domingo, 29 de novembro de 2009

Palavra para a Semana nº 51


Discernindo os tempos, parte 51


Semana 41, 2009

Uma das expressões mais famosas de Charles Dickens deve ser: “foram os melhores tempos; foram os piores tempos”. Isso certamente poderia ser atribuído aos desafios do Cristianismo nos EUA neste momento, mas eu alteraria um pouco para o seguinte: “Os piores tempos levarão aos melhores tempos”. Podemos confiar que o Senhor irá nos guiar em Seu triunfo em tudo o que acontece. Porém, precisamos saber onde estamos para saber como chegar onde queremos chegar. Vamos revisar rapidamente como isso está se desdobrando em nosso país neste tempo. Acho que os que lêem isso em outros países podem aplicar os mesmos princípios.

O abalo econômico que começou mais de um ano atrás afetou quase toda igreja e ministério em nosso país. Muitas tiveram de fechar as portas, pois as contribuições caíram muito. Outras, ao invés de fechar, se juntaram com igrejas e ministérios adicionais para que sobrevivessem, o que pode resultar em um grande fortalecimento de todos os participantes. Se não chegarmos à unidade desejada por Deus voluntariamente, Ele frequentemente causará situações que nos forçarão a isso. Como Ele mesmo disse, podemos ou cair sobre a rocha e quebrarmos em cacos ou a rocha cairá sobre nós e nos tornaremos pó. Existe um caminho fácil, mas, se não respondermos, para o nosso bem, Ele forçará as condições. Vemos isso em todo lugar nas Escrituras.

O resultado deste tremor econômico trouxe uma sobriedade e sabedoria em assuntos econômicos, uma determinação a reduzir e eventualmente quitar dívidas. O corte de gastos extravagantes está ajudando igrejas e ministérios a lançar um alicerce financeiro mais forte do que jamais tivemos. Esta batalha com assuntos econômicos está longe de findada, mas, se formos diligentes, o corpo de Cristo pode ser rapidamente liberto de muitas das mais debilitadoras algemas.

Independência financeira deve ser a condição em que todos nós, Cristãos, vivamos. Não quer dizer que todos nós devamos ser ricos, já que isso nada tem a ver com o quanto temos, mas diz respeito sim à nossa liberdade. Quem for financeiramente independente nunca deve tomar uma decisão baseado se tem ou não dinheiro o suficiente, mas se é ou não a vontade de Deus. Isso deve ser nosso principal objetivo financeiro como Cristãos, e muitos estão fazendo disso seus objetivos agora. Isso será crescentemente crítico nos dias vindouros.

O tremor que veio sobre o mundo ano passado e os tremores contínuos são como o abalo que Deus enviou ao Egito para libertar Seu povo. Todos os deuses do Egito foram julgados, que é o que Deus está fazendo agora: julgando a todos os deuses desse mundo. Um Deus não é apenas um ídolo diante do qual você se dobra, mas qualquer coisa sobre a qual você coloca sua confiança, mais do que em Deus. Dinheiro é o ídolo número um para o coração humano em nossos tempos – mesmo entre Cristãos. Quanto mais rápido pararmos de nos submeter a este, mais rápido o abalo pode terminar. Dinheiro não é algo ruim, mas pode ser um mal se o usarmos incorretamente. Ele deve ser nosso servo, não nosso deus.

Tenho esperanças de que os Cristãos também tenham se tornado sábios o suficiente para não serem levados a crer que tudo está bem agora e que o pico negativo na economia já se foi e ela tenha se estabilizado, e o mercado de ações tenha voltado ao seu estado normal. Como compartilhei alguns meses atrás, podemos esperar que isso ocorra, e isso é um adiamento do Senhor para ajudar a muitos de nós a deixarmos nossas casas em ordem. Não desperdice este tempo. Não durará muito. E não seja enganado a pensar que tudo irá retornar a como era antes do abalo. A economia do mundo inteiro está cambaleando à beira de um esfacelamento ainda maior independentemente do que os “experts” e pontífices digam.

Esta nivelada ou “platô” poderá durar aproximadamente um ano, mas os fundamentos da economia estão fracos como nunca, e existe até um rápido retorno a alguns dos maiores erros que causaram a catástrofe que experimentamos em 2008, como a renovação de empréstimos sub-prime. Com certeza se aplica aqui o provérbio: “os que não conhecem a história estão fadados a repeti-la”. Ainda assim, é difícil imaginar que alguém possa se esquecer tão rapidamente de tal história dolorosa, mas estão, o que revela a profundidade da cegueira. Não devemos nós mesmos nos iludir.

Com cada semana que se passa, temos evidência crescente de que a presente Administração não entende de fato a economia ou os negócios, e continua a implementar políticas e fazer declarações que estão severamente danificando os prospectos de recuperação a longo prazo da economia. A alternativa é que se eles entendem a economia, e estão implementando as políticas que estão, então querem propositadamente destruí-la, juntamente com nossa força nacional. Pessoalmente, não creio nisso. Porém, confesso que há um pouco de evidência que indique que sabem o que estão fazendo. Acho que ainda há espaço para lhes dar o benefício da dúvida. De qualquer forma, os resultados serão devastadores se as políticas não forem rapidamente mudadas.

