quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Boletim Profético MorningStar, 29/01/2008

Lançando o machado na raiz da árvore

por Rick Joyner

A palavra do momento para a política americana se tornou “mudança”. Há um ditado: “Se não mudares sua direção, por fim chegarás onde mereces chegar”. Em muitas áreas, precisamos de uma mudança em nossa trajetória ou chegaremos onde não queremos estar. Mesmo assim, antes de começarmos a mudar nossa direção aleatoriamente, precisamos determinar cuidadosamente onde queremos chegar. Mudança pode trazer um grande rejuvenescimento se corretamente administrada, mas pode trazer devastação se não for.

Quase todos na Rússia queriam uma mudança do governo Czarista, mas não muitos queriam o ainda mais opressivo comunismo que resultou. As colônias americanas queriam uma mudança do governo Britânico, e o resultado foi muito melhor. Qual foi a diferença? Em tempos de mudança, tanto o bem como o mal procurarão tomar as rédeas. Se o bem não for adotado, então o mal vencerá e os resultados serão ruins.

Mudança é uma palavra poderosa, e parece que quase todos a querem, mas poucos sabem definir as mudanças que estão buscando. Esta é uma forma com que distinguimos a boa mudança da má. Como nos é dito em Provérbios 4:18,19:

Mas o caminho dos justos é como a luz da aurora, que brilha cada vez mais até ser dia perfeito.

O caminho dos loucos é como as trevas; eles não sabem em quê tropeçam.

Se estamos no caminho que é justo, então devemos estar andando em crescente luz. Se não conseguimos ver onde estamos indo, não é o caminho certo e iremos tropeçar. Se a mudança que buscamos não é definida, é mais provável que tenhamos mudanças que não queremos. Mesmo se definirmos as mudanças que estamos buscando, se elas não forem administradas corretamente, então os resultados provavelmente serão maus. Muitos na igreja têm clamado por mudanças por anos, mas quando tenho perguntado o que eles queriam que fosse mudado, raramente tinham uma resposta coerente. Mudança apenas por mudar levará ao mal.

Mesmo assim, mudança é algo bom, e freqüentemente precisamos dela. Quando algo vivo pára de mudar, é porque parou de crescer e iniciou o processo de morrer. Mudança é uma palavra para o nosso tempo, e mudança virá, mas antes de seguirmos adiante, precisamos fazer algumas perguntas importantes, como:

O quê queremos mudar?

Como devem ser feitas as mudanças?

Como nos preparamos para essas mudanças?

Os Cristãos deveriam ser os agentes mais poderosos de mudança no mundo. Quando o Senhor disse que a Sua igreja deveria ser “a luz do mundo” (veja Mateus 5.14), foi a comissão de iluminar o caminho. Os Cristãos são normalmente os iniciadores de tendências poderosas no mundo, mas quando abdicam a liderança para outros, os resultados são ruins. Por exemplo, quase todo estilo musical nasceu na igreja, mas foi então tomado pelo mundo e usado mais para o mal do que para o bem.

Este nem sempre é o caso, mas com muita freqüência é uma verdade que o que é nascido na igreja é tomado pelo mundo e usado para propósitos mundanos ao invés de santos. Mudança está vindo, e tanto pessoas boas como más estão tentando tomar as rédeas da mudança para defini-la. Se é verdade que seremos a luz do mundo em nossos tempos, devemos aproveitar o momento e não abdicarmos nossa autoridade. Quando o Senhor tomou o seu novo mundo e o entregou para Adão cultivar, Ele queria a interferência do homem no desenvolvimento do mundo. Ainda temos esta comissão. Estamos abdicando nossa comissão básica vinda do Senhor quando nos desengajamos do processo.

MUDANÇAS VINDOURAS

Para sermos uma voz profética em nossos tempos, devemos entender os tempos. O Senhor severamente repreendeu os que não compreendiam os tempos. Quanto mais os entendermos, mais poderemos neles ser usados. Campanhas presidenciais têm uma forma de trazer muitas coisas à luz tanto no governo como nas pessoas. Portanto faríamos bem em entender tanto as questões como as pessoas envolvidas nelas.

Novamente, quase todos tomaram a palavra “mudança”, mas existem algumas coisas em nosso governo que não queremos que mude sem planejamento cuidadoso, ponderado. Logicamente, isso inclui coisas como a Constituição e a Carta de Direitos [Bill of Rights]. Foi grande sabedoria da parte dos pais fundadores em tornar estas de muito difícil alteração, o que ajudou a trazer estabilidade sobre a qual a nossa paz, força e prosperidade foram construídas. Foi também sabedoria dos pais fundadores não tornar impossível a alteração destas porque se fossem muito rígidas, teriam de ser completamente quebradas para trazer as mudanças necessárias. Eles somente queriam que fosse difícil de as alterar, para que estes pilares básicos de nosso governo não ficassem sujeitos a caprichos, tendências temporárias e modas, mas flexíveis o suficiente para serem mudadas quando preciso e no grau necessário.

A constituição da igreja, a Bíblia, é ainda mais incrível quanto à forma com que dá definição e direção básicas, mas dá espaço para flexibilidade necessária. Líderes de igreja sábios estarão sempre abertos a mudanças necessárias, mas ao mesmo tempo saberão não ceder simplesmente a mudanças de capricho. Mudança precisa de direção, propósito e foco ou não gostaremos de seu resultado. Então, sejamos agora um pouco mais específicos.

