domingo, 25 de maio de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 21


O Exército de Deus se Mobiliza, parte 21

Semana passada nós abordamos como as pessoas de maior êxito em qualquer área são normalmente aquelas que executam melhor o básico, os fundamentos. Estou certo de que vocês notaram o quanto eu repito alguns desses princípios. Posso procurar repeti-los de maneiras diferentes, usando histórias diferentes, não obstante são os mesmos princípios. Estou procurando tornar o ensinamento interessante e eficaz. Repetição é algo necessário para se desenvolver qualquer habilidade, inclusive caráter Cristão. Os sábios abraçam a repetição e sempre são os que encaram com mais seriedade o treino e a prática. Os sábios nunca desperdiçam uma oportunidade para revisar a verdade e praticá-la.

Em nosso ministério, temos um bom tanto de músicos talentosos, assim como escritores de músicas e líderes de louvor. Nossa Escola de Ministério parece atrair muitos músicos e líderes de louvor extremamente talentosos todo ano, e recentemente temos sido surpreendidos pelo quanto esses dons extraordinários parecem estar crescendo dramaticamente a cada ano. Isso nos anima muito, mas também sabemos que é uma responsabilidade grande.

Os CDs de adoração do MorningStar têm se tornado conhecidos pelo mundo todo. Escuto músicas escritas pelos nossos líderes e alunos de louvor sendo tocadas em quase todo lugar para onde vou, mesmo em alguns dos lugares mais isolados e remotos. Isso é gratificante porque essas músicas têm uma mensagem que está sendo levada adiante, e mais importante, estão ajudando as pessoas adorar ao Senhor. No entanto, isso não aconteceu de repente. Começamos com o louvor provavelmente menos impressionante no planeta. Como isso mudou?

Pode haver uma grande diferença entre prosperidade e riquezas. Riquezas tendem a vir fácil e rapidamente, mas também ir embora tão fácil e rápido como foi para chegar. Verdadeira prosperidade é o resultado de diligência, esforço, fidelidade, perseverança e caráter, todos os quais ajudam a incutir àquele que tem a riqueza, a sabedoria para ajudar a preservá-la e expandi-la. O verdadeiro tesouro do reino funciona da mesma forma.

Um dos verdadeiros tesouros do reino é termos nossos nomes escritos no céu, de forma que sejamos conhecidos lá. É um grande tesouro ser confiado com os dons e ministérios do Espírito Santo e receber autoridade e influência no reino, que por sua vez é baseado totalmente em caráter, que por sua vez é chamado “o fruto do Espírito”. Frutos são cultivados e crescem. Não se pode esperar plantar uma semente e esperar que ela simplesmente pule pra fora do solo como uma árvore madura e com frutos.

Confesso me tornar impaciente com pessoas que me pedem para orar por elas para que recebam o meu dom de escrever, como se isso pudesse ocorrer apenas por eu impor as mãos sobre elas. Tem me levado quatro décadas de grande esforço para desenvolver as habilidades que tenho. Podemos receber o dom de Deus, mas, assim como os músculos que Ele nos dá, eles permanecerão pequenos ou crescerão dependendo do quanto os exercitarmos. Impor as mãos para transferência de dons não é algo como uma vareta mágica espiritual sobre as pessoas, dando-lhes um dom que é instantaneamente eficaz. É verdade que pode-se receber dons pela imposição de mãos, mas se orarmos para que alguém receba algo por transferência sem que esta pessoa tenha a disciplina e devoção para desenvolver o que recebeu, ajudamos a trazer juízo sobre ela – o julgamento do “servo mau e preguiçoso” (veja Mateus 25.26) na Parábola dos Talentos, que enterrou o que lhe foi confiado.

Muitas vezes já desejei ter um dom ou poder que me permitiria impor as mãos sobre as pessoas para maturidade espiritual instantânea, mas não acho isso em nenhum lugar das Escrituras. A sabedoria vem de uma devoção ao conhecimento combinada com a experiência e com a humildade de aprender das nossas experiências e das experiências dos outros. É uma mentalidade.

Uma coisa de meu íntimo compartilho: Uma das minhas maiores decepções e dores que carrego é ter visto algumas das pessoas com maiores dons caírem, se desviarem, e enterrarem os grandes dons que receberam. Devido ao fato de que meu chamado é construir pessoas, os “talentos” que me foram confiados são as pessoas. Apesar de eu entender que Deus deu liberdade às pessoas de tomarem suas próprias decisões, ainda assim carrego uma dor pelos que falham. Não posso deixar de pensar no que eu poderia ter feito para impedir a queda delas.

