sábado, 5 de abril de 2008



A quadra estava ocupada

Nessa semana que se passou, enquanto estava andando pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizado Industrial) daqui de São José, pude visualizar algo que considerei extremamente proverbial.

Em um dos galpões usados para aulas práticas, vi, de início, duas tabelas de basquete muito boas, uma em cada ponta. Pude então perceber que aquele galpão, agora cheio de máquinas, era antes uma quadra, onde aquelas tabelas (de muito boa qualidade) podiam ser livremente usadas. Porém, a expansão das atividades de ensino não estava sendo acompanhada pela disponibilidade de espaço para recreação, obrigando a se encher a quadra com máquinas de solda, equipamentos de calderaria e encanamento industrial.

Existem coisas em nossa vida que não é uma questão de “certo” ou “errado”, mas de “dá tempo” e “não dá tempo”, “tem espaço” e “não tem espaço”. Quando “não dá mais”, aí temos de encher a quadra poliesportiva de máquinas porque o crescimento/avanço não está respeitando essas outras coisas.


Chame os outros de “senhor”, a mim de “você”

Meu pai nunca exigiu que eu o chamasse de “senhor”; pelo contrário, me corrigia quando o fazia, dizendo que não é aí que se demonstra respeito.

Certa feita, porém, estávamos, ele e eu, conversando com um honroso professor do ITA, militar como meu pai. Em certo momento, me referi ao professor como “você”, e meu pai me corrigiu ali no momento, na frente do professor, dizendo, com firmeza mas bom ânimo, “o senhor!”.

Que nós possamos agir da mesma forma: não exigir que os outros se refiram a nós com respeito. Ao mesmo tempo, que possamos ensinar os outros a respeitar o próximo ao extremo.

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