domingo, 31 de julho de 2011

Palavra para a Semana n° 19 (2011)


Os Dons Proféticos

Semana 19, 2011

Havíamos previamente começado a discutir os níveis de diferentes tipos de revelação profética, desde impressões até ser levado ao céu, como Paulo e João foram o Novo Testamento. Continuaremos nisso. Como você provavelmente já percebeu neste ponto, é meu estilo intercalar a compreensão prática dos dons com questões de caráter que podem nos ajudar a evitar as pedras de tropeço e armadilhas nas quais muitos desnecessariamente caíram. A igreja e o mundo necessitam desesperadamente do verdadeiro ministério profético nestes tempos, e esta necessidade irá aumentar. Precisamos que eles fiquem no caminho da vida e sejam as vozes merecedoras de confiança que são chamadas a ser.

Em geral, parece fazer sentido que quanto mais intensa ou de alto nível for a revelação, mais importante ela seja. Outros parecem pensar que quão mais de alto nível a mesma, maior o ministério do profeta, mas nada disso é verdade. Aprendemos que o nível de revelação está mais relacionado à dificuldade da tarefa do que a importância da revelação ou nível de autoridade do profeta. Por isso, quando passamos por tempos de não receber muita revelação, principalmente o que chamamos de revelação de alto nível, devemos ficar felizes. São tempos bons para aprofundarmos nossas raízes mais profundamente em verdades bíblicas sãs, sondar as Escrituras, e “estudarmos para sermos aprovados por Deus” (veja II Timóteo 2.15).

Ainda assim, uma verdade básica sobre a revelação profética que sempre devemos ter em mente é que ela nunca é fornecida para se estabelecer doutrina. É por isso que a Palavra escrita foi dada, e você encontrará que, na raiz de muitas heresias e falsos ensinamentos, eles foram recebidos por uma revelação profética, ou, deveríamos dizer, uma revelação profética falsa. Revelações proféticas são para revelar a vontade estratégica ou tática do Senhor, não para incutir doutrina. A Palavra escrita, que é nossa doutrina, está terminada e nenhuma revelação virá de Deus para adicionar à mesma ou dela retirar. Quem presumir estar fazendo isso, devemos imediatamente julgar como falsa profecia, e rejeitar, independentemente de como venha a nós. Sobre isso, não devemos ter dúvida.

Entraremos depois mais profundamente nestas questões básicas, mas, por enquanto, voltemos ao que estamos chamando de níveis mais baixos de revelação, começando com impressões. Começaremos também com o dom de discernimento. Este opera de diferentes formas, com pessoas diferentes. Por exemplo, Oral Roberts poderia sentir o que havia de errado fisicamente com outra pessoa quando ele colocava suas mãos na cabeça dela. Outros podem simplesmente focar em uma pessoa e começar a sentir coisas. Isso é especialmente como os dons proféticos muitas vezes trabalham com os dons de cura e milagres, então quando um profeta que opera dessa forma foca em uma pessoa, ele pode começar a sentir uma parte de seus corpo doendo e, dessa forma, saberá que essa pessoa tem um problema ali. Desta forma o discernimento freqüentemente trabalha com um ministério de cura.

A cura física é o tipo mais fácil de cura, e para adentrarmos nos âmbitos de cura emocional ou espiritual, o dom de “palavra de conhecimento” é o conhecimento de algo do qual não poderíamos saber no natural. Com este dom, podemos olhar para algo e começarmos a lembrar de algo que não experimentamos, mas aquela pessoa experimentou. Se permanecermos focados, o Senhor pode nos dar uma palavra de verdade sobre a situação que pode libertar aquela pessoa das conseqüências do evento. Muitos jugos de escravidão e opressão demoníaca entram por meio de experiências traumáticas. Quando estas coisas são abordadas por alguém que seja familiar que não poderia saber dessas coisas se não por meio da revelação de Deus, isso incute uma fé e paz que pode ajudar a trazer libertação.

Essas são apenas algumas formas pelas quais os dons proféticos podem operar, e sua diversidade pode ser tão grande quanto o número de pessoas proféticas. Há fatores comuns, mas o Senhor, que fez todo floco de neve diferente, ama diversidade, e coloca tudo isso em Seu povo de uma forma única e pessoal. Por esta causa, nunca poderemos copiar exatamente ao outro; é para o Senhor que devemos olhar para recebermos e desenvolvermos nossos dons. Podemos aprender dos outros, mas nosso foco é o Senhor, e não os outros, para nos tornarmos quem fomos criados para ser.

