em quase qualquer situação que antes os teria paralisado. Imediatamente se tornaram luzes em seus bairros sempre que houvesse um acidente de carro, doença grande ou qualquer coisa que colocasse uma família em grande tensão.

Quando começamos a sediar o treinamento IFOC (International Fellowship of Chaplains, Comunhão Internacional de Capelães), todo nosso povo disse novamente a mesma coisa: todo pastor, e provavelmente todo Cristão, deveria passar por esse treinamento. Eu posso imediatamente ver como esse treinamento pode transformar o que era amargura e frustração a muitos pastores em oportunidades sobre as quais que eles na verdade seriam vitoriosos. Quase todos já experimentaram a satisfação e plenitude que vêm de verdadeiramente ajudar alguém. Ajudar alguém em uma verdadeira crise é uma das coisas mais gratificantes que você pode experimentar. Isso é o que atrai as pessoas para trabalhar na polícia, se tornarem bombeiros ou se juntarem à Guarda Costeira. Uma vez experimentado isto, pode se tornar um vício, mas existem coisas piores com as quais podemos nos viciar!

Certamente uma pessoa preparada será muito mais eficaz que uma que não esteja preparada. No futuro, haverão basicamente dois tipos de pastor e líder de igreja – os que têm esse treinamento e os que gostariam de ter tido. Os primeiros serão vitoriosos e produtivos em quase qualquer situação, enquanto que podemos esperar que os últimos estejam se afadigando e entrando em colapso sob o peso dos problemas, tornando-se parte da carência ao invés de alguém que supra carências.

Isto não é uma profecia negativa, mas um princípio bíblico. Os que falham em entender os tempos e se preparar para eles pagarão um alto preço por sua negligência. Novamente, a Bíblia é clara que nos últimos dias destes tempos “virão tempos difíceis” (veja II Timóteo 3:1). Se estivermos preparados para eles, interpretaremos isso como, “Nos últimos dias, virão grandes oportunidades para o evangelho, e seremos nelas vitoriosos!”

Os que são negligentes por crer que o Senhor irá apenas fazer sobre eles um "download" de qualquer conhecimento quando dele precisarem obviamente não conhecem os caminhos do Senhor e serão um crescente fardo nesses tempos. Certamente o Senhor pode assim proceder, e existem horas em que Ele o faz, mas são raras exceções. A única vez que Ele nos diz para não nos prepararmos é para quando formos levados diante de juízes, na perseguição. Como nos é falado em Salmos 32:6:

"Por esse motivo todos os que temem a Deus deverão orar a Ti em um tempo em que Tu podes ser achado; certamente no transbordar de muitas águas estas a ele não chegarão."

Eu creio fortemente em treinamento e preparo, mas o principal preparo de que precisamos é conhecer o Senhor e crescer nEle, em fé. Haverão muitas situações em que treinamento CISM deixará de suprir, de longe, o que for preciso. Precisaremos de milagres de Deus. Muitos dos que são os melhores treinados no natural tendem a se apoiar nisso mais que no Senhor, e os que têm aprendido a se apoiar mais no Senhor tendem a se retrair de preparo no natural. Para os dias que virão, precisamos aumentar em ambos. Deus nos deu mentes e nossa força natural, e Ele espera que os usemos quando podemos. Ele também espera que tenhamos a sabedoria de fazer tudo o que fazemos com Ele, e de ter a nossa fé nEle para que Ele possa cobrir qualquer coisa da qual faltemos, se estivermos habitando nEle.


[permissão para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

domingo, 7 de outubro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 40

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 40 (01 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte XCVII

por Rick Joyner

Um tempo atrás, começamos a abordar a questão do porquê todo anfitrião de um grande avivamento termina em pior estado que antes do avivamento. A resposta a essa questão nos dará muitas respostas importantes que podem trazer um influxo enorme de vida para a igreja, assim como capacitá-la a manter um nível de vida e poder que pode tornar avivamentos obsoletos e desnecessários. Porquê isso? Avivamento só é preciso quando algo precisa ser avivado. Se a igreja estivesse viva e avançando como devesse estar, ela não precisaria ser reavivada, mas estaria continuamente aumentando em vida e poder.

Isso é declarado em Provérbios 4:18, “Mas o caminho dos justos é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito.” Esse é o Cristianismo normal – caminhando em luz continuamente crescente até que tenhamos a plenitude da luz. Já que é óbvio que ninguém está caminhando na plenitude da luz, e não há pessoa de crédito que diga que o esteja, nós ainda temos muito chão a trilhar. Porém, existem pessoas e moveres que estão andando constantemente em uma luz crescente e ainda devem estar no caminho correto.

Portanto, se isso não está acontecendo conosco, então deixamos de entrar no lugar certo em algum momento do caminho. Precisamos voltar para onde erramos e voltar para o caminho correto. Isso se chama “arrependimento”.

Uma coisa é sair do caminho, outra é empacar em algum lugar e parar de se mover. Isso acontece a muitos. Estes podem não estar envolvidos em pecado ou legalismo, que são as valas em ambos os lados do caminho da vida, mas também não estão aumentando na luz na qual andam. Estes apenas pararam, e maior parte destes o fizeram porque se depararam com uma transição que não conseguiram ou não quiseram encarar.

