domingo, 7 de outubro de 2007

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 40

Ministérios MorningStar: Palavra para a Semana nº 40 (01 de Outubro de 2007)

Tomando a Terra, Parte XCVII

por Rick Joyner

Um tempo atrás, começamos a abordar a questão do porquê todo anfitrião de um grande avivamento termina em pior estado que antes do avivamento. A resposta a essa questão nos dará muitas respostas importantes que podem trazer um influxo enorme de vida para a igreja, assim como capacitá-la a manter um nível de vida e poder que pode tornar avivamentos obsoletos e desnecessários. Porquê isso? Avivamento só é preciso quando algo precisa ser avivado. Se a igreja estivesse viva e avançando como devesse estar, ela não precisaria ser reavivada, mas estaria continuamente aumentando em vida e poder.

Isso é declarado em Provérbios 4:18, “Mas o caminho dos justos é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito.” Esse é o Cristianismo normal – caminhando em luz continuamente crescente até que tenhamos a plenitude da luz. Já que é óbvio que ninguém está caminhando na plenitude da luz, e não há pessoa de crédito que diga que o esteja, nós ainda temos muito chão a trilhar. Porém, existem pessoas e moveres que estão andando constantemente em uma luz crescente e ainda devem estar no caminho correto.

Portanto, se isso não está acontecendo conosco, então deixamos de entrar no lugar certo em algum momento do caminho. Precisamos voltar para onde erramos e voltar para o caminho correto. Isso se chama “arrependimento”.

Uma coisa é sair do caminho, outra é empacar em algum lugar e parar de se mover. Isso acontece a muitos. Estes podem não estar envolvidos em pecado ou legalismo, que são as valas em ambos os lados do caminho da vida, mas também não estão aumentando na luz na qual andam. Estes apenas pararam, e maior parte destes o fizeram porque se depararam com uma transição que não conseguiram ou não quiseram encarar.

Navegar por uma transição espiritual é uma das exigências mais raras e difíceis para liderança. Transições oferecem o maior risco, e portanto exigem a maior fé. Em toda transição significativa que eu experimentei, parecia que todo o trabalho estava sendo colocado em risco para se ir ao próximo nível. Mesmo havendo a promessa de ser capaz de dar muito mais fruto uma vez feita a transição, quase todas exigem que uma poda severa a preceda . É muito mais fácil liderar quando as pessoas estão se agregando e tudo está aumentando que o é por uma poda na qual as pessoas estão indo embora. O propósito da transição pode parecer obscuro para todos exceto os líderes.

Como o Apóstolo Paulo compartilhou com as igrejas do primeiro século, “Por muitas tribulações deveremos passar para adentrar no reino de Deus” (veja Atos 14:22). Este é um princípio que podemos interpretar, “Por muitas transições deveremos passar para adentrar no reino de Deus.” Transições serão tribulações. É por isso que quando o mundo todo fizer a transição para o reino, será a maior de todas as tribulações. Muitos de nós queremos chegar ao reino, mas não muitos querem entrar pela porta.

Mesmo assim, igrejas, moveres, missões e até empresas e nações começam a morrer quando empacam em um estágio de desenvolvimento – param de crescer e ir adiante. O Rio da Vida é exatamente isso – um rio, não um lago ou piscina. Um rio flui, se move, e vai para algum lugar. Por isso é dito que nunca se pode entrar no mesmo rio duas vezes – ele muda constantemente. Quer queira quer não, mudança é uma evidência de vida saudável. O caminho da vida, que também é chamado de caminho dos justos, é um caminho, e um caminho leva a algum lugar.

Biblicamente, vemos os grandes moveres de Deus tendo o mesmo problema que nós temos em manter o ânimo e o ímpeto. Um lugar no qual isso é ressaltado é em Esdras 4:24 – 5:2:

Então o trabalho na casa de Deus em Jerusalém cessou, e assim permaneceu até o segundo ano do reino de Dario, rei da Pérsia.

Quando os profetas, Ageu o profeta e Zacarias filho de Ido, profetizaram para os Judeus que estavam em Judá e Jerusalém, em nome do Deus de Israel, que estava sobre eles,

então Zorobabel filho de Sealtiel e Jesua filho de Jozadaque se levantaram e começaram a reconstruir a casa de Deus que está em Jerusalém; e os profetas de Deus estavam com eles os ajudando.