Esta é uma verdade crucial. Todo profeta nas Escrituras era diferente, e todos desde então também. Devemos honrar aos outros e permanecermos humildes o suficiente para deles aprender, e se amadurecermos em quem somos chamados a ser, sempre haverá formas pelas quais seremos únicos. Saber disso nos mantém no equilíbrio apropriado de termos os relacionamentos certos no corpo de Cristo, mas não conseguiremos estar apropriadamente unidos ao corpo se não estivermos apropriadamente unidos ao Cabeça. E não poderemos estar unidos ao Cabeça sem também estarmos unidos ao Seu corpo. Precisamos de ambos, mas “o principal é manter o principal como principal”, e o principal é adorarmos e nos aproximarmos de Deus.

Rick Joyner, 10/Mai/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Palavra para a Semana n° 18 (2011)


A Aplicação de uma Palavra Profética, parte 3

A importância da Humildade

Semana 18, 2011

Devemos ser merecedores de confiança para que nos sejam confiadas revelações importantes ou tarefas provenientes de Deus. Um motivo pelo qual a tantos não é confiado mais é que não buscam a sabedoria e maturidade de como lidar com a revelação. Somos emissários do Rei dos reis quando carregamos mensagens dEle, e Sua palavra deve ser manuseada com todo o cuidado e dignidade.

Se somos chamados para entregar Suas mensagens no falar, devemos trabalhar em como melhorar nossa fala. Isso certamente se aplica às mensagens do Rei. Se somos chamados a entregar Suas mensagens escrevendo, devemos trabalhar em nossas habilidades de escrita, para que Sua mensagem possa ser entrega com a maior graça.

Uma das formas primárias com que muitos se desqualificam de ser confiados com revelações importantes é sua tendência de usar revelação para verificar sua importância e ministério ao invés de apontar ao Rei, e verificar somente a Ele. O Senhor disse isso em João 7.18:

“Aquele que fala de si próprio busca a sua própria glória; mas Aquele que busca a glória dO que O enviou, é verdadeiro, e não há injustiça nEle.”

A palavra aqui traduzida como “glória”, neste versículo, poderia ser traduzida como “reconhecimento”. Leiamos dessa forma.

“Aquele que fala de si próprio busca o seu próprio reconhecimento; mas Aquele que busca o reconhecimento dO que O enviou, é verdadeiro, e não há injustiça nEle.”

Buscar a si mesmo e promover a si mesmo são dois dos piores inimigos do verdadeiro ministério. Isso não quer dizer que devamos esperar até que estejamos totalmente livres de todas motivações egoístas antes que o Senhor possa nos usar, do contrário, provavelmente nenhum de nós jamais seria usado. Porém, precisamos declarar guerra contra a autopromoção como inimigo mortal que é. Temos um incentivo muito bom para isso, como o Senhor diz em Lucas 14.11:

“Pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.”

Note que o Senhor não disse “alguns”. Podemos estar certos de que se nos exaltarmos, resultará em Deus tendo de nos humilhar. Deus exalta a homens, e é um espírito religioso que procura nos fazer pensar que Ele não o faça, o que está claramente em conflito com o testemunho claro das Escrituras. Porém, é Ele que deve fazê-lo. Todo o exaltar de Seu reino será feito por Ele, e é feito para promover a Seus propósitos, e não nos recompensar. Para os maduros em Cristo, ser levantado não é uma recompensa, mas um fardo. Se isso não faz sentido a nós, é porque não ainda entendemos Sua autoridade.

Da mesma forma, ao longo das Escrituras, temos exortações a “nos humilharmos”, e quer dizer que é isso que devemos fazer. Se queremos fazer o trabalho do exaltar de Deus, Ele fará nosso trabalho de humilhar, e Ele pode fazer qualquer um dos dois muito melhor do que nós.

Se realmente entendemos a graça de Deus, que é mais valiosa do que qualquer tesouro ou posição terrena, então teríamos uma visão e foco de procurar fazer tudo para nos humilhar, pois as Escrituras falam repetidamente que Ele dá Sua graça aos humildes. Isso é especialmente importante para pessoas proféticas, pois se você é usado de uma forma grandiosa, as pessoas tenderão a querer te exaltar, e você será tentado a começar a pensar de si mesmo mais grandiosamente do que deve, o que sempre levará à queda. O orgulho causou a primeira queda de Lúcifer, e é encontrado na raiz de virtualmente toda queda desde então. Para inculcar isto mais, temos I Corítios 1.26-30:

Pois considerem o seu chamado, irmãos, de que não há muitos sábios de acordo com a carne, não muitos poderosos, não muitos nobres;

mas Deus escolheu as coisas tolas do mundo para envergonhar as sábias, e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as que são fortes,

e as coisas inferiores do mundo e os desprezados, Deus escolheu, as coisas que não são, para que Ele possa anular as coisas que são,

para que ninguém se glorie diante de Deus.

