sábado, 19 de abril de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) n° 16

O Exército de Deus se Mobiliza, parte 16

Já abordamos o fato de que existe uma unção para mobilizar em diferentes níveis ou para grupos de diferentes tamanhos, e como algumas coisas são melhor feitas em grupos grandes e outras em grupos pequenos. O projetar de uma visão é normalmente feito melhor em um grupo grande, mas parte disso deve ser plantado em virtualmente todo ensinamento dado a um grupo pequeno, também. As pessoas que estão motivadas com visão chegarão mais longe.

Quando se projeta uma visão, devemos também prover de um pouco de sabedoria prática de como a levaremos a cabo. Em uma reunião entre líderes, Wellington Boone uma vez compartilhou algo que senti ser uma profunda verdade. Ele disse que uma das maiores fraquezas de grupos Pentecostais e Contemporâneos Avivados/Pentecostais [Charismatic] era a devoção a pregações orientadas por tópicos ao invés de pregações sistemáticas. Isso é verdade, e eu também adicionaria que uma das maiores fraquezas em igrejas não Pentecostais e também as que não são do tipo Contemporâneas Avivadas/Pentecostais é a devoção à pregação sistemática ao invés daquela que se orienta por tópicos. Ambas são necessárias para as igrejas mais saudáveis, e devemos saber como e quando usar cada uma delas.

Devemos também lançar uma visão comum e uma visão pessoal. Junto com uma visão para o propósito de nossa igreja, e até certo grau uma visão do quê a igreja universal é chamada a fazer, cada crente deve ter uma visão do quê eles são chamados a fazer e como eles se encaixam nesses planos maiores. Eles precisam então de ensinamentos claros sobre como se preparar para e como cumprir seu propósito. Esse é um motivo pelo qual livros como o de Rick Warren, Uma Vida com Propósito, têm tido tanto sucesso. Estudos têm mostrado que a pergunta número um que as pessoas têm é qual é o seu propósito na vida.

Ouvi um grandioso mestre dizer muitos anos atrás que a maioria das igrejas não são templos feitos de pedras vivas; são apenas pilhas de pedras vivas que não foram inseridas em nenhuma construção. É por isso que tantos Cristãos estão facilmente retirados; eles não foram cementados em seus lugares. Uma vez que sabem seu lugar e se encaixam nele, levará muito esforço para que outros novamente se metam em sua vida para tirá-los de lá. Isso é difícil ainda porque é muito raro se encontrar construtores verdadeiramente espirituais no corpo de Cristo. Existem alguns que constroem projetos, edifícios, e até mesmo ministérios, mas é raro se encontrar aqueles que verdadeiramente constroem pessoas. Quando o ministério apostólico for restaurado na igreja, isso irá mudar.

Existe uma mentalidade de construtor que é freqüentemente muito diferente daquela que reúne ou mobiliza. Ocasionalmente, são encontradas na mesma pessoa, mas é raro. É por isso que o ministério do Novo Testamento é um ministério em equipe. Leva muito esforço para reunir, e construir exige mais foco ainda.

Quando primeiramente plantamos a nossa igreja na área de Charlotte [cidade no estado da Carolina do Norte], Steve Thompson me perguntou como eu pensava que essa igreja seria. Eu lhe disse que eu não saberia até que visse os materiais de construção que o Senhor nos enviaria. Até certo ponto, sempre é necessário desenvolver nossos planos para trabalharmos com o material que nos foi entregue. No entanto, isso não quer dizer que construímos tudo ao redor do que as pessoas querem, mas ao redor do que o Senhor quer. Isso normalmente é o que as pessoas precisam, mas não necessariamente o que querem.

Como esperava, o Senhor nos enviou muitas pessoas dotadas profeticamente e artisticamente. O que eu não esperava era quão poucos pastores vieram a nós. Pessoas dotadas profeticamente e artisticamente são normalmente pessoas feridas, e ninguém do nossa equipe original era bom em ajudar a tais. Eu cheguei a anunciar do púlpito um certo número de vezes que se as pessoas precisavam de ajuda para curar feridas espirituais, elas deveriam considerar ir para outra igreja que fosse melhor em ajudar nessas coisas, mais do que nós. Um bom número de pessoas recebeu este conselho. Dessa forma, fomos capazes de plantar alguns com dons muito fortes em algumas outras igrejas, e ambos foram benefiados. Elas ainda são amigas nossas, e de tempos em tempos as vemos, mas acho que estão em uma situação muito melhor do que se tivessem ficado conosco. Nosso objetivo é construir o reino e toda a igreja, não apenas nossa congregação.

Se temos material para construção, ou grandes pessoas que não podemos usar, mas que parecem não se encaixar no que estamos fazendo no momento, eu freqüentemente faço coisas para levá-las a considerar outras congregações locais onde penso que se encaixariam melhor. Sou gentil nisso, porque quero que o Espírito Santo esteja completamente livre para posicionar as pessoas no corpo onde o agrade. No entanto, se alguns dos que vierem não se encaixam no que estamos fazendo no momento, eu também tenho de considerar que o Espírito Santo pode ter alguns planos para nós que eu ainda não conheça. Em uma coisa eu procuro enfocar: ver cada crente crescendo em maturidade e em seus dons e ministérios.

Se os construtores fizeram a sua parte, as pessoas em seu trabalho terão sua identidade mais em Cristo do que em suas profissões. Elas saberão o seu chamado e terão uma devoção em cumpri-lo. Se você perguntar o que elas fazem, seu primeiro pensamento será o que elas fazem espiritualmente, não profissionalmente. Se estamos crescendo em Cristo como devemos, nossa identidade nEle e em Seu corpo, a igreja, precederá sobre qualquer outra identidade que tenhamos, inclusive as raciais, culturais, nacionais ou profissionais.

A verdadeira vida em igreja é chamada para ser como uma cidade construída em um monte, bem acesa para que capte a atenção de todos. É chamada a ser a grande sociedade que é uma representação do reino de Deus na terra. Também é chamada a ser um farol de esperança para o bem, para a verdade, cura, redenção e restauração. É chamada a ser uma força irresistível de retidão e justiça.

Eis aqui outro fator para o qual devemos nos preparar - quanto mais forte a luz da igreja se torna, mais ameaçados serão os que vivem nas trevas, e mais estes atacarão a igreja. Cristãos que não estão preparados para perseguição não estão preparados. Quer queira quer não, quanto mais forte nossa luz se torna - quanto mais forte nós nos tornamos - mais teremos de lutar. Mesmo assim, não pode haver vitória sem uma batalha. Quanto maior a batalha, maior será a vitória. Temos também o grande encorajamento de que estamos no lado que não pode perder se permanecermos fiéis.

[permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar]

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