domingo, 31 de janeiro de 2010

Palavra para a Semana nº 04


Preparados para os tempos, parte 04


Semana 04, 2010

A principal forma pela qual conhecemos a voz do Senhor é estando com Ele; ainda assim, em nosso relacionamento pessoal com Ele, aprendemos alguns princípios que podem ajudar aos outros. O Senhor se relaciona com cada um do Seu povo de maneira diferente e pessoal. Não porque Ele esteja mudando, mas porque todos somos diferentes, um atributo que parece que o Senhor ama de maneira especial em Sua criação. É por isso que Ele deu uma palavra diferente para cada uma das sete igrejas no Apocalipse, todas existindo ao mesmo tempo e região.

Cedo em minha caminhada com o Senhor, vim a perceber que existe um protocolo divino cheio de classe, graça e sabedoria especiais. Aprendi a reconhecer isso, e sempre que vinha um mensageiro que não tinha esse senso de classe e dignidade especiais, sabia que não era do Senhor. Não consigo articular isso com maior clareza, e não penso que possa ser reconhecido usando-se uma fórmula. Só sei disso por causa dos anos que tenho passado andando com Ele. Isso tem me ajudado muito.

Tenho tido o privilégio de liderar um ministério construído sobre palavras proféticas precisas, valiosíssimas para nós. Não trocaria esta experiência por nada. Porém, como o Senhor explicou, quando Ele planta trigo em um campo, o diabo vai procurar, no mesmo campo, plantar joio. Este último também tenta se envolver no que estamos fazendo, por meio de palavras proféticas falsas. Maioria dessas palavras falsas que vinham eram facilmente discerníveis porque não tinham aquela classe e dignidade que vim a conhecer como sendo únicas do Senhor.

Um dos exemplos mais óbvios de uma palavra que falte nisso é quando pessoas ocasionalmente me dizem que tiveram uma revelação, ou sonho profético, no qual o Senhor lhes disse que eu iria lhes dar ou fazer algo que exigiria um enorme compromisso de minha parte. Ao invés de sentir a “classe divina”, quase sempre sinto manipulação ou pressão com este tipo de palavra, e portanto a rejeito. Inevitavelmente, minha rejeição iré revelar o verdadeiro espírito por trás dessas palavras.

Já aconteceu também do Senhor me dizer que alguém em específico iria me dar ou fazer algo específico a mim, e isso viesse a ocorrer. Porém, eu nunca diria às pessoas envolvidas esta revelação até que a tivessem executado, porque poderia ser manipulativo agir assim e portanto faltaria com a classe e dignidade que tenho vindo a esperar das palavras do Senhor. Se o que eu ouvi foi do Senhor, Ele irá trabalhar sem a minha manipulação. Ela é um aspecto de bruxaria e se trata de falsa autoridade espiritual. Não quero receber nada dessa forma.

Nunca ceda a algo que você se sinta pressionado a fazer. Nunca faça nada que colocaria este tipo de pressão sobre os outros; é um afastamento básico do caminho dos justos, e qualquer coisa ganha dessa forma só resultará em pedra de tropeço a nós.

Para equilibrar isso, devemos também entender que muitas das verdadeiras palavras que Deus dá virão por meio de vasos que poderíamos pensar que não têm muita classe. Devemos lembrar que o Senhor Jesus não veio de uma forma estimada pelos homens, mas a classe e dignidade que Ele representava era realeza em um nível além de qualquer rei terreno. Isso não é uma questão de aparências. Tenhamos em mente que muitos dos profetas, os primeiros vasos da palavra do Senhor, também podiam ser do tipo mais estranho de pessoa. Porém, a palavra do Senhor que eles carregavam ainda tinha uma classe divina.

Alguém outro pode ter crescido em reconhecer uma característica diferente de Sua voz, como Seu amor ou autoridade, ou o que seus dons e chamados particulares lhes faria mais sensíveis para perceber. É por isso que o Apóstolo Paulo não disse “tenho a mente de Cristo”, mas, “temos a mente de Cristo” (veja I Coríntios 2.16). O Senhor compôs Seu corpo de forma tal que todos nós precisamos um do outro. “Vemos em parte” e “conhecemos em parte” (veja I Coríntios 13.9), então, para termos uma visão geral, teremos de colocar a parte que temos junto com a dos outros.

