segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 50

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 50
(10 de Dezembro de 2007)

Tomando a Terra, Parte CVII

por Rick Joyner

Temos estudado brevemente as três fases de desenvolvimento, maturidade e operações na igreja. Em prol deste estudo, “Tomando a Terra”, eu os categorizaria da seguinte forma:

1) Tomar a terra
2) Ocupar a terra
3) Tornar a terra frutífera

Como as nações da Coalizão descobriram no Iraque, tomar a terra e ocupá-la são duas coisas diferentes. Eu não culpo a Administração de Bush por isso, sendo que requisitaram mais de 100 milhões de dólares apenas para estudar isso antes da guerra, e foi cortada a nota de apropriações pelo Congresso. Dessa forma entraram com um plano para tomar a terra, mas não tinham plano para os passos 2 e 3 acima, e agora o preço está sendo pago por essa visão a curto prazo.

Da mesma forma, a igreja tem se inclinado ao mesmo tipo de visão a curto prazo. Temos tido grandes campanhas para mobilizar Cristãos e tomar a terra com certos objetivos, mas falhado por não ter um plano para ocupar o território tomado, tornando-o em pior forma que antes. Assim como quando um demônio sai de uma pessoa, ele sempre procura retornar, e se ele conseguir trará mais sete piores que ele mesmo, o mesmo é válido sempre que os objetivos demoníacos são deslocados de algum lugar.

Logicamente, é isso que a Administração de Bush está declarando que aconteceria no Afeganistão e no Iraque se os abandonássemos agora – que acabariam sendo um problema pior para nós do que antes eram, e isso é quase totalmente correto. É difícil imaginar o que terroristas fariam com os recursos financeiros de uma nação como o Iraque. O contrário disso também é verdade, com o Afeganistão e o Iraque se tornando democracias estáveis naquela parte do mundo, o potencial para se fazer o bem na área toda e trazer relativa paz e segurança ao mundo é ótimo.

Não pretendo com isso trazer uma perspectiva política quanto a ocorrências atuais do mundo, mas temos um exemplo tão óbvio desses princípios no mundo hoje que devemos aprender deles. Alguns dos maiores desafios após se tomar a terra será manter posse da terra. Após fazer isso a longo prazo, o desafio então é torná-la frutífera. O comando que o Senhor deu à humanidade após a criação foi “seja frutífero e multiplique” (veja Gênesis 1.22), e isso deve sempre ser nosso maior objetivo.

Qualquer ramo militar, de negócios ou líder de igreja terá objetivos definidos. Como se parecerá o produto final de nossos esforços? Apliquemos isso a uma cruzada na África. É algo maravilhoso ver milhares de pessoas entregando suas vidas ao Senhor, mas estão elas se firmando no Senhor e dando frutos para o reino? Como que esses dois últimos itens aparentam ser quando são cumpridos? O Apóstolo Paulo teve uma visão enfocada para o seu trabalho, algo que ele declara em Colossenses 1.28,29:

E nós proclamamos a Ele, admoestando cada homem e ensinando todo homem com toda a sabedoria, para que possamos apresentar a todo homem completo em Cristo.

E para este propósito eu também trabalho, me esforçando de acordo com o Seu poder, que trabalha Poderosamente em mim.

O objetivo de Paulo não era apenas de vê-los salvos, mas apresentar cada um deles como “completos em Cristo”. Podem-se ver seus esforços para fazer isso nas igrejas que ele levantou por meio das suas cartas a elas direcionadas, que agora compõem uma grande porção do Novo Testamento. Seu objetivo não era apenas de vê-los salvos, mas amadurecerem em Cristo e gerar frutos. Devemos ter os mesmos objetivos a longo prazo para o nosso trabalho ou muito de nossos esforços e recursos continuarão a ser desperdiçados, como estão sendo feitos agora.

A mais de uma década atrás que o Senhor me disse que eu precisava de um plano de 1.000 anos. Me foi dado Eclesiastes 3.14, “Eu sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; não há nada a se adicionar nem nada para se retirar do que Ele faz, pois Deus trabalhou de forma que o homem deve temê-lo.” Me foi dito que se habitarmos nEle, então nosso trabalho também deverá permanecer. É isso que Ele nos chamou para fazer, gerar fruto que permanece. Como isso irá acontecer na prática?

Para começar, não devemos nos entregar e entregar nossos recursos a projetos de curto prazo. Também me fora dito para não apenas enfocar nisso sendo o fim deste tempo, mas no fato de que é o começo de um novo tempo, aquele no qual Cristo irá reinar sobre a terra. Como posso ajudar a preparar o caminho para isso? Como posso construir aquilo que será útil e permanecer durante o milênio? Para isso me foi dado Isaías 40.3-5:

Uma voz está clamando, “Abram os caminhos para o Senhor nos lugares inabitados; aplaine-se no deserto uma estrada para o Senhor.