O QUÊ DEVE MUDAR?

Democracia constitucional é o governo mais marcante da terra. Ele tem muito espaço para manobras, para se adaptar aos tempos e condições, aproveitar novas oportunidades, ou se encarar novas emergências, e ao mesmo tempo permanecer em um alicerce que não se move muito, o que dá estabilidade para mudanças. Mesmo assim, mudança de qualquer tipo pode ter conseqüências grandes e imprevistas. Em nossa história, temos muitos casos em que mudança foi implementada rápido demais ou de maneira não sábia, o que trouxe dificuldades grandes e desnecessárias. Por causa disso, muitos pensaram que as mudanças foram erradas, mas estavam certas; foram apenas mal gerenciadas. Não é apenas uma questão do quê precisa ser mudado, mas como.

Agora, cabe dizer quanto às notícias tranqüilizadoras: Os EUA estão encarando uma grande crise na economia, e mudanças grandes são necessárias. Sem mudanças ousadas em algumas áreas, nosso grande navio de estado logo sofrerá naufrágio. Se fizermos essas mudanças de uma forma não sábia, ainda assim sofreremos naufrágio, e talvez até um pior. Estamos precisando da liderança mais sábia desde a Guerra Civil. A seriedade chegou a este ponto. As eleições atuais são as mais importantes desde 1860.

O ALARME

Está sendo agora amplamente reconhecido que estamos provavelmente rumo a uma recessão de ano de eleição. Se isso pudesse ser evitado, teria sido. Isso só aconteceu quatro vezes na história dos EUA, e toda vez houve uma mudança do partido em controle. Sempre foi evitada se houvesse alguma forma possível. Se isso ocorrer, e parece bem provável, é porque os problemas estão tão sérios que estão grandes demais para consertar ou adiar. Economicamente, é como se estivéssemos no Titanic, entrando em um mar cheio de icebergs. O capitão está começando a tratar a situação, e a maioria dos que competem pelo seu trabalho, a presidência, também estão abordando a situação. No entanto, ainda não houve uma indicação de alguém de que eles realmente saibam o quanto séria ela está, quanto menos tenha resposta para ela.

Existe uma percepção geral de que a economia dos EUA é tão forte que nunca poderia entrar em colapso, mas isto é uma presunção terrível. Como um todo, a economia dos Estados Unidos é provavelmente a economia mais forte no mundo, mas ainda é capaz de atingir um iceberg e afundar ao fundo mais rapidamente do que a maioria crê. Toda outra economia no mundo é ainda mais frágil.

OS SINTOMAS

Uma crise pode revelar muitas coisas que podem em alguma outra ocasião ser escondidas, e de algumas formas irá rapidamente iluminar a nossa verdadeira natureza. Quando nos envolvemos com as operações de resgate e socorro do Furacão Katrina, aprendemos muito sobre o estado presente de nosso governo e o seu povo. Vimos o melhor e o pior nas pessoas. Vimos o melhor e o pior em nosso governo. A parte mais amedrontadora foi ver como todo nível do governo ficou paralisado até que os militares viessem. Muitos deram muito mais atenção à transferência de culpas do que a resolver situações críticas de emergência. Como quase sempre é o caso, os que mais se ocupam em achar culpados foram os mais culpados pela má gestão.

Mesmo que o governo federal tenha feito o melhor nessa situação, ele, também, foi subjugado rapidamente por este desastre, ficando desarmado, o que não deveria ter acontecido. Muitos ainda pensam que a maioria dos problemas nas operações e socorro e resgate após o Katrina foram o resultado da FEMA [Federal Emergency Management Agency, Agência Federal de Gestão de Emergências] ser administrada e funcionar tão mal; no entanto, a FEMA foi mal administrada porque foi administada da mesma forma que nosso governo.

A administração mais básica de nosso governo é tão falha que, em uma crise, que exige ações grandes e decisivas, se mostrou incapaz de suportar o cenário. Isso é verdade provavelmente em quase toda agência do governo, em todo nível. Isto é salientado em uma crise, mas a gestão diária de nosso governo é uma tragédia de desperdício em proporções massivas e incompreensíveis. Temos um problema muito básico de gestão que ninguém está tratando ou mencionando, aparentemente porque não o vêem.

Uma crença fundamental de muitos políticos conservadores é que o governo não consegue administrar nada bem, então o tanto quanto possível a gestão de tudo deve ser deixada nas mãos do setor privado. Eles podem não discordar com as intenções liberais o tanto quanto discordam dos meios – confiar que o governo fará boa gestão de qualquer coisa. No entanto, existe outra solução. Não existe razão para a qual o governo não possa ser administrado de maneira muito melhor do que está sendo. Aliás, apenas implementando alguns princípios bons e básicos de gestão no governo poderia reduzir custos para 35 por cento, e ao mesmo tempo aumentar os serviços e eficácia do governo em 35 por cento. Isso seria apenas um começo, e já seria, na verdade, algo muito melhor.

