domingo, 11 de maio de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 19


O Exército de Deus se Mobiliza, parte 19

Após mobilizar ou reunir o povo, é crucial que o treinamento inicie logo. A qualidade desse treinamento será o maior fator para determinar a força do povo. Para que isso ocorra, devemos também ter em mente que ensinar e treinar não são a mesma coisa. Ensinamento de qualidade também é importante, mas faz pouco além de inchar as pessoas com conhecimento, a não ser que esteja combinado com treinamento. Treinamento chama a verdadeira experiência de aplicar o que é ensinado.

Quantos permaneceriam dentro de um avião que está para decolar se descobrisse que o piloto na verdade nunca pilotou um avião, mas somente leu livros a respeito? Não é bem o mesmo nível, mas Cristãos podem ser assim quando lêem livros sobre ministério, missões, ou vão a um seminário que apenas ensina, sem oferecer experiência prática no ministério para que aprendam onde aplicar o conhecimento. Experiência transforma conhecimento em sabedoria. É por isso que o Senhor não apenas ensinou seus discípulos, mas os treinou, ao fazer com que executassem grande parte do ministério.

Pense bem nisso. Em Lucas 10, Ele até mesmo os enviou de dois em dois para pregar o evangelho, curar os doentes e expulsar os demônios, e eles nem sabiam ainda como orar! Sabemos isso porque vieram até Ele em Lucas 11 e pediram que os ensinasse a orar. Ele lhes confiou responsabilidades sérias enquanto eram obviamente um tanto que imaturos.

Steve Thompson uma vez disse, “Qualquer coisa que valha a pena fazer, vale a pena ser feita mesmo que com desempenho ruim”. Lógico, queremos buscar excelência em tudo o que fazemos, mas qual grande músico tenha tocado uma primeira nota com perfeição? Qual grande artista tenha pintado uma obra prima na primeira vez que tenha trabalhado? Não, eles provavelmente começaram fazendo representações bem simplistas, como que representando as pessoas por palitos. Ao trabalhar no ministério da casa do Senhor e representar o Rei, seja de que forma for, queremos fazer o melhor possível, não obstante deve haver espaço para crescimento e maturidade. Mesmo o maior cozinheiro provavelmente queimou alguns mistos quentes ao iniciar.

Treinamento é onde se tem a oportunidade de errar. Penso que uma das melhores coisas que fizemos para liberar as pessoas para o ministério foi começar uma reunião na qual chegamos até a glorificar erros. Quando começamos as nossas reuniões de Escola do Espírito em Charlotte, nos foi dada a palavra em Provérbios 14.4, “Onde não há bois, a manjedoura está vazia; mas pela força do boi há abundância de colheitas.” Basicamente nos foi dito que, se queríamos uma igreja forte, então precisaríamos de uma pá grande! Se a sua visão de vida em igreja é de algo limpo e organizado com tudo em perfeita ordem, então penso que nunca realmente leu o Novo Testamento.

Lembro-me de John Wimber dizendo como alguns teólogos o estavam questionando, e ele assegurou que nunca permitiu nada em suas reuniões que não vira no Novo Testamento. Quando aparentou que isso os apaziguaria, ele os desafiava, perguntando se eles já leram o Novo Testamento! Pense nas reuniões do próprio Senhor. Demoníacos gritavam e jogavam as pessoas no fogo, outros cortavam um pedaço do telhado e abaixavam um doente, e então outros ungiam o Senhor, lavavam os Seus pés com seus cabelos, e muitas outras coisas mais.

Buscar ordem e asseio não é errado, mas, goste ou não, é errado se sua devoção aos mesmos te leva a matar a vida. A vida é desordenada, goste ou não. Quando o Espírito Santo se move, freqüentemente parece um caos, mas isso é o resultado do caos nos corações das pessoas poder sair para que elas possam ser mudadas. Os orgulhosos e os Fariseus espirituais ficarão ofendidos com todo mover de Deus, assim como ficaram quando o próprio Deus veio e andou sobre a terra. Quanto maiores as coisas que Ele fazia, mais determinados estavam em matá-lo. O mesmo ainda ocorre. Quanto mais o Senhor se move, mais esses tipos de críticos procurarão matar o mover. Se você quer continuar em um mover autêntico de Deus, deverá desconsiderar esse tipo de gente, assim como Jesus fez.

Isso não quer dizer que tudo que esteja sendo feito em avivamento seja de Deus. No entanto, em avivamentos verdadeiros as pessoas são libertas, e quando elas primeiramente são libertas, às vezes vão longe demais em sua liberdade e fazem muitas coisas bobas. Isso vem junto com o território, e se te envergonha, não é de se estranhar. Para permanecer em um mover autêntico de Deus, você quase sempre terá a determinação de se envergonhar e amar ver a Deus tocar nas pessoas mais do que se importar com a sua própria reputação.

Assim como o Senhor Jesus chamou pessoas comuns para serem os líderes e obreiros dEle, Ele ainda age dessa forma, mesmo nos Seus moveres novos. Ele prefere ter para si aqueles com um coração correto do que apenas os que foram profissionais treinados. Devido ao fato de que é Ele que escolhe Seus líderes, quase todos eles estarão se submetendo a uma longa curva de aprendizado. Eles podem ser usados para fazer coisas incríveis, e então logo em seguida fazer coisas estúpidas, assim como vemos nos Evangelhos e no livro de Atos. O Senhor parece nunca estar envergonhado com os erros de Seu povo, e nenhum erro está além de Sua capacidade de consertá-lo. Uma coisa que Ele obviamente ama é a vida real e pessoas reais.

Tenho agora observado um número substancial de pessoas crescerem e terem ministérios poderosos e de valor, e em quase todos os casos, aqueles que cresciam mais rápido e iam mais longe foram os que começaram com alguns dos maiores erros. Penso que é por isso que o Senhor deu as chaves do reino a Pedro. De fato ele cometeu alguns dos maiores erros, mas ele também realizava algumas das maiores façanhas. Isso parece se repetir ao longo da história da igreja.

É correto ter-se um objetivo que seja o maior padrão de excelência, mas para chegarmos lá teremos de abraçar muitas coisas que ainda estão distantes do que almejamos. Se vale a pena ser feito, vale então começar com desempenho medíocre. Mesmo o grande Apóstolo Paulo não era o grande Apóstolo Paulo quando começou, mas o muito imaturo Saulo de Tarso. Mesmo quando foi comissionado como um apóstolo, estava muito mais maduro, mas não era um apóstolo maduro, mas novato. Se você quer os melhores dons, você deverá estar disposto a limpar algumas das maiores bagunças. Se você quer um celeiro limpo, está então no lugar errado. Que valor tem um celeiro se nele não existe animal? Nosso objetivo é ver mesmo em um imaturo Saulo de Tarso um grande apóstolo e o ajudarmos a chegar lá.

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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