terça-feira, 13 de novembro de 2007

Boletim Profético

Ministério Morning Star – Novembro/2007

O Espírito Santo e as Artes

De Rick Joyner com Andrei e Amanda Pruchodko

Um artista bem conhecido recentemente declarou que “o futuro da arte é a perversão”. Essa é a profecia do diabo, e sem dúvida seu intento. Quando se vê o rumo que a arte tem tomado em tempos recentes desde a arte fina, para a arte moderna, a arte cinematográfica, e até a música, parece que isso está se tornando realidade. Porém, a arte pertence a Deus, e Ele irá tomá-la de volta. Arte é uma forma básica de profecia, e existe uma beleza e unção que está para vir sobre uma hoste de artistas santos cuja arte profética irá queimar a neblina que agora existe sobre ela, assim como o sol queima a neblina pela manhã.

O Poder da Arte

Mesmo entre culturas antigas, a arte era uma forma de comunicação usada para levar uma mensagem, que iria ajudar a dar o curso daquela cultura. Você pode ver para onde uma cultura está caminhando por meio da sua arte. A arte profetiza para o bem e para o mal. Não era coincidência que os nazistas eram tão devotados à arte, e que Hitler sempre se apresentava como artista. A música de Wagner foi usada para impressionar as pessoas e ajudar a alimentar o frenesi nazista rumo aos seus propósitos diabólicos e trágicos. A música que ouvimos semeia coisas em nossas almas e pode dar o curso de nossas vidas para o bem ou para o mal.

A arte também tem sido uma forma básica de adoração. É um meio poderoso que pode levar à adoração de alguma coisa ou de alguém. Ela pode ter o poder de capturar a atenção, imaginação e coração das pessoas. Na verdade, ela tem sido mais eficaz em direcionar as nações do que exércitos ou armas.

Em décadas recentes, a anarquia tem se agarrado a quase toda forma de arte, dando ignição à raça mais atrevida e pervertida, e mergulhando a arte e os artistas cada vez mais fundos nas trevas. Ela tem seguido passo a passo a queda rumo à confusão, ausência de significado e escuridão da alma para os quais a filosofia também tem caído. Isso sempre será o resultado de se adorar alguma coisa ou a alguém que não seja o único e verdadeiro Deus. Mas assim como a arte e a filosofia têm decaído, a ascensão de ambas virá. Artistas que adoram ao único Deus, que mantêm suas almas purificadas pela unicidade de propósito de glorificar a Deus, receberão poder maior. Eles se tornarão como prismas que refratam a luz do céu e dão cor e significado ao mundo. Tão fundo como a arte mergulhou na escuridão, a luz que está vindo será ainda maior. Beleza, significado e a elevação de tudo o que é bom logo serão vistos em um exército extraordinário de artistas.

Uma das características mais óbvias de Deus que podemos ver por sua Criação é que ele ama criatividade e diversidade. Ele as ama tanto que Ele mesmo fez cada floco de neve ser único. Não existem duas árvores iguais, duas folhas iguais, nem duas pessoas iguais. Ele fez cada um de nós um ser único. Sua criação é arte em sua forma mais profunda. Não adoramos a criação, mas ao Criador. Nunca devemos adorar a arte, mas Aquele que a nós a deu. Ele nos deu a arte para levantar nossos corações e liberar ações de graças, porque “entramos por seus portões com ações de graça” (veja Salmos 100.4). Todo o espanto e maravilha de Sua criação foram feitos para nos levarem para mais perto dEle. A arte não foi feita para apontar para a criação, mas para usar a criação para apontar para Ele.

Em Mateus 13.39 o Senhor disse, “... a colheita é o fim dos tempos...”. Na parábola do Trigo e do Joio, Ele também ordenou que ao trigo e joio fosse permitido crescerem juntos, então ambos viriam à maturidade ao mesmo tempo. Não precisamos sair procurando o joio para arrancá-lo, porque por grande parte do tempo confundiríamos o trigo pelo joio e destruiríamos o trigo. Ambos devem ser permitidos crescer juntos, mas quando estiverem ambos maduros, sua natureza será óbvia.

