sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Os humildes serão honrados

(...)

Alguém pode pensar que os humildes serão ainda mais humilhados,
alguém pode até pensar que os humildes sempre serão rebaixados nessa terra,
pelo fato de não declararem alta posicão perante os homens,
pelo fato de responderem com o bem quem lhes trata com o mal.

Feliz o que é desprezado nesse mundo,
feliz o que é tido por estrangeiro.
Quanto mais aquele que se considera estrangeiro,
por não achar lugar entre os homens.

Os humildes sairão pelas nações, cantando,
dançarão pelas capitais dos países e juntamente os governarão,
irão adiante e verão a face do Senhor.
Com poder e autoridade que o próprio Deus lhes deu,
um poder incrível, que destrona e elimina todas as maldades da terra,
os humildes governarão as nacões.

Eles receberão altos cargos nelas,
e tomarão posse de todas as regiões que pisarem,
pois o Senhor lhes dá tudo isso por herança.
O Senhor é a autoridade superior que protege os humildes,
e não permite que seus bens sejam confiscados pelos exploradores.

Isso é maravilhoso em Jerusalém,
isso é um sonho que se cumpre,
é um conforto bem presente no dia da adversidade,
é um favo de mel, que em sua doçura nos acaricia os lábios,
faz os nossos olhos brilharem novamente
e agrada todo o nosso ser.

Tudo o que vês e também o que nao vês
é posse de Deus,
é território do Senhor,
Ele é criador de todas as coisas.
E o nosso Deus tem prazer em dar todas essas coisas aos humildes,
por heranca.

Sim, isso lhes é um copo dágua em dias de sede,
é seu descanso em dias de enfado e cansaço,
é seu abraço,
seu sincero beijo em dias de solidão.

Essa é a maior notícia em Jerusalém,
a cidade do nosso Deus.
É a maior glória em Sião,
o monte onde o Senhor se revela.
É a maior árvore do Líbano,
e nela temos sombra e moramos em segurança.

Há árvore maior que a benção do nosso Deus?
Há benção maior que sermos herdeiros do Reino?
Há Reino maior que o do nosso Deus?
Há Deus como o nosso?
Todo o povo de Deus, toda a congregação do Altíssimo,
todos os sacerdotes, profetas e mestres,
juntamente com os apóstolos e todos os servos de Deus,
do menor ao maior, dirão:

"Não, não há em Jerusalém
nem em qualquer outro lugar
Deus maior que o nosso.
Nao há, nunca houve e nunca haverá
Deus comparável ao nosso."

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 51

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 51
(17 de Dezembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CVIII

por Rick Joyner

O primeiro princípio relativo a dar fruto que permaneça, ou construir aquilo que permaneça, está no trecho da Bíblia que citamos semana passada, em Eclesiastes 3.14, “...tudo o que Deus faz permanecerá para sempre...”. O Senhor Jesus elaborou sobre isso em João 15.1-5:

“Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor.

“Todo galho em Mim que não dá fruto, Ele o retira; e todo galho que dá fruto, Ele poda, pra que possa dar mais fruto.

“Vocês já estão limpos por causa da palavra que falei a vocês.

“Permaneçam em Mim, e eu em vocês. Assim com galho não pode dar fruto de si mesmo, a não ser que permaneça na videira, também vocês não podem, se não permanecerem em Mim.

“Eu sou a videira, vocês são os galhos; quem habitar em Mim, e eu nele, este dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer nada.”


O princípio mais importante quanto a gerar fruto para o Senhor é que devemos permanecer no Senhor. Não queremos apenas trabalhar ou estarmos ocupados, mas queremos estar envolvidos com os negócios do Pai. Para tal, devemos também seguir Jesus como nosso exemplo. Ele nunca respondeu às necessidades humanas – somente fazia o que viu o Pai fazendo. Se queremos permanecer nEle e fazer o Seu trabalho, devemos aprender a fazer o mesmo. Um momento permanecendo no Senhor vale mais que uma vida toda em nossos próprios esforços.

Pense por quantas pessoas doentes e feridas o Senhor passou para ir curar aquele homem no poço de Siloé. Ele tinha o poder para curar a todos, mas não o fez. Ele somente curou aquele a quem o Pai o mostrou para curar. Não nos será confiado o tipo de poder para curar que Jesus tinha enquanto não aprendermos a andar nesse tipo de obediência.

A simpatia humana não é a mesma coisa que a compaixão de Deus. Simpatia humana normalmente irá alimentar a auto-piedade, um dos destruidores mais eficazes do caráter humano e da capacidade de gerar frutos. Auto-piedade é estar profundamente centrado em si, e isto é o oposto de fé, que tem que estar enfocada em Deus, não em nós mesmos ou nas condições.

É por isso que a ira do Senhor ardeu contra Moisés quando Deus o chamou (Ex 4.14). Moisés começou a olhar para as suas próprias incapacidades, ao invés da capacidade de Deus para o propósito para o qual Deus o chamou. Para os imaturos isso pareceria humildade, mas foi uma das demonstrações mais profundas de orgulho. Moisés estava elevando sua condição para acima da capacidade de Deus. Esse tipo de falsa humildade rouba muitos de seu propósito.

Para corrigir a mentalidade de Moisés, Deus disse para ele jogar seu cajado na terra. O cajado representava sua autoridade e propósito como pastor. Quando foi lançada em terra, se tornou uma serpente que o perseguiu, até que ele a tomou novamente para si. Muitos que da mesma forma lançaram em terra seus chamados estão dele fugindo, e estes continuarão a ser a serpente que os persegue até que tomem seu cajado novamente. Então, o primeiro princípio a aprender de como permanecer no Senhor é olhar para o Senhor, não para nós mesmos, nossas capacidades ou falta delas.

O próximo ponto é aprender a seguir a Ele, não apenas princípios. Parece haver um infindável número de livros agora sendo escritos sobre como reconhecer a voz do Senhor, mas poucos abordam a forma com que aprendemos a fazer isso, que é passando tempo com Ele. Por exemplo, eu poderia descrever a voz da minha esposa e você poderia decorar tal descrição, mas você provavelmente não conseguiria distingui-la da voz dos outros porque nunca a ouviu falar. Apesar de eu achar que nunca ouvi alguém me descrever como é a voz dela, mesmo que dezenas de pessoas estejam falando ao mesmo tempo que ela, eu posso instantaneamente detectar a sua voz da multidão porque passamos já tanto tempo juntos. É assim como também conseguimos reconhecer a voz do Senhor.

Isso foi um prelúdio de minha parte para compartilhar um princípio. Lembrem-se, leis não podem ser quebradas, mas princípios podem. Este é um princípio geral e geralmente é verdadeiro, o que significa que existem ocasiões ou situações em que não é aplicável. O princípio é: Quanto mais maduro fores no Senhor, menos precisará que Ele te oriente. Bebês devem ser assistidos todo o tempo e constantemente avisados “Não faça aquilo”, ou “faça isso”. Quanto mais maduros nos tornamos, menos devemos precisar de constante observação ou constantes instruções. O mesmo é válido para com o Senhor. Somente bebês espirituais exigem instruções constantes do Senhor a respeito de pequenos detalhes. À medida que amadurecemos, Ele espera que usemos nossas mentes renovadas, que devem estar em harmonia com a forma com que Ele pensaria sobre alguma situação.

Um bom exemplo disto é como o Senhor envia os Seus apóstolos – Ele não os guia pela mão. Ocasionalmente, Ele pode redirecionar seu curso, assim como fez com Paulo o Apóstolo ao primeiro lhe dizer para não ir para a Ásia, e depois lhe dando um sonho para ir. Obviamente, era importante que ele fosse no tempo correto.

Novos Cristãos podem precisar que o Senhor os direcione quase constantemente, assim como um pastor deve observar cordeiros muito mais de perto que observa as ovelhas, mas isso também os ajuda a conhecer melhor a Sua voz. Por todas as nossas vidas, devemos ser abertos a ouvir Sua voz e O deixar nos direcionar ou redirecionar, mas à medida que amadurecemos, devemos ser capazes de nos movermos sem sua direção específica também. Isso não quer dizer que também não devemos passar tempo com o Senhor a cada dia e vir a conhecer a Sua voz cada vez mais. Nem devemos ir para onde Sua presença não vá conosco, mas ao mesmo tempo devemos chegar ao conhecimento dos Seus caminhos.

Alguns meses atrás, o Senhor me deu duas visões para me mostrar a principal questão que estava em Seu coração no início da criação. Estas me impactaram tanto que sabia que poderia passar o resto da minha vida considerando e estudando esta única revelação e nunca esgotar o seu significado completo. Sei que Ele tem mais a me mostrar, mas poderia me contentar e me ocupar plenamente com esta única revelação para o resto de minha vida. Na revelação, também me foi dada uma comissão que penso que me irá manter ocupado para o resto de minha vida. No entanto, também sei que pode ser uma ênfase que Ele quer que eu tenha por apenas um curto prazo de tempo antes de me dar outra ênfase que não pense que seja de perto tão importante. Não estou aqui para fazer o que quero, ou o que eu acho que é importante – estou aqui para fazer a Sua vontade, e espero conseguir fazer tal mudança se Ele a exigir.

Até Moisés tropeçou de forma que não lhe fora permitido adentrar na Terra Prometida com Israel. Somos muito tolos e muito arrogantes se não pensamos que isso não pode acontecer conosco, então busquemos e nos agarremos à Sua graça. Uma forma que o Senhor me deu para permanecer nesta graça foi Gálatas 6.1:

"Irmãos, mesmo que um homem seja pego em uma transgressão, vós que sois espirituais, restaurem a tal com espírito de mansidão; cada um olhando para si, para que não sejais também tentados."

Vemos aqui que quando os espirituais restauram, devem fazê-lo no espírito certo, não pensando serem eles melhores que os outros, pelo contrário, considerando que eles mesmos podem ser tentados. Nota-se aqui também que o os espirituais restauram os que “são pegos em alguma transgressão”. Isso tem sido uma luta e desdobramento constante para mim, pois já testemunhei a misericórdia do Senhor quanto a coisas sobre as quais nunca teria considerado que ele teria misericórdia. No entanto, isso também é bíblico, sendo que Ele deu “tempo para se arrepender” até a Jezabel (veja Apocalipse 2.21). Quando Acabe, um dos piores reis da história de Israel, se humilhou diante do Senhor, Ele lhe concedeu misericórdia, até prometendo não trazer juízo na terra durante seu tempo.

Pela graça do Senhor eu não tenho caído em falha moral, e penso que nunca fui distraído por doutrinas falsas. No entanto, muitas vezes perdi o passo do Senhor, me afastei de Seu coração, e na maioria das vezes isso ocorreu devido à minha falta de misericórdia para com os outros. Descobri que essas coisas são muito dolorosas ao Senhor também. Por Sua misericórdia Ele tem me permitido compensar algumas destas faltas.

Por exemplo, certa vez eu tive uma postura de muito juízo quanto à propriedade Heritage (terreno comprado décadas atrás pelo evangelista Jim Bakker, que por sua vez se encontrou em situações difíceis e chegou a ser preso, no entanto recentemente saiu da cadeia e está em nova fase ministerial), de forma que estivesse em conflito direto com o coração do Senhor quanto à ela. Agora, tenho passado alguns anos de minha vida ajudando a restaurar parte daquela propriedade, que na verdade tem sido uma grande alegria para mim, em maior parte porque temos experimentado tão grande favor do Senhor para tal. Também sei que se não tivesse me humilhado e mudado minha atitude a respeito de algumas coisas, não teria permanecido no curso que o Senhor tinha para mim.

Mesmo que usado de forma incrível pelo Senhor como Elias foi, logo que ele teve a atitude de que era o único que sobrou dentre os justos, o Senhor lhe disse que seu tempo findara. Ele teve de ir e ungir a Eliseu e outros para terminar o que Deus originalmente dera a ele. Ele foi para casa em honra, mas ainda assim foi para casa – prematuramente. Eu sei de outros que foram levados dessa terra prematuramente porque assumiram a mesma atitude. Uma forma certa de não completarmos nosso propósito parece ser de assumir a atitude de que somos os únicos que são fiéis ou que somos os mais justos, e, portanto somos indispensáveis para os propósitos do Senhor. Isso parece ser uma queda ainda pior que uma falha moral. Todo orgulho levará a uma queda, mas este é um orgulho maior que pode levar a uma queda maior.


