sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Palavra para a Semana n° 37 (2011)


O alicerce de nossas crenças


Semana 37, 2011

Um estudo muito mencionado da Barna [empresa que realiza pesquisas estatísticas de espiritualidade e cultura] revelou que mais de 90 por cento dos Norte-americanos crêem em Deus e cerca de 80 por cento se consideram Cristãos. Isso é encorajador, mas o que precisa ser um desafio é que somente 6 por cento dos que se dizem Cristãos têm uma visão de mundo bíblica. A conclusão óbvia que devemos tirar disso é que temos ido bem em fazer convertidos, mas não em fazer discípulos. A Grande Comissão é fazer discípulos, e isso é definido como ensiná-los a observar tudo o que Ele ordenou. Como podemos ser verdadeiros discípulos e não ver o mundo como Ele vê, ou de uma perspectiva bíblica?

Charles Spurgeon uma vez lamentou que poderia encontrar dez homens que morreriam pela Bíblia para cada um que a lesse. Tragicamente, poucos Cristãos estão tendo sua perspectiva de mundo mudada pelo buscar da perspectiva de Deus por meio das Escrituras. Ao nos aproximarmos dos fins destes tempos, a cegueira espiritual sairá cada vez mais caro. Ter a luz é ter a perspectiva de Deus. Ele nos deu a Bíblia para isso, e poucos a estão usando.

Em Mateus 11.20-24, o Senhor Jesus dá uma compreensão básica de Seu padrão para juízo:

Ele então começou a denunciar as cidades nas quais maioria de Seus milagres foram feitos, porque não se arrependeram.

“Ai de vós, Corazim! Ai de vocês, Betsaida! Pois se os milagres que ocorreram em ti tivessem ocorrido em Tiro e Sidom, eles teriam se arrependido há muito tempo, em pano de saco e cinzas.

Porém eu lhes digo, haverá maior tolerância para Tiro e Sidon no dia do juízo do que para vós.

E você, Cafarnaum, porventura será exaltada ao céu? Descerás ao Hades; pois se os milagres que lhe ocorreram tivessem ocorrido em Sodoma, ela existiria até hoje.

Entretando lhes digo que haverá maior tolerância para a terra de Sodoma no dia do juízo do que para vós.”

Esta é uma revelação profunda da base do Senhor para o julgamento. As cidades de Israel que o Senhor castiga aqui eram algumas das cidades mais justas do mundo naquele tempo, e possivelmente de todos os tempos. Se uma pessoa fosse sequer pega em adultério, seria apedrejada, e ainda assim Jesus disse que algumas das cidades mais pervertidas e más da história teriam tratamento melhor no juízo do que estas justas cidades de Israel. Como pode ser? Obviamente, a severidade do julgamento não é tão dependente da profundidade da maldade como é do grau de luz que rejeita. Elas teriam julgamento ainda mais severo no juízo porque rejeitaram maior luz, o próprio Filho de Deus. Quanto de luz recebemos, e pelo quê daremos conta?

Apliquemos isso ao presente. Podemos pensar que algumas das nações mais más certamente merecem mais juízo do que nossa nação, mas e se usarmos esta medida de quantidade de luz rejeitada? Alguma outra nação recebeu mais luz, graça, grandes mestres, pregadores, televisão Cristã, e mesmo um alicerce justo de governo, construído sobre princípios bíblicos? Pelo padrão que o Senhor usou em Mateus 11, podemos ser a nação mais merecedora de juízo no mundo.

Após dizer novamente o que o Senhor me mostrara do que estava por vir sobre a Costa Oeste, recebi muitos protestos sobre como havia grandes igrejas e ministérios lá, então “por que Deus traria Seus juízos para lá?” – De acordo com o padrão que o Senhor revelou em Mateus 11, talvez esse seja um motivo pelo qual está indo para lá. Concordo que algumas das grandes igrejas e ministérios talvez no mundo estejam lá em nossos tempos, mas esta pode ser uma base para juízo ainda maior.

Não estarão estas igrejas e ministérios sob o mesmo juízo? Sim, se ficaram mais arraigados e em simpatia com a cultura do que com o reino. Se foram fortemente construídas sobre princípios do reino, em Hebreus 12 nos garante que o reino não pode ser abalado.

Ainda assim, aquele a quem as Escrituras chamam de “Ló o justo” (veja II Pedro 2.7) teve de ser forçadamente livrado de Sodoma antes que o Senhor a destruísse. Haverá algumas “Goséns” que serão isentas e preservadas e serão a base para se ceifar a grande colheira. Haverá “cidades refúgio”, mas o juízo virá. Poderá haver ainda muitos que não podiam ouvir os avisos do Senhor para sair, e ainda há esperança que recebam a graça que Ló recebeu.

Alguns, compreensivelmente, perguntam por que eu não esteja recebendo palavras como esta para a Costa Leste, onde moro. Quando primeiro ouvi uma revelação sobre isso, estava vivendo no Mississippi, em nenhuma das duas costas. Da mesma forma, vi e escrevi sobre coisas vindo sobre a Costa Leste, assim como a área do Rio Mississippi, no meio do país. Ainda assim, não presumiria ser tão tolo sobre o que tende a ocorrer para minha própria região onde moro como penso que muitos são sobre a Costa Oeste. Porém, a única coisa que vi ligada uma à outra é o que viria sobre a Costa Oeste após o terremoto do Japão, o que comecei a compartilhar em 1987.

Já ouvi muitas deduções novas e velhas para explicar o porque de palavras recebidas por mim e outras pessoas proféticas não serem verdade. Alguns vieram de pessoas pelas quais tenho alto respeito. Ainda assim, estas palavras são verdadeiras. Minhas esperança é que líderes Cristãos as escutem e comecem a trazer avisos de cautela, que possam causar o arrependimento a diminuir o que está para ocorrer. E isso não parece estar ocorrendo. Porém, líderes de negócios e do governo têm sido incrivelmente abertos a essas palavras, e talvez sejam os que realmente precisam, de fato. Sou freqüentemente acusado de colocar muita esperança na igreja, e nesta ocasião talvez esteja. Porém, tenho certeza de que por fim a igreja estará tão em contato com o Senhor e o que Ele estiver fazendo na terra, que o mundo fará um caminho à sua porta para obter orientação.

Vamos agora voltar rapidamente e lembrar que há muitos tipos de juízo revelados nas Escrituras, e somente um é condenação ou destruição – todos os outros são disciplina do Senhor para quem Ele ama. A Antiga Israel experimentou muito mais juízos severos de Deus por causa de seu chamado e propósito e porque o Senhor a amava. Ela não conseguia se safar com o que as outras nações poderiam. Nem pode os EUA. Temos um chamado e propósito especial, mas, mesmo se não tivéssemos, teríamos maior rigor na prestação de contas porque recebemos muito mais.

Se você está apenas tentando escapar um juízo mais severo, então você pode se lamentar que recebemos muito mais. Mais responsabilidade e maior rigor são bons, não ruins. Ainda assim, nossa nação está em perigo de severo juízo se não nos arrependermos e nos voltarmos ao Senhor. Não podemos nos medir com o que outras nações podem se safar; podemos nos medir somente pelo quanto caímos, até o momento, de Sua graça e propósito, e usar esse conhecimento para nos voltar a Ele e Seus propósitos.

Rick Joyner, 15/Set/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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