O fato de que não podemos ver a tudo ou conhecer a tudo pode colocar medo nos inseguros, mas um número grande demais de doutrinas e princípios ensinados se baseiam mais nas inseguranças das pessoas do que na verdade. A verdadeira segurança reside no Senhor, não em nós, nem em nossa habilidade de percebê-Lo ou conhecer Sua voz. Mesmo o grande Apóstolo Paulo admitiu ter sido “frustrado por Satanás”, o que me deixa pensando que qualquer um de nós poderia, também. Esta humildade de ser dependente dEle e de um do outro é perpétua. Já que sabemos que Deus dá Sua graça aos humildes, devemos ficar felizes em abraçar a esta humildade.

Devemos procurar aprender dos outros que são capazes de reconhecer a voz do Senhor, para que possamos, também, nos tornar mais sensíveis a ela. Poderia ser mais fácil se tivéssemos uma lista de princípios claros para distinguir a voz do Senhor, mas então não precisaríamos buscá-Lo tanto. O valor de uma única palavra de Deus não pode ser medida em termos humanos. Como no caso de qualquer coisa de valor, o que a deixa valiosa é que ou é rara ou difícil de se conseguir. A palavra de Deus não pode ser comprada porque vale mais do que qualquer coisa com a qual poderíamos pagar, e já foi comprada pelo elemento mais precioso em toda a criação – o sangue do Filho de Deus. É, portanto, prometida a todos que amam Sua palavra o suficiente para buscá-La.

Aqueles que a buscam agem assim porque o seu amor à verdade ultrapassará qualquer obstáculo. O Apóstolo Paulo elogiou aos Gálatas por recebê-lo como se fosse um anjo, ou mensageiro de Deus, mesmo que sua carne lhes fosse uma provação. Não lemos como sua carne lhes foi uma provação, mas eles podiam enxergar além da carne para receber o mensageiro, e por vezes precisamos fazer isso também. Temos alguns casos nas Escrituras de profetas agindo de maneira errada, mas as mensagens que eles carregavam ainda era verdadeira.

Temos, nas Escrituras, até algumas pessoas que tinham traços de caráter ruim, mas eram verdadeiros profetas, como Balaão ou Jonas. Uma série de grandes campeões do Livro dos Juízes tiveram traços de caráter questionável e até mau. Entretanto, isso não reflete o Senhor o tanto quanto reflete a nós. Ele merece mais. Se Ele está usando vasos os quais não aprovamos, talvez devêssemos estar perguntando por que Ele não usaria a nós. Ainda assim, ao longo das Escrituras a Sua Palavra foi carregada, maior parte do tempo, por aqueles que exigiam que Seu povo olhasse além da embalagem para receber a mensagem. Porém, o Senhor tem uma certa dignidade, classe, graça e sabedoria que seremos capazes de discernir na mensagem porque são Sua natureza. É por isso que a coisa mais importante que podemos fazer para conhecer Sua voz é conhecermos a Ele.

Rick Joyner, 18/01/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


domingo, 24 de janeiro de 2010

Palavra para a Semana nº 03


Preparados para os tempos, parte 03


Semana 03, 2010

A vida Cristã realmente forte terá uma profunda compreensão das Escrituras, com uma devoção para ir mais a fundo, assim como conhecer a voz do Senhor, de conhecê-Lo melhor. Esta é nossa determinação, neste ano, em nosso estudo. Se conseguirmos estas duas coisas, terá sido um ano de muito sucesso.

Como já dito antes, sabemos que nunca haverá um conflito entre a Palavra de Deus escrita e qualquer mensagem ou revelação que venha dEle. Sua Palavra nos garante que Ele não pode mentir e nunca mudará. Sua Palavra escrita, a Bíblia, portanto, nos fornece um alicerce fiel para julgar a toda profecia. Nenhuma profecia ou mensagem de Deus jamais contradirá qualquer coisa nas Escrituras.

