terça-feira, 21 de outubro de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 27



O Exército de Deus se Mobiliza, parte 27

Podemos ter o melhor exército do mundo, mas ainda assim sermos derrotados se não tivermos boa liderança. Da mesma forma, mesmo com liderança competente, ele ainda pode ser derrotado se não for um exército bem treinado e disciplinado. No entanto, primeiro nos enfocaremos na liderança, porque qualquer grande organização ou força somente irá ter bom desempenho de acordo com o seu potencial se for bem liderada. É por isso que liderança deve sempre ser a prioridade mais alta quando começamos algo, e foi a mais alta com o Senhor quando Ele começou a construir Seu exército na terra, a igreja.

Liderança não é algo que funciona apenas do topo, mas também através dos postos. Temos o maior líder que jamais poderá haver, porque o Senhor Jesus é Ele mesmo o “Senhor dos Exércitos”. Não poderemos jamais ter um líder superior melhor, mas também deve haver liderança de qualidade em todo nível, e isso em qualquer exército, para que este seja uma força verdadeiramente eficaz. É nisso que estamos enfocando aqui. Como pode a liderança do resto da igreja ser melhorada?

Primeiramente, precisamos focar isso como um assunto real que deve ser abordado. Ao longo da história da igreja, podemos ver o trabalho eficaz da igreja em ser a luz do mundo e sal da terra, mas a igreja era dependente da qualidade de seus líderes naquele tempo. Quando haviam grandes líderes, a igreja se levantava e fazia grandes coisas. Quando não havia liderança dinâmica, a igreja afrouxava. Era dessa forma no Antigo Testamento, e por isso é que era considerada uma maldição sobre a nação quando essa tivesse líderes ruins ou imaturos.

Dois dos melhores exemplos deste princípio são as primeiras duas Cruzadas. A primeira foi liderada por Pedro o Hermitão, que mobilizou muitas pessoas em toda a Europa para liberar Jerusalém dos “infiéis”. Não era tanto um verdadeiro exército como era um amontoado de gente. Tinham pouco ou nenhum treinamento militar, e, na rota para a Terra Santa, despojaram e saquearam cidades e propriedades Cristãs a nível tal que os Cristãos os temiam o tanto quanto os Muçulmanos os temiam. Quando eles finalmente se defrontaram contra o exército Muçulmano, foi uma derrota imediata e devastadora ao ponto de todo o “exército” Cristão ter sido eliminado da terra exceto por Pedro o Hermitão e mais alguns que fugiram do campo de batalha.

Após esta grande e vergonhosa tragédia para a Cristandade, Ricardo Coração de Leão ergueu um exército de cavaleiros nobres e uma milícia que era um verdadeiro exército, e marcharam para a vitória, tomando Jerusalém. Mesmo que esta “vitória” mencionada pode ter sido uma tragédia espiritual de algumas formas, mesmo assim foi uma vitória militar.

Tanto o “exército” de Pedro o Hermitão como aquele de Ricardo Coração de Leão refletem como a igreja tem “marchado” ao longo da história. Mais freqüentemente ela tem sido mais para um amontoado de gente do que um exército, e mais freqüentemente tem sido derrotada por causa desta falta de disciplina, treinamento e liderança. Isso tem ocorrido em quase todo nível – desde batalhas locais contra as trevas, até conflitos nacionais ou até mesmo mundiais. No entanto, tem havido tempos em que líderes foram erguidos com grande visão, foco e sabedoria para preparar aqueles que eles lideram, e o resultado disso são vitórias e avanços espirituais.

Outra tragédia tem sido algo semelhante ao que tem ocorrido recentemente no Iraque. Tínhamos uma estratégia muito boa para vencer a guerra, mas quase nenhuma consideração sobre a ocupação após a guerra, o que resultou em mais baixas após a guerra do que durante a mesma. Mesmo que as coisas possam estar indo bem melhor no Iraque do que é projetado pela nossa mídia, houve pouco planejamento quanto à ocupação após a conquista, e pagamos um preço alto por isso. A igreja muito freqüentemente tem feito a mesma coisa, tomando uma terra que não tenha nenhuma estratégia para manter, ou, às vezes, não tenha sequer a capacidade de manter. Isso permite que o inimigo volte como uma enxurrada, e a situação termina sete vezes pior.

É claro que, mesmo com a nossa tolice, sabemos que essa não é uma competição justa de qualquer maneira. O Senhor poderia estralar os dedos, e todos os seus inimigos de repente pereceriam. No entanto, Ele tem permitido o inimigo continuar a lutar, para o nosso bem. Ele está construindo a família mais nobre para reinar com Ele nos tempos vindouros. Tudo isto se trata de “treinar para reinar”. Não obstante, é um negócio sério, e precisamos encará-lo com a maior seriedade. O Senhor não sairá com nossos exércitos a não ser que os lidere, e Ele irá liderar uma força disciplinada, bem treinada e orientada que poderá primeiro vencer as batalhas e então ocupar o território ganho.

