quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Palavra para a Semana nº 56


Discernindo os tempos, parte 56


Semana 46, 2009

Este estudo não tem o propósito de transmitir o que eu perceba como perspectiva correta sobre os tempos, mas tratar de como discernir os tempos. Um dos dons mais importantes que podemos ter nestes tempos é discernimento, que é algo que fui persuadido que Deus quer dar a cada verdadeiro discípulo. O Senhor também nos deu instruções simples e claras sobre como podemos crescer neste dom. Sem ele, estaremos sujeitos a crescente engano nos tempos que virão. Com ele, o mundo e nosso propósito pessoal será cada vez menos confuso, crescentemente claro.

Voltando ao estudo que mostrava que 65 por cento dos Norte-americanos se consideram nascidos de novo, e somente 3 por cento tinham uma visão de mundo bíblica, uma pergunta básica precisa ser: “De onde derivamos nossa visão de mundo?” Podemos dizer que seja da perspectiva de Deus, ou será da mídia, da opinião dos outros, ou de nossas próprias opiniões? É uma combinação de todas estas?

Maioria terá uma visão de mundo que seja uma combinação de todas as acima, com uma fonte sendo a dominante. Os orgulhosos pensam que sua própria perspectiva seja a mais precisa de todas, ou ao menos na maior parte do tempo, de acordo com o grau de orgulho que tenham. Os inseguros tendem a crer na fonte que seja a mais autoritária ou forte. Devemos, então, fazer outra pergunta importante: “Nossa visão de mundo é precisa?” Será que nós enxergamos o mundo da forma que ele realmente é, ou está nossa visão tendenciosa? Se estiver, como obtemos clareza? Como reconhecemos a verdade?

O propósito da Grande Comissão foi de fazer discípulos, não apenas convertidos. Ser um verdadeiro Cristão é ser um discípulo e aluno de Cristo, buscar ver o mundo de Sua perspectiva, e ser uma luz ao mundo por falar e viver Sua verdade. Ainda que todos nós “vejamos em parte” (veja I Coríntios 13.9), se estivermos no caminho da vida, será um caminho de crescente iluminação e clareza porque, como lemos em Provérbios 4.18, “o caminho dos justos é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito”. Se estivermos no caminho dos justos, isto é, no caminho correto, haverá crescente luz em nossas vidas e caminhos.

Se realmente cremos que Deus é Deus, uma devoção básica de nossas vidas deve ser o esforço em conhecer a Ele e a Seus caminhos. Se cremos que Ele criou o mundo, então é aparente que ninguém pode saber do mundo melhor do que Ele. Se realmente cremos que Ele é Deus, então nos dedicaremos a buscar Sua perspectiva do mundo e de nossas vidas. Do contrário, possivelmente seríamos os maiores tolos. Certamente, um barômetro de nossa fé deve ser nossa devoção a aprender sobre Ele e dEle.

Deus também nos promete que se O buscarmos, O encontraremos. Se buscarmos a Sua verdade, a encontraremos. Possivelmente, todos querem a verdade, mas não muitos vão realmente buscá-la. Nossa dedicação à verdade será resultado do grau dessa dedicação.

Se as estatísticas estão certas de que 65 por cento dos Norte-americanos se consideram nascidos de novo, mas somente 3 por cento têm uma visão de mundo bíblica, algo está obviamente torto. Ou os 65 por cento estão enganados, ou a igreja nesse país está muito ruim na tarefa de fazer discípulos. Isso pode ser verdade, porém existe outro motivo provável para isso que precisamos considerar. É muito provável que a verdadeira porcentagem de Norte-americanos que nasceram de novo é muito menor do que o que diz esta estatística. Muitos foram levados a pensar que se levantaram a mão no fundo de uma multidão quando perguntados se queriam nascer de novo, então nasceram de novo. A verdade será dita pelo fruto de suas vidas. Se eles realmente nasceram de novo, então suas vidas teria mudado radicalmente, que é o que o termo implica.

Um bom argumento poderia ser que os que realmente nasceram de novo são em 3 por cento, não 65. É possível, porém, que muitos mais realmente tiveram uma experiência de nascer de novo, mas sem ninguém para os discipular, eles não amadureceram muito após ou não tiveram suas mentes transformadas ou renovadas, e portanto há pouca mudança em suas vidas. São como crianças nascidas mundo afora e deixadas aos próprios cuidados. Não muitas vão conseguir ir adiante assim.

A Bíblia realmente é a Palavra de Deus para o homem, e penso que todos que realmente sejam nascidos de novo sabem disso porque o Espírito Santo imediatamente começa a os levar à verdade. Entretanto, assim como o diabo tentou a Adão e Eva atacando primeiramente o que Deus falou, o primeiro ataque do diabo em possivelmente cada novo crente ainda seja: “Deus realmente falou isso?” Sua principal estratégia para causar crentes a tropeçar é fazê-los questionar o que Deus disse. O diabo usará todo argumento elaborado nestes 6 mil anos para procurar fazer a humanidade dar as costas a Deus. Ele nos abordará com muitas outras coisas como: por que existem tantas diferentes interpretações da Bíblia, para não mencionar as traduções? (em meu computador, tenho 46 versões). É necessário um desejo incomum de conhecer a verdade para vencer tudo isso. Este é um fator que aprendemos que é necessário para conhecer a verdade; não apenas receber a verdade de que somos salvos, mas tendo um “amor à verdade” (veja II Tessalonicenses 2.10). Os que têm um verdadeiro amor à verdade nunca desistirão.

Se nós realmente amamos a Deus, vamos ter uma vontade de agradá-Lo e fazer Sua vontade. É no nível em que amamos a Ele que teremos essas devoções. Jesus disse em João 7.17, “Se alguém estiver disposto a fazer a Sua vontade, saberá se meus ensinamentos vêm de Deus ou se falo por Mim mesmo.” O fator mais básico para determinarmos se conseguiremos discernir a verdade é estarmos dispostos a fazer a vontade de Deus e sermos obedientes à verdade.

Por causa disso, aqueles que vão ao Senhor por meio de qualquer outra porta senão a cruz podem chegar a crer que Jesus seja o Messias e que Ele fez expiação por nós na cruz, mas até os demônios sabem disso, e isso por si só não nos salvará. A expiação foi profetizado pela Páscoa, e da mesma forma não faria bem algum a Israel conhecer que a Páscoa os salvaria se não tomassem parte e aplicassem o sangue nos batentes das portas. Ou seja, crer que foi necessário a expiação sem aplicá-la em nossas vidas é uma ilusão trágica.

Verdadeiros discípulos serão conhecidos pela dedicação a seus mestres. Todos Cristãos têm outros interesses e vocações, mas se o interesse e devoção primários de nossas vidas não for o de conhecer e seguir a Jesus, então fomos enganados em uma vida pseudo-Cristã, e deixamos que nossas buscas outras se tornassem ídolos que fazem com que Ele não seja mais nosso objetivo principal.

É improvável que os que têm a dedicação para ler material como esta Palavra para a Semana cairiam nessa categoria. Em todos que realmente amam a Ele, deve haver uma devoção de conhecê-Lo melhor, segui-Lo mais de perto e fazer Sua vontade. Se agirmos assim, nos tornaremos mais como Ele, e poderemos ser usados mais e mais para fazer as obras que Ele fez. Verdadeiros discípulos terão uma motivação primária em suas vidas de escutar, naquele grande Dia do Juízo, “Bom trabalho, servo bom e fiel” (veja Mateus 25.21).

Rick Joyner, 09/11/2009

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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