domingo, 20 de março de 2011

Palavra para a Semana nº 06 (2011)


Níveis de Revelação


Semana 6, 2011

Na semana passada, havíamos abordado como não há substituto para maturidade e experiência em Cristo. Nesta semana, começaremos a identificar algumas formas pelas quais o Senhor fala a nós. Nas próximas semanas, iremos mais a fundo em algumas destas formas, tendo em mente que não estamos procurando o entendimento de uma ciência, ou fórmula para conhecer a Sua voz, mas um relacionamento com Deus pelo qual venhamos a conhecer a Sua voz. Como abordado, há basicamente duas formas que podemos conhecer aos outros: pelo seu rosto e por sua voz.

Verdadeira maturidade espiritual vem de estarmos com Ele e sermos mudados em Sua imagem pela glória que contemplamos. Os que isso entendem e a isso se dedicam podem amadurecer muito mais rápido do que os que O têm conhecido há muito mais tempo mas não buscam este relacionamento. Em nosso relacionamento com Ele, devemos entender que o Senhor é o mesmo hoje, como foi no início. Ele fala a Seu povo o mesmo como falava no começo. Os profetas da Nova Aliança têm um propósito diferente do que seus equivalentes da Antiga Aliança, mas os dons e revelação vêm nas mesmas formas.

Há níveis de revelação profética. Estes podem ou não ter vínculo com a importância da revelação, mas estão relacionados com a clareza com que é vista, e portanto quanta confiança podemos ter em sua pureza. O nível mais baixo de uma revelação profética é uma impressão. Os níveis mais altos começam com visões, sonhos, ouvir a voz audível de Deus, como visitações angelicais, ser levado diante do trono de Deus, e por aí adiante, todas sendo formas bíblicas e ainda ocorrendo hoje.

Independentemente de quão grande ou alto seja o nível da revelação, um ponto básico para se compreender profecia é I Coríntios 13.9, que diz que sabemos em parte e profetizamos em parte, querendo dizer que ninguém tem todo o cenário ou palavra. Então, se queremos ter toda a visualização do cenário ou mensagem, precisaremos ter a humildade de trabalhar com outros, ouvir a outros, e colocar junto nossas partes. No trecho de Amós que abordamos semana passada, é por isso que o Senhor disse que não faria nada sem primeiramente o compartilhar com Seus servos, os profetas; isto está no plural, não é apenas um profeta.

É por isso que os profetas verdadeiros e em amadurecimento são sempre encontrados em grupos, em comunhão com outros profetas, com os quais constantemente trabalham e compartilham as coisas. Os profetas “solitários” podem ter dons reais, mas não conheci a nenhum que não se desviou da verdadeira integridade profética e sã doutrina quando não permaneciam em uma comunhão forte e compromissada com outros. “Os dons e chamado de Deus são irrevogáveis” (veja Romanos 11.19), e por isso os dons proféticos nos quais eles continuam a operar podem ser muito reais e podem te deixar surpreso, mas você provavelmente não quer o fruto de seus ministérios plantados em seu trabalho.

Nem é o suficiente para um profeta da Nova Aliança estar apenas em comunhão com outros profetas; eles precisam ter um relacionamento compromissado com toda a equipe de ministérios de preparo listada em Efésios 4, e precisam ter uma vida real e vital na igreja local. Um motivo para isso é que um propósito básico para os santos, o que inclui os profetas, é ser uma peça ativa no corpo, o que vemos nesse mesmo texto.

Eu aprecio e tenho um relacionamento com muitas pessoas com dom profético, em todo o mundo. Eu os escuto, e por vezes recebi palavras muito importantes deles, mas se eles não têm uma vida forte e viva em igreja local, não permito que ministrem em nossa igreja local. Existe uma expressão do Espanhol que diz algo assim: “esse cachorro já me mordeu”, e fui mordido por esse muitas vezes. Eles podem vir e surpreender as pessoas com seus dons, e os incitar a buscar o profético, o que pode ser útil. Porém, com relação à igreja, não estou procurando fazer as pessoas crescer nos ministérios e dons proféticos, mas crescer em Cristo. Isso inclui levar os com chamados proféticos a crescer em Cristo, não apenas em seus dons. Para plenamente cumprir o propósito do profético, devemos ter uma visão para o corpo de Cristo e como é crescer nEle, e devemos estar vitalmente conectados a isso para que faça parte de nós.

