segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Palavra para a Semana n° 29 (2011)


As Experiências Proféticas, parte 6

Padrões da vida Cristã

Semana 29, 2011

Temos tratado da maturidade Cristã com relação ao profético – especialmente como ela pode afetar a forma com que interpretamos a impressões. No nível de revelação profética de impressões, os imaturos podem tender a misturar seus próprios sentimentos, mesmo quando sejam temporários como afastamento de cafeína, preconceitos para o bem ou para o mal, e opiniões. De fato é exigido o tipo de experiência que só vem da maturidade para aprender a separar o que o Espírito Santo pode estar imprimindo sobre nós e o que são nossas próprias percepções.

Espera-se até que crianças de dois anos de idade usem fraldas e façam uma bagunça com quase tudo o que toquem. Precisamos permitir que os novos em Cristo sejam imaturos e, sim, façam bagunças. Pessoas proféticas jovens e imaturas agirão como pessoas proféticas jovens e imaturas. A crença que alguns procuraram impor sobre o profético – de que se você cometeu um erro então é um falso profeta – inibe sua maturidade, ou pior, pode profundamente distorcer seu caráter.

Que mestre poderia ensinar se estivesse sob um fardo de que se cometesse um erro, seria considerado falso mestre? Que pastor jamais poderia dar conselho a alguém se estivesse sob a pressão de que se cometesse apenas um erro, seria considerado falso pastor? Tais coisas perverteriam esses ministérios, assim como o jugo imposto sobre pessoas proféticas jovens; isso pode distorcer seu desenvolvimento.

Falaremos mais sobre isso depois, mas apenas ter dons proféticos não faz de alguém um profeta. O ofício de profeta é uma comissão especial, e até que tenhamos recebido essa comissão do alto, devemos apenas nos considerar Cristãos que estão procurando crescer nos dons e fruto do Espírito para sermos os maiores servos a Ele que possamos ser. Precisamos, da mesma forma, dar graça aos que estão apenas procurando amadurecer em seus chamados e dons.

Um dos maiores portões do inferno por meio dos quais um espírito religioso ganha entrada na igreja é por meio de crentes mais maduros erroneamente julgando e condenando crentes mais jovens por seu comportamento, que é normalmente simples imaturidade. Não devemos permitir esse que esse jugo seja colocado sobre nós ou sobre aqueles aos nossos cuidados. Os jovens precisam ter permissão para ser imaturos e amadurecer da uma forma normal, e muito disso tem a ver com aprender de nossos erros.

Sem dúvida que temos um problema geral na igreja com muitos crentes não amadurecendo como deveriam. Acho que essa foi a real definição do aviso de cautela do Senhor sobre os últimos dias quando disse, “Ai das que amamentam naqueles dias” (veja Mateus 24.19), o que penso que poderia ter sido interpretado como “Ai dos que mantêm seu povo em imaturidade.” Certamente precisamos amadurecer mais, mas deve-se permitir o povo amadurecer no ritmo correto, assim como os apóstolos, anciãos e o Espírito Santo estavam determinados a fazê-lo com os novos crentes Gentios.

É aí que a moderação é tão essencial. Já que ainda estamos cobrindo como as impressões são uma forma com que o Senhor fala a nós, mas também como discernir a diferença entre algo que Ele imprimiu sobre nós de nossos próprios preconceitos ou perspectivas – moderação é um fator chave nisso. Uma pessoa moderada não tenderá a ser tão julgativa ou ver as pessoas em extremos. Há um tempo para ver matérias em extremos por ser a verdade, mas não queremos fazer isso por sermos extremos.

A percepção que a maioria parece ter sobre ministérios proféticos é que são extremistas e vêem tudo em extremos. Isso pode ser para os imaturos, e é verdade que há fatores impedindo as pessoas de amadurecer no profético enquanto ficam em uma igreja típica. Ouço pessoas dizendo que querem ser um “profeta da graça”, e outros querem ser severos, mas se queremos estar em realidade, estar em alimento sólido, não devemos nos inclinar para qualquer rótulo assim, mas ser o que temos que ser para fazer o trabalho para o qual fomos designados. Qualquer coisa menos que isso apenas revela que ainda somos bebês.

