Devoção ao Novo e ao Velho
A Grande Comissão, parte 21
Semana 21, 2013
Rick Joyner
Do original:
Ainda estamos
cavando a Palavra do Senhor em Mateus 13.52:
“Portanto, todo escriba que se tornou um discípulo do
reino do céu é como um chefe de lar que tira de seu tesouro coisas novas e
velhas.”
Há um número de
formas de categorizar o corpo de Cristo, e uma é em dois tipos: 1) os mais
dedicados ao novo e 2) aqueles que são mais dedicados ao velho, ou, digamos, o
método mais estabelecido, comprovado. Ambos são bons e necessários, mas não
mutuamente exclusivos. Os mais saudáveis, os discípulos do céu, se dedicam ao
novo e ao velho.
Os mais dedicados
a buscar o novo que Deus esteja fazendo vivem uma vida espiritual mais
entusiasmada e vibrante, mas também são do grupo que mais tende a cair em
armadilhas ou erros. Ainda assim, ter mais vida, visão e propósito são
essenciais para qualquer um que busque ao Senhor. Ele é o Deus vivo e o Deus dos vivos. O objetivo é
mantermos esta vida e entusiasmo enquanto e ao mesmo tempo conseguir evitar as
armadilhas, com a humildade de aprender também caminhos antigos.
É verdade que os
que preferem uma vida espiritual mais assentada e bem controlada e são
dedicados ao método mais estabelecido são normalmente muito mais estáveis, mas
freqüentemente se tornam os “escolhidos congelados” [frozen chosen], se tornando tão rígidos que estes “odres velhos”
não conseguem lidar com nada novo sem quebrar. Estes podem ser ajudados por uma
comunhão com os mais devotos ao novo. Novamente, precisamos de uma devoção
tanto ao velho como ao novo para sermos discípulos saudáveis do reino.
Escribas são uma
chave para termos devoção a tanto o novo como velho juntamente, e mantê-los em
equilíbrio. Como Pedro avisou que os “indoutos
e inconstantes” (veja II Pe 3.16) distorciam os ensinamentos de Paulo, os indoutos
e instáveis têm sido a fonte de maioria das distorções e heresias destrutivas
na história da igreja. Precisamos dos estáveis e aprendidos para ajudar a
prevenir isto. Porém, sem os que buscam o fresco e novo juntos a eles, se
tornarão odres rígidos e inflexíveis. Precisamos de pioneiros, mas suas
descobertas não farão muito bem sem colonos por detrás, para plantar e colher.
É raro encontrar este tipo de parceria no Corpo de Cristo, mas é essencial para
a recuperação da igreja verdadeiramente apostólica.
Os escribas e
Fariseus eram os principais a resistir Jesus quando Ele andou sobre a terra.
Convertidos oriundos deles introduziram a mais destrutiva heresia na igreja
primitiva, procurando persuadir os novos convertidos a manter a lei de Moisés
para retidão, minando o poder da Nova Aliança e a expiação da cruz. O espírito
que impulsionava os escribas e Fariseus no primeiro século está firme e forte
hoje em alguns círculos, perversamente atacando quase todo novo mover na
igreja.
Jesus não tinha
problema algum em vencer os possuídos por demônios; foram os conservadores
religiosos que O crucificaram. Conservadores religiosos que estão sem a
comunhão dos que buscam o novo e fresco podem ser os mais perigosos de todos os
inimigos da Verdade, hoje. O Rio da Vida é um rio, não uma lagoa ou lago. A
água deve fluir para permanecer pura, e há um grande perigo em não mover, assim
como se mover sem limites.
Temos então um
problema. Os escribas terão a sabedoria de trazer o novo e velho, mas também
podem ser a maior fonte de resistência ao Espírito Santo. Na verdade, temos
este problema com qualquer pessoa. Não há um grupo de pessoas ao qual possamos
apontar como o que tem as respostas, que também não tenha criado problemas. É por
isso que há dois pontos cruciais que não devemos perder de vista nas
escrituras, mencionado acima: “todo
escriba que se tornou discípulo do reino do céu... .”
O primeiro ponto
é que um discípulo é um aluno, não um professor. Os escribas que se tornavam
resistentes ao novo normalmente agem assim porque começam a se considerar como
mestres mais do que eles mesmos discípulos, sempre aprendendo e buscando mais
profundidade e conhecimento da verdade. Quando perdemos o amor pelo
aprendizado, nos tornaremos um odre velho bem rápido.
O segundo ponto
crucial é que não devemos nos tornar discípulos de uma certa pessoa, movimento
ou campo teológico, mas “discípulos do
reino do céu.” Quem chega a pensar que conheceu a tal ponto o reino do céu
que não precisa ser um discípulo caiu no maior engano do maior orgulho.
Como nos tornamos
e permanecemos um discípulo do reino do céu? Este é nosso assunto para a semana
que vem.
[permissão para tradução
gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]