Como vemos em Apocalipse 19.10, “o testemunho de Jesus é o espírito da profecia”. Portanto, o ministério profético verdadeiro e que amadurece está sempre testificando Jesus e buscando ajudar Seu povo a crescer nEle. O veículo para cumprir isso é Sua igreja. Tenho experimentado virtualmente toda forma de revelação profética e também muitos de meus amigos, mas faz tempo que não me impressiono com dons ou experiência. Aprendi a procurar por fruto. O fruto que estou procurando é se o ministério de alguém leva as pessoas ao Senhor, não para eles, e que o caráter e natureza do Senhor seja demonstrado e incutido nos outros.

Por esta causa, ao começarmos a abordar em certo detalhe como os dons funcionam e as revelações vêm, continuarei a lembrar dos fundamentos. As pessoas de maior êxito em todo campo são as que fazem melhor o básico, e isso não é menos aplicável ao ministério. O mais básico para nós é que amemos a Deus acima de tudo, e amamos a Seu povo. É por isso que os maiores dons proféticos do Novo Testamento foram dados a João, cuja mensagem básica era amar a Deus e um ao outro. Não há nada que isente os profetas de ter o fruto do Espírito em suas vidas, como todos devem ter, e os profetas Neo Testamentários verdadeiramente grandes serão fundamentalmente dedicados à maior mensagem do Novo Testamento: amor. Eles demonstrarão isso estando vitalmente conectados a seu povo em relacionamentos reais e vivos.

Rick Joyner, 07/02/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

domingo, 13 de março de 2011

Palavra para a Semana nº 05 (2011)


Vendo e Ouvindo, parte 5


Semana 5, 2011

Nesta semana, estudaremos os dons proféticos e como eles trabalham em nós. Quando isso fizermos, muitos perceberão que têm trabalhado nestes dons, mas não os entenderam. Ainda assim, isto não é uma ciência mas um relacionamento. Estamos ouvindo uma Pessoa, não apenas aprendendo fórmulas e procedimentos.

Em Amós 3.7, lemos: “Certamente o Senhor não faz nada a não ser que revele seu secreto conselho a Seus servos, os profetas.” Em nenhum lugar na lei o Senhor se obrigou a fazer isso, mas o faz porque não quer fazer nada sem compartilhar com Seus amigos, que é a essência básica do ministério profético – amizade com Deus. Os profetas são os que se tornaram tão próximos a Deus que Ele não quer fazer nada sem compartilhar com eles.

Muitos perguntam se a pessoa deve ser chamada como profeta ou se esse dom pode ser buscado. Ambas coisas são verdade. Alguns foram chamados antes de terem nascido, e não conseguem fazer nada mais. O profético também é algo que as Escrituras nos exortam a buscar, e Ele não nos falaria isso se não nos permitisse alcançá-lo. Pelo fato da verdadeira essência do profético ser a amizade com Deus, isto é algo que Ele quer que todo o Seu povo busque. É por isso que Moisés disse que todo o povo de Deus era profeta (veja Números 11.29).

Os profetas vêem o que Ele está fazendo porque ficam muito próximos de Seu trono – eles vêem e ouvem o que está ocorrendo lá. Já ouvi muitas vezes que não devemos buscar os dons, mas o Doador. Isso soa nobre e sábio, mas é contrário às Escrituras, e são os imaturos que seguem tais frases volumosas que as afastam da verdade das Escrituras. Somos exortados em tais lugares como I Coríntios 14.1 para: “Buscai o amor, ainda assim desejem arduamente os dons espirituais, mas especialmente que vocês possam profetizar.” Buscar os dons do Espírito é uma forma de que podemos buscar ao Senhor. O Pai está buscando os que O adorarão em Espírito e em verdade, e os dons do Espírito são uma forma de que fazemos isso.

Logicamente que buscamos o Doador primeiro, mas isso não exclui o buscar dos dons do Espírito. Os dons do Espírito não são dons no sentido de que pensamos ser dons, como presentes. Uma melhor tradução poderia ser algo como “ferramentas do Espírito”. Os dons do Espírito não são dadas como recompensa, ou apenas para nos abençoar, mas para que possamos fazer as Suas obras. Este trabalho do Senhor é adoração; é nosso serviço, porque o amamos.

Um trabalho básico do profeta é falar por Deus, para dizer o que Ele quer dizer em uma situação. Esta é uma confiança sobremaneira grande que Ele não dará aos imaturos ou frívolos. Que rei poderia querer alguém o representando que fosse inclinado a somar suas próprias opiniões? Assim, qualquer um pode ser usado para profetizar, mas leva um nível de maturidade, integridade e confiança do Senhor para ser comissionado como profeta. É uma armadilha pensarmos que tenhamos a opinião de Deus sobre tudo, de que o que pensamos seja o que Ele esteja pensando, e o que sentimos seja a forma com que Ele se sente em algo. Isso nos levará a profetizar da própria alma, no melhor caso.

