sábado, 26 de abril de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 17


O Exército de Deus se Mobiliza, parte 17

A igreja começará a assumir uma mentalidade mais militar nos tempos que virão. Somos chamados para ser um exército, e de muitas formas tanto a liderança como o povo começará a refletir isso com um comportamento muito mais sério e enfocado. Existe algo em conflitos que realmente torna nossos sentidos mais compenetrados. Temos estado em uma guerra contra as trevas, e estas do tipo mais desesperador de toda a história da igreja, mas nem todos parecem entender isso ou viver como se compreendessem. Isso, também, irá mudar à medida que um maior número de pessoas tementes a Deus chegam a esse entendimento.

Logicamente, como sempre, os visionários farão as mudanças em primeira mão. E, como de costume, provavelmente receberão escárnio e serão ridicularizados em um primeiro momento. Isso vem junto com o território e não deve nos surpreender. No entanto, nosso objetivo deve sempre ser agradar aquele que nos alistou, o Senhor, e não nos importarmos com o que os outros pensam, mesmo que seja o Seu povo.

É importante que tenhamos em mente que os maiores guerreiros são também os maiores adoradores, assim como vemos com o Rei Davi. Ambos aspectos andam juntos, e se não andassem as dificuldades da batalha poderiam causar um comportamento bastante não-cristão em Cristãos. Não seremos capazes de suportar a intensidade do conflito e da batalha sem nos calejarmos se não formos continuamente amaciados pela adoração.

Também estamos no mais singular tipo de guerra. Lutamos para salvar pessoas, não para as matar ou ferir. Guerreamos para ajudar a libertar e salvar muitos dos mesmos que serão usados para nos atacar. Não estamos guerreando contra carne e sangue, mas contra as forças espirituais que estão usando a essas pessoas. Devemos manter não apenas uma postura mais mansa com o povo, mas amar aos nossos inimigos. Amamos nossos inimigos porque lutamos por eles, não contra eles. Essa verdade requer uma visão e realidade mais altas que apenas ver as coisas no natural. Devemos ter nossos olhos espirituais abertos para ver e viver outra realidade. Assim sendo, o grande chamado desses tempos é cumprir II Timóteo 2.3-4:

Suporte comigo as dificuldades, como um bom soldado de Cristo Jesus.
Nenhum soldado na ativa se prende aos cuidados desta vida, para que possa agradar aquele que o alistou.

Um soldado não se alista para férias. Apesar de que muitos podem ter se tornado Cristãos por causa de uma promessa de saúde, riquezas, ou a solução para os seus problemas, verdadeiros soldados se alistaram com o verdadeiro compromisso de estarem dispostos a ir rumo à dor, e, se necessário, pagar o maior preço por sua causa. Verdadeiros soldados de Cristo vão ainda mais longe, determinados a morrer diariamente para este mundo para que vivam para a causa do evangelho. Verdadeiro Cristianismo é uma vida de sacrifício. Como nos é dito em Mateus 16.25:

“Pois quem quiser salvar sua vida irá perdê-la;
mas quem perder sua vida, por amor a Mim, a encontrará.”

É verdade que quando entregamos as nossas vidas diariamente em prol do evangelho, encontramos uma satisfação na vida, uma paz e alegria que é incompreensível aos que não conhecem a Ele. Não existe liberdade maior que jamais poderemos conhecer do que sermos escravos de Cristo. Andar na coragem exigida para ser um soldado da cruz é o caminho para a maior liberdade – a liberdade do medo.

Se morremos para este mundo, então não há nada que esse mundo possa fazer a nós. Quem está morto não teme a rejeição, errar, ou o que for. Como um grande soldado disse, “O covarde morre milhares de vezes, mas os corajosos morrem somente uma vez.” O paradoxo é que ser um soldado da cruz é por certo a coisa mais difícil que jamais poderemos fazer e a vida mais fácil que jamais poderemos viver. Mesmo assim, verdadeiros soldados não servem devido às recompensas ou benefícios, mas porque é a coisa certa a se fazer. O Senhor é merecedor dessa devoção. Fomos comprados com o maior preço, a Sua própria vida, e agora pertencemos a Ele.