Habilidades para liderar e administrar são dons, mas muitos crêem que sejam algo com os quais se nasce. Não é o caso. Como ministério, temos tido um fluxo constante de pessoas que se promovem como líderes ou administradores que se sentiam “chamados para isso” mas por fim se mostravam incrivelmente incompetentes. Muitos deles poderiam ter sido líderes ou administradores se tivessem se dedicado a sério preparo e treinamento, mas presumiam que fosse apenas um “dom” ou “chamado” que não exigia muito esforço de suas partes. Eles estavam tragicamente errados. II Pedro 1:10 declara esta necessidade muito claramente:

Por causa disto, irmãos, sejam o quanto mais solícitos e plenamente dispostos de assegurar (ratificar, fortalecer, firmar) o chamado e a eleição de vocês; se isto fizerem, nunca tropeçarão ou cairão.

Maior parte dos líderes e administradores incompetentes que tivemos que liberar ou rebaixar ganhou a sua posição em nossa organização porque os gestores dos departamentos os contrataram porque faziam de todo o coração aquilo para o que foram trazidos a fazer. Eu aprecio isto, e de fato antes olhamos para o coração, mas isso não é tudo para o qual devemos olhar. Devemos também considerar se tiveram coração o suficiente para fazer o que queriam fazer ao ponto de adquirir o conhecimento e treinamento em liderança e gestão para que pudessem liderar ou administrar bem aquilo para o qual o seu coração estava tão inclinado. Coração vem primeiro, mas de forma alguma é tudo.

Novamente, no Senhor, coração vem primeiro. Nós recentemente avaliamos a liderança de nosso ministério e descobrimos que não havia sequer um líder em nossa equipe que tinha qualquer qualificação oficial, como um diploma na área em que estavam liderando. Não fiquei alarmado com isso porque é assim que o Senhor escolheu os seus líderes, os mesmos que lançariam um alicerce para a igreja. Nossa qualificação básica para um posto é ter um coração para a tarefa, porque é do “mais íntimo”, ou do coração, que fluem as fontes de água viva (veja João 7.38). No entanto, Jesus não deixou seus discípulos destreinados ou despreparados, mas lhes deu um treinamento diferente daquele que o mundo daria. Temos feito o mesmo, e o fruto tem sido incrivelmente bom.

Ao termos amadurecido como ministério, começamos a procurar a paixão e o coração das pessoas naquilo que elas querem fazer, mas também aprendemos a procurar em dimensão e também detalhe no preparo delas para o ofício. Olhamos os seus currículos, sua história de trabalho, e a sua educação, e somos mais rigorosos nessas observações quando elas estão buscando uma posição de administração ou liderança.

Nós então pegamos pessoas em um período de observação para avaliar suas verdadeiras habilidades antes de as adicionarmos à equipe. Isso ocorre porque alguém pode ter muita experiência em uma área e ainda assim não ser competente nela, ao menos não no nível que pense que seja. Essas normalmente não são pessoas insinceras, mas existem muitas ilusões no corpo de Cristo nesse tempo por causa de crenças relaxadas sobre o que é fé. Tivemos que lidar com um bom número de Cristãos que sinceramente “criam” que podia fazer coisas que realmente não podiam fazer. Isso não é fé – é engano.

Alguns dos maiores líderes têm sido aqueles que pareciam ter habilidades limitadas até que se determinaram a desenvolvê-las. Existem algumas exceções, mas esta é uma regra geral. As habilidades mais eficazes de liderança podem ser aprendidas e praticadas por quase qualquer um que esteja disposto a se dedicar às mesmas. No entanto, nada dessa magnitude, o poder que liderança pode ter, vem barato, e não deveria vir. Para nos tornarmos líderes verdadeiramente eficazes que conseguem realmente fazer algo, devemos ter a habilidade de avaliar e fazer distinções. Isso deve começar conosco e as nossas atuais habilidades.

Isso não é para dissuadir Cristãos de buscar posições de liderança, mas encorajar todos a se tornarem verdadeiros líderes. Todos Cristãos são chamados a serem líderes, que é o que se quer dizer quando se diz para sermos a luz nessa mundo. No entanto, é pela verdade que estamos lutando, e verdade deve ocorrer em todos os níveis. Verdade não é apenas uma questão de doutrina bíblica, mas também declarar a realidade precisamente. Por essa razão tomaremos um pouco de tempo nessas próximas semanas para revisar alguns princípios básicos que podem ajudar aqueles que têm um coração inclinado para fazer alguma coisa serem de fato capazes de fazê-las.

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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