A forma ocidental de pensar, baseada em lógica vertical, frequentemente nos leva a estabelecer um princípio para tudo. Algumas vezes estes são bons e úteis, e algumas vezes podem ser uma pedra de tropeço que nos bloqueia da verdade. Certamente alguns princípios básicos podem nos ajudar a permanecer no caminho para uma fé bíblica sã e a capacidade de discernir a voz do Senhor, assim como vozes que não sejam dEle. Elaboraremos mais sobre isso, mas também devemos saber que estes não são os aspectos mais importantes de se conhecer a verdade e Sua voz. A Verdade é uma Pessoa, não apenas fatos.

Pense no seguinte: Conseguiria eu lhe descrever uma voz e você reconhecê-la com muita confiança? Teria dificuldade para colocar em palavras como é a voz da minha esposa, exceto se usar algumas generalizações. Duvido que alguém que jamais ouviu sua voz poderia reconhecê-la assim. Porém, se ela estivesse em meio a uma grande quantidade de pessoas e estando todas conversando, saberia imediatamente qual a voz dela. Como? Porque já passei muito tempo com ela. Da mesma forma, penso que a única forma que podemos realmente conhecer a voz do Senhor é termos estado com Ele.

Existem de fato apenas duas formas pelas quais reconhecemos aos outros: pelo rosto ou voz. Quantos que você reconheceria pelas suas mãos ou pés, a não ser que houvesse algum aspecto que realmente ressaltasse? De novo, reconhecemos aos outros pelo seu rosto ou voz. A Palavra de Deus nos impele a buscar à face do Senhor e conhecer Sua voz.

Li a Bíblia muitas vezes e estudei a fundo como o Senhor falou às pessoas. Porém, não é assim que conheço a voz do Senhor. Não a conheço por causa de um tom audível como é com a minha esposa, mas a conheço por um tom espiritual, que é da mesma forma único no universo. Entretanto, como as Escrituras ensinam, existem muitas vozes diferentes no universo, que são todas únicas. Como distinguimos isso, então? De novo, devemos conhecê-Lo.

O Senhor poderia obviamente fazer Sua voz tão diferente que não houvesse forma alguma de que outros chegassem perto de duplicá-la. Seríamos assim sempre capazes de distinguir a Sua da dos outros, mas Ele não fez isso para o nosso bem. Para conhecer o tom espiritual da voz do Senhor, devemos conhecer Seu coração e mente, conhecendo, assim, a Ele mesmo. Nisso nós crescemos à medida que crescemos nEle. Os que não são verdadeiros discípulos, buscadores, não serão capazes de distinguir Sua voz.

É por isso também que o Senhor não disse que os cordeiros conheciam a Sua voz, mas ovelhas. Os cordeiros, mais jovens, precisam seguir aos mais maduros até que conheçam Sua voz tão bem que a possam distinguir das outras.

Uma vez ouvi uma história de um homem que estava sentado em um monte no Oriente Médio. Ele viu três pastores vindo de direções diferentes, trazendo seus rebanhos a um poço com água, todos ao mesmo tempo. O homem pensou que estava para ver uma confusão tal destes três rebanhos que os pastores nunca seriam capazes de separar todos os animais. E certamente, quando elas chegaram à água, os rebanhos se misturaram de forma que não mais pudessem ser distinguidos. Mas os pastores não pareciam preocupados, apenas ficaram conversando entre si. Depois que as ovelhas todas tomaram água, cada pastor tomou um caminho diferente e começou a cantar enquanto andava. Houve uma grande convulsão neste enorme rebanho aumentado, mas então pequenos alinhamentos de ovelhas se formavam atrás de cada pastor até que todas estivessem novamente separadas. Toda ovelha conhecia a voz de seu pastor e a podia distinguir da dos outros. Por que? Porque já passaram muito tempo com ele, ouvindo-o cantar nos pastos. É assim que devemos conhecer à voz do Senhor e sermos capazes de distingui-la de todas outras vozes no mundo. Não existe substituto da simples permanência com Ele.