[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 50

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 50
(10 de Dezembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CVII

por Rick Joyner

Temos estudado brevemente as três fases de desenvolvimento, maturidade e operações na igreja. Em prol deste estudo, “Tomando a Terra”, eu os categorizaria da seguinte forma:

1) Tomar a terra
2) Ocupar a terra
3) Tornar a terra frutífera

Como as nações da Coalizão descobriram no Iraque, tomar a terra e ocupá-la são duas coisas diferentes. Eu não culpo a Administração de Bush por isso, sendo que requisitaram mais de 100 milhões de dólares apenas para estudar isso antes da guerra, e foi cortada a nota de apropriações pelo Congresso. Dessa forma entraram com um plano para tomar a terra, mas não tinham plano para os passos 2 e 3 acima, e agora o preço está sendo pago por essa visão a curto prazo.

Da mesma forma, a igreja tem se inclinado ao mesmo tipo de visão a curto prazo. Temos tido grandes campanhas para mobilizar Cristãos e tomar a terra com certos objetivos, mas falhado por não ter um plano para ocupar o território tomado, tornando-o em pior forma que antes. Assim como quando um demônio sai de uma pessoa, ele sempre procura retornar, e se ele conseguir trará mais sete piores que ele mesmo, o mesmo é válido sempre que os objetivos demoníacos são deslocados de algum lugar.

Logicamente, é isso que a Administração de Bush está declarando que aconteceria no Afeganistão e no Iraque se os abandonássemos agora – que acabariam sendo um problema pior para nós do que antes eram, e isso é quase totalmente correto. É difícil imaginar o que terroristas fariam com os recursos financeiros de uma nação como o Iraque. O contrário disso também é verdade, com o Afeganistão e o Iraque se tornando democracias estáveis naquela parte do mundo, o potencial para se fazer o bem na área toda e trazer relativa paz e segurança ao mundo é ótimo.

Não pretendo com isso trazer uma perspectiva política quanto a ocorrências atuais do mundo, mas temos um exemplo tão óbvio desses princípios no mundo hoje que devemos aprender deles. Alguns dos maiores desafios após se tomar a terra será manter posse da terra. Após fazer isso a longo prazo, o desafio então é torná-la frutífera. O comando que o Senhor deu à humanidade após a criação foi “seja frutífero e multiplique” (veja Gênesis 1.22), e isso deve sempre ser nosso maior objetivo.

Qualquer ramo militar, de negócios ou líder de igreja terá objetivos definidos. Como se parecerá o produto final de nossos esforços? Apliquemos isso a uma cruzada na África. É algo maravilhoso ver milhares de pessoas entregando suas vidas ao Senhor, mas estão elas se firmando no Senhor e dando frutos para o reino? Como que esses dois últimos itens aparentam ser quando são cumpridos? O Apóstolo Paulo teve uma visão enfocada para o seu trabalho, algo que ele declara em Colossenses 1.28,29:

E nós proclamamos a Ele, admoestando cada homem e ensinando todo homem com toda a sabedoria, para que possamos apresentar a todo homem completo em Cristo.

E para este propósito eu também trabalho, me esforçando de acordo com o Seu poder, que trabalha Poderosamente em mim.

O objetivo de Paulo não era apenas de vê-los salvos, mas apresentar cada um deles como “completos em Cristo”. Podem-se ver seus esforços para fazer isso nas igrejas que ele levantou por meio das suas cartas a elas direcionadas, que agora compõem uma grande porção do Novo Testamento. Seu objetivo não era apenas de vê-los salvos, mas amadurecerem em Cristo e gerar frutos. Devemos ter os mesmos objetivos a longo prazo para o nosso trabalho ou muito de nossos esforços e recursos continuarão a ser desperdiçados, como estão sendo feitos agora.

A mais de uma década atrás que o Senhor me disse que eu precisava de um plano de 1.000 anos. Me foi dado Eclesiastes 3.14, “Eu sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; não há nada a se adicionar nem nada para se retirar do que Ele faz, pois Deus trabalhou de forma que o homem deve temê-lo.” Me foi dito que se habitarmos nEle, então nosso trabalho também deverá permanecer. É isso que Ele nos chamou para fazer, gerar fruto que permanece. Como isso irá acontecer na prática?

Para começar, não devemos nos entregar e entregar nossos recursos a projetos de curto prazo. Também me fora dito para não apenas enfocar nisso sendo o fim deste tempo, mas no fato de que é o começo de um novo tempo, aquele no qual Cristo irá reinar sobre a terra. Como posso ajudar a preparar o caminho para isso? Como posso construir aquilo que será útil e permanecer durante o milênio? Para isso me foi dado Isaías 40.3-5:

Uma voz está clamando, “Abram os caminhos para o Senhor nos lugares inabitados; aplaine-se no deserto uma estrada para o Senhor.

“Seja cada vale erguido, e cada montanha e monte rebaixado, e que a terra rude se torne plana, e que o terreno áspero se torne um vale largo;

“Então a glória do Senhor será revelada, e toda carne o verá juntamente.”

A forma com que preparamos o caminho para o Senhor é construir uma estrada. Para construí-la, as montanhas e montes devem ser rebaixados, e os vales e lugares baixos devem ser erguidos, de forma que estejam todos relativamente nivelados. Para tal, atravessar montanhas, florestas, desertos e pântanos é uma tarefa cansativa, de forma que o progresso seja freqüentemente medido em metros por dia. Uma vez que a terra foi aplainada, o assentamento para a estrada deve ser cuidadosamente preparado, deve-se pressioná-la com rolos muitas vezes e com equipamentos pesados para se estabelecer a terra. Deve então a estrada ser deixada por si só para se ver como o tempo irá afetá-la. Isso deve ser feito novamente, tornando-a uniforme, ou a pavimentação irá rapidamente se desfazer. É um processo longo e exige muito esforço. É isso que somos chamados para fazer e para preparar o caminho para o Senhor.

Após todo esse trabalho, temos uma estrada na qual podemos viajar a 100-120 quilômetros por hora. Provavelmente nunca iremos pensar sobre todo o planejamento e trabalho que foi investido nela apenas para que possamos rapidamente atravessá-la. Tudo o que estamos desfrutando hoje fisicamente, mentalmente e espiritualmente é o resultado de gerações antes de nós se devotando a construir o que agora desfrutamos com pouco esforço. Serão todas essas coisas destruídas no fim destes tempos? Não, como vemos em trechos como Apocalipse 11.15:

“E o sétimo anjo soou; e se ergueram altas vozes no céu, dizendo, “O reino do mundo se tornou o reino do nosso Senhor, e do Seu Cristo; e Ele reinará para sempre e sempre.”

Existem outras profecias bíblicas que implicam uma transição para o reino. É também óbvio que muitas das obras do homem serão destruídas no fim dos tempos, mas não aquelas que foram construídas em princípios e propósitos do reino. Ainda podemos esperar aquilo que causa a transição para exigir alguns ajustes, mas estamos construindo uma infra-estrutura básica que será usada no reino.

Para voltar e relacionar isso com atualidades, por muitos é agora considerado um dos mais óbvios erros que as forças da coalizão cometeram após derrotar o exército do Iraque o desmantelamento daquele exército, assim como as forcas policiais do Iraque. Certamente esses eram usados para o mal debaixo de Saddam, mas quando foram desmantelados, um vácuo foi criado e a porta foi aberta para muitos iraquianos, mesmo os que sofreram grandemente debaixo de Saddam. Considere um mal ainda maior – anarquia – que abriu a porta para gangues e insurgentes assumirem controle em algumas áreas. Devido ao fato de que os exércitos de Saddam foram dispensados antes das forças da Coalizão estarem prontas para tomar suas armas e arsenais, muitas destas caíram nas mãos das pessoas erradas também, e estão agora sendo usadas contra as forças da Coalizão.

Você já pisou em uma aranha e viu mil filhotes de aranha saírem correndo de dentro dela? É mais ou menos isso que aconteceu quando o ramo militar no Iraque foi licenciado. Agora, todas essas aranhinhas estão crescendo. Certamente, é fácil discernir essas coisas após terem acontecido. No entanto, consideremos também que “os que não aprendem da história estão fadados a repeti-la.” Se as forças do exército e da polícia do Iraque fossem mantidas intactas, é provável que os insurgentes, que agora têm acesso quase livre em algumas partes do Iraque, poderiam ser deixados sem nenhum espaço para se apropriar. Sem dúvida que parte da liderança teria de ser mudada nessas forças, mas se tivesse sido feito gradativamente sem demitir a infra-estrutura dessas forças, é provável que a Coalizão não estivesse encarando de longe os problemas que agora encara.

Então como isso se aplica a nós? O que quero dizer é que devemos ter cuidado antes de abolir qualquer coisa, ao tomarmos algum território. Pode ser devastador se indiscriminadamente começar-se a destruir uma ordem social sem cuidadosamente a substituir com princípios do reino. Isso normalmente leva tempo se feito corretamente. Estou compartilhando isso aqui porque, sendo este estudo sobre “tomar a terra”, e estamos para ver isso acontecer de formas muito práticas, devemos buscar ao Senhor para visão e estratégias a longo prazo para ocupar o que foi tomado, e ajudar a tornar estes terrenos frutíferos.



[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

domingo, 16 de dezembro de 2007

(...)


Um amigo muito sábio me disse:

“Quanto mais você busca a Deus, mais você perde.”

Max Weber escreveu:

“Se teu credor ouvir teu martelo cedo de manhã até o fim do expediente, não terá problemas em adiar prazos; contudo, se veres que és homem festeiro e descontraído, não será assim tão flexível.”


(...)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Palavra para a semana (de Rick Joyner) nº 49

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 49
(3 de Dezembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CVI
por Rick Joyner

Nós podemos e de fato iremos passar a eternidade conhecendo mais e mais ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo, e penso que nunca iremos esgotar o que pode ser aprendido. Mesmo com todo o crescente conhecimento que temos experimentado na terra no último século, um doutor me disse que sabemos em torno de 30 por cento do que há para saber a respeito do corpo humano. Quando lhe perguntei o quanto que ele achava que psiquiatras sabiam a respeito da mente, ele estimou 5 por cento. Penso que sabemos menos ainda sobre o espírito do homem. Mesmo assim, nos é dito em I Coríntios 2.10, “Pois para nós Deus as revelou por meio do Espírito; pois o Espírito sonda todas as coisas, mesmo as profundidades de Deus.”

Vance Havner uma vez declarou que assim como não se precisa saber tudo o que há para se aprender sobre eletricidade para acender a luz, não temos de saber tudo o que se há para aprender sobre Deus para sermos guiados por Ele, e mesmo preenchidos por Ele. Ainda assim, se temos o Seu Espírito, haverá um desejo de conhecer as profundidades de Deus. Isso é na verdade o motivo pelo qual Deus fez o homem – para poder compreendê-Lo para que Ele tivesse uma comunhão especial com o homem. Deus se agrada tanto de nosso companheirismo que Ele mesmo pretende fazer Sua morada eterna com o homem. Seria algo muito incrível vir a conhecer Einstein, mas o quanto mais incrível seria vir a conhecer a Deus, o próprio Criador?

Podemos saber o tanto quanto alguém na terra já soube a respeito de Deus e ainda assim não saber muito sobre Ele comparado com tudo o que há para saber. Como resultado, há certa humildade que devemos ter perpetuamente a respeito do conhecimento de Deus. Isso deve nos tornar sempre ensináveis e abertos para novas formas de enxergar as coisas. É por isso que uma das coisas mais importantes que podemos fazer é levar as nossas perguntas a Deus. Ele é o nosso professor, e sempre irá respondê-las da forma especial que somente Ele pode. Pode ser por meio de um sermão, livro, ou por qualquer forma – não apenas estaremos ouvindo as Suas palavras, mas ouvindo a Palavra, que é Ele. Torna-se algo pessoal.

Por haver tanto para saber sobre o Senhor, não quer dizer que não podemos saber as doutrinas básicas da fé com confiança, e realmente precisamos lutar para mantê-las com integridade. No entanto, servimos um Deus tremendo, que é muito maior do que os teólogos tendem a vê-lo. João foi tão próximo do Senhor que ele podia inclinar sua cabeça em seu seio; ainda assim, após muitas décadas andando com Ele e O servindo no Espírito, quando João teve a revelação do Apocalipse e O viu, ele caiu como um homem morto!

Quando João terminou seu Evangelho, ele lembrou que se tudo o que Jesus fez aqui na terra fosse escrito, não haveria espaço no mundo para conter os livros (veja João 21.25). Obviamente, Jesus fez muito mais do que foi recordado nos Evangelhos. Ele ainda faz algumas coisas que nos são peculiares, apesar de que Ele pode ter na verdade feito a mesma coisa quando andou na terra ou muitas vezes desde então. Deus está fazendo tantas coisas que o que para nós é novo, pode na verdade ser algo velho para outros. Mesmo assim, é algo infinitamente interessante.

