domingo, 4 de setembro de 2011

Palavra para a Semana n° 26 (2011)


As Experiências Proféticas, parte 3

Cura e compaixão profética

Semana 26, 2011

O sumo sacerdote no Antigo Testamento tinha sinos e romãs artificiais na orla de suas vestes [Nota do Tradutor: ou, possivelmente, na franja de seu manto]. Eles eram costurados de forma intercalada para que quando ele andasse, os sinos batessem nas romãs e fizessem barulho. Da mesma forma, você poderia sempre detectar onde o sumo sacerdote estivesse quando se movia. Vemos isso em Êxodo 28.33-35:

E em sua orla farás romãs de material azul, púrpura e escarlata, em toda ela, e sinos de ouro entre eles todos à volta:

Um sino de ouro e uma romã, um sino de ouro e uma romã, em toda a extensão da vestimenta.

E deverá estar sobre Arão quando ele ministrar, para que seu barulho possa ser ouvido quando ele adentrar e deixar o lugar santo diante do SENHOR...

Nós lemos em Mateus 11.13 que “a lei profetizava”, mesmo cada “ponto e vírgula”, ou cada detalhe. Sinos representavam uma proclamação, ou uma mensagem indo adiante, e romãs eram usadas para fins medicinais naqueles tempos. Por isso, quando o sumo sacerdote tivesse esses itens na orla de suas vestes, isso representava os momentos em que Jesus, o Sumo Sacerdote, se movia, uma mensagem de cura era proclamada. Isso também fala de quão próximos estavam, os ministérios de cura e proféticos, entrelaçados por Jesus. É por isso que a mulher com o fluxo de sangue sabia que se simplesmente tocasse na orla [NT: possivelmente franja] do manto de Jesus – ela reconhecia que Jesus era o verdadeiro Sumo Sacerdote.

Ainda é verdade hoje que quando nosso Sumo Sacerdote se move, a mensagem de cura é proclamada. Isso porque Ele se importa tanto com as pessoas que não quer que estejam doentes ou aflitas, mas quer que sejam integralmente plenas. Nossa redenção por meio de Sua cruz não nos comprou apenas o perdão dos pecados, mas a libertação das conseqüências do mesmo.

Podemos olhar para os profetas do Antigo Testamento e ver que eles raramente estavam envolvidos em cura. Isso é verdade, mas o Novo Testamento está todo relacionado a cura – física, emocional e espiritualmente. É por isso que os profetas do Novo Testamento estão tão conectados ao ministério de cura.

Vemos também, por meio da vida de Jesus, que compaixão foi um alicerce de Sua autoridade. É quando Ele sentia compaixão para com as pessoas, que eram como ovelhas sem pastor, que se tornava o Pastor delas. É quando sentiu compaixão pelas pessoas que andavam nas trevas que se tornou o Mestre delas. Amor e compaixão são o alicerce para autoridade espiritual no Novo Testamento. Foi amor e compaixão pela humanidade que compeliu o Pai a enviar Seu único Filho para nossa salvação, e isso continua a ser o alicerce de toda autoridade espiritual verdadeira.

Como isso se relaciona ao nível básico de revelação profética – impressões? Isso é difícil para muitos compreenderem, mas o Senhor quer que um pouco de revelações proféticas sejam subjetivas. Não disse “todas”, mas “um pouco”. Não quer dizer que Ele queira as distorcer, mas que nós sintamos o que Ele esteja sentindo, e não apenas saber o que fazer. O Senhor não quer que seus profetas estejam desconectados da mensagem, mas que sejam de uma mente e coração com Ele.

Novamente, uma coisa que Ele provou quando andou sobre a terra era Seu coração para curar as pessoas e libertar os oprimidos. Ele curou aos que nem lhe agradeciam, por os amar. Esse é o Seu coração, e quer que Seus mensageiros se sintam assim, também.

Temos um bom exemplo em Jeremias de como os profetas de Deus no Antigo Testamento eram compelidos a amar aqueles a quem levavam mensagens. Jeremias tinha que entregar a mensagem do iminente juízo que estava para vir sobre Israel, e ainda assim vemos, no Livro de Jeremias, e em seu Livro de Lamentações, o quanto ele amava aqueles a quem ele era o recipiente da mensagem de juízo. Esse é provavelmente um grande motivo pelo qual o Senhor escolheu a Jeremias como Seu mensageiro. Deus ama a Israel mais do que Jeremias amava. Deus ama misericórdia e sempre prefere misericórdia muito mais do que juízo. Podemos estar certos de que quando vem juízo, é porque Ele nos ama e simplesmente não há outra forma de lidar com a corrupção ou apostasia.

É um erro trágico conceituar os profetas como sempre bravos, e que sua ira reflita como Deus se sente. Temos exceções e exemplos de profetas que obviamente não amavam o povo aos quais eram enviados, Jonas sendo um bom exemplo. Somente um mensageiro sempre foi perfeito – Jesus. Porém, ao grau em que pudermos, o Senhor quer nos compartilhar Seu coração nas coisas que quer tratar.

Rick Joyner, 27/Jun/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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