segunda-feira, 24 de março de 2008

Boletim Profético MorningStar Março/2008


Mudança

por Rick Joyner

“Mudança” se tornou a palavra do momento na política norte-americana. Este é verdadeiramente um tempo em que grandes mudanças são necessárias em nosso governo. Não queremos desprezar a grandeza de nosso governo federal e tudo o que ele tem feito. Além do mais, nosso governo federal é o cabeça do país de maior impacto do mundo, possivelmente da história. Mesmo assim, devido à enorme quantidade de leis, regulamentos, e então contra-regulamentos, agora é como uma cabeça que cresceu muito além da proporção do resto do corpo, e o corpo não pode mais carregar seu peso.

Assim como a cabeça do corpo humano é somente uma pequena porcentagem do corpo todo, e somente consome uma pequena quantidade de sua energia, administração raramente deve consumir mais que 15 por cento da massa de qualquer corpo, e freqüentemente é muito menos que isso. No entanto, temos agora agências do governo onde sua administração consome 90 por cento de recursos a eles entregues. O crescimento de sua administração, causado por camada sobre camada de regulamentos e regulamentos em excesso tem sido como um câncer que somente consome, sem respeitar o resto do corpo. Esse câncer irá eventualmente matar o resto do corpo, e isso ocorrerá conosco se não for executada uma cirurgia radical.

Como abordamos no último Boletim, “Lançando o Machado na Raiz da Árvore”, se princípios básicos e sãos de liderança e gestão fossem implementados no governo, ele poderia rapidamente ser reduzido a metade de seu tamanho, enquanto realizando duas vezes mais. Em mais algum tempo, poderia ser um certo número de vezes mais eficaz do que é hoje, com uma fração de seu custo presente. Isso pode soar fantástico demais, mas isso é porque temos sido condicionados a aceitar governo ineficiente.

O maior incentivo que já houve

Apenas removendo o excesso de regulamentação do nosso governo federal, ele poderia se tornar tão eficaz como é hoje, ao mesmo tempo sendo uma fração do tamanho atual. Pense no quanto de nossa economia seria estimulada se os enormes recursos agora sendo gastos pelo governo fossem colocados de volta na economia. Isso, por si só, poderia propelir crescimento substancial por muitos anos.

No entanto, haveria um benefício ainda mais poderoso de trazer princípios sãos de administração para o governo. Regulamentação em excesso está agora tirando da economia toda a sua força. Apenas o aliviar deste fardo multiplicaria a força e produtividade econômica dos Estados Unidos, enquanto que ao mesmo tempo se resolvendo imediatamente alguns problemas grandes como a crise da área de saúde, previdência social, nossa dependência de óleo estrangeiro, assim como reduziria grandemente o quanto emitimos de dióxido de carbono. Qual a desvantagem? Existe uma grande para o que tem se tornado um enorme grupo dentro de nossa nação – cerca de três quartos dos advogados teriam de arranjar um emprego de verdade!

Considerando o setor da saúde, quanto mais eficaz seria a indústria da saúde, e quanto mais poderiam os custos ser eliminados ou reduzidos, removendo-se a necessidade de doutores, enfermeiras e outros profissionais da saúde que gastam quantidades massivas de tempo procurando cumprir com regulamentos sem valor e papelada? Some a isso uma reforma do mecanismo de injustiças e tortuosidades judiciais [tort reform] para reduzir a ameaça de processos contínuos e horrendos, e os prêmios de seguros poderiam ser reduzidos drasticamente. Seguro de responsabilidade [liability insurance] está agora custando de um terço até metade de tudo desde tratamentos até remédios. A combinação destas duas coisas poderia reduzir custos de saúde até sua metade, e a qualidade dos tratamentos aumentaria muito por aliviar os funcionários da saúde dos agora insuportáveis fardos.

Seguro de responsabilidade chega a ser até um terço do custo de alguns itens principais e é uma grande parte de tudo o que compramos. Reforma de tortuosidade em processos jurídicos reduziria o custo de quase tudo o que compramos por uma margem substancial, tornando bens americanos muito mais compráveis aqui e em outros países. Com menos impostos sendo exigidos por um governo menor, a força de toda nossa economia seria multiplicada, tendo uma base para crescimento substancial e sustentado, para garantir que nossa economia seja a mais forte no mundo pelo próximo meio século ou mais.

O que estamos falando é sobre muito mais do que apenas cortar os excessos dos gastos do governo – é uma verdadeira reforma do governo. Não existe razão do governo não poder funcionar tão eficientemente como um empreendimento qualquer. Assim como uma empresa precisa responder a acionistas, o governo deve responder ao povo sobre quão eficientemente está lidando com nossos recursos.