É isso o que ocorreu com o Apóstolo Pedro logo após ele ter recebido a maior revelação, de que Jesus era o Cristo. Jesus elogiou a Pedro por ouvir diretamente do Pai e Jesus lhe disse que foi sobre aquela rocha, a rocha que é a revelação que vem do Pai, que Ele construiria Sua igreja. Ele então abençoou a Pedro com as chaves do reino. As próximas palavras que vieram da boca de Pedro, vieram diretamente do inferno, e Jesus teve de censurá-lo, dizendo a ele: “Para trás, Satanás!” (veja Mateus 16.23).

Nós vemos aqui, então, como é fácil ouvir diretamente do céu e a próxima coisa pode vir diretamente de Satanás. Isso aconteceu por causa da imaturidade de Pedro, e acontece virtualmente a toda pessoa com dom profético, quando está imatura. Se isso for desanimador demais para você, e se você tem medo de cometer tal erro, você nunca conseguirá honrar o ofício de profeta. Se você aprender de seus erros, aprenderá a discernir a voz de Deus e a da sua alma, ou do diabo, mas se você está com medo demais de cometer um erro, nunca aprenderá. Pedro tendia a cometer os maiores erros no Novo Testamento, mas também era usado para algumas das maiores obras, e é por isso que lhe foram dadas as chaves do reino. Pedro não tinha medo de usá-las, e de fato ele abriu a porta da fé tanto para Judeus como Gentios, para mencionar andar sobre as águas, ressuscitar os mortos, e ter um poder tal que apenas ser tocado por sua sombra trazia cura.

Muitos querem uma fórmula para conhecer a voz de Deus, para que possam evitar cometer erros, mas a única fórmula que conheça é a de amadurecer em Cristo. Eu amaria ter o dom de ser capaz de impor as mãos sobre as pessoas e tê-las amadurecer instantaneamente, mas nunca vi este dom das Escrituras. Maturidade requer experiência. É também verdade que as pessoas freqüentemente aprendem muito mais rápido cometendo erros, então, se queremos amadurecer rapidamente, precisamos abraçar nossos erros como oportunidades. Isso não é para dizer que queremos errar, mas não podemos ter medo demais deles de forma que nos impeça de dar passos de fé. Se tivermos esse medo, nunca faremos nada, e nunca amadureceremos nos dons.

Não conheço sequer uma pessoa que eu considere ter um dom profético de verdadeira estatura Neo Testamentária que não tenha cometido grandes erros eu seu caminho rumo à maturidade. Uma vez que somos comissionados como profeta, não devemos ainda estar cometendo estes erros, mas há uma diferença entre um chamado e uma comissão para o ministério. Paulo foi chamado como apóstolo muitos anos antes de ter recebido a comissão em Antioquia. Você não é um profeta quando é chamado como profeta, mas somente quanto foi comissionado. Nós devemos “confirmar a nossa vocação e eleição” (veja II Pedro 1.10), ou devemos buscar a maturidade em nosso chamado até que Deus veja que é hora de nosso comissionamento. Se você está pensando se foi ou não comissionado, então não foi. Quanto isso realmente vem, você não terá dúvidas a respeito. Até lá, aproveite a oportunidade de testar suas asas, e permaneça humilde o suficiente para abraçar seus erros e aprender deles.

Rick Joyner, 31/01/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


quarta-feira, 9 de março de 2011

Divulgação de livro "Geração Elias e o Espírito Profético" de Renato Pastene Pires



Olá irmãos e amigos,

Compartilho aqui o livro do nosso querido amigo Renato Pastene Pires. Já li um pouco e a minha opinião é de que é muito bom, real e relevante.

Custa R$ 12,00. Quem estiver interessado, por favor manifeste seu interesse entrando em contato com o próprio Renato, via:

renatoppires@hotmail.com

ou

editorasemente@hotmail.com

... ele é claramente um desses Elias. Tomo a liberdade de transcrever apenas um parágrafo do livro:

"Eliseu sabia que poderia prosseguir sem Elias, mas não sem o Deus de Elias. Ele sabia como era andar ao lado de um homem que andava com Deus, agora precisaria acelerar o passo para acompanhar o próprio Senhor."

Vejo que há uma preciosa geração desses em nossos tempos. Cristãos que cresceram debaixo de asas de grandes homens, no entanto estão se sentindo largados ou querendo largar os sistemas que lhe eram outrora tão familiares e aconchegantes, e isso os incita a buscar ainda mais ao Senhor. Pessoas cujo chamado e comissionamento ainda vai expandir sobremaneira. Pessoas amigas do Senhor.

Mas isso é um pequeno e simples comentário, no livro há muito mais.

Deus abençõe!

felipe rudiuk