Este é o tempo em que tudo o que foi semeado no homem, o bem e o mal, a luz e as trevas, virão à maturidade plena. É óbvio que a escuridão está chegando à maturidade em todas as expressões de arte, mas em breve veremos a luz chegando à maturidade em todas as expressões de arte. Mesmo assim, a luz será vitoriosa irá sombrear a escuridão porque a luz é mais forte. Quando abrimos nossas venezianas à noite, a escuridão não entra no recinto, mas a luz que está na casa brilha na escuridão. A luz é mais forte que a escuridão, estamos prestes a ver a luz vencer as trevas que existem na arte. Por estarmos nos aproximando do fim dos tempos, o tempo de maturidade plena, a luz que está para ser liberada por meio das artes será sem precedentes.

Isto não quer dizer que a luz que está para ser liberada por meio da arte será mais popular que a escuridão. Lembre-se, quando a Própria Luz veio à terra e andou entre nós, os homens “amaram mais às trevas que à luz” (veja João 3.19). Mesmo assim, o Senhor foi misericordioso além da compreensão para nos enviar Seu Filho, e Ele irá fornecer sua maior luz durante os tempos de maiores trevas para que todos tenham a chance de vê-lo e se tornarem a ele. Ele ama a todos os homens e deseja que sejam salvos. Ele não os irá forçar, mas lhes dará uma oportunidade de ver Sua luz. Não é nosso trabalho fazer os homens verem a luz ou quererem a luz, mas é nosso trabalho simplesmente andar na luz e a revelar.

O Espírito Santo e a Arte

Na Bíblia, os artistas eram as primeiras pessoas a serem cheias com o Espírito Santo. No Antigo Testamento, freqüentemente achamos menções dizendo que o Espírito Santo vinha sobre alguém, como vemos em II Crônicas 15.1, “agora o Espírito de Deus virá sobre Azarias filho de Odede”, ou em II Crônicas 24.20, “Então o Espírito de Deus veio sobre Zacarias filho do sacerdote Jeoiada...”. Porém, foi Bezalel a primeira pessoa na Bíblia a respeito de quem foi dito que foi “cheia do Espírito”, o que vemos em Êxodo 31.1-5:

Então o Senhor falou com Móisés:
“Eis que tenho chamado por nome a Bezaleel, o filho de Úri, o filho de Hur, da tribo de Judá.
“E o enchi com o Espírito de Deus no tocante à sabedoria, ao entendimento, à ciência e a todo ofício,
“para inventar obras artísticas para trabalho com ouro, com prata e com bronze,
“e para o corte de pedras para engastar, e para entalhar madeira, para que possa trabalhar em todo tipo de ofício.”

Bezaleel quer dizer “debaixo da sombra, proteção de Deus”. Não é interessante que a primeira pessoa na Bíblia sobre quem foi dito que foi “cheia com o Espírito” foi um artesão, e não um sacerdote, um rei ou profeta? Isso nos deve dar uma consciência definitiva da importância que o Senhor deu à arte em Sua habitação, o tabernáculo, que era um modelo profético para Sua igreja, “o tabernáculo não feito por mãos” (veja Hebreus 9.11). Se houve alguma construção que excedeu a esta quanto a excelência artística, teria de ser a Sua outra habitação no Velho Testamento, o templo que Salomão construiu para Ele. Isso deve declarar em som alto a importância que ele dá à sua arte em Sua igreja, Seu lugar de habitação presente.

Em Êxodo 28.3, vemos que os artistas trabalhando com Bezaleel também foram cheios com o Espírito Santo, “Falarás a todos que são artesãos hábeis, a quem eu enchi com o espírito de sabedoria, que podem fazer as vestes de Arão, para santificá-lo, para que possa ministrar a Mim como sacerdote”. Aqui também vemos que o Senhor queria um artista para fazer as vestes do sacerdote. Como se aplicaria isso a nós? Parece que existe uma revelação especial do Senhor que pode vir como arte que toca a Sua natureza básica de ser o Criador. Isso é porque os que O conhecem e são mudados para Sua imagem por verem a Ele também devem ser criativos. Criatividade é sua natureza básica. Dessa forma, os Cristãos devem ser as pessoas mais criativas da terra, e arte que seja inspirada pelo Espírito Santo deve ser vestida pelos sacerdotes do Senhor como uma vestimenta.

Também devemos considerar que artistas, que são inspirados pelo Espírito Santo, e que com dedicação O seguirão como Bezaleel, de fato têm um papel similar como o dos profetas e sacerdotes para O revelar para as pessoas. Revelar o Senhor é o propósito mais básico para a arte, e não só é a forma mais requintada de arte, mas é a única verdadeira satisfação que um artista terá. Qualquer coisa que não seja isso levará a uma redução de base ou perversão do dom.

A igreja foi a grande custódia da arte durante grande parte da era da igreja, e maioria das grandes obras de arte foram comissionadas pela igreja. À medida que a igreja por tempos se desviou de sua devoção pura ao Senhor, a arte comissionada pela igreja também se desviou.

Quando a Reforma Protestante começou, houve uma grande reação a muitas das artes da igreja, nas quais se cria que eram usadas como idolatria, então muitos moveres Protestantes rejeitaram a arte como um todo. Isso levou à construção de instalações muito simples e sem cor como locais de reunião da igreja, o que também foi um bom reflexo dos cultos da igreja, e portanto se tornou um reflexo da forma com que muitos tinham sua percepção de como Deus era. Essa é uma das grandes tragédias da história da igreja, que representou a Deus possivelmente tão mal quanto aquilo que era considerado idolatria. Deus é o ser mais maravilhoso, interessante, colorido e criativo que há, ou que jamais haverá. Os que estão se tornando como Ele o serão dessa forma também. Assim como Seus sacerdotes sob a Antiga Aliança foram vestidos com grande beleza e arranjo artístico, da mesma forma será a Sua igreja da Nova Aliança, que tem “um pacto melhor” (veja Hebreus 7.22).

Existe um mover na igreja hoje para se recuperar a arte na adoração, e não é esperado que esteja ocorrendo principalmente entre os que são batizados no Espírito Santo, ou que declaram ser ou ao menos buscam ser “cheios do Espírito”. Os que são verdadeiramente cheios de Seu Espírito não conseguirão conter a criatividade que é a natureza básica do Espírito, por muito tempo. Ela transbordará deles. Relembrando, os que verdadeiramente conhecem o Criador serão as pessoas mais criativas no planeta.

No entanto, é crucial que artistas sejam profundamente comprometidos ao adorar o Senhor com sua arte ao invés de adorar a arte em si. Existe uma vala em qualquer um dos lados do caminho da vida, com anarquia de um lado e legalismo do outro. Na arte, isso é geralmente manifesto com idolatria de um lado, que é uma forma de anarquia, e um legalismo tragicamente inibidor no outro lado. Aprender a navegar entre estes extremos é difícil, mas a tensão entre eles pode ajudar a nos manter no equilíbrio apropriado, onde está o caminho da vida, mantendo vida em nossa arte.

É digno de menção que o verbo hebraico mashach, que significa “ungir”, é definido como “esfregar com óleo, ou tinta” (AT de Strong n° 4886). Existe um encher do Espírito, e existe uma unção ou pintura do Espírito. Devemos ter a natureza do Espírito em nossos corações, e isso deve ser refletido em nós também. Sabemos o significado disso em relação à unção que devemos ter para ministério, mas pense nisso em relação à arte em como somos vestidos, sendo que era um alto propósito para a arte no Antigo Testamento – vestir os sacerdotes.

Sabemos da Parábola da Festa de Casamento em Mateus 22 que o Senhor mesmo ficará ofendido se não estivermos apropriadamente vestidos para a ocasião. Se vestir apropriadamente para um casamento é uma forma básica de mostrarmos respeito à noiva, ao noivo e seus familiares. O mesmo seria verdadeiro para um funeral, ou outras ocasiões como uma reunião com um dignitário, líder ou qualquer um que respeitemos. Ser descuidado sobre como nos vestimos para uma ocasião é mostrar o quão pouco nos importamos com isso.

É fácil reconhecer uma pessoa que se veste apenas para atrair a atenção para si mesma. Tais pessoas são óbvias, e apesar de elas poderem ter se vestido de forma atraente, estar centradas em si mesmas, isso nunca as torna atraentes exceto em um sentido carnal. Contudo, se uma pessoa se veste bem, pensando sobre com quem ela irá se encontrar, existe com ela uma dignidade e respeito, que não é centrada em si mesma. Arte é da mesma forma. Queremos que a nossa arte ganhe atenção ou queremos que aponte para algo ou alguém maior? Existe nobreza em arte Teocêntrica que será profundamente atraente, o que não ocorrerá quando centrada em si mesma.

Se Deus nos chamou para fazer algo, Ele obviamente nos dará o talento para fazê-lo. Queremos fazer tudo o que fazemos com excelência, mas excelência de caráter é o alicerce de excelência em nosso trabalho. A maior excelência de caráter é o amor a Deus. Amando a Deus, flui toda a verdade, assim como toda luz verdadeira.

O Espírito Profetiza

Vemos em Joel 2 e Atos 2 que quando o Espírito é derramado, haverá uma profecia. Como já declarado, a arte tem sido um meio primário para profecia, tanto para o bem como para o mal. Por sua própria natureza, a arte normalmente prevê e aponta adiante para as tendências que as culturas tomam, e então a arte também se torna um meio primário para interpretar as tendências. É por esse motivo que a igreja deve ser especialmente devota às artes, já que é chamada para ser a luz do mundo, indicando o caminho e o alumiando. Quando a igreja segue o Espírito e se torna o que é chamada para ser, podemos esperar Cristãos proféticos começarem a liderar em todos os campos da arte.

Um dos chamados que alguns artistas terão será de trazer a igreja para um nível mais alto acerca do que é profético. Desde o tempo que Deus deu o Espírito Santo a Bezaleel para o encher com habilidade, sabedoria e capacidade artísticas especiais, não vemos o Senhor fazendo isso novamente na mesma proporção. A arte mais alta foi para o propósito mais alto, construir a morada de Deus. A mais grandiosa e enaltecida arte sempre será aquela que é feita para Deus, não para o homem. Os homens podem se agradar dela e serem erguidos por ela – isso também é agradável ao Senhor, que quer atrair e reconciliar todos os homens a Si. Mesmo assim, quando produzimos a arte para o homem, nunca será tão enaltecida como a arte que é feita como adoração a Deus.

Entendendo o Poder

Um filme pode ser considerado livre para todas as audiências, mas ter poder para seduzir e liberar um espírito de luxúria, mais que um filme permitido para jovens mais velhos e adultos. Não é tanto o que é mostrado, mas o poder por trás daquilo. Devemos ter um discernimento que vai além de classificações humanas. No entanto, assim como a arte obscura tem o poder de transmitir escuridão e opressão, a arte ungida pelo Espírito Santo irá ter o poder de libertar as pessoas. Existem artistas sendo levantados cujos dons de cura e libertação serão projetados por meio de sua arte. As pessoas irão apenas olhar para algo ou escutar a música e ser curados ou libertos.