Como Paulo escreveu em I Coríntios 7.35, “E digo isso para o seu próprio benefício; não para lhes restringir, mas promover o que é honroso, e garantir devoção completa ao Senhor.” Uma demonstração do poder da devoção completa a Cristo deve ser considerada no que Ghandi fez na Índia. Ele tomou apenas um versículo dos Evangelhos, um componente dos ensinamentos do Senhor, a saber, o poder de ceder o outro lado da face ao que o fere, e trouxe o império mais poderoso do mundo daqueles tempos aos joelhos e deu à luz uma nação. O que ocorreria se alguém obedecesse totalmente a dois versículos?

Na história da igreja, temos outros exemplos de ondas de mudança que varreram o mundo devido a indivíduos que permaneceram em seus postos, defendendo a verdade da Palavra de Deus e se recusavam a abrir mão dela. Eles foram provados, freqüentemente por anos, ou mesmo décadas, mas os que não desistiam tiveram um impacto que não apenas mudou a sua geração, mas gerações futuras também. A verdade é uma arma divinamente poderosa. Aqueles que a têm e usam da forma correta são as pessoas mais poderosas da terra.

Um fator para o qual devemos nos preparar é que quanto mais forte se torna a luz da igreja, mais ameaçados serão aqueles que vivem nas trevas e a amam, e mais eles atacarão à igreja. Cristãos que não estão preparados para perseguição não estão preparados. Quer queira quer não, quanto mais forte se torna nossa luz, mais fortes nos tornamos, e mais teremos de lutar. Mesmo assim, não pode haver vitória sem uma batalha, e, quanto maior a batalha, maior será a vitória. Temos também a grande palavra de ânimo de que estamos no lado que não pode perder, se permanecermos fiéis.


[permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar]

sábado, 19 de abril de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) n° 16

O Exército de Deus se Mobiliza, parte 16

Já abordamos o fato de que existe uma unção para mobilizar em diferentes níveis ou para grupos de diferentes tamanhos, e como algumas coisas são melhor feitas em grupos grandes e outras em grupos pequenos. O projetar de uma visão é normalmente feito melhor em um grupo grande, mas parte disso deve ser plantado em virtualmente todo ensinamento dado a um grupo pequeno, também. As pessoas que estão motivadas com visão chegarão mais longe.

Quando se projeta uma visão, devemos também prover de um pouco de sabedoria prática de como a levaremos a cabo. Em uma reunião entre líderes, Wellington Boone uma vez compartilhou algo que senti ser uma profunda verdade. Ele disse que uma das maiores fraquezas de grupos Pentecostais e Contemporâneos Avivados/Pentecostais [Charismatic] era a devoção a pregações orientadas por tópicos ao invés de pregações sistemáticas. Isso é verdade, e eu também adicionaria que uma das maiores fraquezas em igrejas não Pentecostais e também as que não são do tipo Contemporâneas Avivadas/Pentecostais é a devoção à pregação sistemática ao invés daquela que se orienta por tópicos. Ambas são necessárias para as igrejas mais saudáveis, e devemos saber como e quando usar cada uma delas.

Devemos também lançar uma visão comum e uma visão pessoal. Junto com uma visão para o propósito de nossa igreja, e até certo grau uma visão do quê a igreja universal é chamada a fazer, cada crente deve ter uma visão do quê eles são chamados a fazer e como eles se encaixam nesses planos maiores. Eles precisam então de ensinamentos claros sobre como se preparar para e como cumprir seu propósito. Esse é um motivo pelo qual livros como o de Rick Warren, Uma Vida com Propósito, têm tido tanto sucesso. Estudos têm mostrado que a pergunta número um que as pessoas têm é qual é o seu propósito na vida.

Ouvi um grandioso mestre dizer muitos anos atrás que a maioria das igrejas não são templos feitos de pedras vivas; são apenas pilhas de pedras vivas que não foram inseridas em nenhuma construção. É por isso que tantos Cristãos estão facilmente retirados; eles não foram cementados em seus lugares. Uma vez que sabem seu lugar e se encaixam nele, levará muito esforço para que outros novamente se metam em sua vida para tirá-los de lá. Isso é difícil ainda porque é muito raro se encontrar construtores verdadeiramente espirituais no corpo de Cristo. Existem alguns que constroem projetos, edifícios, e até mesmo ministérios, mas é raro se encontrar aqueles que verdadeiramente constroem pessoas. Quando o ministério apostólico for restaurado na igreja, isso irá mudar.

