domingo, 23 de março de 2008

Palavra para a Semana (de Rick Joyner) nº 12

O Exército de Deus se Mobiliza, parte 12

Ao termos considerado a unção para mobilizar, devemos também entender como isso se aplica a números. João o Batista tinha uma unção para chamar e preparar toda a Judéia para o Senhor. No entanto, a maioria não começa com tal capacidade de ter acesso a grandes números. É provável que o ministério de João não era tão popular assim no começo, também. Normalmente, devemos aprender a ser fiéis no pouco antes que nos seja dada maior autoridade.

Todas as maiores igrejas, ministérios e moveres no mundo começaram com cerca de uma dezena de pessoas reunidas, maior parte do tempo para oração. Se temos uma unção para mobilizar, muito provável que começará com um grupo muito pequeno. O quão fiéis formos com o pequeno grupo provavelmente determinará quanta autoridade receberemos do Senhor, autoridade tal que, provavelmente, também, será dadas em termos de acréscimos. Digo que é “provável” porque o Senhor é soberano, e Ele nem sempre opera dessa forma, mas normalmente sim.

Em um dado tempo comum, existem alguns que têm uma unção para mobilizar pequenos grupos, alguns para mobilizar centenas, e então alguns para milhares, ou até mais. Se reconhecêssemos isso a nosso respeito e nos outros, muitos seriam poupados de muita frustração e erros que espalham as pessoas ao invés de as mobilizar. Se Deus lhe chamou para ser pastor de trezentos, então você pode usar todo tipo de promoção para construir uma congregação maior, mas as coisas vão ocorrer de forma que eventualmente vais voltar novamente aos trezentos. O inverso também é verdade. Se você foi chamado para liderar cinco mil, independente de divisões ou outros problemas que podem temporariamente encolher sua congregação, ela retornará a cinco mil.

Dessa forma, se fomos chamados para tal liderança, devemos entender o que O Senhor nos chamou para fazer e nos contentarmos lá, nos determinando a fazer o melhor que podemos onde fomos colocados. Se formos fiéis com pouco, no devido tempo Ele nos dará mais autoridade. Queremos ter certeza de que Ele é que está nos promovendo, e não estejamos simplesmente promovendo a nós mesmos. Ganhar influência que Deus não nos chamou a ter sempre trará problemas que qualquer pessoa sábia deve querer evitar, a qualquer custo. A questão é obediência. É muito melhor ser um tenente brilhante e eficaz do que um general incompetente.

Uma de nossas missões é sediar conferências, e temos aprendido como isso se aplica a nós. Maior parte de nossas conferências são devotadas a equipar pessoas em ministérios ou dons do Espírito específicos. Sabemos como promover conferências e temos conseguido ajuntar muitos milhares antes, mas descobrimos que, para conferências destinadas a equipar o povo, menor é melhor. Nosso objetivo não é apenas ajuntar muitas pessoas, mas ver todos que comparecem serem mudados, impactados e enviados como obreiros e mensageiros de Cristo muito mais fortes do que quando chegaram. No entanto, quanto a algumas de nossas conferências, especialmente àquelas destinadas a promover intercâmbio no corpo de Cristo e um coração para missões e evangelismo, maior é melhor.

Meu principal objetivo em abordar esses assuntos aqui é para que possamos considerar alguns erros trágicos da parte da liderança Cristã. Um é mobilizar o povo de Deus vez após vez para propósitos que não foram ordenados por Deus. O segundo é mobilizar em prol da causa certa, mas realizando a mobilização no espírito errado. O terceiro é ver o mobilizar como objetivo ao invés de usá-lo para iniciar treinamento, o equipar e aplicar para verdadeiramente se ocupar com a queda das fortalezas do inimigo. Todos estes levaram a muita desilusão e desânimo generalizado, o que traduz em perda de coragem, um combustível essencial para qualquer exército de sucesso.

