quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Palavra para a Semana nº 60


Discernindo os tempos, parte 60


Semana 50, 2009

Como abordamos semana passada, a graça de Deus não é apenas o perdão de pecados repetidos em nossas vidas, é o poder de vivermos como uma nova vida, como nova criatura, que não continua a se submeter à velha natureza. Porém, a batalha é longa e difícil contra nossa velha natureza, e a graça de Deus certamente nos perdoa por nossas falhas repetidas, enquanto ainda estamos lutando. O engano de muitos é de que eles não precisam lutar – de que podem continuar a viver em pecado e Deus os irá perdoar e abençoar. Esta é uma falácia perigosa, deixada claro em Hebreus 6.4-12:

É impossível para os que foram iluminados, que provaram o dom celestial, que compartilharam o Espírito Santo, que provaram a bondade da palavra de Deus e dos poderes do mundo vindouro, se caírem e se desviarem, serem trazidos novamente ao arrependimento, porque, para a própria perda, estão crucificando o Filho de Deus novamente e o sujeitando à desgraça pública.
A terra que bebe da chuva que cai frequentemente sobre ela e produz uma colheita útil aos que nela plantam recebe uma bênção de Deus.
Mas a que produz espinhos e cardos não tem valor algum e está em perigo de ser amaldiçoada. No fim, será queimada.
Apesar de falarmos assim, irmãos, temos confiança de coisas melhores em vocês, coisas que acompanham a salvação.
Deus não é injusto; Ele não se esquecerá do vosso trabalho e do amor que têm demostrado enquanto ajudavam ao Seu povo, e continuam a ajudar.
Queremos que cada um mostre esta mesma diligência até o fim, para tornar sua esperança certa.
Não queremos que vocês se tornem preguiçosos, mas que imitem os que, por meio da fé e paciência, herdam o que foi prometido.

Como somos acautelados neste trecho de Hebreus, é algo perigoso abraçar à cruz, entregar nossas vidas para que sigamos a Jesus, e então cair, nos determinando a servir a nós mesmos e ao diabo novamente. Porém, é possível sermos renovados novamente se não “provamos o dom celestial... compartilhamos o Espírito Santo... provamos a bondade da palavra de Deus e os poderes dos tempos vindouros.” Ter recebido tudo isso é ter chegado a um nível de maturidade e revelação da Deus e de Seus caminhos e se cairmos daí, somos incorrigíveis.

Podemos também deduzir, por meio disso, que, ao grau que amadurecemos, tivemos revelação de Deus e experimentado Seu poder, uma queda tornaria cada vez mais difícil a renovação.

Certamente é algo terrível ter provado o amor de Deus, como demonstrado na cruz, e então dar as costas a Ele. Agir assim certamente revela uma grande falha em nosso caráter básico e nossa insensibilidade diante da verdade. Ainda assim, quanto mais maduros estivermos em Cristo, mais devastadoras as consequências que nossos pecados podem ter, especialmente o dar as costas a Deus e servir ao pecado. Vemos isso demonstrado na queda de Satanás, que tinha posição tão alta que, quando caiu, não caiu apenas um pouco.

A resposta é que dar as costas a Deus não é opção a nós. Podemos por vezes tropeçar e cometer deslizes, mas, como lemos em Provérbios 24.16, “O justo cai sete vezes, e se levanta...”. Os “justos” também podem cair, mas continuam sempre se levantando. Não permanecem caídos.

Lemos também em Hebreus que Jesus se tornou como nós para que pudesse ser um Sumo Sacerdote que conhecesse nossas fraquezas, e Ele nos concede graça e misericórdia. Ele nunca caiu em pecado, porém conhece a luta e tem compaixão de nós.

A própria luta é parte de Sua graça e misericórdia porque a luta que temos contra o pecado, contra nossa velha natureza, tanto nos amadurece como fortalece. Como já falamos antes, é assim que somos transformados de acordo com Romanos 12. A palavra grega para “transformado” (veja Romanos 12.2), naquele texto, remete à palavra “metamorfose”. Ela descreve a transformação de uma lagarta para se tornar borboleta. Provavelmente a maior luta que uma borboleta jamais conhecerá é a do rompimento de seu casulo, mas é essa luta que lhe fortalece para bater suas enormes asas. Da mesma forma, a luta pela qual passamos ao guerrearmos contra nossa velha natureza é que nos prepara para voarmos nos lugares celestiais.

Jamais pare de lutar e um dia você poderá voar!

Rick Joyner, 07/12/2009

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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