Pode parecer que a cultura de ineficiência no governo está agora tão profundamente entrincheirada que não seja possível mudá-la, que é provavelmente um motivo que muitos não estão abordando esse assunto. Essas suposições são falsas. A maior parte dos burocratas do governo de fato trabalham duro e querem fazer um bom trabalho, mas de muitas formas o governo é como um carro que pode ter 300 cavalos de potência e estar usando a mesma por completo, mas está emperrado na areia e portanto não está indo a lugar algum. Muito trabalho está sendo investido – mas simplesmente não está realmente sendo muito útil, ou nem perto do que deveria.

VERDADEIRA LIDERANÇA

No governo, temos também algumas questões básicas relacionadas a juízo. No caso do Titanic, mesmo se ele fosse realmente insubmersível, atingir um iceberg causaria danos sérios e possíveis ferimentos ou perda de vidas a muitos. O Capitão Smith recebeu uma série de avisos sobre o campo de gelo para o qual estava embicando, mas parecia mais preocupado em quebrar o recorde para Nova Iorque do que a segurança básica de seus passageiros e de sua equipe. Ele sequer deu binóculos a seus sentinelas, algo que eles pediram. Se este tivesse sido dado a eles, certamente teriam evitado o iceberg que os enviou ao fundo do mar.

Como poderia um capitão ser tão irresponsável? Uma coisa explica isto – orgulho. O Capitão Smith foi colocado como comandante do Titanic porque ele nunca tivera um acidente no mar. Isso obviamente o tornou presunçoso, o que leva a descuido. Este aparentemente agradável, sábio, nobre senhor causou a morte de muitos por causa de seu orgulho.

Existem muitas pessoas na América que votarão em um candidato porque ele é agradável, ao invés da substância de seu caráter, o que eles representam, ou seu verdadeiro potencial de liderança. No presente momento, se alguém cometeu erros no passado, é proclamado como uma desqualificação básica para liderança. O que realmente precisamos é alguém que seja honesto e humilde o suficiente para admitir seus erros, ao mesmo tempo que tenha aprendido deles.

O Apóstolo Paulo falou sobre como ele aprendeu que era melhor se gloriar em sua fraqueza do que em seus pontos fortes, porque a força de Deus era aperfeiçoada na fraqueza. Isso é porque, como nos é repetidamente falado nas Escrituras, Deus dá a Sua graça aos humildes, e Ele resiste aos orgulhosos (veja Thiago 4.6). O mundo inteiro está navegando rumo às águas mais perigosas que já navegamos, e precisamos de líderes que sejam sábios o suficiente para se humilhar e buscar a graça de Deus porque podemos afundar sem a Sua ajuda.

A White Star Line poderia da mesma forma ter feito muito melhor em ter escolhido um capitão para o Titanic que tivesse cometido alguns erros e aprendido deles. Nos Estados Unidos, a crise de crédito/empréstimo sub-preferencial [sub-prime credit crisis, crise relacionada a não pagamento de empréstimos para financiamento de casas (mercado de imóveis) por amortizações (mortgages) a entidades credoras, especificamente por parte de sua clientela não preferencial. Gerou um efeito em cadeia no mercado financeiro norte-americano] foi um iceberg que a sua economia atingiu e temos sido um tanto que seriamente danificados por ela, de forma que entre água em nosso navio. Existem outros icebergs em toda a nossa volta agora, e temos na verdade atingido um outro tanto deles, também. Não precisamos estar indo a velocidade plena adiante neste tempo. Uma redução de pique da economia é na verdade uma coisa muito boa e saudável, ao menos temporariamente. As pessoas começarão a apreciar mais e produzir melhor em seus empregos. A produtividade sobe, e o dano é consertado rapidamente, então podemos seguir adiante com um pouco mais de sabedoria. Também precisamos fazer uma mudança básica de curso para sair desse campo de gelo.

A economia dos Estados Unidos poderia ser afundada pela crise de crédito sub-preferencial. O dano está sendo abordado e tratado, de forma um tanto que sábia, mas ainda é muito sério. Precisamos de ação forte e decisiva continuada, e precisaremos dela no próximo presidente, porque não estaremos fora desta situação quando vir a mudança de administração. No entanto, algumas das propostas que estão sendo feitas para a economia seriam o equivalente a disparar uma bomba dentro do navio. Estamos precisando desesperadamente de um presidente que realmente compreenda a economia. Existe terrível perigo se a nossa liderança não agir ou se reagir demais, de maneira desproporcional. Forçar mudança na direção errada irá exacerbar grandemente o problema. Então o quê devemos fazer?

RESPOSTA N° 1

Precisamos admitir que há um problema. Há tempos em que algumas emergências podem ser amparadas sem que se chamem entidades e pessoas de muito alto escalão e se incomode a todos com o problema. Este não é o caso aqui. Quando as pessoas sentem que existe algo de muito errado, mas ninguém admite, elas perdem sua fé e paciência. Iluminar o problema pode dar mais fé à liderança e às suas soluções propostas. Este é o tempo de brilhar a luz em alguns problemas básicos, para que sejam consertados.

Em verdade, os Estados Unidos está encarando a pior emergência econômica desde a Depressão. Esta é a maior e potencialmente mais devastadora emergência com a qual nos depararemos no futuro próximo. Está se tornando o maior assunto nas eleições presidenciais, o que é correto. No entanto, é também onde as mudanças erradas serão ainda mais destrutivas. Precisamos fazer três perguntas básicas:

O que está acontecendo?