Navegar por uma transição espiritual é uma das exigências mais raras e difíceis para liderança. Transições oferecem o maior risco, e portanto exigem a maior fé. Em toda transição significativa que eu experimentei, parecia que todo o trabalho estava sendo colocado em risco para se ir ao próximo nível. Mesmo havendo a promessa de ser capaz de dar muito mais fruto uma vez feita a transição, quase todas exigem que uma poda severa a preceda . É muito mais fácil liderar quando as pessoas estão se agregando e tudo está aumentando que o é por uma poda na qual as pessoas estão indo embora. O propósito da transição pode parecer obscuro para todos exceto os líderes.

Como o Apóstolo Paulo compartilhou com as igrejas do primeiro século, “Por muitas tribulações deveremos passar para adentrar no reino de Deus” (veja Atos 14:22). Este é um princípio que podemos interpretar, “Por muitas transições deveremos passar para adentrar no reino de Deus.” Transições serão tribulações. É por isso que quando o mundo todo fizer a transição para o reino, será a maior de todas as tribulações. Muitos de nós queremos chegar ao reino, mas não muitos querem entrar pela porta.

Mesmo assim, igrejas, moveres, missões e até empresas e nações começam a morrer quando empacam em um estágio de desenvolvimento – param de crescer e ir adiante. O Rio da Vida é exatamente isso – um rio, não um lago ou piscina. Um rio flui, se move, e vai para algum lugar. Por isso é dito que nunca se pode entrar no mesmo rio duas vezes – ele muda constantemente. Quer queira quer não, mudança é uma evidência de vida saudável. O caminho da vida, que também é chamado de caminho dos justos, é um caminho, e um caminho leva a algum lugar.

Biblicamente, vemos os grandes moveres de Deus tendo o mesmo problema que nós temos em manter o ânimo e o ímpeto. Um lugar no qual isso é ressaltado é em Esdras 4:24 – 5:2:

Então o trabalho na casa de Deus em Jerusalém cessou, e assim permaneceu até o segundo ano do reino de Dario, rei da Pérsia.

Quando os profetas, Ageu o profeta e Zacarias filho de Ido, profetizaram para os Judeus que estavam em Judá e Jerusalém, em nome do Deus de Israel, que estava sobre eles,

então Zorobabel filho de Sealtiel e Jesua filho de Jozadaque se levantaram e começaram a reconstruir a casa de Deus que está em Jerusalém; e os profetas de Deus estavam com eles os ajudando.

Em Esdras, nas profecias de Ageu e Zacarias, o remanescente que havia retornado para reconstruir o templo lançou o alicerce e então se distraiu, com cada um construindo suas casas, e se esquecendo da cada de Deus. Esta é uma cena profética boa de onde a igreja está hoje. Muitos se ergueram com um coração para ver Cristianismo radical e bíblico e vida em igreja neo-testamentária restaurados. Um fundamento para isso foi lançado, mas então os trabalhadores se tornaram distraídos e foram construir suas próprias “casas” ou ministérios. É raro se encontrar um ministério hoje que não seja apenas construído ao redor do propósito ou visão de um indivíduo que tem um verdadeiros propósitos e visões de reino. Em Esdras, essa distração continuou até que os profetas começaram a profetizar. Esse é um dos principais motivos de o Senhor ter erguido o ministério profético em nossos tempos – para completar o trabalho em Sua casa restaurada e ver a igreja vir adiante em toda a glória que é chamada para andar sobre.

Nas últimas duas décadas, o ministério profético tem sido recebido em uma crescente parte do corpo de Cristo. Tem havido novamente um mover rumo ao propósito principal da igreja nos lugares onde tem sido recebido. Este ministério é dado principalmente para fazer a igreja se mexer, mantê-la se mexendo, o que vemos em Esdras 6:14:

E os anciãos dos Judeus obtiveram êxito em construir por meio das profecias de Ageu o profeta e Zacarias filho de Ido.

E eles terminaram de construir de acordo com o comando do Deus de Israel e do decreto de Ciro, Dario e Artaxerxes, rei da Pérsia.

Primeiramente, os anciãos obtiveram êxito em construir por meio das profecias dos profetas. Os profetas não criaram a construção – os anciãos o fizeram. Alguns profetas podem ser bons construtores, mas não muitos. Em geral, profetas farão um bom trabalho em deixar os anciãos fazer essa parte e deixar os profetas ficarem com a sua parte. Os anciãos também fariam um bom trabalho ao não tentar envolver demais os profetas no trabalho prático de construir. Eles podem querer fazê-lo, mas se não for o seu chamado, e com a maioria deles não é, então não devem fazê-lo.

A questão central que falamos antes é que o trabalho na casa de Deus cessou até que os profetas começaram a profetizar. O trabalho na casa de Deus não evitará pontos comuns, ou sair deles sem os profetas. Certamente os profetas podem ser difíceis, mas o trabalho será muito mais difícil sem eles. O tempo pode agora estar diante de nós em que nenhum trabalho entrará em seu propósito pleno sem eles. Eles são especialmente importantes para ajudar em obras passarem por estágios de transição.

Os profetas são parte do corpo, e como o Apóstolo Paulo explicou, uma parte do corpo não deve dizer para a outra que não têm necessidade dele. Não iremos muito longe sem eles. Se rejeitarmos os verdadeiros profetas, iremos nos inclinar para nos sujeitar aos falsos. O motivo que lemos em Atos 2:17-18 que “nos últimos dias,” quando o Senhor derramar Seu Espírito, o resultado será sonhos, visões e profecia, é porque nos últimos dias, não conseguiremos fazer nossa parte sem esse tipo e orientação específica.

