quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 26


O Exército de Deus se Mobiliza, parte 26

Pode ser que uma das transformações de grandes organizações mais marcantes da história tenha sido o que ocorreu no ramo militar norte-americano nas últimas duas décadas. Não se trata apenas de uma questão de modernização, mas o desenvolvimento de uma cultura tão criativa e aberta à inovação, novas idéias, e estratégias, e da mesma forma capaz de desenvolver e implementá-las a nível operacional. O ramo militar norte-americano desenvolveu esta incrível cultura, honrando ao mesmo tempo as grandes tradições e disciplinas necessárias para se administrar uma organização tão grande. O que os militares fizeram em termos culturais é difícil para uma igreja, ainda que seja pequena e jovem, fazer; para uma organização de milhões de pessoas, com uma história de 250 anos, isso não é nada menos do que surpreendente. Isso deve ser particularmente interessante a nós porque uma transformação similar está vindo à igreja, e muitas virão das mesmas formas que vieram para os nossos militares.

A transformação dos militares não foi fácil; não é para sequer uma única pessoa apenas, quanto menos para algo dessa magnitude. Mesmo assim, se entendermos que trabalhamos com o que Deus está fazendo, será muito mais fácil do que se não fosse dessa forma, porque, quer queira quer não, transformação está vindo. Resistir a mudanças somente as tornará mais dolorosas, e em alguns casos será fatal para os que se recusam a fazê-las. De fato, estamos vendo uma enorme parte da igreja que está casada mais ao passado do que ao presente simplesmente se esvaindo.

Houve tempos em que o ramo militar dos Estados estava atolado na mesma atitude, resistente à mudança, olhando mais para trás do que para frente. Aliás, era provavelmente tão resistente à mudança quanto a igreja é hoje. Devemos ter esperança pelos que permanecem – eles ainda podem fazer mudanças que não somente lhes permitirá sobreviver, mas triunfar. Isso também deve nos dar a esperança de que qualquer grande instituição, inclusive os governos ou agências de governo mais calcificadas, podem ser transformadas.

Como que os militares conseguiram isso? Liderança.

Uma liderança incrível veio, uma que sabia que teria de haver mudança, e estavam dispostos a lutar por ela. Isso exigiu grande perseverança e coragem, e a disposição de arriscar promoções ou mesmo suas carreiras. Muitos pagaram o preço de ter de ser forçados a sair do serviço. No entanto, seu sacrifício não foi em vão e o que tinha que ser feito foi feito. Eles têm um fruto que permanece. A igreja está agora necessitando desesperadamente de tal liderança para trazer o mesmo tipo de mudança, e esta está emergindo.

Existem muitos passando pelos mesmos desafios na igreja hoje que a liderança visionária no ramo militar passou quando buscando trazer transformação. Se eles apenas ficassem quietos e dentro das linhas partidárias de seus moveres e denominações, seria muito mais fácil para eles. Outros são independentes que estão lutando contra as mesmas forças dentro de suas congregações, onde são ameaçados em perder pessoas ou seu ministério. Muitos membros foram forçados a sair de suas congregações por se posicionarem a favor de mudança, que pode ser muito difícil ocorrer. Se realmente amamos nossas igrejas, estaremos dispostos a arriscar essas coisas para nos posicionarmos a favor de mudança.

Mudança é algo difícil, e quase sempre exige muito sacrifício de muitas pessoas. Mesmo assim, quando qualquer entidade pára de ser capaz de mudar, ela começa a morrer. Estamos lutando por vida quando lutamos pela capacidade da igreja abraçar a mudança.

Muitos se encavernam e cedem para a resistência à mudança, mas haverá outros que não farão isso. Se permanecerem fiéis, seu fruto será grande porque está chegando mudança. A igreja irá, como nunca antes, se tornar criativa, inovadora e aberta à mudança e ao vinho novo do Espírito, o que a capacitará a se tornar a força mais dinâmica e poderosa na terra.

Desde o primeiro século, grande parte da igreja tem procurado construir as coisas de uma forma que na verdade é oposta à forma com que o Senhor agia, ao procurar construir sobre organizações ao invés de se basear em pessoas. Isso não é apenas contrário à forma com que o Senhor agia, mas é algo fadado à falha. A melhor forma de governo ainda será um mau governo se não tivermos pessoas boas nele. Da mesma forma, podemos ter uma forma ruim de governo mas termos um bom governo se houverem pessoas boas lá. É por isso que o Senhor não constrói sobre formas, mas sobre pessoas. Will Durant foi um historiador secular, mas teve grande visão quando declarou: “César procurou mudar homens mudando instituições, mas Jesus mudou instituições mudando homens”.

Ter boas organizações ou boas formas de governo é melhor do que não tê-las. Vale a pena se esforçar um pouco para tê-las, mas devemos vigiar para não permitir que a nossa devoção à organização ou forma de governo eclipse nossa devoção a construir pessoas; do contrário, falharemos no que somos chamados a fazer, independente de quão boa nossa organização seja e o quanto dure. Algumas grandes organizações ainda estão funcionando como máquinas, não mais promovendo verdade e vida.

A organização não em si não é e nunca será o principal elemento de um bom governo ou organização. Mesmo assim, ter bons governos pode ajudar bons líderes a liderar com mais eficácia e bons administradores a ter mais facilidade em administrar. Podem também ajudar a cobrir algumas coisas que líderes ou administradores maus ou imaturos deixam a desejar. Bons líderes e administradores serão capazes de superar pobre organização ou governo mais fácil do que boa organização ou governo pode superar líderes ou administradores ruins.

Uma liderança corajosa e ousada está se levantando, e esta será usada para trazer mudanças radicais. Será resistida e perseguida, principalmente pelos que têm sua própria liderança ameaçada, mas a mudança irá prevalecer. A maior mudança de que a igreja precisa é na liderança, e é isso que estamos prestes a receber. Por que não ser parte disso?

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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