Existe uma mentalidade de construtor que é freqüentemente muito diferente daquela que reúne ou mobiliza. Ocasionalmente, são encontradas na mesma pessoa, mas é raro. É por isso que o ministério do Novo Testamento é um ministério em equipe. Leva muito esforço para reunir, e construir exige mais foco ainda.

Quando primeiramente plantamos a nossa igreja na área de Charlotte [cidade no estado da Carolina do Norte], Steve Thompson me perguntou como eu pensava que essa igreja seria. Eu lhe disse que eu não saberia até que visse os materiais de construção que o Senhor nos enviaria. Até certo ponto, sempre é necessário desenvolver nossos planos para trabalharmos com o material que nos foi entregue. No entanto, isso não quer dizer que construímos tudo ao redor do que as pessoas querem, mas ao redor do que o Senhor quer. Isso normalmente é o que as pessoas precisam, mas não necessariamente o que querem.

Como esperava, o Senhor nos enviou muitas pessoas dotadas profeticamente e artisticamente. O que eu não esperava era quão poucos pastores vieram a nós. Pessoas dotadas profeticamente e artisticamente são normalmente pessoas feridas, e ninguém do nossa equipe original era bom em ajudar a tais. Eu cheguei a anunciar do púlpito um certo número de vezes que se as pessoas precisavam de ajuda para curar feridas espirituais, elas deveriam considerar ir para outra igreja que fosse melhor em ajudar nessas coisas, mais do que nós. Um bom número de pessoas recebeu este conselho. Dessa forma, fomos capazes de plantar alguns com dons muito fortes em algumas outras igrejas, e ambos foram benefiados. Elas ainda são amigas nossas, e de tempos em tempos as vemos, mas acho que estão em uma situação muito melhor do que se tivessem ficado conosco. Nosso objetivo é construir o reino e toda a igreja, não apenas nossa congregação.

Se temos material para construção, ou grandes pessoas que não podemos usar, mas que parecem não se encaixar no que estamos fazendo no momento, eu freqüentemente faço coisas para levá-las a considerar outras congregações locais onde penso que se encaixariam melhor. Sou gentil nisso, porque quero que o Espírito Santo esteja completamente livre para posicionar as pessoas no corpo onde o agrade. No entanto, se alguns dos que vierem não se encaixam no que estamos fazendo no momento, eu também tenho de considerar que o Espírito Santo pode ter alguns planos para nós que eu ainda não conheça. Em uma coisa eu procuro enfocar: ver cada crente crescendo em maturidade e em seus dons e ministérios.

Se os construtores fizeram a sua parte, as pessoas em seu trabalho terão sua identidade mais em Cristo do que em suas profissões. Elas saberão o seu chamado e terão uma devoção em cumpri-lo. Se você perguntar o que elas fazem, seu primeiro pensamento será o que elas fazem espiritualmente, não profissionalmente. Se estamos crescendo em Cristo como devemos, nossa identidade nEle e em Seu corpo, a igreja, precederá sobre qualquer outra identidade que tenhamos, inclusive as raciais, culturais, nacionais ou profissionais.

A verdadeira vida em igreja é chamada para ser como uma cidade construída em um monte, bem acesa para que capte a atenção de todos. É chamada a ser a grande sociedade que é uma representação do reino de Deus na terra. Também é chamada a ser um farol de esperança para o bem, para a verdade, cura, redenção e restauração. É chamada a ser uma força irresistível de retidão e justiça.

Eis aqui outro fator para o qual devemos nos preparar - quanto mais forte a luz da igreja se torna, mais ameaçados serão os que vivem nas trevas, e mais estes atacarão a igreja. Cristãos que não estão preparados para perseguição não estão preparados. Quer queira quer não, quanto mais forte nossa luz se torna - quanto mais forte nós nos tornamos - mais teremos de lutar. Mesmo assim, não pode haver vitória sem uma batalha. Quanto maior a batalha, maior será a vitória. Temos também o grande encorajamento de que estamos no lado que não pode perder se permanecermos fiéis.

[permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar]

sábado, 12 de abril de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 15


O Exército de Deus se Mobiliza, parte 15

Semana passada nós começamos a tratar o assunto de como é importante tornar claro o caminho para motivar os que foram mobilizados. Em Provérbios 4.18-19 nos é dito, “Mas a estrada que os justos percorrem é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos loucos é como as trevas; eles não sabem no que tropeçam.” Então, se estamos na estrada dos justos, isto é, no caminho certo, este caminho deve estar se tornando cada vez mais claro. Se isso não for verdade em nossas vidas, então deixamos de virar no lugar certo e estamos fora do caminho correto. Se constantemente tropeçamos em coisas que não vemos, então de alguma forma estamos no caminho dos loucos. Como observou C.S. Lewis, quanto às coisas do Senhor, o caminho errado nunca se torna o correto. A única forma de voltar para o caminho correto é voltar para onde erramos (ao virar para o lugar errado) e retomar o caminho certo. Isso se chama arrependimento.

Esse caminho dos justos é mostrado claramente nas Escrituras, mas algumas vezes exige motivação e diligência para sondá-lo. No entanto, poucos Cristãos estão motivados o suficiente para “cavar” isso eles mesmos. A razão para essa falta de motivação pode ser qualquer coisa desde doutrinas que têm sido promovidas com ensinamentos errôneos de que todos serão iguais no céu, até uma falta de ânimo generalizada que a maioria das pessoas têm se não tiverem um estímulo externo. Dizer “maioria das pessoas” aqui é fato, quer queira quer não. No entanto, podemos fazer algo a esse respeito, e os que andam na unção o farão.

Por você estar lendo isto, que é obviamente o resultado de um desejo de sua parte de conhecer e entender mais sobre o Senhor e Seus caminhos, você está provavelmente em um grupo que contêm menos de 10 por cento de todos os Cristãos, e alguns diriam somente 2 ou 3 por cento. Podemos colocar a culpa nas pessoas, na liderança, sistemas religiosos ou o presente estado da igreja para tal, e todos esses motivos seriam provavelmente precisos, mas faríamos bem em passar mais tempo determinando como sair deste estado do que o por quê de estamos nele. Feito isto, devemos examinar como isso aconteceu para evitar que ocorra no futuro, mas despertar uma igreja que dorme é agora uma prioridade, e apenas discutir seus problemas não é muito motivador. A grande questão é: Quem tem algumas respostas? Em prol da clareza, vamos rever algumas questões básicas:

1°: Por que os Cristãos não estão mais motivados a crescer espiritualmente?

2°: Como podemos ajudar nós mesmos e outros a ficar e permanecer motivados?

Um começo seria obviamente incutir uma visão do por quê devemos fazer isso. Não existe causa mais nobre do que a causa de Cristo, e quanto mais claro isso for articulado por mensageiros de integridade, mais motivados serão os Cristãos à sua grande causa. Provérbios 29.18 diz, “Onde não há revelação [visão], o povo perece.” Outras traduções dizem, “Onde não há visão, o povo corre solto.” Ambos são verdade. Cristãos morrerão espiritualmente sem uma visão. Eles correrão soltos, podendo isso ser interpretado como cair em rebeldia. Assim sendo, o projetar de uma visão é uma parte muito importante de um ministério, mas devemos, com a visão, incluir instruções claras quanto a como podemos cumpri-la.

O próximo passo seria tornar o caminho rumo à maturidade e avanço espiritual claro o suficiente para ser compreendido e seguido. Isso, também, deve ser fornecido pela liderança. Chamo isso de a comissão de Ezequiel 37. Nesse capítulo, foi mostrado a Ezequiel um vale cheio de ossos secos. Pela palavra do Senhor, ele começou a profetizar a esses ossos até que eles se ajuntassem e se tornassem um exército muito grande. Um dos mais importantes chamados para os que têm dons proféticos é ver mesmo nos ossos mais secos um exército muito grande, e ter as palavras para profetizar a estes ossos até que se tornem o que foram criados para ser.

É fácil liderar os motivados, mas é uma forma mais nobre de liderança a que consegue motivar os não motivados. Um desafio básico para a liderança é não ficar desanimado quando o exército de Deus que está se mobilizando é um monte de “ossos secos”, mas buscar ao Senhor por palavras vivas que darão vida a esses ossos até que comecem a se tornar o que são chamados para ser.