O terceiro ponto que podemos derivar de Esdras 6:14 é que o trabalho foi completado de acordo com o Deus de Israel e os decretos das autoridades civis. É algo marcante a forma com que o Senhor moveu nos corações desses reis não apenas para permitir seus escravos irem, mas os abençoar e apoiar e doar para o seu trabalho. Isso é outro assunto em si só que por agora apenas mencionaremos, mas inclinações da mente anti-governo e anti-autoridade não têm lugar na obra de Deus, como Paulo deixou claro em Romanos 13.

Nessas últimas semanas eu tenho tentado reforçar e elaborar um pouco mais a respeito de como proceder em uma fase de transição. Esse é um dos aspectos mais críticos de liderança. Os maiores líderes da história foram aqueles que lideraram o atravessar de grandes transições. Estou também compartilhando isso porque creio que estamos, em geral, nas primeiras etapas de uma grande transição, talvez a maior até agora – a transição de um tempo. Isso exigirá liderança extraordinária, mas o Senhor a proverá. Mesmo assim, andando na luz a na crescente luz do “caminho dos justos,” significa que devemos poder ser capazes de ver nosso caminho com clareza crescente. Isso é o que iremos buscar.


[permissão para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 39

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 39 (24 de Setembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte XCVI

por Rick Joyner

Tendo estudado avivamentos e moveres de Deus por quase quarenta anos, ainda hei de encontrar um exemplo de uma igreja ou trabalho que consiga sustentar um verdadeiro avivamento por mais de alguns anos, e normalmente dois é o limite. Maior parte das vezes, a igreja ou a região que foi anfitriã do avivamento, terminou em piores condições do que antes dele. Por quê?

Antes de procurar responder a isso, permitam-me dizer que mesmo que um verdadeiro avivamento possa ser muito custoso para aqueles que o sediam, ainda assim eles valem a pena pelo bem que eles causam. Mesmo assim, para o anfitrião ser tão devastado por um avivamento não é o melhor; antes disso, é possível para estes serem abençoados e beneficiados dele.

Já que vemos em parte e conhecemos em parte, pode haver mais para a resposta dessa questão do que eu vou apresentar. Meus estudos e minha experiência me levaram a crer que a principal razão para tal é a falta da compreender as fases da vida e desenvolvimento em igreja que temos estudado, e a falha em fazer as transições necessárias entre elas.

Conhecer estes princípios e ter o ímpeto e determinação para implementá-los são duas coisas diferentes. É muito mais fácil ser um comentarista de rodas do que estar no jogo. Ter a sabedoria e liderança para navegar no processo de alguma dessas transições quase certamente irá exigir passar por uma das coisas mais desanimadoras e que causam mais desapontamento que um líder pode enfrentar: perder muitas pessoas.

É improvável que uma transição entre qualquer dessas fases possa ser feita sem perder muitas pessoas, e portanto muito apoio. Haverá uma poda com cada transição, e provavelmente uma poda bem severa. Não muitos terão a visão espiritual ou compreensão para ver isso como algo positivo – que essa poda é necessária para que a árvore possa dar muito mais fruto depois. Vamos agora ver algumas coisas que podem ajudar a nossa visão nisso.

Primeiro, o maior líder que já andou na terra, Jesus, passou pelo mesmo tipo de poda quando Ele fez transições em Seu ministério. Nós vemos isso demonstrado dramaticamente em João 6. Grandes multidões o seguiam por causa dos sinais que viam. Outros o seguiam por causa dos sinais que viram. Outros O seguiam por causa da provisão de Deus – Ele os alimentou multiplicando os pães e peixes. Quando Ele disse às multidões que Ele era o Pão do céu que a não ser que eles comessem de Sua carne e bebessem de Seu sangue, não poderiam ter parte com Ele, diz que não só as multidões o deixaram, mas muitos dos seus discípulos também (veja o verso 66). As multidões O seguiam por o que Ele podia lhes dar, mas quando chegou o momento de seguí-Lo por causa dEle mesmo, não sobraram muitos.

Esse capítulo representa uma transição significativa no ministério de Jesus. Até lá, Ele fazia maior parte de Suas obras e apresentava Seus ensinamentos para as multidões. Após isso, Seu foco era mais em Seus discípulos que nas multidões. Antes dessa transição, Ele fazia grandes milagres para que as pessoas pudessem crer. Após isso Ele fez milagres para os que criam.

É claro que, após essa transição, multidões ainda maiores o seguiriam novamente. Permaneçamos no curso; toda poda no final resultará em mais fruto. Porém, devemos também considerar o seguinte: o Senhor nunca depositou sua confiança nas multidões. Porquê? A mesma multidão que clamou “Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor” (veja Marcos 11:9), apenas cinco dias depois clamava “Crucifica-o!” Um líder é tolo se confia na inclinação dos muitos – esta pode mudar rápido, fácil e profundamente. Um verdadeiro líder deve liderar por ter em si convicção e determinação de permanecer no curso, independente do que outros possam pensar ou fazer, ou quantos o irão seguir.

Uma coisa que tem me ajudado a apoiar o ver pessoas deixando igrejas do MorningStar é vê-las como sementes que estamos plantando em todo o corpo de Cristo, que irão então dar mais frutos a partir do que receberam de nós. Freqüentemente dizemos que maioria das pessoas que vêm a nós “logo vão embora”, ou vêm para ficar um pouco, pegar o que precisa e então vão adiante para ser uma bênção para outros. Dessa forma, temos podido ajudar a povoar muitas outras congregações com pessoas excelentes.

