quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Palavra para a Semana nº 57


Discernindo os tempos, parte 57


Semana 47, 2009

Possivelmente, a principal razão de muitos que se dizem Cristãos nascidos de novo não terem uma visão de mundo bíblica é porque se tornaram presas do que Paulo avisa em Colossenses 2.8:

Vejam bem para que nenhum de vocês seja enredado por outros que lhe apregoem suas filosofias e vãos enganos, de acordo com a tradição dos homens, firmadas nos princípios elementares do mundo, e não segundo Cristo.

Existe um ditado popular que diz: “você é o que você come”. Isso não é verdade no natural. Se você não comer tomates, você nunca se tornará um tomate. Espiritualmente, porém, isso é verdade. Se passamos mais tempo absorvendo as perspectivas da mídia ou outras fontes terrenas do que buscando a perspectiva de Deus, seremos enviesados em nossa visão assim como em nossos corações.

Existe também outro ditado popular: “uma pessoa pode estar com os olhos demais nos céus e não ser boa para nada na terra.” Mas na verdade, podemos estar com os olhos fitados demais nas coisas terrenas que não seremos bons nem para o céu nem para a terra. Nosso objetivo deve ser o de termos a perspectiva dos céus na terra, e por meio disso ajudar a trazer os céus à terra.

A precisão com que vemos as coisas não é determinado por o que olhamos, mas da perspectiva com a qual estamos observando as coisas. Estamos olhando as coisas da perspectiva de Deus ou do homem? Em uma das repreensões mais chocantes das Escrituras, o Apóstolo Pedro foi chamado de “Satanás” pelo Filho de Deus. Por que? Lemos em Mateus 16.23, quando Jesus lhe diz:

Para trás de Mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para Mim; pois não tem em mente os interesses de Deus, mas do homem.

O Senhor também disse que uma das últimas coisas que jamais queremos ser é pedra de tropeço para até mesmo o menor dos Seus pequenos, ainda aqui está Pedro sendo pedra de tropeço para o Filho de Deus por não ter em mente os interesses de Deus, mas do homem. No que está nossa mente, nos interesses de Deus ou dos homens? Essa questão é muito básica e importante se queremos perseverar na verdade e andar nela. Do contrário, por fim tropeçaremos, e, ainda pior, nos tornaremos uma pedra de tropeço aos outros.

O que fazemos para ganhar a perspectiva celestial e sermos capazes de distingui-la da perspectiva humana, terrena? Como o Senhor ensinou, onde estiver nosso tesouro estará o nosso coração (veja Mateus 6.21). Se os “olhos de nosso coração”, isto é, olhos espirituais, serão abertos como orou Paulo em Efésios 1.18, para que enxerguemos as coisas com uma perspectiva do reino, então nossos corações devem estar no reino mais do que nas coisas dessa terra.

A primeira menção da casa de Deus na Bíblia está em Gênesis 28 quando Jacó sonha com uma escada que sobre até o céu, e vê os anjos, ou mensageiros, de Deus subindo e descendo por meio dela. Sua reação está no versículo 17: “Quão tremendo este lugar! Isto não é nada senão a casa de Deus, e este é o portão dos céus.” Isso é exatamente o que a casa de Deus deve ser: “o portão do céu.” Deve ser onde o povo de Deus, Seus mensageiros, são capazes de subir até os céus e retornar à terra com evidência da realidade dos céus, e, por meio disso, começar a trazer os céus à terra. A casa de Deus é a Sua igreja.

É a nossa igreja conhecida como “portão do céu”? Aqueles que experimentam nossa igreja clamariam, “Quão tremendo é este lugar”? Provavelmente poucas igrejas se qualificariam para isso agora, mas muitas estão em progresso e se tornarão um lugar assim. Quando a igreja se torna o que é chamada a ser, todos que a encontram clamarão como Jacó, “Quão tremendo é este lugar! Não é senão... o portão dos céus”, e será.

Se olharmos para a igreja agora e somente enxergarmos quão longe está do que é chamada a ser, estaremos enxergando de uma perspectiva terrena. O Senhor não vê apenas como somos, mas como somos chamados a ser. É por isso que quando Ele olhou sobre a humanidade caída e a bagunça que fizemos na terra, ele não nos rejeitou, mas veio a nós, entregando a Sua vida para que pudéssemos nos tornar o que somos chamados a ser. Aqueles que ouviram a Seu coração perspectiva da mesma forma não enxergam a igreja, ou o mundo, da forma em que estão agora, mas como são chamados a ser. Como seu Mestre, vão aos que precisam de ajuda para mudar, entregando suas vidas a eles. Este é o coração básico do evangelho e os que têm um coração verdadeiro pregarão o verdadeiro evangelho do reino.

O que fazemos, então? Primeiramente, se tínhamos uma postura negativa diante da igreja, devemos nos arrepender. A igreja é Sua noiva. Os verdadeiros amigos do Noivo não são os que apenas ficam do lado e criticam a Sua noiva, mas estão dispostos a entregar as suas vidas para que ela se torne o que é chamada a ser, algo que nosso Rei tão merece.

Rick Joyner, 16/11/2009

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

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