Você já se perguntou como pode ser que, dizendo as Escrituras, que Ele nunca muda, mesmo assim Ele é novo a cada manhã? (veja Lamentações 3:23) Sua natureza básica nunca irá mudar. Por exemplo, Ele sempre será amor, e Ele tem uma definição clara de justiça, a qual sempre irá amar. Ele também tem uma definição clara de pecado, algo que sempre irá odiar. Ele tem caminhos que são seus princípios, e tem caminhos que são suas leis. As leis nunca são violadas, e os princípios têm apenas algumas exceções. Suas leis, princípios, e a forma espontânea com as quais algumas vezes se move, são tão incrivelmente balanceadas que podemos ter grande confiança e estabilidade, ainda assim temos uma novidade a cada dia com a nossa fé. Podemos ter grande fé e confiança em nosso conhecimento a Seu respeito, mas isso deve sempre ser abrandado com a humildade.

Como havíamos abordado anteriormente quanto aos aspectos de Etapa I, II e III de um trabalho, no presente estes estão em conflito um com o outro, freqüentemente, apesar de desesperadamente precisarem um dos outros para gerar fruto que permaneça. O que foi Etapa I em um ponto rapidamente se torna história antiga à medida que a igreja segue adiante. Por exemplo, o derramar do Espírito na Rua Azuza foi em um momento uma etapa radical de Etapa I, mas a igreja atual que avança foi para muito além do que é considerado Pentecoste clássico. O batismo do Espírito Santo ainda é importante, mas é uma das coisas que o novo crente busca, recebe, e continua percorrendo além dele.

Quando o Avivamento de Curas abriu suas comportas no final dos anos 40, foi algo de Etapa I, e foi de longe onde foi encontrado o maior entusiasmo na igreja – mesmo assim, como o Pentecoste clássico, foi perseguido acirradamente pelos que não gostavam de mudanças. Agora, os ministérios de cura e milagres são parte da vestimenta da igreja que avança e são um tanto que comuns. Isso não quer dizer que não sejam mais importantes, o que pode ser descoberto rapidamente quando você ou alguém a quem ama precisa de uma cura ou milagre, mas não são mais a maravilha que foram no passado – estão se tornando comuns. Uma vez que algo se torna comum, a luta é para ainda se dar valor a tal, o que por sua vez devemos aprender a fazer diante de qualquer coisa que o Senhor realize.

Entretanto, é sempre correto honrar os que tomaram ou retomaram esse terreno para a igreja, normalmente com grandes perseguições. Também é importante marchar adiante, seguindo a nuvem de Sua glória onde Ele esteja agora, o que algumas vezes significa estacionar em certa verdade ou dom por um tempo. Não vivemos pelo quê procedeu da boca de Deus, mas do que procede, isto é algo que ocorre no presente. O que Ele está dizendo hoje? O que está fazendo hoje? O que é Etapa I hoje? Como podemos ajudar a estabelecer isso para a vestimenta da vida da igreja com as Etapas II e III?

A forma com que Ele se manifesta pode ser diversificada, e é variada de uma forma que é perpetuamente contagiante e atraente de forma que nosso relacionamento com Ele nunca se tornará chato. Existe lugar para entusiasmo, e existe lugar para esforço de se estabelecer um trabalho e construir. Esses são todos necessários, e a divisão do trabalho que é exigida para cada um é um dos assuntos mais importantes que aprendemos para o que irá as duras realidades que virão.

Anteriormente, quando abordamos algumas das características do ministério de Etapa I, debatemos sobre como tende a ser a etapa mais intensa e empolgante por ser um pouco caótica, e o Espírito se movo para trazer tanto ordem como vida. O tipo de pessoa que tende a se sair bem em ministérios ou operações de Etapa I são do tipo mais solto e antecipam o que o Senhor fará a cada dia. Essas pessoas amam o guiar espontâneo do Senhor, e tendem a ver maior parte dos milagres. No entanto, isso não quer dizer que as outras etapas de ministério precisem ser chatas ou ser menos guiadas pelo Espírito Santo. Na verdade, mesmo o estágio mais maduro de um trabalho pode trazer alegria, e ser empolgante do seu próprio jeito, e ser guiada pelo Espírito o tanto quanto. Nunca amadurecemos o suficiente para não precisar do Espírito Santo.

Considerando as três etapas novamente, João as aborda em sua primeira Epístola:

Escrevo a vocês, pequeninos, porque seus pecados lhes foram perdoados para a honra do Seu nome,

Escrevo a vocês, pais, porque conhecem Aquele que é desde o começo. Estou escrevendo a vocês, jovens, porque vocês têm vencido o maligno. Tenho escrito a vocês, crianças, porque conhecem o Pai.

Tenho escrito a vocês, pais, porque conhecem ao que é desde o princípio. Tenho escrito a vocês, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus habita em vós, e vós tendes vencido o maligno.
(I João 2.12-15)

João está escrevendo a crianças, jovens e pais. Aqui se pode ver as etapas de desenvolvimento ou maturidade. É interessante que são as crianças que estão vindo a conhecer o Pai. Os jovens estão vencendo o maligno, e os pais estão buscando conhecer Aquele que é desde o princípio. O que podemos fazer para ajudar a novos crentes virem a conhecer melhor o Pai? O que podemos fazer para ajudar os que estão na idade militar na igreja aprender a lutar espiritualmente e usar armas divinamente poderosas que nos foram dadas? Como podemos criar meios para os anciãos conhecerem os caminhos do Criador? Como podemos encaixar todos na igreja? Podem eles todos achar um lugar em cada congregação?

Para a igreja ser o que é chamada para ser, todos esses devem se encaixar e serem encontrados juntos o tanto que for possível em cada congregação. Isto é basicamente o Pátio Externo, o Lugar Santo, e o Santo dos Santos todos se encaixando – a “corda de três dobras” que, quando emaranhada, será muito mais forte. A chave aqui é síntese. Alguns dos mais importantes apóstolos, profetas e mestres para o próximo período serão os que foram especialmente ungidos para ajudar o corpo a se ajuntar.

Havia um tempo, por exemplo, que a operação de Etapa I do Avivamento de Curas produziu milagres de uma natureza e em uma escala que têm sido visto raramente desde então, mas milagres maiores virão e serão muito mais consistentes por toda a igreja quando a mesma estiver em unidade. Está vindo o tempo em que veremos hospitais inteiros sendo esvaziados de pessoas incuráveis, mares sendo abertos, tempestades acalmadas, alimento multiplicado, e a maior de todas as glórias do Senhor sendo manifesta em Seu povo como Cristianismo normal.

Como um dos antigos ditados dos Cristãos, “Não somos chamados para sermos seres humanos que ocasionalmente têm experiências sobrenaturais – somos chamados para sermos seres sobrenaturais que ocasionalmente têm experiências humanas.” Essa é a nova criação, que é Cristianismo normal.


[permissão para feliperudiuk@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Palavra para a semana (de Rick Joyner) nº 47

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 47
(19 de Novembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CIV
por Rick Joyner

O dia bíblico começou com a tarde e depois veio a manhã. Da mesma forma, ao longo das Escrituras normalmente as coisas se tornavam mais escuras antes que viesse a luz. Portanto, quando as provações vêm, devemos sempre estar em expectativa pela luz.

Por causa de aplicações erradas ou extremas de alguns ensinamentos sobre a fé, existem muitos Cristãos que não escutam alertas sobre algo mal que está acontecendo. Eles crêem que se têm fé o suficiente, nada de mal irá acontecer. São eles os que estão normalmente menos preparados para dificuldades e os menos capazes de lidar com esta situação quando elas vêm, por fim provando ter a fé mais fraca de todas. A Bíblia é muito clara sobre o porquê de coisas ruins acontecerem mesmo às melhores pessoas, como o Rei Davi.

Quando Samuel profetizou sobre Davi que ele seria o próximo rei de Israel, não demorou muito para que aqueles sobre os quais ele reinaria, procurassem matá-lo! Parecia que estava acontecendo o oposto do que Samuel havia profetizado. No entanto, foram estas lutas que fizeram de Davi o grande homem de Deus que ele se tornou.

A fé pode acalmar tempestades e prevenir desastres, mas também pode navegar por eles. Porque existem profecias bíblicas, mesmo feitas pelo próprio Filho de Deus, de que o fim destes tempos será o tempo de maior dificuldade que o mundo já viu, e nenhuma quantidade de fé irá mudar isso porque “está escrito”. Porém, a luz sempre seguirá as trevas, e a maior luz normalmente segue a maior escuridão. Temos a luz dentro de nós, portanto devemos ser capazes de ver independentemente das condições em que nos encontramos.

Mesmo assim, o maior sinal do final dos tempos não é a tribulação ou o que o diabo está fazendo, mas o que Deus está fazendo. O maior sinal do fim dos tempos será a igreja se tornando tudo o que ela foi chamada para ser, preparada como uma noiva digna do Rei dos reis. É por isso que o Senhor, quando perguntado a respeito dos sinais do fim dos tempos, respondeu com sinais que eram quase todos dificuldades. No entanto, Ele também disse em Lucas 17.20-21, “O reino de Deus não será vindo com sinais a serem observados; nem dirão, ‘Vejam, aqui está!’ ou, ‘Está ali!’ Pois eis que o reino de Deus está entre vós.”

Com todo o foco em sinais externos, muitos estão perdendo o mais importante de todos – o que está ocorrendo entre nós. Existe algo tão marcante ocorrendo na igreja, e poucos, mesmo na igreja, aparentam estar enxergando. Existe um poderoso exército tal que o mundo nunca viu antes, ou novamente verá, começando a se unir. O que devemos procurar mais que qualquer outra coisa é o Senhor ir adiante dentre Seu povo.

A forma com que sabemos que alguém é chamado para ser mestre não é por seu conhecimento, diplomas, ou o quão articulados sejam, mas por ver o Mestre neles. Da mesma forma, o meio pelo qual vemos se alguém é um verdadeiro pastor não é por seus certificados ou mesmo por sua compaixão por pessoas, mas quando vemos o nosso Pastor neles. A forma com que eu sei que alguém é chamado para a liderança na igreja é quando veja o meu Rei indo adiante deles. Somente temos verdadeira autoridade espiritual refugiando-nos no Rei.

O Senhor realmente está começando a se mostrar em Seu povo. Estamos vendo verdadeiros mestres, arrebanhadores, pastores, profetas, e eu creio que em breve, verdadeiros apóstolos dos últimos dias, alguns dos quais estão entre nós agora. Como havia compartilhado semana passada, veremos mesmo os fracos no corpo de Cristo sendo erguidos como guerreiros poderosos como Davi. Veremos os grandes homens e mulheres de Deus que foram levantados ao longo da história da igreja como sementes, mil como Martinho Lutero, mil como João Calvino, mil como João Knox, mil como João Wesley, mil como Zinzendorf e mil como Billy Graham, e assim por diante. Eles todos foram sementes e veremos a colheita no fim dos tempos. No entanto, o mais grandioso de tudo é ver Jesus evidente em Seu povo.

Quando o Senhor criou o homem, Ele nos ordenou: “seja frutífero e multiplique” (veja Gênesis 1.22). Jesus, o Filho do Homem, obedeceu a isto mais que qualquer outro. Estamos chegando ao tempo em que todas as sementes que Ele plantou no homem virão à maturidade plena. É verdade que as sementes que aquele que é mal plantou na humanidade também virão à maturidade plena, que é o que ocorre na colheita – o trigo e o joio estão maduros. Mesmo assim, veremos o poder e a glória do trigo grandemente superando o joio. A verdade irá prevalecer sobre toda mentira, e a vida irá prevalecer sobre a morte. Isso será um testemunho para toda a eternidade de que Ele prevalece sobre qualquer desafio.

Não há dúvida de quem irá vencer a competição. Se permanecermos nEle, não podemos perder, mesmo que morramos. Aliás, a morte é tragada em vitória – a vitória da ressurreição. Portanto, nenhum Cristão deverá jamais temer a morte. Se não temermos a morte, então todos os outros medos deverão ser de superação muito mais fácil. Os Cristãos são chamados para morrer para essa vida e morrer fisicamente se requerido para se posicionarem a favor da verdade do evangelho. No entanto, não existe um Cristão que tenha morrido que não lamente por nós que ainda estamos vivos. Estar na própria presença do Senhor deve ser o maior desejo de todo Cristão, mas enquanto estamos aqui nessa vida, devemos fazer a Sua vontade.

Para fazer a Sua vontade como devemos fazer, precisamos estar bem resolvidos com a questão da morte, e precisamos viver morrendo diariamente para este mundo, assim como Paulo disse que o fazia. Ele não vivia para ele mesmo, e não vivia pelo que podia ganhar neste mundo, mas no mundo que há de vir. Não conseguiremos viver como devemos nesta vida se não morrermos como devemos para esta vida.