Isso não seria possível sem manter uma visão por todo o corpo de Cristo, ao mesmo tempo mantendo uma para o que somos chamados para fazer também. Qualquer parte do corpo que cresce sem consideração com as outras partes é um câncer. Nós não queremos ser um câncer para o corpo, mas uma bênção para ele – ele todo. Decidimos no começo querer o nosso fruto no céu e não nos importarmos com como ele se aparenta aqui. Essas pessoas não são minhas, e eu nunca quero me tornar possessivos delas. Elas são do Senhor e Ele deve ser capaz de as colocar em Seu corpo onde Lhe agrada, não eu.

Outra coisa que fazemos é parar todas as nossas reuniões e cultos todo mês de Julho e dizer para as pessoas visitarem outras igrejas para que mantenham uma visão de todo o corpo em nossa região. Também dizemos para elas que se acharem um lugar no qual se encaixam melhor do que conosco, que permaneçam lá. Nós as abençoamos para fazerem isso. Isso as tem ajudado a irem embora livremente quando precisarem, e nos tem ajudado a mantermos nossa atenção e fé no Senhor, não nas pessoas. Todo mês de Agosto, começamos as primeiras reuniões sem saber se pessoas irão voltar. De fato isso aumenta a nossa fé a cada ano que passa. Porém, até o presente momento, mais voltam do que os que enviamos, e algumas vezes muitos mais. Esse não é na verdade o nosso objetivo, mas acontece.

É também de se pensar que isso nos ajudaria a ganhar a confiança das outras congregações locais, enviando nossas pessoas para eles, e até as dizendo para levarem seus dízimos com elas para abençoar outras congregações, mas até aqui o inverso tem sido verdade. Isso só os tem feito suspeitar mais de nós, principalmente os que são muito possessivos de seu povo, ao simplesmente não compreender porquê fazemos isso.

Porém, não estamos fazendo isso para ganhar a confiança de congregações locais, estamos fazendo por obediência, e para abençoar essas congregações quer elas reconheçam ou não. Se realmente temos uma visão de reino, iremos medir nosso sucesso como igreja pela saúde das outras congregações em nossa área. Dessa forma, ficamos felizes ao enviar alguns dos nossos melhores todo ano. Não procuramos recompensas ou reconhecimentos deles, mas do Senhor.

Possivelmente o maior beneficio tangível que temos recebido é o frescor incrível que provém disso e do avanço espiritual inquestionável do qual temos gozado todo outono [após o mês de julho]. Podemos detectar no mês de junho que as pessoas precisam de um descanso das reuniões, mas em agosto, quando elas voltam, notamos que elas realmente sentiram falta das reuniões, e há um zelo novo nelas e em nós simplesmente por nos reunirmos.

Isso é algo que fazemos do qual cremos que foi uma estratégia que o Senhor nos deu, mas eu não estou recomendando outros a fazerem isso. Eu agora sei de alguns outros que ouviram do que estamos fazendo, tentaram o mesmo, e eles, também, têm perceberam um grande beneficio disso. Porém, considero isso ser entre elas e Deus.

Fazemos isso em Julho porque é o sétimo mês, e existe um porquê de se observar o Sábado do Senhor. Não fazemos isso para observar a lei, e se isso se torna mais uma lei, sabemos que será contra-produtivo. Fazemos por obediência, e para nós funciona. Já é limite do que eu quero falar a esse respeito, mas eu acho de fato que o Senhor pode nos dar coisas práticas para fazer que manterão nossa confiança e atenção nEle ao invés de nas pessoas, o que é crucial se queremos nos tornar líderes levantados pelo Senhor e guiados por Ele.

Poderíamos também pensar uma estratégia como essa iria enfraquecer muito nossas igrejas locais, mas o inverso tem ocorrido. As pessoas do nosso núcleo na verdade são as mais fortes que eu já vi em uma congregação local, e elas estão se fortalecendo cada vez mais. Nossa equipe de liderança central também tem mais longevidade juntos do que qualquer outra equipe da qual eu saiba. Até aqui, temos passado por um certo tanto de transições com um certo tanto de nossas congregações, e eles têm sido tão calmos e lisos quanto eu poderia imaginar. Eu os tenho visto passar por podas severas sem chegar perto da turbulência que estávamos esperando, e o aumento de frutos aparentemente sem o orgulho que freqüentemente vem junto, que por sua vez desvia um trabalho e estraga o fruto.

É claro que talvez eu compartilhar dessa forma as coisas seja uma forma de orgulho. Espero que não, mas agora temos longevidade o suficiente para ver que se algo está funcionando, e se pode ajudar a outros, então eu quero compartilhá-lo. Eu acho que uma coisa que irá ajudar a toda igreja, mover, denominação, ministério ou missão é não construir com base nas pessoas, mas com base no Senhor. Ainda, não use as pessoas para erguer seu ministério, mas use o seu ministério para erguer as pessoas.


[Autorização para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida por MorningStar]

Boletim Profético Ago/07: A Matéria de Maior Peso

Boletim Profético
Ministério Morning Star – Agosto/2007

A Matéria de Maior Peso

No dia 6 de junho de 2007, eu vi os céus se abrirem e uma bola de fogo, como um meteoro, vir direto na minha direção. Ao me mexer para desviar dela, ela reagiu instantaneamente, então eu sabia que não podia escapar. Me atingiu no peito, e, apesar de fisicamente eu não ter sentido nada, todo o meu ser estava em fogo e também dentro de mim. Queimava, mas não fisicamente. Era um fogo espiritual que eu sentia no meu coração, não no meu corpo. O fogo também me deixou muito alegre, renovado e despertado.