Outros benefícios

Você pode estar pensando que se reduzíssemos o governo a metade de seu tamanho ou menos, para onde iriam todos estes funcionários? Primeiramente, para se implementar esta redução, levaria algum tempo, e a redução poderia provavelmente ser realizada até um bom tanto com aposentadorias do serviço do governo. No entanto, mesmo que conseguíssemos fazer isso imediatamente, temos mais de doze milhões de estrangeiros encontrando emprego aqui, então existem obviamente muitos empregos disponíveis. Também é um tempo apropriado para fazer isso porque a economia no México está começando a ter uma tração boa, e espera-se que ele seja em breve um importador de empregos (feito um balanço).

Além do mais, ser capaz de reduzir os fardos de impostos sobre os negócios norte-americanos (agora com uma das maiores taxas de impostos do mundo), muitas plantas e fábricas que foram para o exterior começariam a vir para casa. Também é provável que muitas empresas estrangeiras, especialmente as de alta tecnologia, começariam a movimentar parte de suas pesquisas e plantas para cá. Exceto pelo alto fardo de impostos em empresas aqui, este é o melhor e mais seguro lugar no mundo para se fazer negócios.

Mesmo assim, precisaríamos importar um número significativo de funcionários de fora, mas isso daria a oportunidade de implementar um sistema legal e eficiente para conduzir isto, o que também forneceria um sistema legal eficiente para tal, o que também daria uma cobertura da área de saúde para eles assim como os veria pagar a sua fatia de impostos, o por aí adiante. Já que não precisaríamos de mais impostos de nosso governo fosse do tamanho apropriado, uma porcentagem dos impostos coletados por estes trabalhadores estrangeiros legais poderia ir para estimular o crescimento da economia em seus países de origem, dessa forma capacitando a eles e a nós para ser a maior bênção para seus países de origem.

É claro que, para realizar esses tipos de mudanças levaria o tipo mais extraordinário de liderança, mas pode e deve ser feito como uma causa moral. Desperdício, principalmente desperdiçando o tempo das pessoas, para não mencionar seus recursos, é uma falha moral trágica. É roubar do povo.

Troque o carro, não apenas o óleo

Reduzir o tamanho do governo e tirá-lo das costas do povo tem sido a plataforma conservadora, mas isso não tem acontecido quando os conservadores estão no poder. Porquê? Eles tentaram resolver o problema de governo ineficaz e ineficiente cortando impostos, o que forçará um corte em gastos. No entanto, o governo não tem cortado em gastos, mas continuou a elevá-lo, resultando em déficits múltiplos trilhões de dólares. Para fazer isso, levará mais do que apenas cortar em gastos – levará liderança sábia, criativa, que não cede e pró-ativa, assim como administração prática e sã. Muito mais deveria ser dito a esse respeito, mas porque isso é um boletim, e não um livro, devemos seguir adiante.

Que continuemos a ter em mente também que existem muitas pessoas boas no governo que odeiam o sistema no qual estão presas, mais do que qualquer outro. Até mesmo muitos que podem ter se calcificado por estar em um sistema por tanto tempo viriam de volta à vida apenas havendo a esperança de serem libertas do jugo de regulamentos em excesso. Alguns desses burocratas devem ser considerados heróis por realizar o tanto que realizam em tal ambiente. Se fossem libertos dos jugos sob os quais agora servem, sua produtividade subiria aos ares. Realmente precisamos de governo e de alguns regulamentos, mas se eles forem como devem ser, irão libertar as pessoas e os negócios, e não os amarrar em nós.

Todos declaram querer eficiência e a eliminação do desperdício no governo, mas é muito mais fácil falar sobre mudança e promover uma visão para tal do que é para realmente mudar as coisas. Mesmo que possamos a querer, existe uma forte resistência a mudança em quase todo ser humano, mesmo nos que amam clamar por mudança. Na verdade, as pessoas que clamam mais alto por mudança podem ser as mais resistentes a ela quando esta realmente vem. É por isso que os Fariseus, que eram os mais fiéis em esperar o Messias que viria, foram os que mais O resistiram quando Ele realmente veio. Porque Ele não veio da forma que Eles esperavam, e Ele ia mudar coisas que eles não queriam que fossem mudadas, eles O resistiram. É isso que qualquer líder que procura implementar mudanças reais e necessárias pode esperar, mas deve estar determinado a vencer.

Pode haver uma resistência ainda maior para se mudar instituições, que são freqüentemente construídas diante de camadas e camadas de regulamentos, tradições e formas de pensar que irão resistir à mudança de forma veemente. Dessa forma, é importante que entendamos as condições e o tipo de liderança que pode trazer verdadeira mudança. Não será fácil fazer isso, mas não temos mais escolha. Ou tomamos a pílula agora ou começaremos a amputar membros muito em breve.