Os que verdadeiramente morreram para esta vida serão as pessoas mais alegres e felizes da terra. Todo dia é um presente. Como você viveria se soubesse que hoje seria o seu último dia nesta terra? Todas as coisas que são verdadeiramente as principais prioridades de sua vida se tornariam seu foco, e as coisas que não são tão importantes, que provavelmente agora consomem maior parte de seu tempo e atenção, não fariam mais isso.

Se maior parte da atenção, recursos e energia da igreja estão sendo agora consumidos com o que é provavelmente o menos importante, ou está dando a menor quantidade de fruto, é porque esse é o estado da maioria dos Cristãos, então isso se transfere para o que fazemos juntos. Um dos maiores dons que nos foram dados é o tempo. Como estamos usando nosso tempo? Como seriam as nossas vidas mudadas se vivêssemos cada dia como se fosse o nosso último dia nessa terra? Viveríamos da forma que Jesus viveu.

Existem algumas formas em que viver como se fosse nosso último dia aqui não é prático. Existe planejamento para o futuro que é exigido para muitas coisas que fazemos. Jesus fez isso também, ensinando e profetizando sobre o futuro, e passando grande parte do Seu tempo preparando os que lideraria. A questão é que precisamos ser os melhores mordomos do que nos foi confiado. No entanto, como exercício, procure viver um dia como se realmente pensasse que fosse o seu último. Ao menos lhe ajudará a ver o que é realmente importante.

Devemos nascer de novo para vermos o reino de Deus, mas nem todos que nasceram de novo conseguem ver o reino. Se o conseguissem, não viveriam vidas tão consumidas pelas coisas temporárias dessa vida. Os verdadeiros líderes que estão preparando o caminho para o reino estão vivendo de uma perspectiva do reino que virá, não desse tempo presente.




[permissão para feliperudiuk@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

História da Centopéia

Conta-se a história da centopéia. Certa manhã, a centopéia estava desorientada, confusa e estava até ficando deprimida, pois tinha uma dúvida que a estava deixando mal: ela não sabia se deveria começar a andar com o oitavo pé da direita ou o décimo nono da esquerda, ou com o primeiro de qualquer um dos lados. Mas, enquanto isso, o sol estava se levantando e ela viu surgindo claridade em um canto próximo à folha onde estava. Ela logo se esqueceu do que estava pensando e foi logo correndo na direção da claridade.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Credo dos Rangers

Olá amigos. Eis abaixo o Credo dos Rangers [Ranger Creed], que são a infantaria leve dos EUA. Em inglês, este texto forma um acróstico com as letras do nome deste regimento:

(...)

Reconhecendo que me fiz voluntário como Ranger, completamente cônscio dos perigos de minha profissão escolhida, sempre irei me esforçar para manter o prestígio, honra e alto “espírito de corporação” de meu regimento Ranger.

Tendo conhecimento do fato de que um Ranger é um soldado mais de elite que chega no momento crítico da batalha, seja por terra, ar ou mar, eu aceito o fato de que, como Ranger, o meu país espera que eu avance mais, de forma mais rápida e lute mais acirradamente que qualquer outro soldado.

Nunca irei eu desapontar meus camaradas. Sempre me manterei mentalmente alerta, fisicamente forte e moralmente reto e irei assumir mais do que minha parte da tarefa, seja ela qual for. Cem por cento, e então mais um pouco.

Educadamente mostrarei ao mundo que sou um soldado especialmente selecionado e bem treinado. Minha cortesia aos oficiais superiores, cuidado com vestimenta e com equipamentos deverão dar o exemplo para os outros seguirem.

Energicamente me depararei com os inimigos do meu país. Eu os derrotarei no campo de batalha pois fui melhor treinado e irei lutar com todas as minhas forças. Rendição não é uma palavra dos Rangers. Nunca deixarei um camarada ferido cair nas mãos do inimigo e em nenhuma circunstância irei eu envergonhar o meu país.

Prontamente demonstrarei eu a força de espírito exigida para lutar dentro dos objetivos dos Rangers e completar a missão, mesmo que eu seja o único sobrevivente.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Palavra para a semana (de Rick Joyner) nº 46

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 46
(12 de Novembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CIII

por Rick Joyner

Os Cristãos mais maduros serão evidenciados pela sua capacidade de apreciar e abraçar os que são diferentes, mas da mesma fé em Cristo. Somente quando começamos a entender e apreciar as diferenças nas diferentes partes do corpo é que iremos nos encaixar apropriadamente, aprendermos a funcionar juntos, e assim multiplicarmos nossa capacidade de gerar frutos.

Precisamos entender e aprender a separar nossas operações de Etapa I, II e III. Pessoas que são melhores em cada uma destas etapas devem mantê-las vitalmente conectadas, para que o fruto de uma seja agregado à próxima. É nas transições entre operações que precisamos de mais sabedoria. Precisamos ver apóstolos, mestres, pastores, e por aí adiante, e também missionários de Etapa II assim como os evangelistas de Etapa I que tendemos unicamente a reconhecer atualmente. Para que isso ocorra, precisamos recuperar nossa compreensão da igreja também.

A maior parte das igrejas permanece como igrejas de um dom. Estão construídas em torno de um dom do pastor, e todos em volta o apóiam. Se iremos ser fiéis ao modelo bíblico de igreja, o tabernáculo, toda igreja deve ter três fases de ministério todas ocorrendo ao mesmo tempo, com um caminho claro para uma maturidade crescente e o desenvolvimento traçado para todos os crentes.

Se você está pensando que a maior parte do que estou abordando nesse estudo é para líderes, acertou. Todos os Cristãos são chamados para serem líderes. É isso que significa ser “a luz do mundo” (veja Mateus 5.14), de ser capaz de mostrar ao mundo o caminho, e isso é liderança. Somos chamados para sermos conformados à imagem de Cristo (veja Romanos 8.29) e Ele é o soberano “Rei dos Reis”, sendo o líder mais proeminente. Os que estão crescendo em proximidade a Ele estão crescendo em liderança.

Zacarias 12.8 profetiza um crescimento dramático de liderança em Jerusalém quando está rodeada por seus inimigos: “Naquele dia o Senhor irá defender os habitantes de Jerusalém, e o que entre eles for fraco naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles.” Durante essa grande crise, uma forma primordial com a qual o Senhor defende o Seu povo é por aumentar a sua unção para liderar. Freqüentemente queremos um grande milagre externo vindo ao nosso auxílio, mas o Senhor pode fazer isso enviando-nos!

No livro clássico de ficção científica de C.S. Lewis, Perelandra, o mensageiro da terra a Vênus, cujo nome é Ransom [Resgate], se envolve em uma luta de vida ou morte com um homem possuído por um demônio que está tentando seduzir o primeiro homem e a primeira mulher em Vênus. Quando Ransom clama a Deus para fazer algo, Deus responde,
- Ransom, você é o que eu estou fazendo.
Ransom tomou força apenas o suficiente para vencer e salvar aquele novo mundo de uma queda. Da mesma forma, você pode ter sido a pessoa que Ele enviou para salvar sua igreja, sua cidade, ou até seu país, de um erro ou queda terrível, ou para levá-lo para o propósito de Deus.

Somos abençoados hoje com alguns dos maiores moveres de oração de todos os tempos. Este é um chamado grandioso, mas podemos entender errado de Deus se ficarmos orando para Ele vir e fazer alguma coisa quando nós somos o que Ele está fazendo, e Ele está tentando nos enviar. Existe um momento de se deixar o quarto de oração e ir se defrontar com o inimigo. Existem também momentos para se deixar as linhas de frente e entrar no quarto de oração.

Podemos esperar que venham grandes crises em que alguns dos Cristãos mais fracos serão levantados como Davi como guerreiros, e os valentes serão como os anjos do Senhor. Grande autoridade virá sobre a igreja assim como a grande escuridão vem sobre o mundo. Não precisamos olhar para nós mesmos ou para nossas fraquezas; precisamos olhar para o Senhor e Sua força.

Mesmo assim, os sábios se dão ao preparo e para a geração diária de frutos. O rei Davi estava preparado para pastorear Israel por ser um pastor fiel dos rebanhos de seu pai, aprendendo como matar leões e ursos que o atacariam. Não despreze o pequeno domínio que lhe foi dado agora. Apenas seja fiel, e não desperdice seu tempo.

O Senhor não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo e ajudá-lo. Se estivermos seguindo a Ele, iremos olhar para toda situação na qual estamos como uma oportunidade para ajudar. O que podemos fazer para tornar as nossas igrejas melhores? O que podemos fazer para tornar as nossas cidades ou nações melhores? Estamos aqui para servir, para sermos luzes que ajudam a mostrar o caminho, e para sermos o sal que preserva. Os que são fiéis agora, mesmo nas coisas pequenas, serão confiados com muito mais no tempo que há de vir.




[permissão para feliperudiuk@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O acúmulo de armas

Digamos que um soldado queira ter muitas armas, embora, por enquanto, tenha apenas um fuzil. Ele sonha ter uma metralhadora antiaérea “ponto cinqüenta”, e também um canhão a laser, para destruir tanques.

Mas ele já foi colocado na guerra.

O que é mais sábio? Constantemente interromper sua peleja para se retrair pelos cantos não perigosos e ficar pedindo por melhores armas ou, com sabedoria e ânimo, vencer seus inimigos atuais usando o que tem, o fuzil, e agregar para si um arsenal à medida que luta, tomando o despojo dos inimigos que aniquila?

Boletim Profético

Ministério Morning Star – Novembro/2007

O Espírito Santo e as Artes

De Rick Joyner com Andrei e Amanda Pruchodko

Um artista bem conhecido recentemente declarou que “o futuro da arte é a perversão”. Essa é a profecia do diabo, e sem dúvida seu intento. Quando se vê o rumo que a arte tem tomado em tempos recentes desde a arte fina, para a arte moderna, a arte cinematográfica, e até a música, parece que isso está se tornando realidade. Porém, a arte pertence a Deus, e Ele irá tomá-la de volta. Arte é uma forma básica de profecia, e existe uma beleza e unção que está para vir sobre uma hoste de artistas santos cuja arte profética irá queimar a neblina que agora existe sobre ela, assim como o sol queima a neblina pela manhã.

O Poder da Arte

Mesmo entre culturas antigas, a arte era uma forma de comunicação usada para levar uma mensagem, que iria ajudar a dar o curso daquela cultura. Você pode ver para onde uma cultura está caminhando por meio da sua arte. A arte profetiza para o bem e para o mal. Não era coincidência que os nazistas eram tão devotados à arte, e que Hitler sempre se apresentava como artista. A música de Wagner foi usada para impressionar as pessoas e ajudar a alimentar o frenesi nazista rumo aos seus propósitos diabólicos e trágicos. A música que ouvimos semeia coisas em nossas almas e pode dar o curso de nossas vidas para o bem ou para o mal.

A arte também tem sido uma forma básica de adoração. É um meio poderoso que pode levar à adoração de alguma coisa ou de alguém. Ela pode ter o poder de capturar a atenção, imaginação e coração das pessoas. Na verdade, ela tem sido mais eficaz em direcionar as nações do que exércitos ou armas.

Em décadas recentes, a anarquia tem se agarrado a quase toda forma de arte, dando ignição à raça mais atrevida e pervertida, e mergulhando a arte e os artistas cada vez mais fundos nas trevas. Ela tem seguido passo a passo a queda rumo à confusão, ausência de significado e escuridão da alma para os quais a filosofia também tem caído. Isso sempre será o resultado de se adorar alguma coisa ou a alguém que não seja o único e verdadeiro Deus. Mas assim como a arte e a filosofia têm decaído, a ascensão de ambas virá. Artistas que adoram ao único Deus, que mantêm suas almas purificadas pela unicidade de propósito de glorificar a Deus, receberão poder maior. Eles se tornarão como prismas que refratam a luz do céu e dão cor e significado ao mundo. Tão fundo como a arte mergulhou na escuridão, a luz que está vindo será ainda maior. Beleza, significado e a elevação de tudo o que é bom logo serão vistos em um exército extraordinário de artistas.

Uma das características mais óbvias de Deus que podemos ver por sua Criação é que ele ama criatividade e diversidade. Ele as ama tanto que Ele mesmo fez cada floco de neve ser único. Não existem duas árvores iguais, duas folhas iguais, nem duas pessoas iguais. Ele fez cada um de nós um ser único. Sua criação é arte em sua forma mais profunda. Não adoramos a criação, mas ao Criador. Nunca devemos adorar a arte, mas Aquele que a nós a deu. Ele nos deu a arte para levantar nossos corações e liberar ações de graças, porque “entramos por seus portões com ações de graça” (veja Salmos 100.4). Todo o espanto e maravilha de Sua criação foram feitos para nos levarem para mais perto dEle. A arte não foi feita para apontar para a criação, mas para usar a criação para apontar para Ele.