Essa foi uma motivação primordial para a devoção do MorningStar de ver um ministério profético autêntico ser erguido nestes tempos – ajudar o resto do corpo de Cristo, mesmo aqueles que parecem ser os ossos mais secos, ver que são chamados a ser um exército muito grande, e começar a profetizar e esses ossos até que se apóiem em seus próprios pés e se tornem um exército. O que procuramos fazer e incutir a todos que se juntam a nós é a capacidade de ver outros não apenas de acordo com como estão, mas de acordo com o que são chamados para ser, e lhes dar palavras da parte do Senhor que os ajudarão em seu caminho. É por isso que quase toda semana temos tido pessoas vindo de todo o mundo para os nossos cultos para receber ministração de nossas equipes proféticas. Essas pessoas estão desesperadas para ouvir de Deus sobre seu propósito, e os que servem nessas equipes têm verdadeiros dons proféticos de Deus para as ajudar.

É claro, ouvimos freqüentemente que essas pessoas devem ser capazes de elas mesmas ouvirem da parte de Deus, e Ele pode falar a elas onde estiverem. Isso é verdade, mas vemos nas Escrituras que normalmente não é assim que Ele faz. Aqueles que não valorizam a Sua palavra o suficiente para ir e buscá-la freqüentemente nunca entendem o que está acontecendo. Reis, e mesmo reis que eram eles mesmos profetas, como o Rei Davi, tinham a sabedoria e humildade para buscar uma palavra de outros profetas, normalmente viajando grandes distâncias para tal. Viajar por grandes distâncias naquele tempo era provavelmente muito mais difícil e caro do que voar pelo mundo hoje.

O Senhor Jesus deixou claro que existe o ingrediente necessário de buscar para que se encontre. O que torna algo um tesouro é que é ou raro ou difícil de se apossar dele. Quem jamais poderia estabelecer um valor para uma palavra de Deus? Temos visto muitos milhares de vidas serem mudadas que vieram com tal óbvia devoção de buscar o Senhor e ouvir apenas a Ele. Somente os famintos buscam alimento, e somente os sedentos buscarão algo a beber, o que é provavelmente o motivo de que grande exército que está se formando agora está vindo, na maior parte, de uns ossos muito secos, que estão desesperados o suficiente para buscar, e serão gratos o suficiente quando encontrarem o que estão buscando para estar dispostos a lutar a boa luta da fé, até que haja vitória.

[permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar]

quinta-feira, 10 de abril de 2008



Pulando na granada

Outro dia li uma notícia sobre um soldado do grupo dos SEALs (forças especiais anfíbias da marinha norte-americana) morto no Afeganistão. Ele estava agrupado quando, próximo a ele, foi jogada uma granada pelo inimigo. Conta-se que este soldado nunca tirou seus olhos da mesma e, prontamente, pulou em cima dela para poupar seus camaradas. A granada então explodiu, e ele pôde impedir que seus companheiros de guerra também morressem. Foi devidamente condecorado pela corporação, embora morto, com uma medalha de grande mérito.

(...)

Em terras fartas, minha alma ficou aflita,
em meio às riquezas fui humilhado por meu Pai,
mas espero com ansiedade os tempos de guerra,
onde encontro meu motivo de ser.

Sem empunhar as armas, minhas mãos estremecem,
vendo os desonestos prosperarem em sua causa
e os esforçados serem oprimidos.

Mas meu Senhor é defensor dos fracos
e fará o que é certo e justo.

Nesses tempos de paz, minha alma pede guerra,
e, na guerra, ela luta pela verdadeira paz.

Vejo o exército do Senhor forte e de cabeça erguida,
Aquele montado em um cavalo está diante deles.

Ele foi ferido
mas chegou seu dia de pelejar.
O Dia da Posse,
tão esperado pelos oprimidos da terra,
finalmente chegou.

Isso é uma grande alegria para nós,
pois ainda não encontramos um lar,
e nossas almas estão sedentas.

Que toque o hino de nossa nação,
e que todo o povo se reverencie diante do Rei!

Às armas!

domingo, 6 de abril de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 14


O Exército de Deus se Mobiliza, parte 14

Igrejas, ministérios ou organizações que ministram somente a grandes grupos tenderão a ser mais superficiais em suas mensagens e no equipar de seu povo. No entanto, igrejas que ministram somente a grupos pequenos podem ser mais profundas, mas elas podem, também, se tornar desequilibradas e orgulhosas se não estiverem ligadas de alguma forma a um grupo maior para se reunirem de tempo em tempo. As igrejas mais saudáveis tendem a ser aquelas que têm um grande ajuntamento para todos, no entanto têm da mesma forma um ministério de grupos pequenos vital.