O que não está acontecendo?

O que podemos fazer a respeito?

O que está acontecendo é uma “tempestade perfeita” de condições que estão se unindo, combinando-se para produzir a tempestade econômica potencialmente mais devastadora que encaramos nos últimos setenta e cinco anos. Essas condições são:

1. A crise do crédito sub-preferencial

2. Os crescentes preços da energia

3. O dólar em declínio

4. Déficits crescentes

5. Um crescente pagamento para títulos [payout for entitlements]

6. Crescente fraqueza e instabilidade da estrutura econômica

7. Crescente medo, que trava a iniciativa

Existem outros fatores também, mas estes são os grandes. Estes estão todos começando a se alimentar uns dos outros e crescer. Estamos nos estágios iniciais do que um piloto chamaria de um “espiral de morte”, do qual é muito difícil se recuperar. Esta é a má notícia, mas há uma boa notícia.

A boa notícia é que estes problemas estão vindo à luz, e portanto é muito provável serem abordados e consertados. Se forem corretamente tratados, a economia dos Estados Unidos poderá ser grandemente fortalecida por décadas vindouras. Isto pode e deve resultar em uma melhoria de toda a economia mundial. Isto irá computar em uma estabilidade e paz muito maior no mundo assim como a capacidade de tratar problemas sérios encarados por nações em desenvolvimento.

Os inimigos da América e o Ocidente estão tão cansados de conflitos como está a América. Existe um grande desejo por paz no mundo neste momento, e precisamos de paz. Isto não quer dizer que devamos abaixar as armas ou nos comprometermos com o mal, mas a paz realmente é possível. A guerra é o pior juízo de todos sobre a humanidade, e a paz é uma das maiores bênçãos. O Senhor disse que Ele abençoaria os pacificadores (veja Mateus 5.9), e como Cristãos, somos ordenados a buscar estar em paz, mesmo com os nossos inimigos. Nos é dito em Tiago 3.18 que “... a semente cujo fruto é justiça é plantada em paz pelos que trazem a paz.” Existe agora mesmo uma porta aberta para uma paz relativa no mundo para a próxima década. Se usarmos este tempo sabiamente, ele pode ser estendido. No entanto, temos uma emergência sobre a qual precisamos falar um pouco mais.

CONSERTE A ECONOMIA DA AMÉRICA – SALVE O MUNDO

Isso irá soar muito egotista para a maioria dos não americanos, mas é verdade, de várias formas. A economia mundial não é totalmente dependente da economia norte-americana, mas, como diz o ditado, “se a América espirrar, o mundo pega uma gripe”. A economia dos Estados Unidos é atualmente a economia chaveta [pequena trava que impede funcionamento desconexo de peças mecânicas rotativas]. Se decairmos, o resto do mundo pode sobreviver, mas não muito facilmente. Os problemas que estão atualmente sendo iluminados em nossa economia se encontram entrelaçados na economia mundial. Será apenas uma questão de tempo para que todos os encarem. Se estivermos de volta em solo firme, então seremos capazes de ajudar a muitos outros.

Então como consertamos tudo isso? Primeiramente, precisamos algumas mudanças drásticas. Devemos parar de bater nos galhos e lançar o machado na raiz da árvore em algumas questões principais. No entanto, se realizarmos algumas mudanças rápido demais, elas podem criar problemas ainda maiores. Esta é a corda fina que exigirá sabedoria sobrenatural para andar sobre.

Um assunto que está causando a crescente instabilidade na infra-estrutura econômica é a alteração constante de regras. Os que têm estado sujeitos a tais mudanças caprichosas causadas por aqueles no governo que estão procurando micro-gerir a economia, que por sua vez não compreendem, estão definitivamente se retraindo quando ouvem a palavra “mudança”. Para eles, é como brincar de um jogo e no momento em que pensa que está vencendo, as regras são alteradas e de repente a estratégia mais brilhante que você tinha para ganhar te levou a perder. Dessa forma, mesmo que mudança drástica seja necessária, ela deve ser feita cuidadosamente, e, em muitas áreas, gradualmente.

A real força motriz da economia dos Estados Unidos são os pequenos negócios. Eles também são os que podem ser as maiores vítimas de má gestão do governo sobre a economia. No entanto, se eles virem liderança sábia e entendida no topo, e as regras são alteradas para o que é certo e eficaz, isso irá dar esperança o suficiente para impulsionar a economia. A nossa economia, e de fato a maior parte das economias do mundo, são construídas, a um elevado grau, sobre a esperança.

Novamente, algumas mudanças drásticas são necessárias, mas elas precisam ser gerenciadas e feitas devagar o suficiente para os envolvidos planejarem suas próprias mudanças para que se adaptem às novas regras do jogo. Mas quais devem ser as novas regras do jogo? Basicamente, deve significar menos regras. Como isto se aplica?