Nossa dedicação neste ano será de aprofundarmos nossas raízes mais a fundo nas Escrituras, amando Sua verdade o suficiente para buscá-La. Também buscaremos conhecer melhor à Sua voz aproximando-nos dEle. Se nos enfocarmos nesta busca, este será um dos melhores e mais importantes anos de nossas vidas. Nos tempos que vêm, nossas próprias vidas provavelmente dependerão de quão bem procuramos estas disciplinas básicas como verdadeiros discípulos.

Rick Joyner, 11/01/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


domingo, 17 de janeiro de 2010

Palavra para a Semana nº 02


Preparados para os tempos, parte 02


Semana 02, 2010

A Palavra Escrita de Deus, as Escrituras, é a base para toda doutrina Cristã. O dom de profecia não é usado para se estabelecer doutrinas, mas usado pelo Senhor para direcionar o Seu povo no presente e, algumas vezes, revelar o futuro. Quando revelações proféticas foram usadas erroneamente para estabelecer um novo ensinamento, inevitavelmente se tornavam falsos ensinamentos e frequentemente resultavam no início de uma seita. Nunca devemos dar crédito a alguém que busca usar revelação para estabelecer uma doutrina. Recebemos apenas a Palavra de Deus escrita para doutrina ou os ensinamentos da igreja.

Da mesma forma, a Palavra de Deus escrita nunca foi feita para suplantar a comunicação pessoal e presente conosco, o que Ele frequentemente faz por meio do dom de profecia. Como lemos em João 10, Suas ovelhas conhecem Sua voz, e O seguem porque conhecem essa voz. Mesmo no Antigo Testamento, o povo de Deus era repetidamente exortado a obedecer Seus mandamentos e prestar atenção à Sua voz. A qualidade de um relacionamento é determinada pela qualidade da comunicação, e isso ocorre em nosso relacionamento com o Senhor. Essa comunicação não é apenas o que Ele tem falado no passado. Aprendemos que não vivemos somente do pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (veja Mateus 4.4), o que está no presente.

Uma das metáforas básicas de como Jesus se relaciona com o Seu povo é como Cabeça de Seu Corpo, a saber, a igreja. Assim como nossa cabeça se comunica com toda parte do corpo, Jesus quer direcionar Seu corpo com comunicação à toda parte. Todo membro do corpo de Cristo pode, e deve, ter a sua própria comunicação com Ele. Ele tem um relacionamento pessoal com cada um dos Seus. Todo Cristão deve conhecer a Seus caminhos como ensinados nas Escrituras, e devem conhecer Sua voz.

Todas metáforas são limitadas em sua aplicação. Porém, podemos esperar, antes do fim destes tempos, que o povo do Senhor esteja tão próximo a Ele e tão sensível à sua orientação e liderança e trabalharão em harmonia tal que vão maravilhar até um corpo humano perfeito, como profetizado em Joel 2.

Outras metáforas de como Ele se relaciona conosco devem ser consideradas, o que implica em diferentes formas com as quais Ele fala a nós. Por exemplo, Sua igreja é chamada de Sua Noiva. Uma comunicação amorosa, romântica de Deus tem pouco ou nada a ver com propósitos estratégicos, ou trabalho, mas é simplesmente uma questão de amor. Como previamente consideramos, que tipo de relacionamento seria se no dia do casamento o noivo entregasse um livro à sua noiva que escreveu para que não precisasse falar com ela de novo! Não permita ninguém, ou nenhum ensinamento, te roubar seu relacionamento pessoal com o Senhor.

Ter doutrinas precisas é importante. Podemos ter a verdade mas não a amarmos. São as pessoas que amam que permanecem fiéis até o fim. A principal descrição de nosso trabalho é amarmos a Deus acima de todas as coisas. Esta não é apenas uma doutrina com a qual precisamos concordar, mas uma que precisamos fazer. Este amor é construído por intercâmbio, comunicação e toques pessoais, sendo Deus quem os faz melhor. Quem tiver apenas doutrinas sem um relacionamento pessoal com Ele tem uma forma de piedade, mas não o seu verdadeiro poder. Um toque pessoal de Deus pode fazer o que muitos anos de ensino não podem. Porém, o ensino também é algo importante.