Por chocante que possa ser para alguns, Deus não nos chamou por sermos inteligentes ou capazes. Aliás, o oposto é provavelmente verdade. Os fracos se apoiarão nEle para receber Sua força. Aqueles que podem não ser tão intelectualmente dotados se apoiarão nEle para Sua sabedoria. É algo maravilhoso ser usado por Deus, e isso nos edifica, e deve edificar mesmo. Porém, há uma diferença entre ser edificado e ficar inchado. Todos nós temos muito mais motivos para nos humilhar do que nos orgulhar. Lembremo-nos continuamente de Romanos 5.1-2:

Portanto, tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo,

por meio de que também obtivemos nossa introdução, pela fé, à essa graça, na qual permanecemos... .

Nosso posicionamento e permanência é na graça, e rapidamente cairemos se a perdermos.

Rick Joyner, 03/Mai/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

sábado, 16 de julho de 2011

Palavra para a Semana n° 17 (2011)


A Aplicação de uma Palavra Profética, parte 3


Semana 17, 2011

É da minha roupagem, e da maioria das pessoas proféticas que conheço, de ser tão orientado por conceitos que tendo a misturar os detalhes. É uma fraqueza que aqueles que são orientados por detalhes têm dificuldade em entender e muitas vezes atribuem motivos malignos a isso. Espero que nunca seja o caso; percebo que tenho uma fraqueza, então aprendi a apreciar os detalhistas. Mesmo que sejam muitas vezes irritantes para pessoas como eu, de visão mais geral e conceitual, precisamos muito deles.

Os detalhistas também podem tender para o tipo de auto-retidão demonstrada pelos Fariseus, que “coavam um mosquito, mas engoliam um camelo” (veja Mateus 23.24). Eles precisam da ajuda dos mais conceituais, assim como os mais conceituais precisam deles. Se os conceituais não conseguem ver as árvores para a floresta, os detalhistas não conseguem ver a floresta para as árvores. Precisamos conseguir ver a ambos.

O motivo pelo qual as grandes promessas para os profetas é sempre plural – aos profetas, nao apenas um profeta – pode ser principalmente por causa disso. É por isso que as grandes promessas são para os que aprendem a trabalhar junto com os que são diferentes, que têm forças correspondentes que compensam nossas fraquezas, e têm fraquezas que podem ser supridas por nós.

Sem dúvida que leva muita humildade da parte de cada um para tais equipes se formarem. Quando procuro os pontos fortes ou fracos na liderança de uma igreja ou alguma outra organização, procuro primeiro quantas pessoas diferentes entre si que trabalham junto. Quanto mais diferentes os membros da equipe são, normalmente mais forte este é. Porém, na igreja nestes tempos, é raro encontrar uma equipe que não seja tão uniforme que, quando perguntado algo aos integrantes, eles são quase como papagaios, todos repetindo a mesma coisa.

Pessoas proféticas são tão culpadas disso como qualquer outro grupo, e é uma grande fraqueza no ministério profético em geral. Provavelmente, a forma mais rápida de se vencer isso seria intencionalmente começar a reunir-se regularmente com aqueles que mais nos irritam. Talvez seria útil nos juntarmos à igreja que mais nos irrita. Pessoas proféticas podem ter tanta dificuldade para se encaixar no lugar que seja, ou ser entendida errado por quem quer que seja, que precisam fazer isso para fazer parte do que quer se seja. Isso é algo bom!

As pessoas acham que estou brincando quando digo que todos nós precisamos das frustrações e irritações da vida na igreja local para amadurecermos espiritualmente, mas não estou. Você pode crescer em conhecimento, e até mesmo crescer em experiência, conforme lemos em I Coríntios 13, e até mesmo crescer na fé a ponto de realizar muitos milagres e mover montanhas, mas se não estiver crescendo em amor, de nada terá proveito. Termos dons proféticos não nos nega de forma alguma a responsabilidade Cristã básica de que temos de amar um ao outro. Pode ser mais difícil para amarmos aos outros porque tão poucos nos amam, mas essa é uma oportunidade ainda maior de crescer em amor.