Como discutimos brevemente, a economia Norte-americana está construída sobre muitos fatores, mas a máquina de crescimento, principalmente com relação a empregos, se trata primeiramente das pequenas empresas. Quase todos concordam que empregos são o estímulo e máquina básica da economia, e de que pequenos negócios ocupam entre 70 e 80 por cento de todos os novos empregos criados, e ainda assim o plano de estímulo de Obama não envolveu sequer um centavo ou política de incentivo a novas empresas. Pelo contrário, demonstrou uma postura muito fria quanto a negócios em geral, para não mencionar a promessa de que quanto mais sucesso você tem, maior alvo você será para que o governo tome seus ganhos por aumentar impostos.

Isso vem em mãos, além do mais, quando a taxa de impostos corporativos já é a segunda mais alta do mundo. Dentro da proposta do plano de saúde Democrata, os EUA seriam o país com maiores impostos sobre os negócios do mundo. Não apenas isso, o fardo extra dos custos do sistema de saúde, que teria de ser respaldado por empresas, causaria muitas delas a ou demitir funcionários ou mesmo fechar. O impasse que isso causaria sobre novas empresas seria devastador, também.

Para continuar a competir no mercado mundial, muitas empresas de nosso país não tinham escolha senão de buscar por uma força de trabalho mais barata e mudar suas fábricas para outros países. Ao invés da Administração oferecer incentivos para trazer esses empregos de volta para os EUA, ela publicou uma ameaça de lançar mais impostos sobre quem o fizesse. Agora, muitos desses negócios não têm escolha senão de considerar mudar suas matrizes para outros países também, como muitas estão fazendo. Apenas um ano atrás, o que era o maior mercado do mundo se tornou um dos lugares mais hostis para negócios.

Muitas nações receberiam muito bem a tais empresas e estão dispostas a lhes dar enormes incentivos para relocar. Dada a escolha desses incentivos ou um governo intervencionista que é hostil para com os negócios, e observando a rápida nacionalização dos bancos e grandes indústrias, que é o primeiro passo para uma grande tomada socialista, muitas empresas estão indo embora, e muitas mais estão planejando sair.

Podemos pensar que elas não poderiam jamais deixar o maior mercado do mundo, mas esse mercado está mudando. As coisas se tornaram tão deturpadas agora que você pode receber tratamento mais favorável como uma empresa estrangeira do que uma doméstica. Porém, outro fator de longo prazo torna o fortalecimento econômico quase impossível, o que devemos entender.

Temos nos aproximado da razão de 50 por cento da população ou estar empregada pelo governo ou vivendo de pagamentos provenientes de dinheiro público. Os governos não produzem nada que possa ir ao mercado, então essa porcentagem da população deve receber suporte dos outros 50 por cento que estão realmente produzindo algo. Nenhuma nação sobreviveu muito tempo com essa taxa. Simplesmente não é sustentável. E ela está piorando no governo do país, à medida que o crescimento do mesmo explodiu durante a nova Administração, e todas as suas estratégias econômicas básicas pedem ainda maior crescimento do próprio. Mais pessoas que não pagam impostos elas mesmas serão sustentadas pelas que são produtivas e os pagam. Aqueles que entendem do assunto sabem que estamos em um ponto de quebra, e uma implosão é inevitável.

Se for implementado o plano de saúde do governo, a porcentagem de Americanos que são sustentados pelo governo chegará a 60 por cento, e os 40 por cento restantes terão de sustentá-los. O ramo de saúde, atualmente um de nossos maiores itens de exportação, e 15 por cento de nossa economia, será instantaneamente tirado da lista de exportação já que quase certamente que teremos de racionar as coisas para cuidarmos de nossos próprios cidadãos, pois estaremos somando de 20 a 40 milhões de pessoas ao sistema.

Isso é insustentável. Por que estamos tendo agora, então, um salto na economia? A nossa é muito resiliente, e os norte-americanos tendem a ser muito otimistas. Porém, expectativas extremas e não realísticas tendem a se tornar reações extremas quando as verdadeiras condições se tornam claras. O próximo salto pode descer a bolsa para a faixa dos 3.000 a 4.000 e o desemprego ainda aumentaria.

Neste exato momento, nossas liberdades mais básicas estão sendo assaltadas, os próprios alicerces de nossa força econômica estão na pior ameaça de toda nossa história. Ainda assim, se o povo americano acordar para o que está ocorrendo e responder rápido o suficiente, o que há sinais de que estejam começando a fazer, podemos sair disso mais fortes como nação e como Cristãos. Será necessário determinação, mas é isso que o Senhor está procurando incutir em Seu povo. Abrace a essa grande oportunidade.

Rick Joyner, 05/10/2009

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


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