É um assunto delicado discutirmos sobre níveis de maturidade e ministério. Isso pode criar uma abertura para discriminação e estereotipagem, o que pode ser errado, mas, quer queira quer não, por vezes é necessário. Todos o fazem até certo grau, admitindo ou não. Aliás, se usado corretamente, discriminação e estereotipagem podem ser usados beneficamente para ajudar aqueles que estão sujeitos à discriminação. Assim como você precisa afastar as crianças da mesa quando nela for servida carne sólida, caso contrário poderiam engasgar com a mesma, você discrimina para a própria segurança do que sofre a discriminação.

Você discrimina a favor de um grupo, não contra ele. Ação Afirmativa [Affirmative Action] é um exemplo de um programa do governo que discrimina para atender a um grupo específico de pessoas. Você não vai ouvir uma minoria declarando haver “discriminação” ou “estereotipagem” quando se menciona esse programa, mas é, na verdade, uma forma de discriminação a favor das minorias, e contra a maioria. Isso não é um juízo de valor quanto a tal prática ser certa ou errada, mas que é um fato.

Usada corretamente, discriminação pode não apenas ser uma coisa boa, mas é essencial quando se organiza qualquer grupo com um propósito. No ramo militar, durante o treinamento básico, as pessoas mais talentosas são separadas, em uma área, daquelas que não são. Por exemplo, quando submetida a treinamento de vôo, uma pessoa pode ser brilhante no que tange a habilidades para tarefas múltiplas, mas, se for inclinada a ter enjôo de vôo, será discriminada e descartada – para o bem tanto dela quanto do resto da força sento treinada.

Da mesma forma, grupos de intercessão eficazes aprenderão a discriminar contra alguns que não são muito entregues a oração mas podem falar muito (algumas vezes com a aparência de uma oração), ou do contrário causarão uma ruptura. Como Francis Frangipane gosta de dizer, “Na oração e no pôquer, quatro de um naipe bate uma casa cheia”. Unidade é muito mais importante, para oração, do que números. Da mesma forma, temos equipes proféticas estratégicas nas quais uma pessoa deve demonstrar um dom profético e uma certa maturidade antes de nelas ser incluída. Se abríssemos as equipes para todos, elas rapidamente perderiam sua capacidade de funcionar.

Como temos abordado, é agora estimado que a maioria dos Cristãos nos Estados Unidos não estão mais em uma comunhão de igreja local. As pessoas deixaram a comunhão de um corpo de igreja local por vários motivos, mas a maioria desses motivos não existiria se houvesse um caminho claro rumo ao avanço espiritual e maturidade. Uma grande frustração irá se manifestar quando as pessoas não são desafiadas a chegar à maturidade e não têm um caminho claro para tal. Mesmo assim, assim como escolas que abaixam seus padrões para promoção também estão abaixando a qualidade da educação que fornecem, padrões são importantes. Se você quer eficácia de alto nível, você terá de exigir altos padrões.

É claro nas Escrituras que podemos ser tão próximos do Senhor o quanto quisermos. Em nenhum lugar diz que não podemos fazer o que Enoque fez – se aproximar tanto do Senhor que Ele simplesmente nos leve diretamente para o céu. Em nenhum lugar diz que não podemos ser melhores profetas do que Isaías, Elias, ou mesmo João o Batista. Na verdade, somos todos chamados a superar naquilo que eles andaram e na verdade nos tornarmos como Jesus! Ele mesmo disse que poderíamos fazer obras maiores que as que Ele fez! (veja João 14.12) Pense nisso. Ele nos deu abertura para irmos tão longe e alto o quanto quisermos ir. Que Deus!

Um ponto essencial para mobilizar é o projetar de uma visão, e que visão mais grandiosa poderíamos ter? O Senhor também deixou claro que o caminho para a satisfação é tomarmos diariamente a nossa cruz, não vivendo para nós mesmos, mas para Ele. Ele basicamente nos disse que devemos nos humilhar para sermos exaltados, e temos de morrer para que vivamos. Existe um custo para verdadeiro discipulado, mas vale a pena!