Na política norte-americana, mudança substancial tem quase sempre vindo como resultado de conflito ou crise. Isso não é necessário, mas é improvável que venha de alguma outra forma sem liderança extraordinária. Liderança é muito mais do que ver o quê precisa ser feito, ou mesmo ser capaz de elaborar um plano para executar o que for necessário. Essa é a parte divertida. Liderança que pode trazer mudança substancial a um governo ou cultura deve ter uma coragem, fortaleza, foco e determinação extraordinários para perseverar para que se consiga realmente implementar mudança verdadeira.

Pegando o ladrão

O que estamos tratando aqui é muito mais do que fazer reengenharia no governo – é estabelecer uma nova cultura no governo. É fazer o desperdício ser algo imoral, porque é, seja tempo desperdiçado ou recursos desperdiçados. Isso é bíblico, como lemos em Provérbios 18.9, “Aquele que é relaxado em seu trabalho é irmão do destruidor.” Ineficiência é roubar do povo. Nosso governo está roubando de nós mais do que todos os ladrões da nação juntos.

Ineficiência, causada por regulamentação em excesso, e a mentalidade legalista que tem prendido toda a nação, está destruindo muitas vezes mais em nossa economia do que os terroristas poderiam chegar a ter esperança de realizar. Essa ineficiência é na verdade uma ameaça maior que o terrorismo porque está fazendo o país sangrar muito mais do que todos os ataques terroristas e a guerra no Iraque juntos. Provavelmente não sobreviveremos outra década em nossa condição presente. Sem liderança forte e decisiva, cairemos em uma recessão que, se as correções necessárias não forem feitas, irá por fim levar a uma depressão, que ameaçará o próprio perfil de tudo o que somos como nação.

Verdade ou falas de efeito

Por vezes demais aqueles que podem ser considerados os mais articulados em projetar uma visão infelizmente deixam a desejar as características necessárias para realmente executar o plano com êxito. A televisão americana nos condicionou a respondermos ao agito [hype] e hipérbole, e menos capazes de julgar o verdadeiro conteúdo de uma pessoa. Falar e fazer são questões muito diferentes. Em uma democracia, tal avaliação superficial continuará a produzir liderança superficial.

Existem tipos diferentes de liderança. As qualidades que podem fazer um grande líder para tempos de paz, ou mesmo alguém que será um bom líder para atravessar uma crise econômica, podem fazer um líder de guerra que deixa a desejar, ou vice-versa. Uma coisa boa da campanha americana para presidência longa e cansativa é a profundidade de detalhe que fornece àqueles que aspiram por tal importante ofício. No entanto, as qualidades que podem fazer um participante de campanha de boa auto-promoção não necessariamente equacionam em provar a capacidade deste de ser presidente, com as suas exigências extraordinárias. Assim sendo, o processo pelo qual escolhemos nossos líderes carece de avaliação e reforma também. Os tipos de líderes dos quais realmente precisamos neste tempo são improváveis de ser incluídos no processo.

Pague um pouco agora ou muito mais depois

Como já foi dito, mudanças ainda quase nunca vêm sem crise ou conflito, que é normalmente o resultado de liderança superficial e pobre. Chamberlain, o Primeiro Ministro Britânico, pensava que podia apaziguar Hitler entregando a ele a Tchecoslováquia. Quando os generais alemães marcharam para dentro daquela pequena nação e viram suas fortificações, eles admitiram que era improvável de que conseguissem jamais tomá-la pela força. Então, se Chamberlain tivesse impedido aquilo, teria-se um conflito que provavelmente custaria milhares de vidas, para deter Hitler. No entanto, após dois anos, a Alemanha estava tão forte que o conflito para detê-lo por fim custou dezenas de milhões de vidas.

Se não pagarmos com um pouco de dor agora, pagaremos com muito mais dor depois. É mais fácil apagar um fósforo do que um incêndio de floresta. Porém, é da presente natureza de nosso sistema esconder os pequenos incêndios que estão destinados a serem os grandes. Por causa disto, temos de constantemente lutar contra os grandes incêndios a um custo enorme e desnecessário. Quando foi perguntado a Churchill como deveriam chamar a guerra contra os Nazistas, sua resposta foi: “A Guerra Desnecessária”. O mesmo é verdade para muitos de nossos atuais conflitos e crises.

Existe uma vala em ambos os lados do caminho da vida

Durante uma crise, existe também uma tendência de reagir exageradamente, e reagir desproporcionalmente de tal forma pode causar mais dano que os problemas que se pretende corrigir. O nosso governo é composto de muitas reações exageradas tais que não são apenas contra-produtivas ao quê deveriam realizar, mas também estão ameaçando a saúde e bem-estar da nação. Mudança pode ser algo bom se forem aplicadas as mudanças corretas e se estas forem implementadas com sabedoria. Se não, terminaremos mais encrencados do que estamos agora.