Logicamente que queremos nos dedicar a uma congregação ou a relacionamentos para os quais o Espírito Santo nos direcione, mas fico pensando se muitos estão capacitados para receber sua orientação sua direção em relacionamentos porque tendemos tanto a escolher aqueles com os quais nos sintamos mais confortáveis e nos separarmos ou dividirmos de quem nos irrita.

Como já cobrimos, se vemos apenas em parte, conhecemos em parte e profetizamos em parte (veja I Coríntios 13.9), estão somos todos peças soltas para nosso entendimento e nossas perspectivas proféticas. Na maioria das vezes, aqueles que têm a parte da qual mais precisamos para ter uma visão geral serão aqueles com os quais mais tenhamos dificuldades. Continuarei a repetir isso freqüentemente porque é muito importante para irmos além para que nos tornemos o corpo de Cristo que somos chamados a ser.

Um outro importante fator para pessoas proféticas: aprenda a escrever. Coisas faladas são mal entendidas muito mais facilmente do que as escritas. Esse pode o motivo da exortação em Habacuque 2.2: “Então o Senhor me respondeu e disse: ‘Grave a visão e a escreva em tábuas, para que quem estiver lendo consiga correr.’”

A escrita era uma forma vital pela qual os profetas e apóstolos se comunicavam, e ainda é. Porém, a natureza tediosa do escrever pode ser contrária à natureza de muitas pessoas proféticas, que tendem a ser muito orientadas por conceitos, terem visão geral. Esta é a questão. Aprender a escrever, e bem, pode ajudar nossa comunicação torná-la muito mais eficaz e precisa, e este é o ponto básico da comunicação. A palavra escrita tem um poder muito diferente da palavra falada. É por isso que Jesus, que era a Própria Palavra, se firmou no que “está escrito”! A palavra falada pode ter resultados imediatos ao animar os santos e levar à ação, mas a palavra escrita tem muito mais poder para criar profundidade e levar a mudanças profundas. Precisamos de ambos.

Rick Joyner, 26/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Palavra para a Semana n° 16 (2011)


A Aplicação de uma Palavra Profética, parte 2

Semana 16, 2011

Ainda não deixei de ficar maravilhado com o que eventualmente ocorre de eu compartilhar algo e imediatamente pessoas vêm a mim tendo entendido algo totalmente diferente do que falei. Muitas vezes é o exato oposto do que falei. Há muito tempo atrás, me convenci de que não é possível falar qualquer coisa sem ser mal entendido por alguns. Concluí que isso não pode ser evitado, e se você se preocupar muito, nâo dirá nada. Ainda assim, é correto desenvolvermos nossas habilidades de comunicação para eliminar isso o tanto quando possível.

Também já fui culpado ao fazer a mesma coisa com os outros. Quando vejo que o fiz, procuro examinar o por quê, para que não fique viciado em fazê-lo, e também para que entenda melhor o que leva alguém a entender errado assim. Quando isso me foi indicado, por algumas vezes voltei a ouvir as mensagens para ver se entendi errado ou se eles se expressaram errado, e fiquei chocado em quanto eu os tinha entendido errado.

Muitas vezes pessoas trazem à tona algo que eu tenha falado, e eu sei que nunca o falei, e possivelmente nem pensei. Não acho que estou generalizando demais ao dizer que todos temos um problema básico com comunicação, e aqueles que não acham que têm este problema, provavelmente o tem em pior intensidade. Estudei e procurei as razões para tal, e acho que aprendi algumas, mas muito ainda e um mistério para mim – mesmo quanto a eu mesmo sendo por vezes culpado. Uma coisa sei, que é o fruto da torre de Babel aflorando quando as línguas foram distribuídas para que os homens não entendessem um ao outro. Porem, isso é muito mais do que uma pessoa não entendendo alguma língua, como o português, e outra não entendendo espanhol. Podemos falar a mesma língua, estarmos no mesmo grupo, compartilharmos muito da mesma formação e experiência, e ainda assim termos a mesma palavra significando diferentes coisas.