Desenvolver um relacionamento pessoal com o Senhor é tão importante quanto crescer no conhecimento da doutrina sã. Os Cristãos mais saudáveis estarão em busca de ambos. Com maturidade, vem maior autoridade, assim como para as crianças. Quanto mais maduras se tornam, menos precisaremos as instruir sobre toda coisinha. O mesmo é verdade com o Senhor. Os apóstolos não eram levados pela mão, foram enviados pelo Senhor. Como vemos no livro de Atos, eles tomavam decisões sobre o que fazer a para onde ir sem uma revelação direta do Senhor. Quando o Senhor precisou redirecioná-los, Ele lhes daria um sonho, visão ou palavra, mas estes eram servos fidedignos, maduros o suficiente no Senhor para que Ele lhes confiasse para tomar maior parte de suas decisões. Somente os imaturos precisam de orientação constante, assim como com as crianças. Quando mais maduros nos tornamos no Senhor, o menos Ele precisa nos direcionar. Porém, é correto os imaturos serem imaturos e precisarem de muito mais orientação. São nestes momentos que Eles virão a conhecer Sua voz.

Devemos também ter uma dedicação básica de conhecer a voz do do Senhor e obedecê-Lo em todas as coisas. Devemos também procurar ser maduros para que conheçamos Sua mente e coração, e, compartilhando estes, seremos maduros e fidedignos o suficiente para recebermos nossa própria autoridade. Tais filhos e filhas são a alegria de qualquer pai verdadeiramente nobre, e isso é verdade para nosso Pai que está nos céus. Ainda assim, nosso Pai é também Rei e para sempre será, e para sempre deve ser a nossa dedicação a de fazer Sua vontade.

Uma grande quantidade do conhecimento do Senhor e de Seus caminhos nos são fornecidos na Bíblia. Por isso, devemos também ter uma dedicação profunda e contínua de aprofundar nossas raízes mais a fundo no conhecimento e compreensão de Sua Palavra escrita. Não é uma questão de ou uma ou outra no a conhecer à Sua voz e as Escrituras, mas ambos juntos. À medida que começamos a conhecer à Sua voz, podemos começar isso sabendo que Sua voz nunca contradiz Sua Palavra escrita. Verdadeira profecia nunca estará em conflito com doutrina sã e bíblica. Temos esta verdade como um firme alicerce para conhecermos melhor à Sua voz.

Nossa devoção neste ano será de aprofundarmos nossas raízes mais a fundo nas Escrituras, amar à Sua verdade e querer conhecer aos Seus caminhos o suficiente para buscá-los. Também procuraremos conhecer melhor à Sua voz aproximando-nos dEle. Se permanecermos focados nesta busca, este será um dos melhores e mais importantes anos de nossas vidas. Nos tempos que virão, nossas vidas provavelmente dependerão de quão bem buscamos estas disciplinas básicas como verdadeiros discípulos.

Rick Joyner, 04/01/2009

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Mensagem aos irmãos que consultam a este blog


"Bombardeio" de mensagens


Confesso que houve, ontem, um verdadeiro bombardeio, neste blog, de mensagens defasadas das Palavra para a Semana do irmão Rick Joyner. Mais especificamente, da 54 da série “Discernindo os tempos” até a 62 da mesma, para então começar a nova, “Preparados para os tempos”, marcando a transição 2009-2010. Ou seja, em um curto espaço de tempo, postei 10 traduções do irmão Joyner. Recomendo a todos que se sentem edificados pelas palavras, sua leitura, mesmo que rápida e dinamicamente, lendo mais devagar os parágrafos que captarem sua atenção.

Sobre o ano de 2010

Vejo que 2010 será um ano de batalhas. Algumas palavras-chave que me vêm em mente, mesmo diante do Senhor: trabalho duro, esforço, (aprendizado para) paciência, grande amadurecimento, aumento de confiança (como resultado). Que este ano será difícil e intenso tem sido profetizado por alguns.

