Preparados para os tempos, parte 07
Semana 07, 2010
Em Efésios 4.11-13, lemos: “E Ele fez de alguns como apóstolos, e alguns como profetas, e alguns como evangelistas, e alguns como pastores e mestres, para o preparo dos santos para o serviço, para a edificação do corpo de Cristo; até que tenhamos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, à estatura de varão perfeito, medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo.” Será que existe alguém na terra que tenha amadurecido à estatura da plenitude de Cristo? Obviamente que não, mas isto deve ser nosso objetivo. Lemos acima que todos estes cinco “ministérios de preparo” são entregues à igreja “até que” isto se cumpra. Podemos assim esperar que todos estejam funcionando no fim dos tempos quando a igreja, a noiva de Cristo, cheguar à maturidade plena.
Grande parte da igreja agora reconhece todos estes ministérios, e o número de igrejas, ministérios e Cristãos está aumentando rapidamente. Os que se qualificam para estes títulos é um assunto aberto a debate, e deve estar, mas as posições devem existir e estar funcionando juntas para que a igreja esteja preparada e chegue à estatura que é chamada para estar.
Deve-se notar também que este é o único lugar no Novo Testamento onde o ministério de pastor é mencionado, com nenhuma definição real sendo fornecida. Este ministério, ainda assim, virtualmente domina hoje o ministério da igreja. Como isso veio a ocorrer? Deveria ser assim? Nada nas Escrituras indica isso, pelo contrário, como vemos no texto acima, o ministério de pastor é chamado a ser um em uma equipe de ministérios dados à igreja. Na verdade, o ministério do pastor é chamado a cumprir muito mais do que é tipicamente cumprido hoje – não menos, mas diferentemente.
Maioria dos pastores são na verdade de outro dos ministérios de preparo, mas já que é virtualmente o único ministério que maior parte da igreja irá apoiar, este é o título que devem assumir para sequer estarem no ministério. Isso precisa mudar, e vai. Todos os ministérios irão a um nível de eficácia maior quando puderem se especializar, ao invés de procurar ser algo que não são.
No Antigo Testamento, os profetas frequentemente ficavam sozinhos, apesar que podiam ter uma companhia de discípulos. No trecho mencionado no início, devemos observar que o profeta não é senão um em uma equipe de ministérios, e sua função não é apenas falar a palavra de Deus, mas preparar os santos, assim como todos os ministérios devem fazer. Como que um profeta prepara os santos? Como falamos antes sobre João 10, todo o povo de Deus deve ouvir Sua voz. Os profetas são chamados a ajudar a equipar todo o povo de Deus a conhecer a voz do Senhor.
É aqui que queremos chegar – não apenas sabendo do que Deus disse, mas o que está falando. Como Jesus mencionou do trecho das Escrituras em Mateus 4.4: “Está escrito, 'O homem não viverá só de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'”. Ele diz “procede da boca de Deus”, e não “procedeu”, do passado. Seu nome não é “Eu fui”, “Eu serei”, mas “Eu sou”. Se não o conhecermos no presente, não o conhecemos de fato. Ele não é mais Jesus de Nazaré, mas o Senhor ressurreto que está assentado em um trono sobre todos os tronos. É importante conhecermos sobre Sua vida na terra e o que fez por nós, mas nosso relacionamento com Ele deve ser algo no presente. É por isso que as Escrituras nunca deveriam suplantar profecias ou a capacidade do Senhor falar ao Seu povo de uma maneira viva e presente.
Nas próximas semanas, vamos nos aprofundar no básico da linguagem espiritual de uma forma que nos ajudará a entender como Deus tem falado a nós mas não tenhamos percebido, e como nosso relacionamento com Ele pode ser dramaticamente revitalizado com isso. A qualidade de qualquer relacionamento será determinada pela qualidade da comunicação, e por meio desta a qualidade da compreensão entre nós. A qualidade, portanto, de nosso relacionamento com o Senhor será baseada na comunicação entre nós e Ele.
Se lhe foi ensinado que o Senhor não fala mais por meio de profecias ou de outras formas, por favor considere o seguinte: que tipo de relacionamento seria para um casal se, no dia do seu casamento, o noivo entregasse à noiva um livro que tivesse escrito para ela para que nunca tivesse que falar com ela novamente? Não queremos de forma alguma diminuir a importância da Bíblia, e devemos reconhecer que ela, por si só, nos foi dada para estabelecer doutrinas, mas, de forma alguma o intento foi que suplantasse nosso relacionamento vivo com Deus; todo relacionamento se constrói na comunicação. Nem são as profecias intencionadas a tomar o lugar da Bíblia. Precisamos de ambos, e é por isso que recebemos, dEle, a ambos. Ter apenas a um nos deixa, na melhor hipótese, mancos.
Rick Joyner, 08/02/2010
[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]
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