Então, eu vi a veste de noiva mais linda que jamais havia visto ser suspensa acima de mim. Era feita de material de outro mundo. Era do branco mais puro, mas também emitia o azul e ouro mais lindos que qualquer outro. Eu não poderia imaginar alguma veste mais bonita sendo feita. Eu ouvi a voz do Senhor dizendo,
- Você ajudará a Minha noiva vestir estas?,
e então a visão terminou.

No dia posterior a esse eu vi os céus abrirem novamente, e novamente eu vi a bola de fogo. Ao olhar, me foi dado entendimento. A bola de fogo estava percorrendo por espaço profundo. Havia uma novidade e renovo em tudo o que eu sabia que eu estava vendo essa bola de fogo no inicio da criação. Havia também uma grande beleza e alegria como aquelas de uma linda manhã de primavera, mesmo no espaço. Tudo parecia simplesmente emanar beleza, alegria e frescor.

À medida que eu permanecia a olhar essa bola de fogo, eu enxerguei dentro dela. Em seu núcleo havia outra bola que era de cor azul/dourada metálica. Esse era o centro nuclear que causava o fogo, que era como uma reação nuclear surgindo da esfera interna. Essa bola era feita da matéria mais densa e pesada o possível. Era também a matéria de maior peso que mais importava para Deus – Seu desejo por Sua noiva.

Eu sabia que era por isso que eu fui atingido pela bola de fogo antes de me ser mostrada as vestes de noiva. O fogo principal, a mais importante paixão de Deus, é por Sua noiva.
Estava me sendo mostrado isso no início da criação porque eu estava para entender que essa era a coisa principal que estava no coração de Deus quando ele criou o universo – Sua noiva, que seria sua companheira eterna. Eu sabia que me foi dada a compreensão de todo o vasto tempo em que esse fogo existiu sem mudança, mas também para entender tanto Sua paciência e Sua determinação de ter Sua noiva. Essa é a razão principal de Ele ter criado o universo, e é a razão principal de sua existência.

Deus ama Sua criação, tanto a espiritual como a natural. Ele ama a cada anjo e cada criatura, e é por isso que ele percebe quando um simples pardal cai no chão. Ainda assim, seu primeiro amor é para a Sua noiva. Apesar de Ele amar a terra e toda a criação, é a Sua noiva que estava em Seu coração quando ele se tornou homem e quando Ele foi a cruz.

Ao continuar olhando para a bola de fogo, eu entendi o porque dela me queimar espiritualmente mas não fisicamente. Esse fogo não consome matéria porque sua fonte é espiritual – é um fogo do coração. É o que queima no coração de Deus. Isso é o que dá vida e é a fonte da vida. É por isso que vida eterna consta em conhecer a Ele, que significa conhecer o Seu coração.

Esse era o fogo que estava na sarça ardente por meio da qual Deus falou a Moisés. A paixão que queima no coração de Deus pelo seu povo é o que caiu sobre Moisés. Existe tanta vida nesse fogo, que tem queimado desde a eternidade. Foi transmitida tanta vida a Moisés que quando Deus o tomou quando tinha cento e vinte anos de idade, ele não tinha deteriorado fisicamente. Esse também é o fogo que acompanha o verdadeiro batismo no Espírito Santo. É a paixão por o que está no coração de Deus. Tal fogo está agora vindo novamente à terra porque chegou o tempo do povo de Deus ser liberto, deixar suas amarras e percorrer o caminho para chegar a sua terra prometida, sua herança.

Foi esse o fogo que também tocou Abraão e Sara, dando-lhes a visão de deixar tudo o que eles conheciam em Ur para buscar o propósito de Deus. Era esse fogo que estava no forno fumegante que Abraão viu quando Deus selou sua aliança com ele. Esse fogo que estava em seus corações dava tanta vida que mesmo quando Sara tinha noventa anos ela era ainda fisicamente tão linda que Abraão temia que seria morto por algum rei que a quisesse para si. Quando nos aproximamos de Deus o suficiente para sermos tocados por aquilo que queima em Seus coração, nos é transmitida uma vida que renova, e não destrói. É por isso também que o Apostolo João viveu por tanto tempo – ele reclinou a sua cabeça sobre o peito de Deus e ouviu as batidas de Seu coração. Porque o coração de João estava tão próximo ao coração de Deus, a indestrutível vida de Deus o permeou.

Moisés não foi rejuvenescido apenas por ver ou estar próximo à sarça ardente, mas por tomar sobre o seu coração aquilo que estava no coração de Deus. Lembrando, esse é um fogo do coração, um fogo espiritual. Não é por ver o fogo, ou estar fisicamente próximo a ele, mas por se unir com o que está em Seu coração. Aquilo que está queimando no coração de Deus tem estado lá desde a eternidade – é indestrutível e nunca morrerá. Ao tomarmos o que está em Seu coração para nossos corações, a mesma vida indestrutível está em nós. Isso é o que realmente quer dizer conhecer a Deus, conhecer as coisas mais profundas no Seu coração, e compartilhá-las com Ele em seus propósitos maiores. Não precisamos ter uma experiência profética para fazer isso, mas apenas sermos buscadores de Deus. Os verdadeiros buscadores de Deus, os que estão realmente próximos a Ele, queimarão com um fogo que não tem como apagar. Eles não serão mornos.