Tudo isso soa difícil, duro e complicado? Deverá, porque é. Liderança é algo difícil e freqüentemente algo complicado. As decisões que podem sanar um problema imediato podem ter conseqüências não previstas ao longo do tempo que podem ser devastadoras. Algumas das políticas econômicas sendo promovidas por alguns dos candidatos a presidência podem trazer alívio às pessoas por um pouco de tempo, mas as conseqüências a longo prazo seriam tão devastadoras que poderiam muito bem trazer o colapso de toda a economia. Tal visão curta não pode mais ser tolerada em nossa liderança no governo.

A crise imediata

A economia americana é fundamentalmente forte, mas tal força é como a força de alguém que tem carregado por aí uns trinta e cinco quilos a mais – se o peso extra for perdido, tal pessoa sentirá como se estivesse andando no ar. Nossa economia voará alto por um bom tempo se o peso desnecessário de excesso de regulamentação for removido dela. Mesmo assim, devemos corrigir os problemas com sabedoria – mudando nossa dieta para que não fiquemos novamente fora de forma.

A crise dos créditos não preferenciais é o resultado de práticas não saudáveis que foram permitidas crescer como câncer, e, se não tratadas agora, ameaçarão todo o corpo de nossa economia. Nesse escrito, o fato de que os candidatos Republicanos falharam em tratar substancialmente a esta crise pode fazer alguém pensar que não estão realmente enxergando ela, o que é desconcertante. Os candidatos Democratas ao menos abordaram ela, mas as suas propostas para lidar com ela são uma reação tão exagerada que a cura nesse caso seria muito mais mortal que a doença.

Clinton propôs colocar em moratória no caso de imóveis em que houve execução por quantia certa [foreclosures] e congelar as taxas de juros. Lembra-se do quê aconteceu quando Nixon tentou congelar os preços para parar a inflação? Causou ainda mais inflação e as taxas de juros voaram para mais de 20 por cento por um bom tempo, causando uma das piores dificuldades econômicas que a nação encarou desde a Depressão. Congelar execuções por quantia certa e taxas de juros poderia exacerbar a crise dos créditos não preferenciais de muitas formas trágicas que obviamente não foram consideradas, ou isso nunca teria sido proposto como solução.

Estamos com uma necessidade desesperadora de liderança pró-ativa que possa tomar decisões radicais e decisivas, mas as decisões, em si, que serão feitas, como serão implementadas e seu tempo de sincronia, são de suma importância. Se as mudanças certas forem implementadas da forma errada ou com o tempo seqüencial errado de aplicação ruim, elas podem ser tão devastadoras como as mudanças erradas. Permitam-me dar uma ilustração de vôo que é aqui aplicável.

Ensina-se a um piloto nunca voar para dentro de uma nuvem de chuva porque contém o tempo mais violento conhecido na terra. No entanto, um piloto pode sobreviver voando em uma tempestade com trovoadas se ele não entrar em pânico ou reagir exageradamente à turbulência da tempestade. Para tal, o piloto deve manter as asas do avião niveladas e manter o curso. Dentro de uma nuvem de chuva, um fluxo de ar está caindo a cinco mil pés por minuto, próximo a um fluxo de ar que sobe com a mesma velocidade. É isso que causa a turbulência. Ela pode gerar tanta tensão em uma estrutura de aeronave que esta possa suportar. O avião também deve ter sua velocidade reduzida ao que é chamada de “velocidade de manobras”. Esta velocidade está seguramente acima da velocidade em que o avião possa estolar [stall], mas lenta o suficiente para reduzir os níveis de tensão na estrutura da aeronave, causados pela turbulência. Enquanto mantendo o curso na turbulência, as asas devem permanecer niveladas, porque fazer carrega a estrutura com mais tensões. Se a turbulência já coloca o piloto nas condições próximas que a estrutura pode suportar, fazer curvas pode rapidamente exceder o que ela pode agüentar. Então, mesmo é necessário mudança, ela não deve ser feita até que o avião saia da tempestade.

Como isto se aplica na economia? Estamos em uma nuvem chuvosa na economia. Existem forças se movendo para cima bem próximas a forças que descem, e temos muita turbulência. A tensão na economia está rapidamente se aproximando ao tanto que possa suportar, e não queremos colocar mais carga nela por tomar mudanças de curso drásticas agora. Devemos também reduzir seu pique para diminuir a tensão até que possamos chegar novamente à claridade.