Agrupar grandes grupos de pessoas não é difícil com boas técnicas promocionais. É por este motivo que, muito tempo atrás, eu parei de me impressionar com o tamanho de igrejas, missões ou ministérios. A verdadeira questão é o fruto. Pode-se ter um grande grupo de pessoas de alta manutenção e baixo impacto, que não estão realizando nem um pouco comparado a outro grupo bem menor. Nosso objetivo para mobilizar deve ser erguer uma força eficaz para o evangelho e a pregação do reino de Deus.

Precisamos seguir aqueles que estão preparando, equipando e liderando com eficácia aqueles que ganharam. Existem alguns grandes grupos e igrejas que estão fazendo isso, mas são raros. Em Atos 19, vemos que o povo estava em confusão porque não sabia o motivo de estarem reunidos. Se reunir desprovido de um propósito claro normalmente resulta em confusão do povo.

Foi estimado que a maioria dos cristãos nos Estados Unidos não está mais em comunhão com a igreja local. Isso é uma tragédia, mas, antes de começarmos a apenas voltar a nos relacionar em igreja de forma vital, talvez precisemos dar uma olhada em nossa igreja. Se mais de metade dos Cristãos não mais encontram um lar na igreja, poderia ser porque mais de metade das igrejas de alguma forma se afastaram do mandato básico que Cristo deu a ela? Podem haver muitos motivos do por quê Cristãos deixam a comunhão da igreja local, quase nenhum dos quais sejam válidos, mas em boa parte devemos também aceitar que grande parte da igreja deixou a liderança de Cristo, e o povo sabe disso.

Reunir o povo de Deus é importante, mas também é uma grande responsabilidade. Devemos sempre manter em mente que estes são Seus filhos e filhas. Se estão se aproximando de nós, e se somos tudo o que recebem, rapidamente irão embora. Se ajuntar não é senão o primeiro passo. A igreja nunca existiu para ser apenas um grande aprisco onde as pessoas se reúnem e têm comida a ela lançadas algumas vezes por semana. Alimentar o povo de Deus é um grande propósito, mas as liderar envolve muito mais do que apenas pregar a elas. O verdadeiro ministério do Novo Testamento equipa o Seu povo. É por isso que a igreja do futuro começará a se parecer mais e mais como o exército que é chamada para ser. Uma grande clareza de propósito está vindo, e com isso grande encorajamento.

Um motivo de eu estar me enfocando no assunto de mobilizar este ano é porque está vindo ao povo de Deus uma grande mobilização. Por mais de vinte anos tenho visto, em muitas visões, até mesmo igrejas de pequenos países jorrando com tanta gente que os pregadores tinham de se posicionar do lado de fora das multidões para as multidões que não conseguiam entrar. Eu vi isso ocorrendo ao longo de lugares do interior. Nas cidades, as igrejas estavam alugando estádios para comportar as multidões. Ao mesmo tempo, havia um mover de grupos nos lares de centenas de milhares de pequenos grupos que na verdade estavam ajudando a equipar essas grandes multidões, e também a encontrarem seus chamados e dons do Espírito, e se encaixarem em seu lugar no corpo dEle.

Essas não são apenas multidões e números; são indivíduos e filhos e filhas do próprio Rei. Administrar algo dessa magnitude está além de qualquer organização de igreja ou capacidade humana. O Senhor será o Cabeça do Seu corpo, e Ele certamente sustenta o universo com a Sua palavra. Ele pode fazer isso. No entanto, agora é o tempo de se preparar para isso, o que conseguimos por aprender a permanecer nEle.

Dessa forma, que todos que temem a Deus orem a Ti em um tempo em que podes ser achado; certamente grandes ondas não os alcançarão. (Salmos 32.6).

Os tolos querem esperar até que o avivamento rompa para que se preparem. Os sábios nunca desperdiçam seu tempo, e eles também sabem que se algo acontece muito rápido ou facilmente, normalmente é porque é insignificante. Se isso atrasar, é porque o Senhor está nos dando mais tempo, porque dele precisamos.



[permissão para feliperudiuk@hotmail.com traduzir gentilmente concedida por MorningStar]

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