Autoridade

A obtenção de autoridade não é em si um objetivo, no entanto o objetivo traçado pelo Senhor aos submeter/permitir passar por cenários difíceis e provas é para que possamos lidar justamente com uma autoridade maior, com maior mordomia e maturidade. Ou seja, autoridade não é algo pelo que precisemos cobiçar, apenas entender que Deus quer nos dar e dá, e Ele também quer nos amadurecer para que a usemos da melhor maneira, do contrário não nos faria bem, seria apenas maior condenação. Salvação é motivo de alegria, mas autoridade, por si, é o contrário, é motivo para vigilância e não nos alegrarmos por a termos. Jesus exortou aos discípulos para não se alegrarem pelos demônios se sujeitarem a eles, mas pelo nome deles estarem escritos no Livro da Vida.

Vejo 2010 como um ano de regime pleno de treinamento intenso e batalha, em que, durante o qual, talvez não tenhamos impressão alguma de que estamos crescendo ou melhorando, mas depois os resultados serão mais visíveis.

Enquanto escrevo isso, escuto, de perto da sacada do prédio, o remanescente dos fogos da virada do ano. Aqui no bairro onde moro em São José, o barulho intenso dos fogos e a fumaça que resulta, preenchendo os arredores, me remete o cenário de batalha que 2010 será, espiritualmente.

Ética de trabalho

É essencial para o Brasil desenvolver uma ética e cultura de trabalho e humildade. Cultura não salva ninguém, digo aqui uma redenção de cultura, que deve operar primeiramente na igreja.

Infelizmente, faz um tempo li um artigo de alguém que observava o comportamento de vários diplomatas/representantes de diferentes países em reuniões solenes ou festas, mais especificamente, se não me falha a memória, em algum país europeu ou escandinavo. Enquanto os representantes típicos escandinavos/europeus compareciam às reuniões em simplicidade, com seus próprios carros (e não se destacando estes, pelo contrário, sendo carros simples), o representante brasileiro comparecia com uma comitiva, com muito maior pompa, em um carro de luxo, com um motorista, etc.

Em um outro exemplo, passei um curto tempo de minha vida em um treinamento de missões e liderança de igreja. Durante as conversas no dormitório, uma que ouvi era sobre uma liderança que planejava, caso tivesse um certo êxito político, usar dinheiro público para distribuí-lo entre líderes da igreja. Ao mesmo tempo, neste treinamento, era incrível a indisposição de muitos para trabalharem um “dia completo”; habitualmente descansavam demais nas tarefas missionárias, se gabavam do trabalho dos outros e eram preguiçosos. E quem evitava essas conversas e trabalhava no mínimo profissionalmente, com seriedade, era potencialmente visto como “puritano”, “bitolado”, e não era compreendido pelos outros. No momento de louvor e adoração, todos demonstravam intensidade, porém; tal cenário parece sintomático do Brasil. Glória a Deus pela adoração, e existe também necessidade de uma ética de trabalho e humildade. Interpreto que 2010 será um ano para melhorarmos nisso, a começar em mim.

Inclusive, recomendo muito o livro “A profecia das sete montanhas” de Johnny Enlow. Tem havido um ensinamento sobre redenção dos pilares culturais dos povos e o fato de que Deus quer usar Seus servos para a restauração da terra, pois Ele mesmo vai reinar. Pretendo com as semanas desdobrar um pouco mais esses assuntos.

Alegria

O fim é melhor do que o começo; alegrar-se com o fim de 2009 é bom, e ainda melhor procurar aprender suas lições para aplicá-las neste ano. De qualquer forma, mesmo em um ano de esforço e guerra, podemos nos alegrar profundamente no Senhor, Ele é a nossa força e grande fonte de alegria.

Enquanto o mundo pensa que a crise acabou/está acabando, existe uma profecia de que 2010 será o ano da “Tempestade Perfeita”, isto é, com as condições “perfeitamente arranjadas” para causar grande desastre. Tenhamos, em meio a tudo isso, muita alegria e segurança no Senhor, mesmo em meio a grande tempestade. Quanto maior a tempestade, maior segurança do Senhor poderemos sentir em nossas vidas.