“Seja cada vale erguido, e cada montanha e monte rebaixado, e que a terra rude se torne plana, e que o terreno áspero se torne um vale largo;

“Então a glória do Senhor será revelada, e toda carne o verá juntamente.”

A forma com que preparamos o caminho para o Senhor é construir uma estrada. Para construí-la, as montanhas e montes devem ser rebaixados, e os vales e lugares baixos devem ser erguidos, de forma que estejam todos relativamente nivelados. Para tal, atravessar montanhas, florestas, desertos e pântanos é uma tarefa cansativa, de forma que o progresso seja freqüentemente medido em metros por dia. Uma vez que a terra foi aplainada, o assentamento para a estrada deve ser cuidadosamente preparado, deve-se pressioná-la com rolos muitas vezes e com equipamentos pesados para se estabelecer a terra. Deve então a estrada ser deixada por si só para se ver como o tempo irá afetá-la. Isso deve ser feito novamente, tornando-a uniforme, ou a pavimentação irá rapidamente se desfazer. É um processo longo e exige muito esforço. É isso que somos chamados para fazer e para preparar o caminho para o Senhor.

Após todo esse trabalho, temos uma estrada na qual podemos viajar a 100-120 quilômetros por hora. Provavelmente nunca iremos pensar sobre todo o planejamento e trabalho que foi investido nela apenas para que possamos rapidamente atravessá-la. Tudo o que estamos desfrutando hoje fisicamente, mentalmente e espiritualmente é o resultado de gerações antes de nós se devotando a construir o que agora desfrutamos com pouco esforço. Serão todas essas coisas destruídas no fim destes tempos? Não, como vemos em trechos como Apocalipse 11.15:

“E o sétimo anjo soou; e se ergueram altas vozes no céu, dizendo, “O reino do mundo se tornou o reino do nosso Senhor, e do Seu Cristo; e Ele reinará para sempre e sempre.”

Existem outras profecias bíblicas que implicam uma transição para o reino. É também óbvio que muitas das obras do homem serão destruídas no fim dos tempos, mas não aquelas que foram construídas em princípios e propósitos do reino. Ainda podemos esperar aquilo que causa a transição para exigir alguns ajustes, mas estamos construindo uma infra-estrutura básica que será usada no reino.

Para voltar e relacionar isso com atualidades, por muitos é agora considerado um dos mais óbvios erros que as forças da coalizão cometeram após derrotar o exército do Iraque o desmantelamento daquele exército, assim como as forcas policiais do Iraque. Certamente esses eram usados para o mal debaixo de Saddam, mas quando foram desmantelados, um vácuo foi criado e a porta foi aberta para muitos iraquianos, mesmo os que sofreram grandemente debaixo de Saddam. Considere um mal ainda maior – anarquia – que abriu a porta para gangues e insurgentes assumirem controle em algumas áreas. Devido ao fato de que os exércitos de Saddam foram dispensados antes das forças da Coalizão estarem prontas para tomar suas armas e arsenais, muitas destas caíram nas mãos das pessoas erradas também, e estão agora sendo usadas contra as forças da Coalizão.

Você já pisou em uma aranha e viu mil filhotes de aranha saírem correndo de dentro dela? É mais ou menos isso que aconteceu quando o ramo militar no Iraque foi licenciado. Agora, todas essas aranhinhas estão crescendo. Certamente, é fácil discernir essas coisas após terem acontecido. No entanto, consideremos também que “os que não aprendem da história estão fadados a repeti-la.” Se as forças do exército e da polícia do Iraque fossem mantidas intactas, é provável que os insurgentes, que agora têm acesso quase livre em algumas partes do Iraque, poderiam ser deixados sem nenhum espaço para se apropriar. Sem dúvida que parte da liderança teria de ser mudada nessas forças, mas se tivesse sido feito gradativamente sem demitir a infra-estrutura dessas forças, é provável que a Coalizão não estivesse encarando de longe os problemas que agora encara.

Então como isso se aplica a nós? O que quero dizer é que devemos ter cuidado antes de abolir qualquer coisa, ao tomarmos algum território. Pode ser devastador se indiscriminadamente começar-se a destruir uma ordem social sem cuidadosamente a substituir com princípios do reino. Isso normalmente leva tempo se feito corretamente. Estou compartilhando isso aqui porque, sendo este estudo sobre “tomar a terra”, e estamos para ver isso acontecer de formas muito práticas, devemos buscar ao Senhor para visão e estratégias a longo prazo para ocupar o que foi tomado, e ajudar a tornar estes terrenos frutíferos.



[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

Um comentário:

Anônimo disse...

necessario verificar:)