Sendo que fui piloto maior parte de minha vida, a maior nuvem de tempestade que já vi só tinha cerca de dezesseis quilômetros de largura. Se um avião penetrasse em tal e procurasse fazer uma curva para dela sair, isso culminaria nele estando na tempestade por mais tempo que levaria se ele simplesmente fosse reto. Ainda, como explicado, fazer curvas pode multiplicar as tensões na estrutura do avião, com conseqüências catastróficas. Pânico é o que mata a maioria dos piloto quando estes tentam freneticamente virar para procurar sair das nuvens quando eles devem apenas ir mais devagar e manter seu curso. Pânico da liderança causou muitas tensões danificadoras à nossa economia, como fez o congelamento de preços de Nixon.

À medida que a nação entendeu a verdadeira seriedade do desmanchar dos créditos não preferenciais, os mercados, o governo e o banco central norte-americano têm todos se inclinado ao pânico. A reação do banco central, pelo seu corte recorde de taxas e o plano de estímulo econômico a pouco aprovado pelo Congresso, quase certamente causou mais dano que benefício. A mais básica força da economia é construída sobre confiança, e essas jogadas foram corretamente interpretadas como pânico. É por isso que os mercados e a confiança do consumidor caíram ao invés de subir ao receber tais notícias de medidas tomadas.

Recessões são uma redução de velocidade, e reduzir o pique é uma das coisas que é na verdade necessário para se atravessar uma tempestade. Não é um prazer encará-las, mas elas podem ser saudáveis para a economia se forem corretamente gerenciadas, o que significa aproveitá-las para consertar alguns problemas. Dois dos maiores problemas tratados em recessões são que as pessoas começam novamente a apreciar seus empregos, e elas retornam a uma mentalidade que as encoraja a economizar e viver de acordo com seus ganhos.

Alguns diriam que precisamos encorajar as pessoas a gastar mais para estimular a economia, mas esta é uma solução muito míope e na verdade cria mais problemas que terão de ser encarados em algum ponto. O prolongar de se encarar o que causou essa crise levará problemas sérios a ficarem ainda mais sérios. Encorajar as pessoas a gastar além de seus ganhos é o que criou a crise do crédito não preferencial. É perigoso demais o tanto que nossa economia é construída sobre esta mentalidade. Se estamos em uma tempestade, uma recessão, por quê não aproveitá-la o máximo e trazer as coisas para um alicerce mais saudável?

O que realmente causou a crise do crédito não preferencial foi ganância da parte dos credores e mutuários. As pessoas queriam casas maiores ou mais caras do que, pelas quais, realmente podiam pagar. A maioria provavelmente deduziu que se os credores diziam que elas qualificavam para os empréstimos, então elas poderiam bancá-lo. Ao mesmo tempo, os credores, que somente ganham dinheiro por emprestar, alimentavam isso, emprestando para mais pessoas do que deveriam. Eles forneciam taxas artificialmente baixas no começo, o que pode ter ajudado as pessoas que estavam “na bolha” [prestes a estourar] a qualificar, mas quando aumentaram as taxas, a bolha estourou, e as pessoas vivendo à beira do penhasco passaram o penhasco. Tais perigosas práticas de empréstimo ajudarão a estimular a economia a curto-prazo, mas em algum ponto haverá um colapso, tal qual estamos agora experimentando.

Ações motivadas pela ganância irão por fim resultar em dor, e não escaparemos desta sem um pouco de dor. Dor em seu corpo é um aviso de que algo está errado, então apenas se livrar da dor não deve ser nosso objetivo, mas ao invés disso consertar o que está causando a dor. Se apenas tomarmos remédio para aliviar dores sem consertar o problema, podemos estar permitindo que o problema cresça. É isso o que as soluções propostas à crise dos créditos não preferenciais pela Senadora Clinton faria. Aliviaria a dor por um pouco de tempo, fazendo nada para parar a crescente crise, mas atrasaria o confronto com a mesma até que o problema fique maior. Isso não é apenas uma má idéia, mas uma idéia realmente ruim, muito ruim. Isso pode se tornar muito mais do que simplesmente a palha que quebra as costas do camelo; é como colocar um poste de telefone sobre o camelo!

Então o Senador Obama veio com uma proposta que era espantosa, porque fazia tão pouco sentido. Ele propôs um programa onde o governo daria bilhões de dólares às pessoas que compraram casas além do que podiam pagar! Você consegue imaginar isso? O governo iria a todos que compraram uma casa que era muito cara e basicamente diria, “Me perdoe que alguém lhe obrigou a agir assim, nós vamos então pagar esta casa para você”. Eu acho que isso deixaria todos que foram responsáveis em viver de acordo com seus ganhos arrependidos de que não foram e compraram uma casa além do que podiam pagar! Da forma que o governo gerencia as coisas, poderíamos esperar que, para cada bilhão que o governo gaste para livrar pessoas tolas de suas tolices, da mesma forma custe ao resto dos pagadores de impostos muitos bilhões mais.