A “diplomacia” do brasileiro e vários motivos de oração

Li um artigo na revista Veja sobre um Israelense que estuda dilemas de diplomacia de guerra, concessões e acordos internacionais e conecta isso à Teoria dos Jogos. Um artigo extremamente inteligente e claro, que pode facilmente ser interpretado para o que tem ocorrido no Brasil e na América Latina, mesmo se isso não tivesse sido induzido pelos editores da revista (pois foi).

Ele mesmo (o estudioso Israelense) mencionou o que ocorreu nos anos 30 com a diplomacia suicida de Chaimberlain (primeiro ministro da Inglaterra), evitando um conflito com Hitler, dando aos nazistas tempo para que ficassem mais fortes e a guerra ficasse muito mais terrível. Sugiro que leia o artigo, quem puder (revista Veja recente com a capa sobre o “fim do mundo”, é o artigo principal, das páginas amarelas). Existe muitos lixos, falações e opiniões pagãs na revista, entendo; li esse artigo como que encontrando um diamante na selva.

Menciono aqui alguns assuntos de oração pelo Brasil e ação de nossa parte. Muito se baseia em experiências que tive na igreja e exageros que já cometi.

1) Por um lado, é muito interessante que o Brasil seja um país pacífico e diplomático. Isso abre o coração das nações, assim como ele ser constituído de um povo sofrido e batalhador, que já foi muito explorado. Esse conjunto de fatores é um alívio, um desabafo a várias nações, elas ficam felizes em ver o Brasil prosperando. Mas se o brasileiro ficar se enxergando com tal auto-piedade, tendo isso por porto seguro, como que romantizando a si mesmo, tal diplomacia se torna passividade e uma armadilha contra inimigos, principalmente espirituais, que procurem dominar os Cristãos mediante controle, manifesto por demonstrações extremas de subserviência e intransigência. Tal controle se manifesta nos outros âmbitos da nação, inclusive o político. Pulsos de controle e populismo procuram infantilizar pessoas que depositam a esperança no próprio homem. Não sinto que seja do agrado de Deus que regimes autocratas sufoquem as empresas, a iniciativa privada e a criatividade das pessoas.

Como Jesus disse, é natural que os políticos se posicionem como amigos do povo e o assenhorem, porém na igreja não deve ser assim. Todos nós devemos ter postura de servo na igreja, não usar a nossos irmãos para alcançarmos sonhos ministeriais pessoais.

2) Muitos missionários brasileiros ainda não alcançaram seus limites, existem muitas fronteiras distantes para eles; existem muitos missionários no Brasil que ainda estão encavernados, como petróleo abaixo do solo; são preciosos e estão em refinamento, suas riquezas espirituais se multiplicarão à medida que são refinados, e serão grande combustível para um trabalho que o Senhor quer fazer nas nações.

Não é o caso de querermos copiar muitas ênfases e testemunhos que irmãos de outros locais e tempos experimentaram (como os dos EUA, por exemplo), mas entendermos que o Senhor tem dado à igreja brasileira muitas parábolas que hão de ganhar um significado especial no Brasil. Devemos orar para cumprirmos o nosso propósito, o que Ele tem separado a nós, para que sejamos toda a bênção às nações vizinhas e distantes que Ele quer que sejamos.

Se a igreja amadurecer e cada Cristão lutar para caminhar com um pouco mais de maturidade, progressivamente pelas etapas da vida cristã, venceremos os inimigos de opressão espiritual dentro da igreja; deve haver um intento real, uma intenção, um reconhecimento de que devemos sair da infância espiritual, deixando o pensamento de que estaremos na bênção somente se repetirmos a oração que um grande líder fala para repetirmos (sendo convertidos a anos), ou de que só seremos aceitos por Deus se nosso discipulador concordar com tudo o que fazemos. Como é fina a linha para que o que estou escrevendo não seja interpretado como rebeldia! Imploro que entendam o que quero dizer e que todos nós sejamos submissos! Devemos nos submeter, e devemos também ponderar isso com maturidade e intimidade com Deus, busca pessoal e revelação. A Palavra diz que “cada um prestará contra diante de Deus por si”. (Rm 14.12) Praticando a verdade, seremos verdadeiramente bênção aos pastores e líderes da igreja do Senhor nesta nação; estaremos realmente os ajudando.