O maior fator que minou a capacidade do FEMA de suportar os problemas criados pelo furacão Katrina foi as camadas de regulamentos impostas sobre os funcionários da FEMA. Você podia vê-los amarrados em nós tentando descobrir o que podiam e o que não podiam fazer. As maiores tragédias foram causadas por regulamentos em excesso. Um exemplo disso foi quando um motorista de caminhão de combustível entregando o mesmo a equipes de emergência em Slidell [cidade do estado de Louisiana] foi embora sem ter entregado o combustível porque não tinham os recipientes aprovados pela FEMA! O prefeito de Slidell teve de mandar seus funcionários de emergência irem ao aeroporto e drenar combustível de aviões para usar em seus veículos de emergência. Vidas podem ter sido perdidas por causa disto, e ter de usar gasolina de aviação em veículos de emergência eventualmente queimou seus motores. É claro, existem muito mais histórias de horror naquela crise, que receberam muita publicidade, mas existem incidentes como tais ocorrendo diariamente por causa de básica má gestão em nosso governo.

UM REGULAMENTO NECESSÁRIO

Como piloto, éramos treinados continuamente sobre emergências porque durante uma verdadeira emergência normalmente não existe tempo para pegar o manual e ler sobre o problema. Existem também algumas emergências que ocorrem que são atípicas e nenhum checklist foi feito para elas. Para essas, é necessário ser entendido o suficiente quanto ao seu avião e outras condições para improvisar. Se você entrar em pânico, provavelmente irá morrer. Você deve tomar decisões sólidas rapidamente. Para facilitar isso, a FAA [Federal Aviation Administration, Administração Federal de Aviação] estabeleceu uma regra muita sábia que basicamente declara que, em uma emergência, você pode quebrar qualquer outra regra necessária para que trate aquela emergência. Uma explicação para o porquê das regras terem sido quebradas pode ser necessária, mas você está livre para quebrar qualquer uma se pensar que ajudará durante a crise. Esta regra deve ser fundamental em praticamente toda agência quando uma emergência é declarada. Salve as pessoas primeiro – e então se preocupe com as regras.

Atualmente, a grande crise no país é isso mesmo – muitas regras! Devemos libertar a economia de muitos regulamentos desnecessários e freqüentemente contra-produtivos. Uma verdadeira simplificação da cobrança de impostos [tax code] daria dividendos enormes, liberando recursos, energia e tempo enormes agora devotados ao registro e arquivamento de dados e planejamento de impostos, para não mencionar apenas compreender os impostos.

Pense no quanto melhor todos começariam a se sentir com isso. A vida, liberdade, e busca de felicidade foram direitos básicos expressados em nossa Declaração de Independência, e isso certamente percorreria uma grande parte do caminho para nos tornarmos mais felizes! É claro, pagar menos em impostos nos tornaria ainda mais felizes, e dar significativas dispensas de impostos para todos seria uma verdadeira possibilidade se tratarmos apenas este único assunto de regulamentação excessiva.

Seria difícil encontrar números concretos quanto a isso no presente momento, mas regulamentação excessiva está provavelmente reduzindo a eficiência da economia em pelo menos 35 por cento, e poderia muito bem chegar a 65 por cento. Apenas reduzir regulamentos para aqueles que realmente são necessários fortaleceria e agitaria um crescimento saudável em nossa economia mais do que qualquer outro fator único. Parece simples demais e bom demais para ser verdade, mas é verdade.

Porquê nenhum dos candidatos à presidência está falando sobre isso? Porque a maioria deles são advogados, cujo trabalho basicamente é responsável pela bagunça na qual estamos. Isso não tem a intenção de ser um ataque a advogados, mas será difícil para um advogado até ver isso – e ver é apenas o começo do que levará para resolver.

Para confrontar e resolver essa algema básica em nosso país não levará apenas coragem heróica, determinação e foco, mas chegará ao ponto de treinamento e prática legal básicos. É por isso que será difícil para advogados verem este problema e muito mais difícil lutar a luta que deverá ser encarada para resolver a situação. Devemos dar espaço para a graça de Deus. Lembre-se, foi Paulo o Apóstolo, o “Fariseu de Fariseus”, o mais legalista de sua geração, quem, uma vez convertido, se tornou o maior campeão da graça. No entanto, até o presente momento, sequer um advogado em campanha para a presidência deu alguma indicação de que chegou sequer a ver o problema, quanto menos ter a habilidade para lidar com ele.

AME SEU ADVOGADO

Novamente, não há intenção disso ser um ataque a advogados, mas devemos os tirar do governo, ao menos por enquanto. Realmente, o mundo moderno não poderia funcionar sem eles, mas a sua influência foi a um extremo que deve ter as rédeas tomadas. É raro encontrar um advogado que não pense que entenda de negócios e da economia, e é raro encontrar um que realmente os entenda. A educação e treinamento de um advogado são basicamente contrários a uma verdadeira compreensão de negócios.

Mesmo se esse não fosse, em geral, o caso, o governo e a economia dos Estados Unidos foram amarrados em nós por excesso de regulamentos, o resultado de uma mentalidade legalista que responde a problemas com regras ao invés de liderança ou boa administração. Por esse motivo, a última coisa de que precisamos é um advogado na Casa Branca, e precisamos que a maioria deles seja esgotada do Congresso por um certo tempo, também. Precisamos de uma mudança básica na mentalidade de que o que está em liderança é um formador de regras dirigido por aspectos legais e regulamentares, para um verdadeiro líder e bom administrador.