Novamente, não existe nada de maior peso, não existe nada que tenha mais substância, energia, poder ou vida em si, do que estar unido com Deus quanto ao que está em Seu coração. Essa é a questão fundamental do homem, de ser um com Deus, de ter o Seu coração. Diz em Salmos 103:7: “Ele fez os Seus caminhos conhecidos a Moisés, os Seus atos aos filhos de Israel.” Moisés foi usado para realizar alguns dos maiores milagres que Deus realizou por meio de um homem, porem Moisés queria conhecer os caminhos de Deus, não apenas os Seus atos. Ele queria estar unido ao Senhor quanto ao que estava em Seu coração, não apenas ao que Ele estava fazendo. Nos também vemos isso em Êxodo 33: 12-16:

Então Moisés disse ao Senhor,
- Veja, o Senhor me diz, “Faze subir a este povo”, mas não me revelaste quem enviarás para ir comigo. Porém Tu disseste: “te conheço pelo nome, e achaste graça aos Meus olhos.” Agora, portanto, eu lhe peço, se é que tenho achado graça aos seus olhos, mostra-me o Teu caminho, para que eu O conheça e que eu possa achar graça aos seus olhos. E atenta que essa nação é o Seu povo. E Ele disse,
- A minha presença irá contigo, e lhe darei descanso. Então Moisés disse,
- Se a Tua presença não for conosco, não nos leve daqui. Pois como então será mostrado que o Teu povo e eu achamos graça aos Teus olhos, se não fores conosco? Seremos então separados, o Teu povo e eu, dentre todos os povos que estão na face da terra.

Esta é uma das verdades mais básicas que deve ser recuperada pela igreja para que ela venha ao seu propósito e estatura plena, para se tornar a noiva pura e sem manchas que Ele merece ter. Programas e boas obras podem ser esforços nobres porque nos também fomos criados para boas obras, mas elas não são as coisas principais. A coisa principal é amar a Deus e amar as coisas que Ele ama, e odiar o que Ele odeia.

O chamado básico para todo Cristão e se tornar como Ele e fazer as obras que Ele fez. Nós nos tornamos como ele por ver a Sua glória: “Mas todos nos, com o rosto sem véu tendo a gloria do Senhor como em um espelho, estamos sendo transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como do Senhor, o Espírito” (II Coríntios 3:18). As obras vêm de sua natureza. Ele não quer que sejamos apenas usados para curar os doentes, mas ser usados para os curar pela mesma razão que Ele os curou – Ele ama as pessoas. Porém, se não amarmos a Deus mais do que amamos as pessoas, não poderemos amar as pessoas como devemos.

Tem sido dito que qualquer um irá desistir exceto aquele que está amando. Compromisso, dever, honra, devoção às boas obras e devoção à verdade são todas boas coisas e podem ajudar a nos manter no caminho da vida, mas quando o teste fundamental vem, somente aqueles que amam permanecem, somente aqueles que amam permanecerão no curso.

A maior paixão de Deus, o fogo que queima em Seu coração, é pela Sua noiva, a igreja. Esse fogo irá novamente tocar a terra, e os que são seus mensageiros irão queimar com ele. Eles irão se erguer com paixão para ver a noiva se preparar. Uma nova ninhada de ministério está agora sendo comissionada. Esses são os verdadeiros amigos do noivo. Estes serão eunucos espirituais para o bem do reino. Um eunuco não pode ter um desejo pela noiva ou querer usá-la para os seus propósitos; pelo contrário, toda sua satisfação vem de ver a satisfação do Rei com a Sua noiva – essa será sua paixão. Essa nova ninhada não ira violentar a noiva; todo seu propósito será de ajudar a noiva se aprontar para o Rei.

A nova cria de ministério não usará as pessoas para construir seus ministérios, ela usará seus ministérios para construir pessoas. Isso resultará em uma revolução na igreja. A ambição egoísta será expulsa do ministério da igreja. Cristãos começarão a amar uns aos outros e servir a partir do amor. O resultado disso será uma sociedade de santos que se tornarão uma maravilha na terra e uma verdadeira luz ao mundo.

Os que compreendem os tempos não estão tão focados no que o diabo está fazendo assim como estão no que o Senhor esta fazendo. O maior sinal de que o fim desta era está próximo será a noiva emergindo na glória sobre a qual ela é chamada para caminhar. O Senhor não irá vir até que a Sua noiva esteja pronta. Seu preparo para o mais grandioso de todos os eventos, a união de Cristo com sua noiva, irá acelerar à medida que nos aproximamos do final desta era.

As vestes da noiva

Como falei acima, as vestes da noiva estavam além da beleza que eu já havia visto em qualquer vestimenta. Não apenas eram feitas de um material de outro mundo, mas eram de um arranjo feito por artistas com dons de outro mundo. Isso, também, é uma mensagem importante. Esses dons estão sendo dados para a igreja para ajudar a noiva a se aprontar.