Eu realmente não quero ser desrespeitoso com os Senadores Clinton e Obama, mas estas propostas são chocantemente imaturas, superficiais e tolas. Os credores e mutuários são ambos merecedores de culpa pela crise do crédito não preferencial, e não é justo fazer com que o resto da nação pague por sua irresponsabilidade. Isso envia a pior mensagem que jamais poderíamos enviar se queremos ter novamente responsabilidade no governo e na economia. Isso é ruim, mas o que estão propondo nos armaria para as condições da “tempestade perfeita”, para liberar a mais perigosa de todas as condições econômicas – estagflação. Estagflação é uma economia estagnada com inflação. Estas propostas são míopes e perigosas. Porque seus planos são agora de conhecimento público, é muito provável de que se Clinton ou Obama forem eleitos, haverá um desvalorização e sucateamento tal do dólar nos mercados mundiais que poderia na verdade causá-lo a entrar em colapso.

O não abordar desse problema da parte dos Republicanos também não é a resposta certa. Estamos em necessidade desesperadora de liderança pró-ativa que realmente entenda a economia e não cometa erros tolos ou contra-produtivos, nem exagere ao procurar solucionar, mas sejam decisivos e fortes. Nunca tivemos um presidente que realmente parecia entender a profundidade das questões econômicas. Isso mesmo, nunca. Presidentes fizeram algumas coisas que ajudaram, mas basicamente sobrevivemos por causa da força do mercado livre. Tivemos um pouco de grandes lideranças na indústrias e nos negócios que têm conseguido navegar através dos erros.

O ofício do presidente é tão poderoso que apenas uma ação daquela posição pode ter conseqüências drásticas e de efeito muito abrangente. É por isso que os mercados gostam do emperramento causado por se ter um presidente de um partido e um Congresso controlado pelo outro partido – isso reduz a capacidade do presidente tomar ações drásticas. No entanto, estamos em um lugar onde é preciso ação drástica, mas é tão drástica que deve ser feita da maneira correta e com a sincronia correta do tempo. Um doutor pode amar seus pacientes e querer somente o melhor para eles, mas, se for um médico ruim, pode matar a todos seus pacientes. Isso pode ser não-intencional, mas o paciente continua morto.

Um furacão Katrina econômico

Temos de fato os ventos aumentando e as ondas crescendo ao que é o equivalente a um Furacão Katrina econômico. Se as soluções típicas dos Democratas forem implementadas, será o equivalente a frear por meio de barragens. Se as soluções típicas dos Republicanos forem usadas, será como o equivalente do desmanchar do FEMA [Federal Emergency Management Agency, Agência Federal de Gestão de Emergências]. Precisamos de liderança nova, fresca, sábia mas pró-ativa. As coisas estão mal agora, mas podem ficar muito piores, rapidamente. Esta é uma crise que poderá rapidamente surpreender a capacidade do governo de lidar com ela. Então o quê podemos fazer?

Primeiramente, não coloque muito de sua confiança no governo como ajuda para a crise que está se aproximando. Aqueles que colocaram muita esperança no governo para cuidar deles estão em perigo de novamente serem vítimas trágicas. Portanto, essencial a estar pronto para os tempos é ter a nossa confiança no Senhor, sermos pessoalmente responsáveis e pessoalmente capazes ou criativos para gerar recursos.

Para muitos Cristãos, confiar no Senhor e ser pessoalmente responsável parecem ser coisas mutuamente exclusivas. Não são. O Espírito Santo é chamado de “O Ajudador” (veja João 14:26), e não “O que Executa”. Até mesmo quando Deus interveio das formas mais poderosas nas Escrituras, Ele exigia alguma participação da parte do homem. A sabedoria de que precisamos está além da sabedoria humana, e a força de que precisamos está além da força humana. Mesmo assim, fé não é algo passivo, mas ativo. Ele exigirá que façamos a nossa parte.

A crise da rebeldia/anarquia

Crises revelam, e crises absolutas revelam absolutamente. Para entender algumas das verdadeiras condições de nosso país, nos tornamos vitalmente envolvidos no desastre do furacão Katrina, e realmente aprendemos muitas coisas importantes. Uma das maiores foi como programas de concessão de direitos [entitlements] serão a causa raiz da rebeldia que tanto Jesus como os apóstolos profetizaram que viria sobre a terra no fim destes tempos.