No Senhor, a discriminação é baseada em questões do coração, como fé, paciência, coragem, perseverança e, acima de tudo, amor. Podemos ter muito conhecimento, inteligência e sabedoria, mas, se não temos aqueles primeiros, seremos líderes pobres em Seu reino.

Em 1986, o Senhor me disse que alguns dos líderes mais eficazes da igreja do futuro viriam dos esportes profissionais, porque o que eles estavam aprendendo nos esportes era essencial para uma vida saudável em igreja, e a mesma não lhes ensinava essas coisas. Isso tinha a ver com treinamento, diferenciação/distribuição de tarefas e trabalho em equipe, assim como avaliação de desempenho para se determinar quem iria participar do jogo, e quem esperaria, observaria, aprenderia e treinaria para elevar seu padrão para que pudesse entrar no jogo.

Competição espiritual pode ser uma porta bem aberta para o mal, mas pode ser usada para o bem quando chama os outros a padrões mais altos. É por isso que o Apóstolo Paulo falou sobre a vida Cristã como sendo uma corrida (veja Hebreus 12.1). Você não corre uma corrida contra você mesmo. Recebi uma palavra em 1989 que me ajudou a entender como isso poderia ser usado positivamente. O Senhor me disse que negócios de marketing multinível entendiam alguns princípios vitais do reino melhor do que a igreja. Isso me surpreendeu o tanto quanto a palavra sobre alguns dos maiores líderes vindo dos esportes profissionais, mas não me levou muito tempo para entender o que Ele quis dizer.

No marketing multinível, somente aqueles que ajudam aos outros prosperam. Naquele sistema, na verdade se espera que alguns recrutem melhor do que você, porque você terá desempenho ainda melhor. Em Cristo, o mesmo é verdade – nossa recompensa obviamente será baseada nos outros a quem ajudamos. Paulo chama isso de “nossa coroa”.

Outro fator no marketing multinível é uma verdade importante do reino da qual grande parte da igreja está perdendo vista mas realmente poderia aproveitar. Quando perguntei a um amigo, que era um empreendedor de marketing multinível de maior sucesso, o que ele sentia ser a razão pelo sucesso do sistema, ele respondeu que era o fato de que, nele, todos: 1) sabiam o quão alto poderiam chegar, 2) sabiam onde estavam no momento e 3) o que precisariam fazer para chegar ao próximo nível. Basicamente, o caminho para que houvesse avanço era deixado claro. Para nós, esse seria o caminho para a maturidade Cristã e o que permitiria que gerássemos a maior quantidade de frutos em nossas vidas.


[permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar]

sábado, 5 de abril de 2008



A quadra estava ocupada

Nessa semana que se passou, enquanto estava andando pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizado Industrial) daqui de São José, pude visualizar algo que considerei extremamente proverbial.

Em um dos galpões usados para aulas práticas, vi, de início, duas tabelas de basquete muito boas, uma em cada ponta. Pude então perceber que aquele galpão, agora cheio de máquinas, era antes uma quadra, onde aquelas tabelas (de muito boa qualidade) podiam ser livremente usadas. Porém, a expansão das atividades de ensino não estava sendo acompanhada pela disponibilidade de espaço para recreação, obrigando a se encher a quadra com máquinas de solda, equipamentos de calderaria e encanamento industrial.

Existem coisas em nossa vida que não é uma questão de “certo” ou “errado”, mas de “dá tempo” e “não dá tempo”, “tem espaço” e “não tem espaço”. Quando “não dá mais”, aí temos de encher a quadra poliesportiva de máquinas porque o crescimento/avanço não está respeitando essas outras coisas.


Chame os outros de “senhor”, a mim de “você”

Meu pai nunca exigiu que eu o chamasse de “senhor”; pelo contrário, me corrigia quando o fazia, dizendo que não é aí que se demonstra respeito.

Certa feita, porém, estávamos, ele e eu, conversando com um honroso professor do ITA, militar como meu pai. Em certo momento, me referi ao professor como “você”, e meu pai me corrigiu ali no momento, na frente do professor, dizendo, com firmeza mas bom ânimo, “o senhor!”.

Que nós possamos agir da mesma forma: não exigir que os outros se refiram a nós com respeito. Ao mesmo tempo, que possamos ensinar os outros a respeitar o próximo ao extremo.