Em Mateus 13.39 o Senhor disse, “... a colheita é o fim dos tempos...”. Na parábola do Trigo e do Joio, Ele também ordenou que ao trigo e joio fosse permitido crescerem juntos, então ambos viriam à maturidade ao mesmo tempo. Não precisamos sair procurando o joio para arrancá-lo, porque por grande parte do tempo confundiríamos o trigo pelo joio e destruiríamos o trigo. Ambos devem ser permitidos crescer juntos, mas quando estiverem ambos maduros, sua natureza será óbvia.

Este é o tempo em que tudo o que foi semeado no homem, o bem e o mal, a luz e as trevas, virão à maturidade plena. É óbvio que a escuridão está chegando à maturidade em todas as expressões de arte, mas em breve veremos a luz chegando à maturidade em todas as expressões de arte. Mesmo assim, a luz será vitoriosa irá sombrear a escuridão porque a luz é mais forte. Quando abrimos nossas venezianas à noite, a escuridão não entra no recinto, mas a luz que está na casa brilha na escuridão. A luz é mais forte que a escuridão, estamos prestes a ver a luz vencer as trevas que existem na arte. Por estarmos nos aproximando do fim dos tempos, o tempo de maturidade plena, a luz que está para ser liberada por meio das artes será sem precedentes.

Isto não quer dizer que a luz que está para ser liberada por meio da arte será mais popular que a escuridão. Lembre-se, quando a Própria Luz veio à terra e andou entre nós, os homens “amaram mais às trevas que à luz” (veja João 3.19). Mesmo assim, o Senhor foi misericordioso além da compreensão para nos enviar Seu Filho, e Ele irá fornecer sua maior luz durante os tempos de maiores trevas para que todos tenham a chance de vê-lo e se tornarem a ele. Ele ama a todos os homens e deseja que sejam salvos. Ele não os irá forçar, mas lhes dará uma oportunidade de ver Sua luz. Não é nosso trabalho fazer os homens verem a luz ou quererem a luz, mas é nosso trabalho simplesmente andar na luz e a revelar.

O Espírito Santo e a Arte

Na Bíblia, os artistas eram as primeiras pessoas a serem cheias com o Espírito Santo. No Antigo Testamento, freqüentemente achamos menções dizendo que o Espírito Santo vinha sobre alguém, como vemos em II Crônicas 15.1, “agora o Espírito de Deus virá sobre Azarias filho de Odede”, ou em II Crônicas 24.20, “Então o Espírito de Deus veio sobre Zacarias filho do sacerdote Jeoiada...”. Porém, foi Bezalel a primeira pessoa na Bíblia a respeito de quem foi dito que foi “cheia do Espírito”, o que vemos em Êxodo 31.1-5:

Então o Senhor falou com Móisés:
“Eis que tenho chamado por nome a Bezaleel, o filho de Úri, o filho de Hur, da tribo de Judá.
“E o enchi com o Espírito de Deus no tocante à sabedoria, ao entendimento, à ciência e a todo ofício,
“para inventar obras artísticas para trabalho com ouro, com prata e com bronze,
“e para o corte de pedras para engastar, e para entalhar madeira, para que possa trabalhar em todo tipo de ofício.”

Bezaleel quer dizer “debaixo da sombra, proteção de Deus”. Não é interessante que a primeira pessoa na Bíblia sobre quem foi dito que foi “cheia com o Espírito” foi um artesão, e não um sacerdote, um rei ou profeta? Isso nos deve dar uma consciência definitiva da importância que o Senhor deu à arte em Sua habitação, o tabernáculo, que era um modelo profético para Sua igreja, “o tabernáculo não feito por mãos” (veja Hebreus 9.11). Se houve alguma construção que excedeu a esta quanto a excelência artística, teria de ser a Sua outra habitação no Velho Testamento, o templo que Salomão construiu para Ele. Isso deve declarar em som alto a importância que ele dá à sua arte em Sua igreja, Seu lugar de habitação presente.

Em Êxodo 28.3, vemos que os artistas trabalhando com Bezaleel também foram cheios com o Espírito Santo, “Falarás a todos que são artesãos hábeis, a quem eu enchi com o espírito de sabedoria, que podem fazer as vestes de Arão, para santificá-lo, para que possa ministrar a Mim como sacerdote”. Aqui também vemos que o Senhor queria um artista para fazer as vestes do sacerdote. Como se aplicaria isso a nós? Parece que existe uma revelação especial do Senhor que pode vir como arte que toca a Sua natureza básica de ser o Criador. Isso é porque os que O conhecem e são mudados para Sua imagem por verem a Ele também devem ser criativos. Criatividade é sua natureza básica. Dessa forma, os Cristãos devem ser as pessoas mais criativas da terra, e arte que seja inspirada pelo Espírito Santo deve ser vestida pelos sacerdotes do Senhor como uma vestimenta.

Também devemos considerar que artistas, que são inspirados pelo Espírito Santo, e que com dedicação O seguirão como Bezaleel, de fato têm um papel similar como o dos profetas e sacerdotes para O revelar para as pessoas. Revelar o Senhor é o propósito mais básico para a arte, e não só é a forma mais requintada de arte, mas é a única verdadeira satisfação que um artista terá. Qualquer coisa que não seja isso levará a uma redução de base ou perversão do dom.

A igreja foi a grande custódia da arte durante grande parte da era da igreja, e maioria das grandes obras de arte foram comissionadas pela igreja. À medida que a igreja por tempos se desviou de sua devoção pura ao Senhor, a arte comissionada pela igreja também se desviou.

Quando a Reforma Protestante começou, houve uma grande reação a muitas das artes da igreja, nas quais se cria que eram usadas como idolatria, então muitos moveres Protestantes rejeitaram a arte como um todo. Isso levou à construção de instalações muito simples e sem cor como locais de reunião da igreja, o que também foi um bom reflexo dos cultos da igreja, e portanto se tornou um reflexo da forma com que muitos tinham sua percepção de como Deus era. Essa é uma das grandes tragédias da história da igreja, que representou a Deus possivelmente tão mal quanto aquilo que era considerado idolatria. Deus é o ser mais maravilhoso, interessante, colorido e criativo que há, ou que jamais haverá. Os que estão se tornando como Ele o serão dessa forma também. Assim como Seus sacerdotes sob a Antiga Aliança foram vestidos com grande beleza e arranjo artístico, da mesma forma será a Sua igreja da Nova Aliança, que tem “um pacto melhor” (veja Hebreus 7.22).

Existe um mover na igreja hoje para se recuperar a arte na adoração, e não é esperado que esteja ocorrendo principalmente entre os que são batizados no Espírito Santo, ou que declaram ser ou ao menos buscam ser “cheios do Espírito”. Os que são verdadeiramente cheios de Seu Espírito não conseguirão conter a criatividade que é a natureza básica do Espírito, por muito tempo. Ela transbordará deles. Relembrando, os que verdadeiramente conhecem o Criador serão as pessoas mais criativas no planeta.

No entanto, é crucial que artistas sejam profundamente comprometidos ao adorar o Senhor com sua arte ao invés de adorar a arte em si. Existe uma vala em qualquer um dos lados do caminho da vida, com anarquia de um lado e legalismo do outro. Na arte, isso é geralmente manifesto com idolatria de um lado, que é uma forma de anarquia, e um legalismo tragicamente inibidor no outro lado. Aprender a navegar entre estes extremos é difícil, mas a tensão entre eles pode ajudar a nos manter no equilíbrio apropriado, onde está o caminho da vida, mantendo vida em nossa arte.

É digno de menção que o verbo hebraico mashach, que significa “ungir”, é definido como “esfregar com óleo, ou tinta” (AT de Strong n° 4886). Existe um encher do Espírito, e existe uma unção ou pintura do Espírito. Devemos ter a natureza do Espírito em nossos corações, e isso deve ser refletido em nós também. Sabemos o significado disso em relação à unção que devemos ter para ministério, mas pense nisso em relação à arte em como somos vestidos, sendo que era um alto propósito para a arte no Antigo Testamento – vestir os sacerdotes.

Sabemos da Parábola da Festa de Casamento em Mateus 22 que o Senhor mesmo ficará ofendido se não estivermos apropriadamente vestidos para a ocasião. Se vestir apropriadamente para um casamento é uma forma básica de mostrarmos respeito à noiva, ao noivo e seus familiares. O mesmo seria verdadeiro para um funeral, ou outras ocasiões como uma reunião com um dignitário, líder ou qualquer um que respeitemos. Ser descuidado sobre como nos vestimos para uma ocasião é mostrar o quão pouco nos importamos com isso.

É fácil reconhecer uma pessoa que se veste apenas para atrair a atenção para si mesma. Tais pessoas são óbvias, e apesar de elas poderem ter se vestido de forma atraente, estar centradas em si mesmas, isso nunca as torna atraentes exceto em um sentido carnal. Contudo, se uma pessoa se veste bem, pensando sobre com quem ela irá se encontrar, existe com ela uma dignidade e respeito, que não é centrada em si mesma. Arte é da mesma forma. Queremos que a nossa arte ganhe atenção ou queremos que aponte para algo ou alguém maior? Existe nobreza em arte Teocêntrica que será profundamente atraente, o que não ocorrerá quando centrada em si mesma.

Se Deus nos chamou para fazer algo, Ele obviamente nos dará o talento para fazê-lo. Queremos fazer tudo o que fazemos com excelência, mas excelência de caráter é o alicerce de excelência em nosso trabalho. A maior excelência de caráter é o amor a Deus. Amando a Deus, flui toda a verdade, assim como toda luz verdadeira.

O Espírito Profetiza

Vemos em Joel 2 e Atos 2 que quando o Espírito é derramado, haverá uma profecia. Como já declarado, a arte tem sido um meio primário para profecia, tanto para o bem como para o mal. Por sua própria natureza, a arte normalmente prevê e aponta adiante para as tendências que as culturas tomam, e então a arte também se torna um meio primário para interpretar as tendências. É por esse motivo que a igreja deve ser especialmente devota às artes, já que é chamada para ser a luz do mundo, indicando o caminho e o alumiando. Quando a igreja segue o Espírito e se torna o que é chamada para ser, podemos esperar Cristãos proféticos começarem a liderar em todos os campos da arte.

Um dos chamados que alguns artistas terão será de trazer a igreja para um nível mais alto acerca do que é profético. Desde o tempo que Deus deu o Espírito Santo a Bezaleel para o encher com habilidade, sabedoria e capacidade artísticas especiais, não vemos o Senhor fazendo isso novamente na mesma proporção. A arte mais alta foi para o propósito mais alto, construir a morada de Deus. A mais grandiosa e enaltecida arte sempre será aquela que é feita para Deus, não para o homem. Os homens podem se agradar dela e serem erguidos por ela – isso também é agradável ao Senhor, que quer atrair e reconciliar todos os homens a Si. Mesmo assim, quando produzimos a arte para o homem, nunca será tão enaltecida como a arte que é feita como adoração a Deus.

Entendendo o Poder

Um filme pode ser considerado livre para todas as audiências, mas ter poder para seduzir e liberar um espírito de luxúria, mais que um filme permitido para jovens mais velhos e adultos. Não é tanto o que é mostrado, mas o poder por trás daquilo. Devemos ter um discernimento que vai além de classificações humanas. No entanto, assim como a arte obscura tem o poder de transmitir escuridão e opressão, a arte ungida pelo Espírito Santo irá ter o poder de libertar as pessoas. Existem artistas sendo levantados cujos dons de cura e libertação serão projetados por meio de sua arte. As pessoas irão apenas olhar para algo ou escutar a música e ser curados ou libertos.

Existe da mesma forma arte que logo será liberada ,e irá poderosamente transmitir visão e propósito às pessoas, mesmo chamando alguns a seus ministérios e liberando dons espirituais. Um dos casos famosos disso na história é como o jovem Conde Zinzendorf considerou uma pintura clássica do Salvador, e isso nele incitou uma devoção ao Senhor que chegou depois a levar ao nascimento das missões modernas.

Iremos em breve ver artistas criarem pinturas que virão diretamente da sala do trono de Deus. Por olhar nelas, as pessoas receberão uma profunda visão profética e uma perspectiva celestial. Da mesma forma, pessoas com outros dons criativos, como música ou de escrever, receberão essa unção maior, e por meio de seus dons criativos toda a igreja será atraída à sala do trono de Deus dos quais vieram. Haverão músicas que chamarão os justos à causa justa, e ajudarão a por fogo em suas vidas por Deus. Haverão pinturas que simplesmente se apegarão às almas dos que as vêem de forma que darão as suas vidas ao serviço nosso Rei.