Um bom exemplo desta mentalidade legal esmagadora é o recente orçamento dos Estados Unidos, submetido pelo congresso. Tinha 3.200 páginas! O Congresso tinha apenas alguns dias para considerá-lo antes de passá-lo. Quem tinha tempo para ler o que estava escrito nele? Provavelmente os únicos que o irão ler agora são os intermediários que querem ter seu beneficio político/financeiro particular ["tirar do barril sua parte do porco"]. Você pode estar bem certo de que o orçamento poderia ter 10 por cento daquele tamanho, assim como leis e contratos poderiam também, sem perder qualquer conteúdo real.

A linguagem do advogado, legalês, é a linguagem da Babilônia, que significa “confusão”. É um peso esmagador sobre o nosso governo, a nossa economia, e o nosso povo. É por isso que precisamos de um presidente que é um líder e um libertador – não um advogado! Precisamos ser reticentes em votar em qualquer advogado para qualquer ofício por um tempo. Eu digo “reticente” porque sempre existem exceções. No entanto, não muitos Fariseus se tornam como Paulo, e muitos que foram convertidos causaram muitos problemas na igreja com os quais continuamos a batalhar até o presente dia por causa de sua mentalidade legalista. É por isso que o Senhor acautelou Seus discípulos para “ter cuidado com o fermento dos Fariseus” (veja Mateus 16.6). É uma contaminação sorrateira que é muito difícil retirar do pão depois de estar nele.

Pode o fermento do legalismo que está sufocando o governo dos Estados Unidos ser de alguma forma removido? Sabemos que todas as coisas são possíveis com Deus, então realmente exigirá a ajuda de Deus. Isto está além de toda solução humana, e também é uma crise que, se não resolvida, sufocará a força e vida dos Estados Unidos.

Tenho recebido contratos apresentados a mim que tinham mais de vinte e cinco páginas para trâmites com imóveis. Quando me recusei a assiná-los se não pudessem ser reduzidos a quatro páginas ou menos, declararam que isso não poderia ser feito, mas então o reduziam. Quando perguntava se algum dos termos importantes foram excluídos, diziam que não. Por que advogados escrevem vinte e cinco páginas quando poderiam escrever quatro? Talvez começou assim porque são pagos pela hora, mas foi para além disso. Existe uma mentalidade legal enraizada em paranóia, um medo exagerado de processos, que eles mesmos criaram. Tem amarrado o nosso país em nós como o personagem fictício, Gulliver. Nenhum outro país no mundo tem a quantidade de advogados per capita como os Estados Unidos, nem chegam perto. Os Estados Unidos morrerão ou por fome ou sufocado à morte por esse problema se não tratado logo.

OUTRA TACADA DO MACHADO

Eis aqui outro fator dos grandes enraizado no mesmo problema – reforma de injustiça no julgamento [tort reform] repararia os principais problemas com a área da saúde quase imediatamente, e muitos outros problemas básicos e devastadores segurando a nossa economia. Por que ninguém está abordando isso? Advogados têm sido rápidos para colocar jugos sobre todos os outros exceto eles mesmos, e eles são os que precisam das maiores algemas neste tempo.

Nos Estados Unidos, 35 por cento ou mais está incluído no custo de muitos itens principais apenas para seguro de prejuízos [liability insurance]. O custo do seguro de negligência não é só uma enorme parte do custo do nosso setor de saúde, mas está tirando muitos bons doutores da prática médica porque eles não podem pagar os prêmios para este seguro.

Isto já está se infiltrando profundamente no futuro do setor de saúde também. Muitas pessoas jovens e talentosas que gostariam muito de se tornar doutoras não irão arriscar os doze anos de faculdade e treinamento para uma profissão na qual todo dia encarariam a pressão de saber que apenas um erro poderia resultar em um processo, lhes custando seus seguros, sua capacidade de prática como doutores, e por fim terminando com suas carreiras. Esta pressão, por si só, tem provavelmente causado muitos erros desnecessários.

Outro resultado terrível disso é o fato de que, devido às ameaças de ações judiciais, os doutores não podem nem admitir seus erros, o que significa que outros não podem aprender deles, causando outros incontáveis a correr risco ou sofrerem. Este sistema está quebrado e deve ser amparado, mas os remédios agora sendo propostos – ter o governo gerenciando o setor de saúde é chocantemente ingênuo e tolo. Isso é como tentar curar diabetes injetando insulina no paciente com câncer.

É verdade que os enormes julgamentos contra principais empresas, como as farmacêuticas, têm provavelmente salvado muitas vidas, tornando-as muito mais cautelosas ao desenvolver e fabricar seus produtos. No entanto, tem também significado que cada um de nós, por causa do seguro contra prejuízo, está pagando o dobro ou mais do que de outra forma pagaríamos por estes produtos, e seus preços estão sendo tabelados muito além da capacidade de alguns, que realmente precisam deles, comprá-los. Apenas limitar o seguro, e então gradativamente reduzi-lo ao que é razoável iria imediatamente permitir as empresas de seguro ser capazes de prever mais precisamente o quanto realmente estão se expondo e começar a reduzir grandemente prêmios de seguros. Também precisamos prover um sistema que recompense a doutores e funcionários da saúde por admitir seus erros que não os condene. Deve haver penalidades para descuidos e revogação de licença para violações habituais ou repetidas, mas não o tipo de condenação agora encarada por eles devido a apenas um único erro.