Lemos no Livro do Apocalipse como o Senhor Jesus tinha uma palavra diferente para cada uma das sete igrejas, mesmo que todas existissem ao mesmo tempo e mesma localidade geral. Algumas igrejas tendenciosas para o legalismo podem precisar de uma forte mensagem da graça, enquanto que algumas tendenciosas para a desordem podem precisar de uma palavra sobre o juízo de Deus. Paulo escreveu aos Romanos que devemos “nos atentar para a bondade e severidade de Deus” (veja Romanos 11.22). Se conseguimos ver apenas Sua bondade, então não estamos O vendo como Ele é, e provavelmente não O representaremos como é. Se conseguimos ver apenas Sua severidade, o mesmo é válido. Devemos ver a ambos juntos para vê-Lo como é, e O representarmos como é.

Rick Joyner, 19/Jul/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

domingo, 2 de outubro de 2011

Palavra para a Semana n° 28 (2011)


As Experiências Proféticas, parte 5


Padrões da vida Cristã

Semana 28, 2011

O verdadeiro discipulado Cristão é uma vida de sacrifício, e não de aquisição. Isso não quer dizer que não devamos prover bem para nossas famílias, como também vemos em I Timóteo 5.8, “Mas se alguém dentre vós não provê aos seus, principalmente os da sua casa, negou a fé, e é pior do que os que não crêem.” Porém, há uma diferença entre provermos por nossas famílias e sermos materialistas, gananciosos, ou mesmo imoderados.

Há uma vala dos dois lados do caminho da vida. A reação exagerada a Cristãos que tinham um espírito de pobreza causou muitos outros a cair na vala do outro lado e se tornarem focados nos bens terrenos e materialistas. Temendo se tornar “tão focados no céu que se tornassem sem uso terreno”, se tornaram tão focados na terra que não são bons nem para o céu nem para a terra.

Não é exagero dizer que maior parte dos Cristãos, e na verdade a maioria das pessoas, pensam em extremos. Tendemos a julgar aos outros pelos seus elementos ou ações mais extremas. Porém, quando a questão é o caminhar na verdade, o caminho da vida é quase sempre encontrado na tensão entre os extremos.

Por isso que lemos em Filipenses 4.5, “Que a vossa moderação seja conhecida diante de todos”. Isso não diz respeito apenas às nossas posses materiais, o comer ou beber, mas também na doutrina. Devemos ser claros e não comprometermos os pontos básicos, mas, nas doutrinas periféricas, escatologia, e outras coisas que são ambíguas e abertas a diferentes interpretações, o lugar seguro é moderação – não gravitarmos rumo aos extremos.

Logicamente que isso deve ser balanceado com o fato que algumas verdades são encontradas nos extremos. Pode parecer extremo dizer que Jesus é o único Caminho para o Pai, mas é uma verdade extrema da qual não podemos abrir mão se não queremos abrir mão do alicerce de Sua divindade. É Ele que falou isso, e se não for verdade, então deve ter mentido, e portanto não seria o Deus das Escrituras.

O Senhor poderia ter sido muito mais específico sobre tais coisas como o governo da igreja, alimentos e bebidas, mas isso tornaria a Nova Aliança outra lei ao invés do relacionamento com Deus que deve ser. Certamente há mandamentos da Nova Aliança, mas dizem mais respeito ao amor do que o que comer, beber, ou as minúcias do comportamento. Em Atos 15.23-29, recebemos o padrão de conduta básico exigido para os Cristãos:

23. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.
24. Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,
25. Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26. Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.
28. Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29. Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.

Isso foi confirmado com o testemunho do Espírito Santo e os apóstolos fundadores e anciãos da igreja. Isso é Escritura. Não podemos impor nada mais do que isso como comportamento para restringir sem os colocar sob o legalismo. Porém, no Novo Testamento, havia padrões muito mais altos para quem estivesse na liderança na igreja. Liderança não diz respeito apenas à posição de ser um ancião ou apóstolo, mas basicamente influência.

À medida que amadurecemos em Cristo, devemos querer viver com padrões mais altos do que com o “mínimo para passar”. Quem verdadeiramente ama a Deus não procura o mínimo para passar, mas quão mais podem fazer por Ele. Uma criança totalmente sem ajuda é também totalmente egoísta. À medida que uma criança amadurece e entende mais e pode fazer mais, se torna menos egoísta. O mesmo é verdade para os que nascem de novo. Novos Cristãos muitas vezes se consomem com os benefícios, mas os maduros, que aprenderam o poder da cruz, serão como os apóstolos, que agradeceram ao Senhor, por serem encontrados dignos de sofrer pelo Seu nome. Da mesma forma, pessoas proféticas imaturas normalmente serão muito diferentes quando amadurecerem, mas precisamos dá-los uma chance para amadurecer.

Rick Joyner, 12/Jul/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]