Existe da mesma forma arte que logo será liberada ,e irá poderosamente transmitir visão e propósito às pessoas, mesmo chamando alguns a seus ministérios e liberando dons espirituais. Um dos casos famosos disso na história é como o jovem Conde Zinzendorf considerou uma pintura clássica do Salvador, e isso nele incitou uma devoção ao Senhor que chegou depois a levar ao nascimento das missões modernas.

Iremos em breve ver artistas criarem pinturas que virão diretamente da sala do trono de Deus. Por olhar nelas, as pessoas receberão uma profunda visão profética e uma perspectiva celestial. Da mesma forma, pessoas com outros dons criativos, como música ou de escrever, receberão essa unção maior, e por meio de seus dons criativos toda a igreja será atraída à sala do trono de Deus dos quais vieram. Haverão músicas que chamarão os justos à causa justa, e ajudarão a por fogo em suas vidas por Deus. Haverão pinturas que simplesmente se apegarão às almas dos que as vêem de forma que darão as suas vidas ao serviço nosso Rei.

Deus, por meio de Moisés, deu instruções a Bezaleel sobre como construir Sua morada. Bezaleel sabia claramente quais cores usar e onde as usar. Ele recebeu planos arquitetônicos e foi instruído sobre como criar o candelabro, o altar, a bacia, e todas as outras mobílias e coberturas a serem lá colocadas. Ele foi instruído sobre como tecer cores e imagens nas paredes e cortinas da tenda, e como criar vestes santas para os sacerdotes. Até que fosse construída a tenda, somente Moisés, Bezaleel e os artistas trabalhando com Bezaleel podiam ver isso em seus espíritos, mas uma vez que a tenda foi construída todos o podiam ver. Contudo, nem todo mundo podia o ver na mesma extensão. Quanto mais profundamente eram permitidos entrar no templo, mais podiam ver. Hoje, todos temos acesso à parte mais profunda do templo. Haverão artistas divinamente inspirados que verão as coisas profundas do Espírito e serão capazes de transmití-las de forma que compelirão a muitos outros a buscarem as coisas profundas de Deus. As artes não serão as coisas profundas de Deus, mas ajudarão a levar a elas.

Como nos é dito em I Coríntios 2:10, “pois a nós Deus as revelou por meio do Espírito; pois o Espírito sonda todas as coisas, mesmo as profundezas de Deus.” Os que verdadeiramente seguem o Espírito não serão superficiais. Se formos verdadeiramente “cheios do Espírito”, sempre estaremos buscando conhecer a Deus com mais profundidade. Não ficaremos contentes apenas em ver os Seus atos, mas iremos querer conhecer os Seus caminhos. Podemos da mesma forma esperar que a arte vá mais a fundo à medida que o artista vai mais a fundo. Irão penetrar as profundidades de Deus e dos homens, liberando as águas vivas que vêm do “ser mais interior”. A arte sempre é um meio e nunca um fim em si mesma. Sabemos que estamos no caminho da vida quando a vida está fluindo de nós. Toda verdadeira vida é conhecer a Deus e Seu Filho. É para lá que a nossa arte está levando?

O Senhor obviamente quer compartilhar Sua criatividade com Seu povo. É a natureza básica da Nova Aliança que não temos de ser perfeitos para chegarmos à presença de Deus, mas que somos aperfeiçoados por entrar em Sua presença. Quanto mais próximos estivermos dEle, mais limpos e puros seremos, e também será a nossa arte.

Os que viram a Sua glória não ficarão impressionados com a maior glória humana. Os que viram a Sua criatividade não ficarão impressionados com a maior criatividade humana. Por esse motivo, quanto mais perto nos achegarmos dEle, menos deverá a nossa arte ser influenciada por arte humana ou tendências humanas, mas refletirá tendências celestiais que freqüentemente estarão em contraste direto com a natureza da caída criatividade humana. Por essa razão, uma das declarações mais tristes da presente condição da igreja é quando ela segue as tendências do mundo em coisas como arte e música. O mundo deveria estar seguindo a igreja, a quanto mais perto estivermos de Deus, mais poderemos estar certos de que a arte e a música serão limpas e puras.