Em Esdras, nas profecias de Ageu e Zacarias, o remanescente que havia retornado para reconstruir o templo lançou o alicerce e então se distraiu, com cada um construindo suas casas, e se esquecendo da cada de Deus. Esta é uma cena profética boa de onde a igreja está hoje. Muitos se ergueram com um coração para ver Cristianismo radical e bíblico e vida em igreja neo-testamentária restaurados. Um fundamento para isso foi lançado, mas então os trabalhadores se tornaram distraídos e foram construir suas próprias “casas” ou ministérios. É raro se encontrar um ministério hoje que não seja apenas construído ao redor do propósito ou visão de um indivíduo que tem um verdadeiros propósitos e visões de reino. Em Esdras, essa distração continuou até que os profetas começaram a profetizar. Esse é um dos principais motivos de o Senhor ter erguido o ministério profético em nossos tempos – para completar o trabalho em Sua casa restaurada e ver a igreja vir adiante em toda a glória que é chamada para andar sobre.

Nas últimas duas décadas, o ministério profético tem sido recebido em uma crescente parte do corpo de Cristo. Tem havido novamente um mover rumo ao propósito principal da igreja nos lugares onde tem sido recebido. Este ministério é dado principalmente para fazer a igreja se mexer, mantê-la se mexendo, o que vemos em Esdras 6:14:

E os anciãos dos Judeus obtiveram êxito em construir por meio das profecias de Ageu o profeta e Zacarias filho de Ido.

E eles terminaram de construir de acordo com o comando do Deus de Israel e do decreto de Ciro, Dario e Artaxerxes, rei da Pérsia.

Primeiramente, os anciãos obtiveram êxito em construir por meio das profecias dos profetas. Os profetas não criaram a construção – os anciãos o fizeram. Alguns profetas podem ser bons construtores, mas não muitos. Em geral, profetas farão um bom trabalho em deixar os anciãos fazer essa parte e deixar os profetas ficarem com a sua parte. Os anciãos também fariam um bom trabalho ao não tentar envolver demais os profetas no trabalho prático de construir. Eles podem querer fazê-lo, mas se não for o seu chamado, e com a maioria deles não é, então não devem fazê-lo.

A questão central que falamos antes é que o trabalho na casa de Deus cessou até que os profetas começaram a profetizar. O trabalho na casa de Deus não evitará pontos comuns, ou sair deles sem os profetas. Certamente os profetas podem ser difíceis, mas o trabalho será muito mais difícil sem eles. O tempo pode agora estar diante de nós em que nenhum trabalho entrará em seu propósito pleno sem eles. Eles são especialmente importantes para ajudar em obras passarem por estágios de transição.

Os profetas são parte do corpo, e como o Apóstolo Paulo explicou, uma parte do corpo não deve dizer para a outra que não têm necessidade dele. Não iremos muito longe sem eles. Se rejeitarmos os verdadeiros profetas, iremos nos inclinar para nos sujeitar aos falsos. O motivo que lemos em Atos 2:17-18 que “nos últimos dias,” quando o Senhor derramar Seu Espírito, o resultado será sonhos, visões e profecia, é porque nos últimos dias, não conseguiremos fazer nossa parte sem esse tipo e orientação específica.

O terceiro ponto que podemos derivar de Esdras 6:14 é que o trabalho foi completado de acordo com o Deus de Israel e os decretos das autoridades civis. É algo marcante a forma com que o Senhor moveu nos corações desses reis não apenas para permitir seus escravos irem, mas os abençoar e apoiar e doar para o seu trabalho. Isso é outro assunto em si só que por agora apenas mencionaremos, mas inclinações da mente anti-governo e anti-autoridade não têm lugar na obra de Deus, como Paulo deixou claro em Romanos 13.

Nessas últimas semanas eu tenho tentado reforçar e elaborar um pouco mais a respeito de como proceder em uma fase de transição. Esse é um dos aspectos mais críticos de liderança. Os maiores líderes da história foram aqueles que lideraram o atravessar de grandes transições. Estou também compartilhando isso porque creio que estamos, em geral, nas primeiras etapas de uma grande transição, talvez a maior até agora – a transição de um tempo. Isso exigirá liderança extraordinária, mas o Senhor a proverá. Mesmo assim, andando na luz a na crescente luz do “caminho dos justos,” significa que devemos poder ser capazes de ver nosso caminho com clareza crescente. Isso é o que iremos buscar.


[permissão para felipeworld@hotmail.com traduzir gentilmente concedida pelo ministério MorningStar]

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