Não se lamente por mim ou procure aliviar esse sentimento porque é básico o fato de que com autoridade vem responsabilidade, e não estou preocupado em me sentir melhor o tanto quanto estou em agir melhor. A única forma pela qual me sentirei melhor é se ver melhoria, e penso que estamos melhorando, mas também não quero apenas varrer nossas falhas para baixo do tapete. Quero aprender tudo o que posso delas para que possa agir melhor com as pessoas que o Senhor nos confia.

Por outro lado, temos muitas histórias de sucesso, e tenho tanta alegria ao ouvir do crescimento e sucesso das pessoas envolvidas nelas o quanto sinto dor pelas histórias de fracasso. Com cada sucesso ou falha, sinto que aprendi lições diferentes, mas todas valiosíssimas. Queremos levá-las adiante. Apesar de eu poder não ser capaz de impor as mãos nas pessoas para que tenham maturidade instantânea, os verdadeiramente sábios, que são os verdadeiramente humildes, aprenderão das lições dos outros, sejam erros ou sucessos.

Tenho visto um denominador comum com todos que considero estar fracassando em produzir fruto com os grandes dons eu lhe foram confiados – todos começaram a se sentir tão dotados que pensaram que não tinham de se esforçar; queriam somente fazer a parte legal, o que para um músico poderia ser algo como apenas tocar diante de grandes platéias. Após um tempo, aprendemos que se a disciplina pessoal de alguém no privativo não estava crescendo com sua fama, então sua fama a derrubaria.

Uma vez quando saí para pregar na Igreja Internacional de Las Vegas, pedi que um amigo meu que fora um grande jogador de basquete da NBA fosse comigo. Seu nome é Armen Gilliam, também conhecido como “Armen, o martelo”; ele foi um dos jogadores de elite de seu tempo. Na saída, Armen me disse sobre um de seus companheiros universitários que sentia que era o melhor jogador de basquete que já conhecera, mas nunca chegou na NBA e desde então nunca se ouviu falar dele. Armen jogou na era de alguns dos melhores jogadores de basquete de todos os tempos como Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird. Quando perguntei a Armen se o seu então parceiro de equipe era melhor que eles, ele me garantiu que era e que quando alguns deles jogaram juntos nas ligas de verão, esse homem, John Flowers, ganhou o prêmio MVP [Jogador Mais Valioso].

Como Armen, pensei como um jogador tão bom poderia simplesmente desaparecer assim. Então, quando estava no quarto de concentração da igreja me preparando para falar, Armen voltou e disse que vira seu amigo, John Flowers, sentado na platéia. Eu pedi a ele que o chamasse para onde estávamos, e ele o fez. Eu disse a John o que Armen falara a seu respeito, e ele rapidamente concordou que ele era o jogador mais talentoso, até mais do que todos os outros grandes de sua época. Quando lhe perguntei por que nunca chegara a jogar na NBA, sua resposta foi imediata – sentia que era tão talentoso que não tinha de se esforçar, então os que se esforçavam mais o passaram rapidamente. Ele era agora porteiro de um dos cassinos do centro.

Eu, também, tenho aprendido vez após vez que aqueles com a disciplina e foco para se esforçarem passarão rapidamente aqueles que podem ter muito mais talento mas não têm a disciplina e foco para se esforçarem. Michael Jordan e Tiger Woods obviamente têm talentos, mas o que realmente os separa do resto é que eles também têm uma disciplina e ética de trabalho. Michael Jordan se recusava a deixar que qualquer outro chegasse antes dele e fosse embora depois dele nos treinos. Parceiros de equipe e técnicos garantiam que ele treinava com mais zelo do que a maioria tinha na hora do jogo.

Pense nisso: Qualquer um de vocês que está lendo isso pode se tornar o melhor amigo de Deus nesses tempos e fazer as maiores façanhas em prol do evangelho. Em nenhum lugar diz que não podemos fazer o que Enoque fez – se aproximar tanto de Deus que Ele simplesmente o leva direto para o céu sem passar pela morte. Aliás, pode ser que esse seja o verdadeiro arrebatamento – a noiva, a igreja, se torna tão perfeita, sem mancha ou ruga, e amando tanto a Ele que Ele vai e a leva embora de repente.

Se grandes atletas têm tal devoção por um esporte, quanto mais deveríamos nos entregar para correr para a coroa que não se corrompe?

Vocês não sabem que aqueles que disputam uma corrida, dentre todos, somente um leva o prêmio? Corram de forma que ganhem o prêmio.

Todos os que competem nos jogos exercitam domínio próprio em todas as coisas. Eles o fazem para receber uma coroa que perece, mas nós uma que não perece (I Coríntios 9.24-25).


[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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