O Senhor está buscando vasos limpos para liberar a Sua criatividade. Muitos artistas na igreja estão atados porque têm idéias e desejos muito mundanos, semelhantemente aos artistas no mundo – a saber, idéias erradas de sucesso, ambições egoístas, inveja e orgulho. Arte e artistas sempre têm estado sob ataque do inimigo porque ele sabe como podem ser vasos poderosos para o bem ou para o mal. Muitos artistas são excomungados, vítimas de discriminação, e têm dificuldade em ter um sustento, enquanto outros são exaltados como deuses. No entanto, o Senhor promete que rebaixará os que se exaltam e exaltará os que se humilham. Toda exaltação dos homens é passageira, superficial e por fim leva a um vazio terrível. É por isso que quase todos que atingem um ápice no campo da arte, ou qualquer outra coisa, caem em grande depressão.

Quando chegamos a um ápice por nossa própria ambição egoísta, nunca é o que esperamos. Quando o Senhor nos leva para as alturas, é diferente. Começamos a respirar a atmosfera do céu, e glórias além da imaginação humana começam a ser discernidas em sua natureza de estar em perpétua expansão e crescimento, assim como o universo que Ele criou. Um aspecto do céu é o continuado maravilhar e se surpreender com o que Deus fez, e o privilégio insondável de ser capaz de participar com Ele nisso. Comparado com Deus, mesmo o maior gênio humano ou a maior arte serão como uma molécula se posicionando diante do sol. O fato de que o sol se importa com e ama a pequena partícula, mesmo a tratando como parceira, causa um amor sempre crescente da molécula para com o sol.

Expressão artística é uma expressão de criatividade. Criatividade é espiritual e tem um poder e influência que pode ser maior do que parece. Dessa forma, o inimigo procura influenciar artistas e usá-los para o seu propósito. A arte tem sido usada para muitas coisas más, mas será redimida e completamente restaurada, como todos os dons que o Senhor deu ao homem para que este possa se relacionar melhor com Ele. Como declara o Senhor Jesus em Lucas 3.4,5, no qual Ele mencionou do profeta Isaías:

“Voz do que clama no deserto, ‘Preparai o caminho do Senhor, tornem os Seus caminhos planos.
‘Cada vale será preenchido, e cada montanha será rebaixada; os tortuosos se tornarão retos, e as estradas abatidas serão regulares...”

Estamos novamente nos tempos de Elias, preparando o caminho para a vinda do Senhor. É assim que estamos construindo a estrada na qual Ele virá – nivelamos as montanhas, erguemos os lugares baixos, e tornamos retos os tortuosos. As montanhas aqui são as fortalezas e os lugares baixos são os oprimidos. Em relação às artes, o tortuoso é a adoração a si mesmo, humanismo e perversões que têm tomado as artes. Alguns estão agora se erguendo com armas divinamente poderosas para derrubar as fortalezas e com ferramentas para construir a estrada. Estes verão a glória do Senhor descer sobre o que eles foram usados para construir. Terá valido a pena a luta. É uma causa nobre – a “boa luta” da fé que exigirá muita fé, mas a vitória é certa para os que permanecem fiéis. As artes pertencem ao Senhor, e Ele está levantando Seu exército agora para as retomar.

[Autorização para mailto:felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida por MorningStar]

Um comentário:

JOAREZ FILHO disse...

Olá, vcs possuem mais textos do Rick que tratam deste assunto (arte profética)ou algum outro escritor...
Obrigado.
Sou artista plástico e esse tema está muito ligado ao meu coração.
Obrigado
Joarez Filho
www.joarezfilho.com.br
www.joarez.com
www.artfast.com.br