No Velho Testamento nós freqüentemente achamos menções dizendo que o Espírito do Senhor veio sobre alguém, como em II Crônicas 15:1 ou II Crônicas 24:20. Porém, foi Bezalel quem foi a primeira pessoa na Bíblia sobre quem diz que foi “cheio do Espírito”, o que vemos em Êxodo 31:1-5:

E o Senhor disse a Moisés:
- Veja, chamei pelo nome de Bezalel o filho de Uri, filho de Ur, da tribo de Judá. E o enchi com o Espírito de Deus em sabedoria, em compreensão, em conhecimento e em todo tipo de artifício, para fazer arranjos artísticos em trabalho com ouro, prata e bronze, e no lavramento de pedras para engastar, e no entalhar de madeira, para que possa trabalhar em todo tipo de artifício.

Pense sobre esse fato: Um artista foi a primeira pessoa [a mencionar] que foi cheia com o Espírito Santo, não um sacerdote, rei ou profeta. Isso nos deve dar um sentimento definitivo da importância que o Senhor deu à arte. Sua morada, seu tabernáculo, que é um projeto ou modelo para a igreja, uma “morada não feita com mãos”, teria de ser feita pelo melhor dos artistas. Existe um poder na arte que a igreja em geral não tem reconhecido por muitos séculos até aqui. E deve ser recuperado porque o Senhor irá dar aos artistas em Sua casa poder sem precedentes para profetizar por meio de suas artes.

Quando olhamos para a natureza, qualquer pôr-do-sol, ou qualquer floco de neve, fica óbvio que não existe artista como Deus. É a sua natureza. Porém, toda a beleza que vemos foi feita a partir de seu amor pela humanidade. É um dom. Esse amor motivou a sua arte. Se você já viu o pôr-do-sol ou algo de grande beleza e teve um sentimento de que foi feito especialmente para que você olhasse – foi. A arte de Deus é para o Seu povo. O inverso está para se tornar realidade – as artes mais altas do homem virão de um amor a Deus.

Existe uma unção vindo sobre artistas que é ate maior que a que foi dada a Bezalel para construir o tabernáculo de Moisés. Aquele era senão um tipo; o que vem será o cumprimento. A glória da Nova Aliança é maior do que a anterior, e aquilo que é dado para adornar a noiva será maior que aquilo que veio para ajudar a adornar o tipo. Nós não mais continuaremos a olhar para os grandes mestres da arte da história – os maiores mestres da arte exercerão seu ofício agora.

Há uma unção que está para vir sobre artistas que virá do Espírito Santo. A arte novamente será motivada por amar a Deus. Essa arte terá um poder profético tal que não foi dado antes para a humanidade. Quanto mais puro o amor, mais pura e poderosa será a arte. Esses são dons de Deus para Sua noiva, e a tocarão de maneiras profundas para levar o seu coração a Ele e ser usada para expressar o seu coração por Ele.

A arte mais verdadeira virá sempre da adoração mais intensa, e será adoração intensa. É por isso que, no final desta era, os dons mais criativos que o mundo jamais terá visto virão da igreja. Esses farão parte das vestes que ela vai usar, e o que ela veste refletirá o que existe em seu coração. Ela verá a Sua gloria, e produzirá glória em tudo o que fizer. Glória será a sua vestidura, será como um trem que vem após ela.

A palavra hebraica para gloria é kabowd e literalmente quer dizer “peso”. A glória final da noiva é a coisa de maior peso em toda a criação – é o amor que o Senhor tem por ela. Sua verdadeira glória é o fato de que ela estava no coração do Senhor desde o início; nunca mudou e nunca irá mudar. Ela é a paixão de Deus. Por causa disso haverá toda uma nova revelação da vinda das vestes de casamento. A maior alegria da criação será ver a alegria do Criador em sua esposa. Essa é a alegria que irá motivar a nova ninhada de ministério, alguns dos quais serão também os maiores artesãos de todos os tempos, e verdadeiramente serão cheios com o Espírito.

Eu não estou só falando sobre pintores, escultores ou músicos nessas artes, mas os verdadeiros apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, que foram dados para equipar os santos para se tornarem a igreja que somos chamados a ser. Eles serão tão criativos em seus ministérios que ministério será uma das maiores atrações dentre todas. O esculpir das palavras em mensagens começará a vir com tal poder criativo que multidões serão levadas até sua oratória. Isso não e uma questão de entretenimento, mas uma unção na arte de falar de acordo com o quanto a Palavra de Deus merece ser adornada.

Criatividade, a natureza básica do bendito Criador, irá brilhar por sua igreja como um testemunho de sua natureza. Porque seu coração estará em unidade tal com o Criador, a criatividade irá fluir de tudo o que ela faz. A música mais grandiosa e a mais grandiosa arte em todas suas formas, virão da igreja como adoração ao Senhor. Esses dons irão também atrair e equipar a noiva para o seu propósito mais elevado – sua união com o Rei. Irá começar a atrair as nações para a festa.

Resumo

Ao escrever esse artigo, passaram-se somente algumas semanas após essa experiência profética e ela ainda domina os meus pensamentos. Ela também reorientou minha compreensão de alguns assuntos básicos. Desde o início de minha vida Cristã, eu tenho tido um entendimento da importância da igreja e quão essencial é uma vida em igreja saudável para a maturidade Cristã e para nos posicionarmos de forma a cumprir nosso propósito na terra. Dessa forma, eu tenho sempre procurado construir a igreja local em tudo o que eu faço, e manter no coração todo o corpo de Cristo. Mesmo assim, anteriormente, eu via a igreja como um meio para um fim – um meio para preparar para a vinda do reino; claro que esse é o seu chamado, mas não seu propósito principal.