Com o desastre do Furacão Katrina, foi muito fácil dizer quem vivia de programas de bolsas de sustento ou welfare [sistema de bolsas de assistência fornecidas pelo governo a pessoas menos privilegiadas] e quem trabalhava para um sustento. Os que eram os mais ofensivos e exigentes eram inevitavelmente os que viviam do welfare. Isso não era uma questão de raça, mas simplesmente se trabalhavam para o próprio sustento ou não. Os que eram mais pacientes e mais inclinados a ajudar aos outros, mesmo, freqüentemente, após eles mesmo tendo perdido tudo o que tinham, algumas vezes até membros da família, eram inevitavelmente os que trabalhavam para um sustento. Por quê é que aqueles que trabalhavam tendiam a ter uma perspectiva e comportamento radicalmente diferentes dos que não trabalhavam? A resposta a essa questão é uma das mais importantes que devemos entender ou as conseqüências ameaçarão a todos nós.

Quando Deus criou o homem, Ele nos criou primeiro para sermos Seu companheiro, e segundo para cultivar o jardim – para trabalhar. Dessa forma, nenhum ser humano sentirá jamais paz ou satisfação sem ter essas necessidades básicas supridas – amar a Deus e realizar algo significativo. Passamos muitos anos abordando como devemos amar a Deus, então iremos adiante agora para o quão importante é ter uma forma valorosa de trabalho. Isso é tão importante que até mesmo psicólogos determinaram que qualquer pessoa que for impedida de trabalho significativo ficará louca. Se não ficarem loucas, morrerão. Pode ser por este motivo que as pessoas morrem rapidamente após aposentarem de um emprego – mesmo um do qual elas não gostavam.

Mesmo um emprego ruim é melhor que não se empregar. Essa também é uma causa raiz da insanidade que floresceu em Nova Orleans após o Katrina, que causou as pessoas até a começarem a dar tiros naqueles que as socorriam. Temos sido tragicamente engatilhados para esse tipo de rebelião ser lançada no mundo por fazer as pessoas pensarem que podem confiar no governo para consertar a todos os problemas e suprir todas as suas necessidades. Welfare é uma das piores formas de prisão e opressão. É uma bomba a relógio cujo mesmo está ticando, e eventos estão prestes a fazê-la a começar a detonar. O Furacão Katrina foi um aviso do qual precisamos aprender ou as conseqüências serão mais terríveis do que podemos imaginar.

Existem algumas pessoas que realmente precisam de caridade para sobreviver. Como Cristãos, devemos considerar ser uma grande honra ajudá-los, sendo que o Senhor disse que como tratássemos os menores de Seus pequeninos era a forma como estávamos tratando a Ele (veja Mateus 25:4). No entanto, quando alguém não precisa de caridade e se tornam dependentes, isso forma um jugo terrível e cruel de prisão que pode lhes privar até mesmo de sua dignidade mais básica, assim como sua sanidade.

Obras de amor

Após a Guerra da Coréia, a economia sul-coreana estava compreensivelmente devastada. Doações de caridade jorraram para lá, provenientes de igrejas e missões Cristãs, assim como de outras caridades. No entanto, por causa das doações, a economia Sul-Coreana não estava engatando a marcha. Quem queria fazer as coisas para vender quando poderiam tê-las de graça? Em uma atitude ousada, o governo pediu que as doações parassem, e imediatamente a economia Sul-Coreana veio à vida. É agora uma das economias mais fortes e ricas do mundo. Digno de menção também é que, durante aquele tempo, um dos maiores avivamentos veio à Coréia do Sul, e cresceram algumas das maiores igrejas do mundo.

Caridade é uma devoção Cristã essencial, mas caridade demais ou sua implementação desprovida de sabedoria pode, na verdade, machucar as pessoas. Isso está agora acontecendo em muitas nações do terceiro mundo que sinceramente queríamos ajudar, mas não as estamos ajudando ao dar apenas dinheiro e recursos. É por isso que quando começamos a cavar poços de água fresca na África, não apenas os cavávamos, mas ajudamos os africanos a cavar, e o resultado disso é visto como transformação real. Eles tomaram posse e entenderam que o poço era deles, porque os cavaram.

Seria por isso que o Espírito Santo é chamado de “o Ajudador” e não “o Executador”? Ele não vem para assumir controle e fazer tudo por nós, mas nos ajudar a fazer a vontade de Deus. O Senhor poderia ter criado a terra perfeita, não precisando do cultivo do homem, mas Ele criou o homem com a necessidade de realizar e criar coisas, porque o homem foi feito como imagem do Criador. Essa é uma necessidade essencial e profunda do homem.

A raiva e rebelião que se alastrou após o Furacão Katrina foi devido ao medo que veio nas pessoas que estavam vivendo de direitos concedidos. Essas pessoas estavam acostumadas a serem cuidadas pelo governo e não sabiam cuidar de si mesmas. Quando o governo estava lá para elas, o medo tomou conta porque elas não sabiam o que iriam fazer, e então se tornou raiva do governo que as decepcionou.