Deus, por meio de Moisés, deu instruções a Bezaleel sobre como construir Sua morada. Bezaleel sabia claramente quais cores usar e onde as usar. Ele recebeu planos arquitetônicos e foi instruído sobre como criar o candelabro, o altar, a bacia, e todas as outras mobílias e coberturas a serem lá colocadas. Ele foi instruído sobre como tecer cores e imagens nas paredes e cortinas da tenda, e como criar vestes santas para os sacerdotes. Até que fosse construída a tenda, somente Moisés, Bezaleel e os artistas trabalhando com Bezaleel podiam ver isso em seus espíritos, mas uma vez que a tenda foi construída todos o podiam ver. Contudo, nem todo mundo podia o ver na mesma extensão. Quanto mais profundamente eram permitidos entrar no templo, mais podiam ver. Hoje, todos temos acesso à parte mais profunda do templo. Haverão artistas divinamente inspirados que verão as coisas profundas do Espírito e serão capazes de transmití-las de forma que compelirão a muitos outros a buscarem as coisas profundas de Deus. As artes não serão as coisas profundas de Deus, mas ajudarão a levar a elas.

Como nos é dito em I Coríntios 2:10, “pois a nós Deus as revelou por meio do Espírito; pois o Espírito sonda todas as coisas, mesmo as profundezas de Deus.” Os que verdadeiramente seguem o Espírito não serão superficiais. Se formos verdadeiramente “cheios do Espírito”, sempre estaremos buscando conhecer a Deus com mais profundidade. Não ficaremos contentes apenas em ver os Seus atos, mas iremos querer conhecer os Seus caminhos. Podemos da mesma forma esperar que a arte vá mais a fundo à medida que o artista vai mais a fundo. Irão penetrar as profundidades de Deus e dos homens, liberando as águas vivas que vêm do “ser mais interior”. A arte sempre é um meio e nunca um fim em si mesma. Sabemos que estamos no caminho da vida quando a vida está fluindo de nós. Toda verdadeira vida é conhecer a Deus e Seu Filho. É para lá que a nossa arte está levando?

O Senhor obviamente quer compartilhar Sua criatividade com Seu povo. É a natureza básica da Nova Aliança que não temos de ser perfeitos para chegarmos à presença de Deus, mas que somos aperfeiçoados por entrar em Sua presença. Quanto mais próximos estivermos dEle, mais limpos e puros seremos, e também será a nossa arte.

Os que viram a Sua glória não ficarão impressionados com a maior glória humana. Os que viram a Sua criatividade não ficarão impressionados com a maior criatividade humana. Por esse motivo, quanto mais perto nos achegarmos dEle, menos deverá a nossa arte ser influenciada por arte humana ou tendências humanas, mas refletirá tendências celestiais que freqüentemente estarão em contraste direto com a natureza da caída criatividade humana. Por essa razão, uma das declarações mais tristes da presente condição da igreja é quando ela segue as tendências do mundo em coisas como arte e música. O mundo deveria estar seguindo a igreja, a quanto mais perto estivermos de Deus, mais poderemos estar certos de que a arte e a música serão limpas e puras.

O Senhor está buscando vasos limpos para liberar a Sua criatividade. Muitos artistas na igreja estão atados porque têm idéias e desejos muito mundanos, semelhantemente aos artistas no mundo – a saber, idéias erradas de sucesso, ambições egoístas, inveja e orgulho. Arte e artistas sempre têm estado sob ataque do inimigo porque ele sabe como podem ser vasos poderosos para o bem ou para o mal. Muitos artistas são excomungados, vítimas de discriminação, e têm dificuldade em ter um sustento, enquanto outros são exaltados como deuses. No entanto, o Senhor promete que rebaixará os que se exaltam e exaltará os que se humilham. Toda exaltação dos homens é passageira, superficial e por fim leva a um vazio terrível. É por isso que quase todos que atingem um ápice no campo da arte, ou qualquer outra coisa, caem em grande depressão.

Quando chegamos a um ápice por nossa própria ambição egoísta, nunca é o que esperamos. Quando o Senhor nos leva para as alturas, é diferente. Começamos a respirar a atmosfera do céu, e glórias além da imaginação humana começam a ser discernidas em sua natureza de estar em perpétua expansão e crescimento, assim como o universo que Ele criou. Um aspecto do céu é o continuado maravilhar e se surpreender com o que Deus fez, e o privilégio insondável de ser capaz de participar com Ele nisso. Comparado com Deus, mesmo o maior gênio humano ou a maior arte serão como uma molécula se posicionando diante do sol. O fato de que o sol se importa com e ama a pequena partícula, mesmo a tratando como parceira, causa um amor sempre crescente da molécula para com o sol.

Expressão artística é uma expressão de criatividade. Criatividade é espiritual e tem um poder e influência que pode ser maior do que parece. Dessa forma, o inimigo procura influenciar artistas e usá-los para o seu propósito. A arte tem sido usada para muitas coisas más, mas será redimida e completamente restaurada, como todos os dons que o Senhor deu ao homem para que este possa se relacionar melhor com Ele. Como declara o Senhor Jesus em Lucas 3.4,5, no qual Ele mencionou do profeta Isaías:

“Voz do que clama no deserto, ‘Preparai o caminho do Senhor, tornem os Seus caminhos planos.
‘Cada vale será preenchido, e cada montanha será rebaixada; os tortuosos se tornarão retos, e as estradas abatidas serão regulares...”

Estamos novamente nos tempos de Elias, preparando o caminho para a vinda do Senhor. É assim que estamos construindo a estrada na qual Ele virá – nivelamos as montanhas, erguemos os lugares baixos, e tornamos retos os tortuosos. As montanhas aqui são as fortalezas e os lugares baixos são os oprimidos. Em relação às artes, o tortuoso é a adoração a si mesmo, humanismo e perversões que têm tomado as artes. Alguns estão agora se erguendo com armas divinamente poderosas para derrubar as fortalezas e com ferramentas para construir a estrada. Estes verão a glória do Senhor descer sobre o que eles foram usados para construir. Terá valido a pena a luta. É uma causa nobre – a “boa luta” da fé que exigirá muita fé, mas a vitória é certa para os que permanecem fiéis. As artes pertencem ao Senhor, e Ele está levantando Seu exército agora para as retomar.

[Autorização para mailto:felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida por MorningStar]

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 45

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 45 ( 05 de Novembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CII

por Rick Joyner

Como abordamos anteriormente, é provável que alguns dos maiores líderes e missionários Cristãos de todos os tempos estejam vivos e servindo agora. Mesmo assim, até 90 a 95 por cento de missões Cristãs são ou ineficazes ou contra-produtivas – sendo algumas vezes testemunhas negativas para o evangelho. Existem motivos variados para isso, mas a maioria desses missionários são bons Cristãos, devotos ao seu trabalho, e ficariam apavorados com a idéia de que seu trabalho poderia ser contra-produtivo à causa de Cristo. Porém, o problema pode não estar neles, talvez seja um problema de falta de treinamento apropriado ou ser equipado e posicionado apropriadamente. Eu uso a palavra “apropriado” aqui porque, em muitos casos, os missionários são altamente treinados e bem equipados, mas não para as situações nas quais foram colocados.

Algumas vezes a sua forma de apresentar o evangelho é tão ocidental, européia ou americana que não cabe onde eles foram posicionados. O Apóstolo Paulo disse que quando esteve em Roma ele fez como os romanos, o que significa que devemos ser sensíveis às culturas e costumes dos povos que estamos procurando alcançar. Ao errar nisso pode-se não apenas atrapalhar a pregação do evangelho, mas grandemente atrapalhar qualquer igreja que se inicie naquela área, que tenderá a assumir as características da mensagem que a fundou. Isso pode desnecessariamente manter aquela igreja em conflito perpétuo com as pessoas da região. Existem pedras de tropeço o suficiente ao evangelho sem que contribuamos com outras desnecessárias.

Ao considerar isso, precisamos entender que o Senhor algumas vezes projeta os seus missionários para serem uma ofensa para aqueles para aos quais foram enviados. Um bom exemplo disso é quando Ele escolheu Pedro como o apóstolo para os Judeus e Paulo para os gentios. Não parece que o Senhor inverteu isso? Pedro, sendo um pescador não polido, era uma ofensa aos Judeus para os quais foi enviado. Paulo, sendo “Fariseu dos Fariseus”, foi ofensa tal aos gentios para os quais foi enviado que ele reconheceu diante dos Gálatas que sua “carne foi uma provação a eles” (veja Gálatas 4:14).

Porquê o Senhor faria isso? Não parece que Paulo teria sido capaz de alcançar os Judeus muito mais facilmente que Pedro? Certamente os Judeus teriam respeitado Paulo. Os gentios teriam ficado muito mais confortáveis com Pedro. Um motivo principal do Senhor ter feito dessa forma é para colocar ambos na dependência total do Espírito Santo para cumprirem seus chamados. Nem Paulo nem Pedro estariam inclinados a chamar atenção a si mesmos, somente à Cristo.

Ao atrair as pessoas para Cristo ao invés de a si mesmas, a igreja conseguiu iniciar sobre o alicerce correto, Cristo, e não em uma personalidade humana, mesmo com grandes personalidades como Pedro e Paulo. Mesmo assim, ao escrever Paulo que quando esteve em Roma ele procurou agir como os romanos, ele estava decidido a não fazer coisas que tornassem ainda mais difícil para as pessoas escutarem sua mensagem.

Algumas vezes a falta de frutos em uma missão é resultado de uma falta de se compreender a batalha espiritual em suas regiões visadas ou batalha espiritual como um todo. Apesar da evidência considerável da diferença que isso pode fazer, muitos ainda dão pouco ou nenhum crédito a ela. As missões e missionários de maior êxito dão.

Qualquer que seja a razão do fracasso de uma missão, e elas são várias, o Senhor disse que Ele cortaria todo galho que não desse fruto, e precisamos ter a mesma sabedoria. Se não cortarmos os galhos que não estão dando frutos, eles irão consumir os recursos que deveriam estar indo para os que estão dando frutos. Isso está acontecendo com muitos em missões – talvez chegue a 90 por cento ou mais os recursos que estão indo para missões que estão dando pouco ou nenhum fruto. Quanto mais fruto haveria se esses recursos estivessem indo para as missões verdadeiramente eficazes? Essas são comumente as mais atadas quanto a recursos porque não são boas em captar recursos.

Temos então a outra grande questão: Não foi um desperdício de recursos tirar Filipe de um avivamento que estava agitando uma cidade inteira e enviá-lo para o deserto para falar com apenas um homem? A economia de Deus pode obviamente ser muito diferente da nossa. E daí, então, se um missionário gasta toda a sua vida para alcançar apenas uma pessoa, se é da vontade de Deus? Essa é precisamente a grande questão: é da vontade de Deus?

Como vemos em Lucas 10, quando o Senhor envia seu povo, este voltará alegre por causa dos grandes resultados. Se isso não acontecer, podemos ainda estar na vontade do Senhor porque Ele disse aos que enviara em Lucas 10.10, “... e quando não receberem a vocês...”, o que implica que Ele enviaria alguns para onde não seriam recebidos. Mesmo assim, quando parece haver pouco ou nenhum fruto de uma missão, precisamos ouvir em alto e bom som e de forma clara do Senhor de que seja da Sua vontade continuar.

Má gestão é uma violação séria para o Senhor, como Ele deixou claro na Parábola dos Talentos. Desperdiçar pessoas é muito pior que desperdiçar dinheiro ou outros recursos, especialmente pessoas tão devotas que queiram ser missionárias. Quando permitimos erros ou situações de desperdício continuarem, isso não só desperdiça, mas perpetua uma mentalidade que tolera erros e o hábito de desperdiçar como sendo coisas aceitáveis, que não são.

Quando me deparo com missionários em campo, normalmente eu os pergunto quais são seus objetivos. Se a resposta for muito geral, eu já sei a resposta para a minha próxima pergunta sobre o quê eles têm feito. Será inevitavelmente pouco ou nada, porque quanto menos claros e específicos forem os nossos objetivos, menos provável é que façamos qualquer coisa. Isso é verdade em qualquer trabalho, não apenas em missões ou no ministério. Um número grande demais de missões e missionários não têm objetivos claros.

Valendo lembrar, porém, que há missionários que estão bem focados e treinados em seus propósitos, e que têm feito bastante. Me vem à mente os Tradutores de Bíblia Wycliffe, assim como uma organização irmã, O Serviço de Rádio e Aviação na Selva (JAARS). Sempre que me encontro com alguém no campo que seja da Bolsa dos Samaritanos [Samaritan’s Purse], sinto deles uma devoção à excelência e foco em seu propósito. Por isso é que conseguem fazer tanto.

