sábado, 16 de julho de 2011

Palavra para a Semana n° 17 (2011)


A Aplicação de uma Palavra Profética, parte 3


Semana 17, 2011

É da minha roupagem, e da maioria das pessoas proféticas que conheço, de ser tão orientado por conceitos que tendo a misturar os detalhes. É uma fraqueza que aqueles que são orientados por detalhes têm dificuldade em entender e muitas vezes atribuem motivos malignos a isso. Espero que nunca seja o caso; percebo que tenho uma fraqueza, então aprendi a apreciar os detalhistas. Mesmo que sejam muitas vezes irritantes para pessoas como eu, de visão mais geral e conceitual, precisamos muito deles.

Os detalhistas também podem tender para o tipo de auto-retidão demonstrada pelos Fariseus, que “coavam um mosquito, mas engoliam um camelo” (veja Mateus 23.24). Eles precisam da ajuda dos mais conceituais, assim como os mais conceituais precisam deles. Se os conceituais não conseguem ver as árvores para a floresta, os detalhistas não conseguem ver a floresta para as árvores. Precisamos conseguir ver a ambos.

O motivo pelo qual as grandes promessas para os profetas é sempre plural – aos profetas, nao apenas um profeta – pode ser principalmente por causa disso. É por isso que as grandes promessas são para os que aprendem a trabalhar junto com os que são diferentes, que têm forças correspondentes que compensam nossas fraquezas, e têm fraquezas que podem ser supridas por nós.

Sem dúvida que leva muita humildade da parte de cada um para tais equipes se formarem. Quando procuro os pontos fortes ou fracos na liderança de uma igreja ou alguma outra organização, procuro primeiro quantas pessoas diferentes entre si que trabalham junto. Quanto mais diferentes os membros da equipe são, normalmente mais forte este é. Porém, na igreja nestes tempos, é raro encontrar uma equipe que não seja tão uniforme que, quando perguntado algo aos integrantes, eles são quase como papagaios, todos repetindo a mesma coisa.

Pessoas proféticas são tão culpadas disso como qualquer outro grupo, e é uma grande fraqueza no ministério profético em geral. Provavelmente, a forma mais rápida de se vencer isso seria intencionalmente começar a reunir-se regularmente com aqueles que mais nos irritam. Talvez seria útil nos juntarmos à igreja que mais nos irrita. Pessoas proféticas podem ter tanta dificuldade para se encaixar no lugar que seja, ou ser entendida errado por quem quer que seja, que precisam fazer isso para fazer parte do que quer se seja. Isso é algo bom!

As pessoas acham que estou brincando quando digo que todos nós precisamos das frustrações e irritações da vida na igreja local para amadurecermos espiritualmente, mas não estou. Você pode crescer em conhecimento, e até mesmo crescer em experiência, conforme lemos em I Coríntios 13, e até mesmo crescer na fé a ponto de realizar muitos milagres e mover montanhas, mas se não estiver crescendo em amor, de nada terá proveito. Termos dons proféticos não nos nega de forma alguma a responsabilidade Cristã básica de que temos de amar um ao outro. Pode ser mais difícil para amarmos aos outros porque tão poucos nos amam, mas essa é uma oportunidade ainda maior de crescer em amor.

Logicamente que queremos nos dedicar a uma congregação ou a relacionamentos para os quais o Espírito Santo nos direcione, mas fico pensando se muitos estão capacitados para receber sua orientação sua direção em relacionamentos porque tendemos tanto a escolher aqueles com os quais nos sintamos mais confortáveis e nos separarmos ou dividirmos de quem nos irrita.

Como já cobrimos, se vemos apenas em parte, conhecemos em parte e profetizamos em parte (veja I Coríntios 13.9), estão somos todos peças soltas para nosso entendimento e nossas perspectivas proféticas. Na maioria das vezes, aqueles que têm a parte da qual mais precisamos para ter uma visão geral serão aqueles com os quais mais tenhamos dificuldades. Continuarei a repetir isso freqüentemente porque é muito importante para irmos além para que nos tornemos o corpo de Cristo que somos chamados a ser.

Um outro importante fator para pessoas proféticas: aprenda a escrever. Coisas faladas são mal entendidas muito mais facilmente do que as escritas. Esse pode o motivo da exortação em Habacuque 2.2: “Então o Senhor me respondeu e disse: ‘Grave a visão e a escreva em tábuas, para que quem estiver lendo consiga correr.’”

A escrita era uma forma vital pela qual os profetas e apóstolos se comunicavam, e ainda é. Porém, a natureza tediosa do escrever pode ser contrária à natureza de muitas pessoas proféticas, que tendem a ser muito orientadas por conceitos, terem visão geral. Esta é a questão. Aprender a escrever, e bem, pode ajudar nossa comunicação torná-la muito mais eficaz e precisa, e este é o ponto básico da comunicação. A palavra escrita tem um poder muito diferente da palavra falada. É por isso que Jesus, que era a Própria Palavra, se firmou no que “está escrito”! A palavra falada pode ter resultados imediatos ao animar os santos e levar à ação, mas a palavra escrita tem muito mais poder para criar profundidade e levar a mudanças profundas. Precisamos de ambos.

Rick Joyner, 26/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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