Também aprendo que pessoas feridas tendem muito mais a entender erroneamente aos outros. Já abordamos como Satanás é chamado de “senhor das moscas”, provavelmente porque as moscas frequentemente representam mentiras no simbolismo profético, e as mentiras revoam em torno das feridas. Elas trazem infecção, o que impede as feridas de serem curadas, e podem até mesmo levar à morte se não lavadas. Penso que é por isso que os sacerdotes no Antigo Testamento não podiam ter feridas ou cascas: são uma forma de não se estar curado. Quando alguém tem uma ferida não curada, outros não podem nela tocar, e os sacerdotes precisavam ser tocáveis e capazes de se aproximar das pessoas as quais serviam. Quando temos feridas não curadas como rejeição, desapontamento, ou até mesmo traição, outros não podem se aproximar de nós, e tenderemos também a interpretar mal as palavras e intenções dos outros.

Por muitos motivos, comunicação pode ser um dos maiores desafios, e vencê-lo pode ser a única forma que o Senhor nos confie com autoridade séria novamente. Esta, por sua vez, só e dada aos que estão em unidade. Os militares lidam com isso nas formas mais básicas, e é por isso que passamos tanto tempo aprendendo a marchar. No início, e incrível quantas pessoas interpretam diferente o que é “direita” e “esquerda”, gerando caos na formação. Tínhamos de chegar à unidade nisso, e depois sermos instantâneos em nossa resposta aos comandos. Isso não é apenas para produzir formação coordenada, mas para quando estivermos em combate e precisarmos todos estar ouvindo ao mesmo comando e o interpretando da mesma forma; do contrário, nossas vidas estariam em jogo. Nos dias vindouros, o corpo de Cristo precisará dessa disciplina também, ou muitos perecerão desnecessariamente.

A raiz da confusão na torre de Babel era o motivo por trás de seu projeto de construir uma torre aos céus, a saber, “ficarem famosos” (veja Gênesis 11.4), e reunir pessoas em torno do projeto, do contrário se espalhariam. O corpo de Cristo tem tido esta tendência de construir tais tolos projetos, pensando que vão unificar as pessoas, quando na verdade trazem sempre mais divisão do que unidade. Jesus somente pode nos unificar, mas para aqueles que têm um coração dividido ou que buscam os próprios interesses, até mesmo a devoção a Jesus pode ser uma questão divisiva. É por isso que Paulo repreendeu aos Coríntios por alguns seguirem a ele, alguns a Pedro, e nomeou até aos que seguiam a Cristo, porque estavam obviamente usando isso para divisão.

Em II Pedro 3.16, Pedro observa como os “instáveis e não instruídos” distorcem os ensinamentos de Paulo, o que fazem com as Escrituras em geral da mesma forma. Isso indica que um pouco disso pode ser corrigido com ensino, ajudando com instrução aos não instruídos, mas instabilidade é outra questão. Efésios 4 observa que a razão de muitos Cristãos serem “levados por todo vento de doutrina” (veja Efésios 4.14), isto é, serem instáveis, é porque são imaturos, crianças, ou não estão “falando a verdade em amor” (veja Efésios 4.15) ou não estão “se assemelhando mais ao Cabeça”, que é Cristo.

Um dos avisos de cautela que o Senhor deu para os últimos dias foi “ai das que amamentam” (vejam Mateus 24.19). Isso normalmente é interpretado de que não queremos ser uma mãe de filhos novos naqueles tempos, e não termos de dividir por causa deles.

Causar divisões entre irmãos é uma das sete coisas que vemos que Deus odeia, em Provérbios 6.16. Unidade foi uma questão central pela qual Jesus orou sobre seu povo, em possivelmente a oração mais reveladora sobre o coração de Deus, em João 17. Essa unidade é uma unidade de diversidade, não de conformidade. A pressão para conformar não vem do Deus, que ama tanto a diversidade que faz diferente a todo floco de neve. Quando estamos tão inseguros que exigimos do nosso próximo adequação à nossa percepção, estamos ainda imaturos e instáveis demais para sermos confiados com autoridade verdadeira.

Comunicação é um assunto de enorme importância para todos nós, especialmente para o ministério profético, que busca se comunicar em nome de Deus. É a habilidade mais importante do profético, e assim como todo profissional se dedica a desenvolver suas habilidades com suas ferramentas de trabalho, devemos nos dedicar não apenas a entender o que somos chamados a comunicar, mas como. Sem essa devoção, seremos como o arqueiro não treinado, que fere pessoas porque não consegue mirar corretamente.

Se amamos a Jesus, a Palavra em Pessoa, devemos amar as palavras, a comunicação. Se a amarmos, a manusearemos com todo o cuidado. Ainda poderemos ser mal entendidos por vezes, mas decidamos fazer tudo ao nosso alcance para impedir isso de ocorrer.

Rick Joyner, 19/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]