Os Ministérios IRIS em Moçambique são tão frutíferos visto os recursos que têm que não acho justo os comparar com qualquer outro grupo. Certamente, quando tanto é feito com tão pouco, o Senhor recebe mais glória. Porém, se o nosso objetivo é ter mais fruto, por que não obter mais com mais?

Tenho abordado missões, mas como que uma igreja comum obteria bom desempenho quanto à administração? Se estamos liderando uma igreja, temos objetivos claros? Eles foram articulados? Podemos medir o progresso para cumpri-los? Se medidos, é provável que ao menos 90 por cento dos recursos da igreja são devotados ao que está produzindo menos que 10 por cento dos frutos. Alguns colocariam uma proporção muito pior, mas estou tentando ser generoso. O que aconteceria se a razão fosse invertida, e começassemos a colocar 90 por cento dos recursos no que está produzindo 90 por cento dos frutos? Não poderíamos esperar ver pelo menos dez vezes mais frutos do que estamos agora vendo?

Vamos dar uma rápida olhada em nossas construções de igreja, já que são onde a maior parte dos recursos da mesma estão agora sendo gastos. Muitas delas, mesmo as mais elaboradas e caras, são usadas somente de duas a quatro horas por semana. Existem 168 horas por semana, então isso quer dizer que muitas destas construções são usadas a uma taxa tão baixa que chega a 02 por cento do tempo, e provavelmente uma média de todas as igrejas, sendo generoso, daria ainda menos que 05 por cento.

Primeiramente, devemos perguntar se as construções estão realmente nos ajudando a cumprir nosso propósito como igreja, que é ajudar as pessoas a amadurecer em Cristo, se tornando como Ele, e fazendo as obras que Ele fez. Muitos responderiam, com razão, que nossa devoção à construção é uma distração de nosso propósito. Para que possamos estudar esse assunto, consideremos que ter nossas próprias construções pode ser benéfico e em geral menos caro que alugar um local para reuniões. Aumentar-se a eficiência pode simplesmente ser uma questão de desenvolver formas de usá-las mais.

Não poderiam elas serem usadas como escolas? Muitas instalações de igreja dariam instalações excelentes para escolas diurnas ou noturnas. Outras poderiam ser usadas para outras coisas como iniciar micro negócios.

Eficiência e boa gestão não são a resposta para tudo, e certamente não queremos enfatizá-las em detrimento de questões do coração como compaixão, moralidade e as outras questões básicas da fé, mas precisamos entender o quanto a má administração é imoral. Políticos liberais estão constantemente condenando o quanto é gasto em coisas como defesa quando mais recursos deveriam ser dirigidos aos pobres ou para a educação, e por aí adiante. A verdade é que, se você der recursos para agências do governo, que devem dar para os necessitados, somente uma fração dessa quantia provavelmente irá chegar lá, independente das boas intenções. Isso, também, é imoral.

É mais imoral gerenciar pessoas de forma errada do que dinheiro ou coisas. A maior parte dos missionários ineficazes seriam provavelmente muito eficazes se estivessem no lugar certo, servindo na etapa correta do ministério. Muitos estão tentando ser Etapa I, que realmente foram criados para ser de Etapa II ou III. Muitos estão tentando ser Etapa I, II e III todos ao mesmo tempo, e, portanto, não conseguem fazer nenhuma corretamente. Isso é o resultado de uma falta de coordenação básica dentro do corpo de Cristo, que somente será remediada quando estivermos em maior unidade.

Um exemplo disso é quando começamos a cavar poços na África. Rapidamente nos chegou a informação de que cerca de 5.000 poços foram cavados naquela grande região da África por outras missões e missionários, mas somente uma fração delas ainda estavam funcionando. Porquê? Porque ninguém os colocou sob um cronograma de manutenção ou treinou pessoas locais para os manter. Muitos não estavam mais funcionando por causa de uma peça de 5 dólares, enquanto que os mesmos grupos estavam gastando até 5.000 dólares para furar novos poços que, da mesma forma, não iriam funcionar por muito tempo.

É algo honrável para esses ministérios estar cavando esses poços, mas apenas precisamos fazer o que estamos fazendo com uma estratégia direcionada para um prazo mais longo. Esse problema com os poços foi simbólico quanto à forma com que missões em geral eram feitas lá. A Etapa I, que é cavar o poço, foi cumprida, mas não havia Etapa II para se estabelecer e manter o poço. Então a Etapa III, que era a multiplicação por se ensinar os que tinham recebido um poço a aprender a cavar um e então aprender a ajudar seus próximos, parecia não estar nos planos de ninguém.

As cruzadas na África são freqüentemente feitas da mesma forma. Milhões estão vindo à Cristo na África, e devemos todos nos alegrar, visto que está mudando o continente. Porém, quanto mais frutos duradouros haveriam se apóstolos, profetas, pastores e mestres seguissem os grandes evangelistas que se adentram numa região e firmassem os crentes na fé?

Existem pastores de grandes igrejas na África que somente têm um sermão, que é o que eles ouviram quando foram salvos. Eles pregam esse único sermão semana após semana. Graças a Deus por tal fidelidade, mas com a abundância de grandes mestres que temos no Ocidente, devemos ser capazes de ajudar a firmar algumas das melhores escolas de ministério em qualquer lugar do mundo. Agora mesmo, a maior parte desse ensinamento é dado aos que já têm tanto!

Grande parte disso irá mudar porque as atitudes possessivas e territoriais que têm prevalecido sobre boa parte da igreja estão sendo rompidas. Líderes maduros estão sendo levantados que têm segurança o suficiente para não serem ameaçados pelos que são diferentes deles, mas estão começando a reconhecer como as diferenças se complementam ao invés de se conflitarem. Existem moveres de Etapas I, II e III no corpo de Cristo que, se começarem a funcionar juntas, se tornarão as forças mais poderosas e eficazes no planeta.

Não temos nada a perder, mas tudo a ganhar, por nos unir. Os primeiros a buscar unidade, os pacificadores, recebem a grande promessa de serem chamados filhos de Deus (veja Mateus 5.9). Por quê esperar? O que podemos fazer essa semana para trazer intercâmbio, crescente confiança e unidade na igreja? Unidade significa juntar as partes que são diferentes. Isso exige grande graça, humildade e sabedoria para abraçar os que são diferentes de nós, que é a essência do que somos chamados para fazer. Evidência de nossa maturidade será essa unidade.


[permissão para feliperudiuk@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

sábado, 3 de novembro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 44

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 44 (29 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CI

por Rick Joyner

A igreja está agora passando por uma transição. A forma da igreja que tem evoluído ao longo das últimas décadas não será capaz de sobreviver nos tempos que hão de vir. Como João Batista foi honrado pelo Senhor, nós devemos honrar a igreja do passado por tudo que fez. Mas outro tipo de liderança está sendo levantada que devemos agora seguir. Uma irá aumentar e outra irá diminuir.

Como havíamos abordado, liderança em tempos de transição é diferente do tipo de liderança que pode ser eficaz em outros tempos. O líder em transição deve discernir os tempos e saber como responder a eles. O Senhor teve uma severa repreensão para aqueles que conheciam os sinais da previsão do tempo melhor que compreendiam os sinais dos tempos. Em tempos recentes, previsão do tempo tem se tornado cada vez mais precisa, mas, em geral, o discernimento dos tempos não tem demonstrado melhorar nesse mesmo ritmo, mas irá. Como?

Em I Crônicas 12:32, nos é falado sobre “... os filhos de Isacar, homens que entendiam os tempos, com conhecimento do quê Israel deveria fazer...”. Isacar foi um dos filhos de Jacó que se tornou uma das doze tribos de Israel. Como que essa tribo entendeu os tempos e teve a sabedoria de saber o que fazer? Nos é dada a resposta em Gênesis 49:14-15, quando Jacó está profetizando sobre seus filhos. Ele está falando o seguinte sobre Isacar:

“Isacar é um jumento forte, deitado entre os fardos.

“Quando ele viu que o lugar de descanso era bom, e que a terra era agradável, ele abaixou seu ombro para suportar os pesos, e se tornou um escravo em trabalho forçado.”

Isacar viu que o lugar de descanso era bom, e ele viu que a terra era agradável, mas se entregou a fazer o trabalho prático, difícil, até o ponto de se tornar escravo. O coração desse servo permitiu ao Senhor que confiasse aos filhos de Isacar com o que será o dom mais valioso de todos nos tempos vindouros – o conhecimento dos tempos e a sabedoria de saber o que fazer neles.

Foi falado que na presente era da informação, esta é o bem mais valoroso, mas informação precisa sobre o futuro e a sabedoria para saber o que fazer em breve será muitas vezes mais valoroso que todas as outras formas de informação combinadas. Foi essa combinação de saber interpretar o sonho de Faraó a respeito do futuro, com uma palavra de sabedoria para saber o que fazer a respeito, que permitiu a José ser promovido a Primeiro Ministro do Egito em seu tempo. Os que combinarem esses dons em breve irão da mesma forma se encontrar elevados a altos lugares de influência.

Parece que muitas pessoas são chamadas para o ministério de José, como freqüentemente pessoas me contam, mas é raro se encontrar alguém que queira passar pelo preparo para isso como José passou. Não foi ele só rejeitado pelos seus irmãos, mas por eles foi vendido como escravo. Então, ser escravo não foi disciplina o suficiente – ele teve de ser falsamente acusado pela esposa de seu senhor e jogado na cela. Ainda está interessado nesse tipo de ministério?

Como tenho freqüentemente compartilhado, tenho observado muitas pessoas muito dotadas para ir e dar poucos frutos em suas vidas, em grande parte porque se recusam a passar pela disciplina exigida para serem confiadas com alto nível de autoridade, que é influência. Como um princípio geral, quanto mais fácil for para se obter algo, ou o mais rápido, mais insignificante será. Se realmente queremos um ministério significativo, isso não tende a acontecer rápida ou facilmente. É por isso que somos instruídos a emular os que por meio da fé e paciência herdaram as promessas. Quanto mais significativo o ministério, mais fé e paciência levará para o obter.

É por essa razão que maioria das pessoas, mesmo as com muitos dotadas, normalmente vivem vidas de frustração e remorso porque somente queriam fazer a parte divertida, freqüentemente se considerando acima do trabalho duro exigido para realmente darem fruto. Essas são as que podem brilhar intensamente por um momento, mas então rapidamente ter suas chamas apagadas como um meteorito. Elas simplesmente não têm a substância, a profundidade de caráter, conhecimento, sabedoria e devoção ao trabalho para manter o fogo aceso por tempo prolongado. Esses normalmente passam seus últimos anos em frustração amarga, vivendo no passado, porque seu presente é tão raso e seu futuro tão turvo.

É exigido trabalho duro para ser um “filho de Isacar”, e não muitos estão dispostos a preencher este quesito. Foi por esta razão que o Apóstolo Paulo chegou a ser exigido a fazer tendas. Podemos pensar que isso é um trágico desperdício do tempo do grande apóstolo, mas o Senhor não o teria confiado com as grandes revelações que lhe foram confiadas se ele não estivesse disposto a permanecer ancorado ao prático, mesmo o banal, e torná-lo em louvor ao Senhor. O que ensinamos, também temos de viver, se somos verdadeiros.

Ter uma visão é a parte divertida, mas existem poucos que estão dispostos a fazer o trabalho prático e normalmente duro que leva para tornar uma visão uma realidade. Também é fácil começar a perder sua visão à medida que se adentra nos detalhes. Don Potter uma vez compartilhou um ensinamento que pensei ser muito importante a respeito do Rei Davi. Davi foi um profeta, e se ele tivesse enfocado somente naquilo ele poderia ter sido o maior dentre todos os profetas. Ele também foi um músico e salmista, e tivesse ele somente se concentrado naquilo, poderia ter sido o maior, mas fora chamado para ser rei e administrador, e é aí que deixou sua maior marca. Ser um profeta e músico serviu o seu principal chamado, mas ele manteve a questão principal como questão principal.

Agora, muitos que nunca tiveram uma posição de liderança querem ser um rei ou o líder principal, não vendo o extremo trabalho duro que é exigido. Existe um fluxo interminável de detalhes enlouquecedores aos quais todo líder de um trabalho significativo deve atentar. A glória do reconhecimento humano se esvai rapidamente, apesar disso parecer incompreensível para os que não a experimentaram. Mesmo assim, o poder pode ser como uma droga, muito viciante, e uma que irá minar sua vida, o que ocorre a qualquer um exceto os que permanecem escravos de Cristo.