Os Estados Unidos de fato tem, neste tempo, com todas as suas falhas, o melhor sistema médico no mundo. Mesmo assim, estamos no ponto de uma dissolução e isto deve ser tratado. No entanto, um sistema médico administrado pelo governo e nacionalizado seria uma tragédia para o sistema médico e a economia. Como alguém disse, “se você pensa que o sistema de saúde está caro agora, espere só para ver quando se tornar gratuito!” Poderíamos também esperar uma rápida redução na qualidade do sistema de saúde se o governo tomar conta dele. No entanto, existem respostas que poderiam corrigir problemas grandes, que poderiam mesmo tornar possível para o maior sistema de saúde do mundo estar disponível para cada cidadão e visitante legal em nosso país.

Novamente, o governo tem, em geral, provado ser o gerente mais ineficaz e ineficiente de quase qualquer coisa. Foi comentado que Winston Churchhill declarou, “se você não for liberal aos 20, você não tem coração. Se não for um conservador quando tiver 40, não tem mente!” A intenção dos liberais é freqüentemente muito nobre. São as soluções que eles propõem que são tão devastadoras. Leo Tolstoy abordou isso em seu romance clássico, Guerra e Paz. Neste romance, o conde Pierre era um liberal de todo o coração brigando pela situação difícil encarada pelos escravos. Ele se preocupava sinceramente com eles, mas era um administrador tão ruim que os seus próprios servos estavam em situação muito pior que os do príncipe Andrei. O príncipe Andrei, um conservador, era um bom homem e se importava com as pessoas, mas não se guiava por compaixão muito mais do que por apenas bom tino para negócios, e por causa disso, seus trabalhadores estavam em situação muito melhor que os de Pierre. Para quem você preferiria trabalhar?

Atualmente, temos agências do governo que para cada US $100 em seu orçamento, somente US $10 chegarão à necessidade da agência para a qual foi criada. Em uma escala de eficiência, isso classificaria tal como tendo eficiência de 10 por cento. Isso é comum no governo e até mesmo em algumas entidades de caridade que se tornaram como grandes burocracias em sua administração. Isso não é aceitável. O serviço pode e deve ser feito com não mais que 15 por cento sendo consumido em administração e 85 por cento chegando à necessidade.

Eu não considero a terrível ineficiência do governo ser culpa de burocratas o tanto quanto de um terrível fardo de regulamentos sob os quais a maioria deles devem agora tentar operar. A maioria dos burocratas amaria ser capaz de fazer seu trabalho melhor e com mais eficiência, e muitos deveriam ser considerados heróis por conseguirem fazer tanto nas frustrantes condições sob as quais agora trabalham. Cada vez que você dirige sobre uma ponte que não cai, ou come em um restaurante e não adquire intoxicação alimentar, devemos ser gratos por um burocrata que fez seu trabalho. Estes são alguns dos maiores servos em nossa nação, e precisamos ajudar a eles de uma forma: os libertar.

O nosso governo poderia fazer mais com uma fração do que estamos pagando para ele agora. Poderíamos facilmente equilibrar o orçamento do governo dos Estados Unidos, enquanto que de fato aumentando a qualidade e a quantidade de seus serviços, incluindo defesa. Por quê isso não foi feito? Por quê nenhum dos candidatos está falando sobre os assuntos realmente relevantes aqui – má gestão e excesso de regulamentos? Novamente, não podemos esperar que os advogados enxerguem isso, mas o fermento desse legalismo e o uso de uma nova regra para confrontar cada novo problema cegou quase todos no governo, em qualquer nível.

Se você pegasse o desperdício do governo dos Estados Unidos e colocasse esse dinheiro de volta nas mãos das pessoas e dos negócios, nenhuma economia no mundo poderia competir com a dos Estados Unidos em qualquer nível, a não ser que elas também aprendessem a administrá-la corretamente. Um motivo da economia chinesa estar expandindo bastante é porque eles não têm ameaças de processos judiciais e toda a amarração que vem com elas, enquanto que eles ainda têm camadas de burocracia. Se tivéssemos uma reforma básica de injustiças em processos, junto com liberação das camadas desnecessárias e contra-produtivas de regulamentos, não haveria competição para a economia dos Estados Unidos no mundo.

Atualmente, uma grande parte de nosso PIB [Produto Interno Bruto] está indo para desperdícios. Desperdício é pecado, e de acordo com o ensinamento do Senhor na Parábola dos Talentos, é um pecado ruim que O levará a nos chamar de “servo mau e preguiçoso” (veja Mateus 25:26), nos lançando na escuridão externa. Administrar o que nos foi confiado é tão importante que foi estimado que até metade dos ensinamentos nas Escrituras sobre justiça são concernentes a mordomia. Justiça é basicamente fazer as coisas da forma certa.

