terça-feira, 27 de abril de 2010

Palavra para a Semana n° 11


Preparados para os tempos, parte 11


Semana 11, 2010

É certo que nossos títulos ministeriais têm um lugar em ajudar a igreja entender o ministério que temos. Porém, o uso abusivo e errado de títulos espirituais tem desvalorizado a nossa moeda espiritual nestes tempos. É difícil não nos encontrarmos com alguém no ministério agora que não diga ser um apóstolo, bispo ou profeta. Tem se tornado tão remoto que quando vejo os que apenas se chamam de “pastor”, imediatamente tenho respeito e confiança neles só por causa de sua modéstia.

Ainda assim, estamos em um tempo em que estes ministérios estão sendo restaurados à igreja, e estaríamos perdendo visão dos propósitos do Senhor se não os esperássemos. Devemos procurar reconhecê-los e recebê-los. Se recebermos um profeta como profeta, receberemos a recompensa de um profeta, mas se recebermos um profeta como apenas um mestre, receberemos então apenas ensinamento. O mesmo é verdadeiro para todos os ministérios. Se recebermos um apóstolo como apenas um mestre, receberemos apenas ensinamento. Porém, se recebermos um mestre como apóstolo, provavelmente receberemos liderança ruim ou errônea. Por esta causa, existe uma responsabilidade da parte da liderança de “conhecer os que entre si trabalham”.

Repetindo, existe lugar para isso, e até mesmo a necessidade de se usar títulos ministeriais, como mesmo o Apóstolo Paulo determinadamente defendeu seu apostolado. Ainda assim, ele estava fazendo isso para as pessoas, não apenas por si mesmo. Não havia auto-promoção, exagero ou estilo exacerbado em se defender, mas o espírito de um pai instruindo seus filhos. Era graça, dignidade e grande sabedoria que viemos a aprender que é a marca dos verdadeiros mensageiros que foram enviados pelo rei.

Da mesma forma, as revelações, sonhos ou visões que vêm dEle terão esta mesma graça e dignidade. Nestes tempos, o Senhor lidera mais por chamar do que por comandar. Ele tem a autoridade para fazer o que quiser, mas, como vemos em Apocalipse 3.20, está do lado de fora de Sua própria igreja, batendo na porta para ver se alguém dará ouvidos e se abrirá para Ele. O motivo para isso é que estamos em tempos em que Ele esteja procurando os que serão co-herdeiros com Ele, que lhe obedecerão porque amam a verdade, não apenas sob compulsão. Por isto, nunca devemos nos sentir pressionados a agir diante de uma revelação profética verdadeira, mas chamados. Pode haver momentos em que podemos receber algum aviso sobre algo que exija ação, mas mesmo esses acontecimentos devem vir na dignidade e graça do Senhor, chamando por uma resposta, não pressionando, como lemos em Tiago 3.

Aprendi que quando era impelido a fazer algo rapidamente, não era do Senhor, e a ação normalmente era um grande erro. O Senhor, que vê o fim no começo, não será pego de guarda baixa para que precise nos apressar em algo. Conheço algumas exortações bíblicas a esperar no Senhor e ser paciente, e não conheço alguma que nos obrigue a nos apressarmos. Após muita experiência e muitos erros, aprendi algumas coisas sobre a forma com que Ele fala e guia.

Aqui está um importante princípio que é essencial para verdadeiro ministério, mas voa em rosto do que muitos interpretam como forma que devemos operar. O Espírito Sando é “O Ajudador”, não “Aquele que faz”. Quando as pessoas dizem que nenhum destes estão misturados no ministério, estão errados, se é um ministério verdadeiro. Esta “mistura” não é apenas aceitável, mas necessária. Se o Senhor quisesse que todo ministério fosse 100 por cento Ele, com nada de nós incluso, então nunca teria deixado, e nunca deixaria ninguém fazer nada.

Como já abordamos antes, em Lucas 10 vemos o Senhor enviando Seus discípulos dois a dois para pregar o evangelho, curar os enfermos e expulsar os demônios. Eles tiveram tanto êxito que quando retornaram, Jesus disse que viu Satanás caindo do céu como um relâmpago. Porém, só é no próximo capítulo, Lucas 11, que os discípulos pedem a Jesus que lhes ensine a orar. Fizeram tudo aquilo e nem sabiam como orar ainda!

Estes discípulos estavam obviamente longe de ser perfeitos, ou mesmo maduros, quando o Senhor lhes confiou com autoridade extraordinária. Ainda assim, duvido que alguém que tenha sido curado, liberto ou tivesse ouvido das boas novas do reino vindouro por meio deles tivesse reclamado. Mesmo logo antes de Jesus ser crucificado, os discípulos estavam argumentando sobre quem era o maior, e estavam para ser os líderes da igreja em seu tempo mais delicado de formação apenas algumas semanas depois. Muitos anos depois, alguns ainda estavam cometendo erros extraordinários, como Pedro, que foi repreendido pelo jovem Apóstolo Paulo em Antioquia, pois “foi achado repreensível”.

Somos tolos se procuramos perfeição em ministério ou liderança, independentemente de quão maduros sejam. Nossa esperança não deve estar nos vasos, mas no tesouro dentro dos vasos: o Espírito Santo. Se mantivermos nossa esperança depositada corretamente nEle, não ficaremos dependentes demais das pessoas ou desapontados com elas. Se os ministérios e líderes são verdadeiros servos, não estarão buscando construir a confiança das pessoas neles, mas no Senhor. Jesus é o único alicerce sobre o qual se pode construir algo que permaneça. Se construirmos a confiança das pessoas sobre nós mesmos ao invés de no Senhor, falhamos, e este alicerce cairá, porque ninguém senão o Senhor pode suportar tal peso.

Isso é importante porque a mentalidade perfeccionista se baseia mais na confiança em nós mesmos do que no Senhor, o que impede a maioria de seguir adiante em seu chamado e ministério. Não somos aperfeiçoados para que possamos ser usados pelo Senhor; somos aperfeiçoados por sermos usados por Ele.

Rick Joyner, 08/03/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


Um comentário:

Ana Paula disse...

Meu irmão, simplesmente TREMENDO!
Como são edificantes essas mensagens!
Louvado seja sempre Deus!
Continue nessa sua missão linda e "invisível", quem te vê é o CÉU DO SENHOR!

A graça de Deus, nosso Pai guarde seu precioso coração!
Sua irmã,
Ana Paula