Mesmo que se fale muito sobre liderança servil, isso é algo verdadeiramente raro, e pode somente ser encontrado na igreja, mas na verdade é difícil ser encontrada lá também. Mesmo assim, antes do fim desta era, será o único tipo encontrado na igreja. Liderança verdadeira é uma incumbência, um peso; é uma cruz, e não muitos estão dispostos a tomá-la. A liderança do mundo busca a si mesmo e serve a si mesmo, e é de longe a liderança mais comum encontrada hoje, mesmo na igreja.

Se você quiser saber um sinal dos tempos que marca o fato de que o fim destes tempos está próximo, será a igreja se tornando uma força radical e eficaz sobre a terra. Isso começará com uma nova cria de liderança. A igreja se tornará um exército que causa como uma eclipse sobre qualquer outro exército da história quanto a poder e eficácia, mas para salvar vidas, não tirá-las. Também veremos a igreja se especializando da forma que diferentes departamentos do ramo militar se especializam, ao mesmo tempo trabalhando juntos como os militares ao invés de competindo uns contra os outros.

Ao mesmo tempo que a igreja que se torna uma força radical, ela se tornará uma noiva sem mancha ou ruga. Assim como Salomão profeticamente anteviu a noiva em Cantares 6:10:

“Quem é esta que aparece como a alva do dia, linda como a lua cheia, pura como o sol e incrível como um exército com bandeiras?”

Ela será linda e incrível como um exército ao mesmo tempo. Estamos para ver ambas essas características serem manifestas cada vez mais. A igreja será algo lindo de se ver, a será mais incrível que qualquer exército que já houve.

[permissão para feliperudiuk@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

sábado, 27 de outubro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 43

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 43 (22 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte C

por Rick Joyner

Semana passada, ao abordar como o Senhor refere a si mesmo como “o Senhor dos exércitos” mais de dez vezes que todos os seus outros títulos, Ele obviamente considera esse aspecto de Sua liderança como primordial para Seu propósito. Nós veremos esse aspecto se tornar primordial na igreja nos tempos que hão de vir, mas devemos sempre ter em mente que os caminhos do Senhor são mais altos que os nossos, e seu comportamento militar, de muitas formas, será diferente das formas do mundo.

Como já cobrimos o assunto antes, o Senhor é o Criador que ama a diversidade de tal forma que Ele mesmo faz cada floco de neve diferente um do outro. Mesmo assim, no ramo militar, a grande devoção e grande parte do treinamento é para haver uniformidade. Eles usam uniformes; aprendem a marchar em linha; e pilotos aprendem a voar em formação. Isso não parece estar em conflito básico com a devoção do Senhor à diversidade? De uma perspectiva mais baixa, humana, pode, mas não de uma perspectiva celestial, mais alta.

Se você observar seu jardim, cada grama nele é única sob alguns aspectos e uniforme com as outras em alguns aspectos. Se você se ajoelhar, poderá ver como cada grama tem um tamanho único, e até certo grau uma cor única, e outros aspectos que as diferenciam das outras gramas. Se você se levantar, ou olhar de uma perspectiva mais alta, parece mais uniforme.

Por anos, tenho gasto algum tempo estudando os militares dos EUA por causa da mudança radical pela qual estes passaram durante os anos 60. Em algumas coisas, é uma organização tão burocrática e tradicional, ao mesmo tempo que se tornou uma das forças militares mais inovadoras e criativas que já existiram. O ramo militar norte-americano não só lança mão de tecnologia moderna, mas a cria, freqüentemente indo anos, senão décadas, à frente do que se infiltra no mercado e na indústria.

Mesmo antes destes tempos, os maiores líderes militares da história sempre têm sido os mais criativos. Eles pensavam em novas estratégias e formas de usar as forças ou recursos a eles disponíveis que outros não haviam pensado a respeito. Esse foi o segredo do sucesso de Napoleão, que pensava “fora da caixa” [fora do padrão] como ninguém em seu tempo, e é ainda estudado provavelmente por toda força militar significativa no mundo hoje.

Os músicos e artistas verdadeiramente criativos são aqueles que conhecem tão bem os fundamentos e são tão disciplinados neles que podem neles dilatar sem gerar um caos, mas um nível mais alto de harmonia. Você poderá notar em toda área, inclusive esportes, negócios, e mesmo no ministério, que os de maior êxito, e os que podem ser os mais criativos, são os que fazem o que é básico melhor. Essa habilidade de conhecer o básico e o fazer bem e ao mesmo tempo ser capaz de pensar de forma criativa é verdadeiro especialmente para a liderança mais desafiadora de todas – liderança em tempos de transição.

Voltando para as três etapas de trabalho, que derivamos das três etapas dos tabernáculos e templos, a Etapa I é a etapa inicial de salvação onde o propósito é resgate básico. Essa seria a etapa de avivamento ou trabalho pioneiro em missões. Ela exige uma mentalidade especial que Deus deu apenas a alguns, embora quase todos queiram declarar a ter. Em operações de resgate em desastres, é aqui que você encontra maior parte do caos, mas também testemunha os milagres mais dramáticos, e portanto ficará mais entusiasmado.

Em termos militares, os operadores da Etapa I são os Fuzileiros Navais [Marines] que chegam às praias antes e as Forças Especiais que são deixadas atrás das linhas. Idealmente, essas tropas devem ser aliviadas após o território inicial invadido da praia ser tomado e estabelecido e da força principal ter pousado. Uma vez cumprindo seu objetivo, precisam ser tirados para fora, ter suas feridas saradas, ter as baixas repostas, e seu equipamento deve ser restaurado para que estejam prontos para ir novamente a uma operação de Etapa I.

As forças especiais como a Força Delta [maioria recrutada a partir do exército], Nany Seals [homens-rãs, marinha] e Controladores de Combate da Força Aérea podem ser alguns dos guerreiros mais eficazes do mundo em sua forma de combate, mas não são treinados para lutar nas trincheiras em operações padrão de combate e seriam desperdiçadas lá. Quando não estão em operações reais, vivem então para treinar a fim de esmerar suas habilidades mais e mais. Também são ensinados a serem criativos e inovadores, podendo ver e avaliar suas posições e as condições, assim como as do inimigo, para aproveitar toda vantagem e oportunidade o quanto antes.

Esse é um motivo pelo qual iniciamos nosso treinamento da Força Especial de Missões (SFM), e delas se formarão as nossas equipes SFM. Seu treinamento e emprego de recursos é muito especializado. Ao escrever isso, eles estão na selva na América Central. Ano que vem, acamparão em uma parte remota da África. Ao se desenvolverem, esperamos que possam se adentrar em quase qualquer situação, em qualquer lugar, e fazer o trabalho do ministério, salvando vidas e salvando almas.

O nosso treinamento SFM é muito mais desafiador fisicamente, mentalmente e espiritualmente que as nossas outras Escolas de Ministério pelas quais os nossos alunos passam, mas eles são um grupo especializado. Porém, os colocar em um pastoreio típico de igreja seria tolo. Nem eles ou a igreja sequer sobreviveria, provavelmente.

Da mesma forma, somente uma pequena porcentagem de nossos alunos sequer estariam qualificados para passar por esse tipo de treinamento, e teriam dificuldade em permanecer onde a nossa equipe SFM vai. Eu acho que os nossos formandos da Escola de Ministério poderiam se sair bem em operações de Etapa II ou III, mas devem dar seqüência para se especializar em um ou outro para dar serem mais frutíferos. Também esperamos que alguns das nossas pessoas do SFM façam transição para a Etapa II ou III no devido tempo, nas quais eu esperaria que eles trouxessem considerável criatividade e inovação.

Eu fui guiado pelo Senhor para estudar as Forças Especiais dos EUA, assim como todo o ramo militar, para uma compreensão de como a igreja será no tempo vindouro. Estou convicto de que foi o desenvolvimento de Forças Especiais que injetou uma devoção à excelência e padrões cada vez mais elevados que logo impactou todo o ramo militar. Agora, um recruta comum entrando no exército é provavelmente melhor treinado que Forças Especiais eram apenas algumas décadas atrás, e as Forças Especiais sempre estão se superando. O desenvolvimento de armas, táticas e estratégias estão mantendo o pique também. Veremos isso acontecer na igreja, que é, de algumas formas, uma enorme organização burocrática, impregnada de tradição.

Alguns dos maiores missionários Cristãos que já viveram estão provavelmente vivos e servindo hoje. Mesmo assim, em geral, entre 90 e 95 por cento de missões Cristãs são ou ineficazes ou contra-produtivas. Aquelas que estão fazendo algo produtivo são gerenciadas de maneira tão errada que estão normalmente dedicando 90 por cento de seus recursos ao que provavelmente está produzindo menos que 10% do fruto. Veja bem, essas são generalizações, e não são válidas para todos, mas em geral são verdadeiras. Isso deve e vai mudar.

Maioria dos missionários ineficazes provavelmente seriam muito mais eficazes se ficassem nos lugares corretos, servindo na etapa certa de ministério. Muitos que estão tentando ser de Etapa I foram criados para serem Etapa II ou III. Muitos estão tentando ser Etapa I, II e III todos ao mesmo tempo, e portanto não podem fazer nenhuma corretamente. Isso é o resultado de uma básica falta de coordenação dentro do corpo de Cristo, e será remediada somente quando chegarmos em unidade.

Um exemplo disso foi quando começamos a cavar poços na África. Rapidamente recebemos informação de que cerca de 5.000 foram cavados na região geral da África por outros ministérios e missões, mas somente uma pequena fração deles estavam ainda funcionando? Por quê? Porque ninguém os colocou em um programa de manutenção ou treinou as pessoas da localidade para os manter. Muitos não estavam mais funcionando devido à falta de uma peça de 5 dólares. Devemos ser gratos aos que tiveram a devoção de cavá-los em primeiro lugar, mas quão melhor seria se tivéssemos uma visão a longo prazo para eles e estabelecêssemos um cronograma básico de manutenção para os manter em funcionamento?

Isso foi simbólico quanto à forma que missões em geral foram feitas lá. A Etapa I, cavar o poço, foi feita de forma eficaz, mas não havia uma Etapa II, os estabelecendo e mantendo, esta jamais foi organizada. Então a Etapa III, a multiplicação por ensinar os que receberam um poço a aprender a cavar um, e ter os que receberam um poço aprender a como dar por abençoar seu próximo, pareceu não estar nos planos de ninguém.

As cruzadas na África são freqüentemente feitas da mesma forma. Milhões estão vindo a Cristo na África, algo sobre o qual todos devemos nos alegrar, mas quanto mais fruto duradouro haveria se apóstolos, profetas, pastores e mestres seguissem os grandes evangelistas em uma região e estabelecessem os crentes na fé?

Agora mesmo pastores de grandes igrejas na África têm somente um sermão, aquele que eles ouviram quando foram salvos, e é isso que eles pregam semana após semana. Graças ao Senhor por tamanha fidelidade, mas com a abundância de grandes mestres no Ocidente nós devemos ser capazes de ajudar a estabelecer algumas das melhores escolas de ministério do mundo, em qualquer lugar do mundo. Neste momento maior parte deste ensinamento apenas vai para os que já têm demais!

Muito disso irá rapidamente mudar porque posturas territoriais e possessivas que têm prevalecido sobre muitos ramos da igreja estão sendo rompidas. Líderes maduros estão sendo erguidos que têm segurança o suficiente para não serem ameaçados pelos que são diferentes deles, mas estão começando a reconhecer o quanto as diferenças se complementam ao invés de se conflitar. Existem moveres de Etapa I, Etapa II e Etapa III no corpo de Cristo, e se começarem a trabalhar juntos, se tornarão a força mais poderosa e eficaz no planeta. Lembre-se, unidade não apenas aumenta a nossa autoridade, mas a multiplica, como foi prometido que um poderia fazer mil baterem em retirada, mas dois fariam dez mil em baterem em retirada.

Não temos nada a perder e tudo a ganhar unificando sob um Cabeça, que é o Cristo. Os primeiros a fazerem isso receberão as maiores recompensas. Porquê esperar? O que podemos fazer essa semana para trazer intercambio, aumentando a confiança, e aumentando a unidade na igreja? Uma coisa que tenho procurado fazer por muitos anos é ao menos fazer uma coisas cada semana para ajudar a trazer unidade na igreja. Algumas vezes é tentando apresentar ministérios diferentes uns aos outros – algumas vezes é escrevendo cartas de apresentação. Recebo mesas redondas e convido pessoas de diferentes vertentes para falar na mesma conferencia, etc., mas se isso foi uma das coisas de maior importância no coração do Senhor, então quero manter isso como um dos principais propósitos em meu coração. Também percebi que quanto mais faço isso, mais isso encoraja outros a fazer o mesmo. O que aconteceria se todos nós começássemos a promover a unidade na igreja? Alguém irá fazer isso – por quê não nós?

[permissão para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]