Não estou defendendo esta eficiência apenas para que possamos nós mesmos ter mais, mas poderíamos ajudar a elevar o padrão de vida para cada nação em desenvolvimento na terra. Poderíamos estabelecer um “Plano Marshall” econômico para nações em desenvolvimento que poderia elevar o padrão de vida no mundo todo, e ao mesmo tempo de fato fortalecer a nossa economia por estabelecê-lo. Contrariamente ao que muitos pensam, o Plano Marshall não foi apenas ajuda ou caridade estendida à Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial, mas foi uma mobilização de empresas dos Estados Unidos para investir na Europa, o que gerou retorno muito bom! Isso poderia ser feito em nações em desenvolvimento de forma que ajudaria a estabilizar e prosperá-las, enquanto que ao mesmo tempo beneficiando a nossa economia. Claro, algumas delas se ergueriam e começariam a competir conosco, mas competição é algo saudável, e se tomarmos as rédeas em injustiças judiciais e regulamentos em excesso, levará muito tempo antes que alguém realmente consiga competir com os Estados Unidos.

CONCLUSÃO

As respostas para estes enormes problemas são realmente tão simples? Sim, basicamente elas realmente são. As respostas para os nossos grandes problemas em quase toda área são muito simples, e na verdade a resposta é: simplificar. Apenas simplificar o sistema de cobrança de impostos seria uma tremenda alavanca. Porém, se não formos libertos da mentalidade básica de legalismo, em breve as coisas serão complicadas demais novamente. É por isso que devemos parar de golpear os galhos de nossos principais problemas e lançar o machado na raiz da árvore. Reformar o sistema de injustiça judicial é algo totalmente essencial neste tempo. Não é a única coisa, mas poderia liberar o caminho para consertar maior parte das outras questões. Podemos ajudar a virar a maré individualmente recusando-nos a assinar qualquer contrato que não conseguirmos entender, que não esteja escrito em inglês simples, e que seja do comprimento necessário para expor o trato clara e sucintamente. Advogados querem escrever contratos em uma língua na qual eles são os únicos que a podem entender porque isso se chama “segurança de emprego”. Bem, a segurança de emprego deles está começando a ameaçar o emprego de todos os outros, e é tempo para tomarmos uma posição e nos recusarmos a permitir que isso continue acontecendo.

É importantíssimo que os chefes executivos nos níveis federal, estadual e local recebam poder para vetar itens isolados de leis, provisões de notas e apropriações de orçamento [line-item veto]. Uma quantidade enorme de tolices, desperdícios e leis muito ruins são passadas por serem anexadas a legislações essenciais, algo que isso repararia. É claro que os que perderiam grande parte de seu poder para corromper e desperdiçar irão procurar amedrontar todos a pensar que isso dá muito poder ao chefe executivo, mas esse é o engano que as pessoas foram aceitando, o que permitiu que a crise de desperdício e ineficiência chegasse ao ponto onde agora está. É uma verdade básica e óbvia que os chefes executivos não têm autonomia para vetar itens específicos do que lhes é passado. Para provar que o direito de vetar pode ter resultados positivos importantes, por que não dar esta autonomia por apenas dois anos para que possamos ver como se sai? Funcionará tão bem que todo o país clamará para a tornar permanente, e esta base de experimentação tira o fôlego dos argumentos contra tal poder concedido.

Todos estão dizendo que o sistema está quebrado, mas até o presente momento ninguém está propondo formas para realmente consertá-lo. Estou apenas tocando em alguns assuntos, muito superficialmente. Existem outros pontos que abordarei se a resposta a este Boletim é algo que nossos leitores se importem em ouvir mais a respeito.

Você pode se perguntar o porquê de eu escrever isso em um Boletim Profético, mas quase todos esses mesmos assuntos estão estrangulando a vida da igreja também. Devemos ser libertos dessa mentalidade legalista prevalecente, que na verdade é um principado. A resposta ao legalismo não é a ausência de leis ou anarquia, mas na próxima tiragem abordaremos a raiz da crescente aversão a regras, algo que as Escrituras deixam claro que será uma das principais questões dos nossos tempos.

Da mesma forma, a igreja é chamada para ser a luz para o mundo. Isso quer dizer que devemos ter as respostas para os problemas do mundo, a luz para a sua escuridão. No Antigo Testamento, as profecias eram chamadas de “fardos” ou “o fardo da palavra do Senhor” (veja Zacarias 9:1, 12:1). Eu tenho pessoalmente sentido um crescente fardo ou peso sobre estes assuntos ao grau que tenha que os compartilhar.

Existe uma companhia de profetas sendo levantados em nossos tempos como Daniel e seus amigos, os quais mostrarão ter muito mais sabedoria e compreensão que qualquer um, em “toda questão de sabedoria e entendimento sobre a qual o rei os consultava” (veja Daniel 1.20). Alguns desses se tornarão líderes de governo como Daniel. É o chamado deles. Outros tomarão seus lugares como chefes ou cabeças de corporações, indústrias, ramo militar, e em posições de autoridade, para dar tanta liderança e estabilidade quanto possível, até que o Próprio Rei retorne para organizar o Seu reino. Os que conhecem “Aquele que tudo sabe” devem ter mais sabedoria em qualquer assunto do que qualquer outra pessoa. Isso não é uma base para orgulho, mas o resultado de uma devoção genuína à verdade, ao amor a Deus, e ao amor para com nossos próximos.


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