Claro que esse e o seu chamado, mas não seu propósito principal. Eu via o reino como um propósito maior, mas isso agora tem sido invertido – a igreja é o propósito maior.

Isso pode parecer sutil, e eu não acho que irá mudar qualquer parte de meu ensinamento tanto o quanto irá mudar minha devoção e orientação. Eu agora tenho um fogo em mim pela igreja que eu não tinha antes. Eu sinto um desejo ardente de a ver se tornar tudo o que ela é chamada a ser, e ser a noiva que nosso Rei merece ter.

Eu acho que é mais que importante se ter um entendimento do reino – é crucial. O reino era a mensagem que o Senhor veio pregar, e é o evangelho do reino que deve ser pregado antes que possa vir o fim deste tempo. Porém, o caminho que podemos ajudar melhor a preparar o caminho para o reino é ajudar a igreja a se tornar o que ela é chamada para ser. O Senhor não irá voltar para instaurar o Seu reino até que Sua noiva esteja pronta para Ele e pronta para governar e reinar com Ele no reino.

O Senhor ama a terra e tudo o que nela há. Ele irá a restaurar para seu propósito original como um verdadeiro paraíso, mas é a noiva que faz o seu coração bater mais rápido, e uma razão principal para a criação é de se alegrar junto a ela com sua noiva.

Nós poderíamos pensar que para a igreja ver dessa forma a tornaria arrogante e egocêntrica, mas existem forças o suficiente no mundo determinadas a mantê-la humilde. Ela deve ver seu alto propósito para começar a viver de maneira digna de seu chamado. Cristãos, como a igreja, são a verdadeira realeza da terra, e ela deve começar a se portar com a dignidade e respeito de seu sangue mais real. Claro, isso não quer dizer ser servida, mas servir, e fazê-lo com toda a autoridade que lhe foi dada.

Por causa disso, uma das coisas mais importantes que todos nós podemos fazer é encontrar nosso lugar em sua igreja, e começar a fazer tudo o que podemos para ajudar a torná-la pronta para Ele. Os verdadeiros amigos do noivo nunca irão desistir disso por causa do seu amor por Ele. Eles não irão permitir qualquer desapontamento ou desânimo os deter desse propósito. O Senhor terá uma noiva digna, e os que amam nunca irão desistir até que Ele o tenha. Essa é a nova ninhada.

Alguns dias após eu ter tido essa revelação, eu a compartilhei com Bob Jones. Ele imediatamente a relacionou com uma descoberta astronômica da qual eu não sabia, que se trata da descoberta recente do “pai de todas as supernovas.” [Supernova: estrela muito brilhante após a explosão]. Os céus são dados por sinais (veja Gênesis 1:14; Salmos 19). Esse é um sinal importantíssimo e em seu devido tempo. Acredita-se que no coração de uma supernova existe matéria tão densa, tão pesada, que o equivalente de uma gota dela pesaria mais do que todos os seres humanos na terra. Essa matéria e tão pesada que tem uma atração gravitacional tal que cria “buracos negros” porque essa super gravidade impede até a luz de escapar dela. Essa supernova deve ser muito maior do que qualquer uma já descoberta antes. Se essa é a maior de todas, então a matéria de maior peso da criação estaria no seu centro. Isso é o que eu vi no meio da bola de fogo – a matéria mais pesada do universo porque é o que mais importa para Deus.

A descoberta não é acidente, e aconteceu profeticamente neste tempo. Eu espero que os que olham para os verdadeiros céus da mesma forma irão descobrir essa matéria de maior peso, o amor do Senhor por Sua noiva. Assim como as supernovas criam as maiores explosões no universo e a maior luz emitida no universo antes de se tornarem o “buraco negro” pela densidade de sua gravidade, eu estou esperando uma explosão parecida de maior poder que já foi antes liberado, e uma maior luz do que jamais pode ter sido vista antes por meio da igreja. Por meio disso, ela será transformada muito rapidamente em tudo o que ela é chamada para ser.

Comparada com a vastidão do universo, a terra não é senão um pouco de poeira. Porque seria dada tanta importância a ela? Como o rei Davi ponderou em Salmos 8, o que é o homem para que Deus sequer atente a nós? Ele está buscando uma noiva, uma companheira, para com ela compartilhar a sua criação – para com ela compartilhar a eternidade. Esse é o seu chamado. Não existe chamado mais alto em toda a criação do que ser parte de Sua noiva, a igreja. Por fim ela chegará até a julgar anjos, compartilhar de Sua autoridade, sentando-se no trono com Ele. À medida que nos aproximamos dEle, nós começamos a caminhar nisso.

Novamente, a principal coisa que podemos fazer para ajudar na terra de uma forma permanente e duradoura é ajudar a igreja se tornar o que ela é chamada para ser. A maneira mais eficaz de fazermos isso é por amar mais a Deus, conhecê-Lo melhor, habitar nEle e direcionar a atenção da igreja para quem Ele é. A igreja está em uma necessidade desesperadora de saber quem ela é chamada para ser, mas não é por saber quem nós somos em Cristo que seremos mudados, mas por saber quem Ele é em nos. Não queremos louvar o templo do Senhor, mas o Senhor do templo. Mesmo assim, à medida em que chegamos e entender o Seu amor por Sua noiva, faremos de tudo que pudermos para ajudá-la a se aprontar para Ele, por causa de nosso amor por Ele.

[Autorização para tradução gentilmente concedida por MorningStar]