segunda-feira, 19 de julho de 2010

Palavra para a Semana n° 24


Preparados para os tempos, parte 24


Semana 24, 2010

Quando Josué liderou Israel para atravessar o Rio Jordão para que possuísse sua Terra Prometida, um anjo lhe apareceu. Ele perguntou ao anjo se ele era por eles (Israel) ou por seus inimigos, e ele respondeu, “por nenhum; vim como capitão do exército do Senhor” (leia Josué 5.14). Isso pode parecer confuso já que Israel era o povo de Deus, e eles estavam sendo guiados por Deus para possuir a terra que Ele lhes prometera. Por que o capitão de Deus não poderia estar do lado deles? Porque o Senhor não vem para tomar lados; Ele vem para tomar conta, dominar.

O Senhor não é um Republicano, Democrata, esquerdista ou conservador. Ele ama a todos. As pessoas podem abraçar as coisas certas com motivações erradas e a coisa errada com as razões certas. Os dois grandes partidos norte-americanos e provavelmente todos os partidos menores têm causas nobres. Quando eu era jovem, fui um pouco esquerdista e membro do Partido Democrático, e penso que tinha boas motivações para isso. Quando não mais podia suportar este partido por causa de sua plataforma quanto ao aborto e outras questões morais que sentia que estavam em conflito com moral bíblica, à medida que os grupos anti-cristãos eram acolhidos por ele, tive de ir embora. Porém, continuei a crer em algumas coisas que me atraíram aos Democratas no início, e essas coisas por vezes eram tratadas muito mal pelos Republicanos. O que poderia fazer, então?

Creio na importância dos alicerces. Abraão, buscando a cidade que Deus estava construindo, e não a dos homens, estava procurando uma cidade com “alicerces”. Eu rastreei o alicerce de cada partido e pensei que ambos tinham propósitos muito nobres no início. Ambos têm saído dos trilhos, de tempos em tempos, em algumas coisas; e outras vezes, têm retornado. Por vezes, se mantiveram fora dos trilhos e caíram em extremos. Para resumir, assim como uma águia precisa da asa esquerda e direita para voar, precisamos dos dois nos EUA. Portanto, procuro ouvir e respeitar a ambos. Isso não quer dizer que abra mão de minha posição, mas procuro sinceramente ouvir e muitas vezes aprender mais quando ajo assim, ainda que não me leve a mudar de posição. Entender significa se colocar no lugar da outra pessoa.

Quando me tornei um empresário e comecei a entender melhor o ramo de finanças e administração, fiquei ainda mais conservador por causa de uma preocupação de que grande parte da agenda dos esquerdistas, com relação à seguridade social e seu esquema paternalista levaria, por fim, a um desastre nacional, o que estamos começando a experimentar agora. A intenção por criar estes direitos pode ter sido boa, mas a aplicação faltou tragicamente quanto a sustentabilidade, para não dizer senso comum e matemática básica em alguns casos. Alguns podem ter feito isso para receber votos imediatos, mas empurrar a prestação de contas à próxima geração é inescrupuloso. Agora, os que estão fazendo isso hoje não acham que seja inescrupuloso porque estão olhando às necessidades atuais e pensam que “nosso crescimento resultante vai nos tirar dessa”. Isso parece bom, mas o fato é que este pensamento nunca funcionou com relação a corrigir uma irresponsabilidade financeira, ou viver em um padrão acima do que se pode bancar; ao menos no governo não funciona.

A verdade é que nosso governo, independentemente de qual partido estivesse no poder, se tornou viciado em gastos crescentes, sem fazer o equivalente de cortar programas desnecessários ou obsoletos. O dia de prestação de contas é inevitável, que agora parece que está diante de nós.

Foi por esse motivo que Winston Churchill disse, “Se você não for um esquerdista aos vinte, não tem coração, se não for um conservador aos quarenta, não tem cérebro”. Contrariamente ao que muitos de meus amigos conservadores podem pensar, creio que muitos esquerdistas realmente se importam com os pobres e oprimidos, o que é um dos preceitos mais básicos dos ensinamentos de Jesus. Aprecio isso, mas tenho alguns conflitos com o que penso que sejam ensinamentos fundamentais de Jesus; por exemplo, mordomia. Precisamos de ambos.

Jesus chamou o escravo que não administrou os recursos a ele confiados de “servo mau e preguiçoso” (veja Mateus 25.26). O que foi chamado de “servo bom e fiel” (veja Mateus 25.23) foi o que administrou bem o que lhe foi confiado. Boa gestão é tão importante ao Senhor que se estima em até um terço ou metade a proporção dos ensinamentos de justiça, nas Escrituras, que sejam sobre mordomia.

Por que não podemos, então, combinar compaixão com boa mordomia? Podemos, mas precisamos começar considerando que o governo não deveria estar fazendo muitas das coisas que não esteja fazendo bem – seja relacionado a compaixão ou eficiência. Uma cultura justa cuidará dos verdadeiramente necessitados diante deles, mas quando a caridade é institucionalizada, ela se torna fria, dura e diminui o indivíduo, para não mencionar a ineficiência.

Aprecio ter um governo que ao menos se importe e procure ajudar aos necessitados, mas acho que é somente fazendo o que Deus chamou o Seu povo a fazer. O governo está procurando fazê-lo porque falhamos na tarefa Cristã básica. Logicamente que nem todos, mas em geral, até Cristãos esquerdistas bem intencionados querem que o governo faça o nosso papel por que nós não o queremos. Assim, corrigir o problema com direitos de seguridade social e bolsas de auxílio está agora diante de nós e precisa ser tratado. Como Cristãos, devemos considerar que realmente existam pessoas às quais Deus ama que em breve estarão desesperadas – todos que entendem matemática básica sabe que estamos para bater em uma parede, e começamos a vê-la na Europa; direitos que foram prometidos não estarão disponíveis. Qual é o nosso plano quando vier o esfacelamento?

Existem respostas – verdadeiras e bíblicas, que podem nos tirar da bagunça na qual estamos, se voltarmos à Deus e à Sua palavra. O governo dos EUA foi construído sobre princípios bíblicos sãos, que é o motivo de ter suportado tantas tempestades. Nos últimos 50 anos, nos afastamos de nossos alicerces – quando mais nos afastamos, pior ficamos. Devemos voltar da beira do abismo rumo ao qual estamos indo e voltar à Rocha.

Rick Joyner, 07/06/2010

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

Nenhum comentário: