domingo, 2 de outubro de 2011

Palavra para a Semana n° 28 (2011)


As Experiências Proféticas, parte 5


Padrões da vida Cristã

Semana 28, 2011

O verdadeiro discipulado Cristão é uma vida de sacrifício, e não de aquisição. Isso não quer dizer que não devamos prover bem para nossas famílias, como também vemos em I Timóteo 5.8, “Mas se alguém dentre vós não provê aos seus, principalmente os da sua casa, negou a fé, e é pior do que os que não crêem.” Porém, há uma diferença entre provermos por nossas famílias e sermos materialistas, gananciosos, ou mesmo imoderados.

Há uma vala dos dois lados do caminho da vida. A reação exagerada a Cristãos que tinham um espírito de pobreza causou muitos outros a cair na vala do outro lado e se tornarem focados nos bens terrenos e materialistas. Temendo se tornar “tão focados no céu que se tornassem sem uso terreno”, se tornaram tão focados na terra que não são bons nem para o céu nem para a terra.

Não é exagero dizer que maior parte dos Cristãos, e na verdade a maioria das pessoas, pensam em extremos. Tendemos a julgar aos outros pelos seus elementos ou ações mais extremas. Porém, quando a questão é o caminhar na verdade, o caminho da vida é quase sempre encontrado na tensão entre os extremos.

Por isso que lemos em Filipenses 4.5, “Que a vossa moderação seja conhecida diante de todos”. Isso não diz respeito apenas às nossas posses materiais, o comer ou beber, mas também na doutrina. Devemos ser claros e não comprometermos os pontos básicos, mas, nas doutrinas periféricas, escatologia, e outras coisas que são ambíguas e abertas a diferentes interpretações, o lugar seguro é moderação – não gravitarmos rumo aos extremos.

Logicamente que isso deve ser balanceado com o fato que algumas verdades são encontradas nos extremos. Pode parecer extremo dizer que Jesus é o único Caminho para o Pai, mas é uma verdade extrema da qual não podemos abrir mão se não queremos abrir mão do alicerce de Sua divindade. É Ele que falou isso, e se não for verdade, então deve ter mentido, e portanto não seria o Deus das Escrituras.

O Senhor poderia ter sido muito mais específico sobre tais coisas como o governo da igreja, alimentos e bebidas, mas isso tornaria a Nova Aliança outra lei ao invés do relacionamento com Deus que deve ser. Certamente há mandamentos da Nova Aliança, mas dizem mais respeito ao amor do que o que comer, beber, ou as minúcias do comportamento. Em Atos 15.23-29, recebemos o padrão de conduta básico exigido para os Cristãos:

23. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.
24. Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,
25. Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26. Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.
28. Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29. Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.

Isso foi confirmado com o testemunho do Espírito Santo e os apóstolos fundadores e anciãos da igreja. Isso é Escritura. Não podemos impor nada mais do que isso como comportamento para restringir sem os colocar sob o legalismo. Porém, no Novo Testamento, havia padrões muito mais altos para quem estivesse na liderança na igreja. Liderança não diz respeito apenas à posição de ser um ancião ou apóstolo, mas basicamente influência.

À medida que amadurecemos em Cristo, devemos querer viver com padrões mais altos do que com o “mínimo para passar”. Quem verdadeiramente ama a Deus não procura o mínimo para passar, mas quão mais podem fazer por Ele. Uma criança totalmente sem ajuda é também totalmente egoísta. À medida que uma criança amadurece e entende mais e pode fazer mais, se torna menos egoísta. O mesmo é verdade para os que nascem de novo. Novos Cristãos muitas vezes se consomem com os benefícios, mas os maduros, que aprenderam o poder da cruz, serão como os apóstolos, que agradeceram ao Senhor, por serem encontrados dignos de sofrer pelo Seu nome. Da mesma forma, pessoas proféticas imaturas normalmente serão muito diferentes quando amadurecerem, mas precisamos dá-los uma chance para amadurecer.

Rick Joyner, 12/Jul/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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