terça-feira, 18 de maio de 2010

Palavra para a Semana n° 13


Preparados para os tempos, parte 13


Semana 13, 2010

Existe uma percepção dentre muitos que buscam o dom da profecia de que ele virá como um grande download dos céus com pouco ou nenhum esforço de sua parte. Existem exemplos disso nas Escrituras; porém, são exceções, não a regra. Muitos que foram chamados como profetas eram pessoas que buscavam muito dedicadamente o conhecimento e entendimento; amavam a verdade o suficiente para buscá-la. No caso dos verdadeiramente excepcionais, como Isaías e Daniel, eles excederam, em amplitude e profundidade de conhecimento e entendimento, a qualquer outro em seus tempos. Este é um princípio básico de que aqueles que buscam encontram, e são os mais usados por Deus. É um princípio básico presente ao longo das Escrituras de que Deus recompensa diligência, fidelidade, perseverança e firmeza.

Os profetas excepcionais do Antigo Testamento eram bem educados nas Escrituras, história e atualidades. Este era um alicerce sobre o qual o Senhor podia construir uma mensagem. Maioria das profecias são compostas por chaves que o Senhor dá para trazer entendimento aos tempos e direção para o povo de Deus, inseridos neles. “O Espírito sonda todas as coisas, até as profundidades de Deus” (veja I Coríntios 2.10); por esta causa, se somos guiados pelo Espírito, buscaremos a Ele com intensidade, sempre querendo mais entendimento, especialmente nos propósitos de Deus.

Existem exceções a este princípio de como construir um alicerce para a perspectiva e ministério proféticos. Houve pessoas simples, não educadas e até mesmo analfabetas para quem Deus deu um grande dom de profecia. O irmão Klaus, que viveu nos anos 1400s na Suíca, é um exemplo. Ele foi beatificado pela Igreja Católica como São Nicolaus von Flue, algumas vezes é confundido com o São Nicolau, italiano, a quem chamamos de Papai Noel. O irmão Klaus realmente teve muitos filhos, mas estava longe de ser o sujeito alegre e gordo que vemos como Papai Noel. Conta-se que ele não comeu por trinta anos, algo que foi verificado por agentes do governo que o observavam dia e noite por parte do tempo. Ele não dizia estar jejuando, mas que sua vontade era fazer a vontade do Senhor, e, como sinal disso, não precisava de alimento natural. O único alimento que ele tomava era a comunhão, o que fazia uma vez por mês.

Ele é considerado pelos historiadores como pai da Suíça porque deu uma palavra profética aos sete [líderes de] cantões [divisões, províncias] que estavam para guerrear entre si. Por causa desta palavra, ao invés de irem à guerra, se uniram e formaram uma nação. Ninguém sabe que palavra foi que o Irmão Klaus enviou aos cantões, mas cumpriu algo com o qual todos se maravilharam, e ainda se maravilham quando lêem a história. É possivelmente por causa deste alicerce que, até o dia presente, a Suíça parece ter uma unção para patrocinar paz entre nações.

O Irmão Klaus tinha dom tal de palavra de conhecimento que pessoas de toda a Europa central faziam peregrinações para visitá-lo para conselho, inclusive papas. Frequentemente ele sabia que alguém estava vindo e enviava uma palavra via mensageiro para lhes dar a resposta que estavam procurando, poupando-lhes da difícil jornada pelas montanhas para chegar a ele. Isso foi nos anos 1400s, e até hoje a sua pequena casa é visitada por um fluxo contínuo de peregrinos, o que inclui quase todos os papas. Ele era iletrado e viveu em um tempo em que até ser pego com uma Bíblia poderia levar à execução. Ainda assim, tinha uma noção incrível dos ensinamentos da Bíblia e conhecia os caminhos de Deus, maior parte dos quais aparentemente recebendo durante seus longos períodos de isolamento para buscar ao Senhor.

Este irmão é uma exceção incrível, e existem outras. Porém, eles não tinham acesso à Bíblia e a todos os recursos que temos hoje. Ter uma Bíblia, assim como todos os outros recursos disponíveis a nós, e os negligenciar é uma forma de irresponsabilidade que o Senhor não recompensa.