O nosso povo que serviu em nossa base de socorro e alívio do Katrina estavam nas condições mais terríveis e perigosas, e a maioria delas realmente apreciou aquilo. Penso que não recebemos nem um obrigado de alguém que era do welfare. Aqueles que trabalhavam para se sustentarem iriam de imediato para ajudar a alguém quando viam que algo precisava ser feito. Os que estavam no welfare ficavam ofendidos se pedíssemos que eles ajudassem a fazer algo, mesmo se estivessem em condições físicas plenas. Eles apenas queriam aflorar a sua mentalidade de vítima e exigiam ser servidos. Até onde eu saiba, nenhum deles se levantou para começar a servir aos outros. Uma das formas mais rápidas de se livrar de amargura ou tristeza é se tornar engajado em algo produtivo ou ajudar alguém outro. Auto-piedade e amargura nos matam! Como Dudley Hall uma vez disse, “Estar amargo é como tomar veneno e esperar que outra pessoa fique doente.”

A má gestão durante a crise do Katrina não foi devido a racismo, mas pelo tipo de má gestão geral que está presente na cultura do governo. A FEMA poderia ter sido algumas vezes mais eficaz sem as ataduras nas quais foram amarradas. No entanto, esse é o estado do governo agora mesmo. Qualquer um que esteja confiando no governo para suprir suas necessidades, principalmente em uma crise, foi armado para um terrível desapontamento. Quando eles descobrirem o quanto foram enganados, irão do terror à ira, rapidamente. Então, como consertamos este problema? Bem devagar.

Liberte os cativos e eles nos libertarão

Quando alguém está na prisão por mais que alguns anos, seu processo para tomada de decisões é rompido porque, por tanto tempo, todas as decisões eram tomadas por eles. Eles não podem sequer tomar decisões básicas e simples sem uma luta terrível e dolorosa. Tenho observado alguém que acabou de sair da prisão travar apenas por tentar tomar a decisão do quê almoçar, a partir do cardápio. É por isso que muitos que saem da prisão cometem crimes propositalmente – eles sabem que serão pegos. Eles querem voltar à prisão, onde se sentem seguros porque todas as decisões são tomadas para eles.

Para os que conseguem chegar “ao lado de fora”, existe uma luta para ganhar novamente uma decisividade essencial que pode literalmente levar muitos anos para recuperar, sendo que estavam na prisão. A maioria dos que estão no welfare estão nesse mesmo estado. Não importa quem é de se culpar por isso; o objetivo deve ser ajudar a libertá-los.

Por esta mesma razão, estamos precisando de reforma básica no sistema de cárcere, o que poderia radicalmente reduzir a criminalidade nesse país por se eliminar a cultura do crime. Isso seria muito mais barato que o quanto estamos agora gastando com prisões, seguro e perdas causadas pelo crime, mas isso é outro assunto. Por volta, consideremos a prisão trágica que é o welfare. Precisamos de uma estratégia sábia, compassiva, passo a passo e a longo prazo. Devemos fazer isso também de uma forma que não condene os necessitados, que realmente precisam da ajuda.

Quero lhes deixar com uma verdade que será interpretada por alguns como estereotipagem, não obstante é uma importante verdade profética. A comunidade Afro-Americana é, em geral, o povo mais laborioso, esforçado e criativo em nossa nação. Alguns irão protestar, elaborando sobre as condições atuais, mas, como disse, esta é uma “verdade profética”. É a natureza básica desse grandioso povo ser assim. Quando a comunidade Afro-Americana for verdadeiramente liberta, ela ajudará a libertar os outros. Esse é o chamado e destino deles.

Por quê é que parece que, como comunidade, vemos o oposto atualmente? Porque, como comunidade, eles ainda não foram libertados dos jugos de escravidão. Se qualquer outra raça fosse sujeita ao que os Afro-Americanos foram e continuam sendo sujeitos, não é provável que estivessem tão bem, nem um pouco. O que você acha que a escravidão fez à “ética de trabalho”? Quando esse grandioso povo for verdadeiramente liberto, serão os mais laboriosos, prósperos, alegres e livres, e ajudarão a libertar a muitos outros. As cidades de interior dos Estados Unidos também se tornarão um dos motores econômicos mais fortes não só deste país, mas do mundo.

Conclusão

Como já dito, em um boletim existe um limite à profundidade que podemos chegar nesses assuntos, mas o boletim passado, “Lançando o Machado na Raiz da Árvore”, recebeu mais resposta que qualquer outro que escrevi por anos. Contanto que haja uma demanda para ouvir mais, procuraremos avançar mais fundo e de forma mais abrangente em abordar os assuntos cruciais de nossos tempos.
[permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar]


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