Já conheci pessoas com dons proféticos que evitavam o estudo só para poderem dizer que recebessem vinha de revelação, e vi muitos destes se desviarem do caminho e terminarem em ensinamentos estranhos ou falsos. Quando ouço alguém dizer que não lêem o trabalho de outros porque querem receber a revelação diretamente de Deus, leva-me a perder confiança neles, não ganhar. É curioso para mim também que estes tendem a ser os mais tendenciosos a pegar mensagens emprestadas de outros, o que se torna óbvio a todos e corrói a confiança necessária para que sejam mordomos de verdadeira profecia.

O que quero dizer é que devemos começar por sendo honestos com Deus e com os homens. Quando pegamos as coisas dos outros, devemos reconhecer, quando possível. Digo “quando possível” porque nem sempre é prático. Eu amo pregar e ensinar, e frequentemente assisto a tantos outros na televisão que simplesmente não me lembro de quem recebi algo. Também leio muito e muitas vezes não me lembro de onde li algo que possa ter repetido depois, então entendo este problema. Porém, isto é uma confissão. Devo melhorar. Isso ajuda pessoas proféticas se dessem atenção a corrigir isso, dentro do bom senso, lógico.

Já li menções diretas de alguns de meus livros em livros Cristãos bestsellers, e não me reconheciam. Honestamente não me importo com isso, mas fiquei feliz que a palavra que recebi estava sendo repassada aos outros em tal escala. Porém, perdi o respeito por outros que leram meus livros e me deixaram sabendo que outro autor estava me plagiando. Alguns leram meus livros após lerem os da outra pessoa e pensavam que eu estava as copiando, mesmo que se olhassem no começo do livro, veriam que escrevi o meu muito antes do outro ter sido publicado. O que estou querendo falar é que isso causa problemas. John Wimber me avisou disto vinte anos atrás, e não prestei atenção a ele. Agora, lamento não tê-lo feito. Eu nunca plagiei a ninguém propositadamente, mas deveria ter mais respeito pela palavra, no sentido de ser mais cauteloso. Pode não ser grandes coisas para muitos, mas é algo que sei que podia ter feito melhor. Por que não fazer o melhor no empacotar das palavras ou revelação que nos foi confiada?

Para impedir que alguns tropecem dessa forma, devemos mencionar os outros quando pudermos. Se citarmos as nossas fontes, é emprestar. Se não o fizermos, é roubar. Percebo que tudo vem de Deus, mas isto é uma questão de integridade, que é crucial para um ministério profético. Novamente, estou confessando que eu tenho sido muito pobre nisso, falhando em recordar a fonte de material e me esquecendo de onde o tirei. Não tenho sido um bom exemplo, então não me use como um nisso. É um arrependimento que tenho, e você pode fazer melhor. Em todas as coisas, que possamos buscar ser honestos e abertos sobre onde estamos recebendo nossa informação.

Ser cuidadoso quer dizer ser cheio de cuidado, e ser cuidadoso o suficiente para citar nossas fontes revela uma integridade básica, e um cuidado que constrói confiança. Se recebermos nossas informações por meio de pesquisa ou como recebimento direto do céu, pode ser de Deus de uma forma ou de outra. Se for de Deus, então merece o manejo melhor e mais honesto possível.

Rick Joyner, 22/03/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]


2 comentários:

Anônimo disse...

Tenho visto que nós, como brasileiros, não temos dado bom exemplo de respeito aos direitos autorais. Prova disso é a pirataria. Já pensou que toda vez que usamos um software ou assistimos filme ou ouvimos música podemos estar roubando alguem. E temos tantas desculpas...
Nós, como cristãos, devemos ser diferentes. Pois nos foi dado o entendimento. Me lembro de como você era preocupado com isso Rudiuk, que Deus continue sempre a te revelar como profundas.
Abraços

Augusto Ronchi Jr disse...

Olá meu caro irmão Felipe.......recebi hoje o livro que vc tão carinhosamente me enviou.........muito obrigado.......Deus cubra vc, teu irmão e toda a sua família com todas as bençãos que só Ele pode lhe dar........um grande abraço.........Ronchi